Polícia

Classificados do concurso da Polícia Civil cobram providências do Governo do Estado: “Há necessidade de efetivo maior, previsão no orçamento e dinheiro em caixa”

Foto: Divulgação/Polícia Civil RN

O último concurso da Polícia Civil do RN foi autorizado em 2019, com edital publicado em 2020 e provas realizadas em 2021. Esse concurso público possui cerca de 2 mil candidatos classificados. Em 2022 somente 400 deles foram convocados para a etapa final: Curso de Formação Policial (CFP), sendo 300 agentes, 50 delegados e 50 escrivães.

Mas esse quantitativo já se encontra desfalcado em razão de desistências ocorridas ao longo do curso. Além disso, o número já é defasado. Nos últimos anos, cerca de 470 policiais civis deixaram seus cargos, por motivo de aposentadorias, exonerações e falecimentos. Outros 145 encontram-se aptos à aposentadoria voluntária, estes recebem uma retribuição adicional de abono de permanência. Além dos aproximadamente 470 policiais existem ainda mais de 155 com expectativa de completar os requisitos para aposentadoria até 2025.

Mesmo Havendo a contratação imediata de 600 novos policiais civis, o governo ainda respeitará a Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo em vista que esse incremento será apenas para reposição dos cargos vagos recentemente, o que não implicará em aumento de despesa com o quadro funcional“, explica Adson Felipe, representante da Comissão dos Classificados no Concurso da Polícia Civil do RN.

Essa primeira turma com 400 alunos sequer irá repor as vacâncias geradas em anos recentes. E mais, vários alunos do curso de formação, que está acontecendo, já pediram desligamento, e essas vagas não podem ser repostas. Isso significa que o teremos bem menos policiais contratados. Existe o risco da PCRN ter menos efetivo, após o concurso, do que havia antes da autorização do concurso“, completa Adson.

Ainda segundo a Comissão, a Lei Orçamentária Anual (LOA 2022) prevê 942 nomeações para a Polícia Civil ainda neste ano de 2022. Os membros da comissão cobram do Governo o atendimento dos termos desse ordenamento legal, para que seja executada a ação estratégica prevista na Meta de Segurança Pública da recente atualização do Plano Plurianual 2020-2023 que tem entre seus objetivo, até o final de 2023, adequar o efetivo da Polícia Civil em até 3.768 servidores, a partir da realização de concurso público voltado para os quadros de carreira.

Mais do que possibilidades legais e orçamentárias para compor o efetivo legal da PCRN, há necessidade urgente e imperativa de mais policiais civis, por tratar-se do direito fundamental à segurança pública, assegurado pela Constituição Federal de 1988”, explica Adson.

Os membros da Comissão alertam ainda para o fato de que a falta desses policiais compromete a investigação criminal e prejudica o atendimento à população.

Existem mais de 11.800 inquéritos parados, sem solução, em 34 das 131 unidades operacionais da polícia civil, contribuindo com o aumento da sensação de impunidade, o que pode fomentar a criminalidade.

Somado a isso, salta aos olhos o fato de haver mais de 100 municípios que não dispõe de delegacia distrital, o que revela uma ausência do poder estatal na proteção de seus cidadãos e na preservação da paz e harmonia social.

Vale lembrar ainda que o Estado vem alcançando recordes na arrecadação fiscal, além de verbas oriundas de emendas parlamentares, bem como o aporte de recursos do governo federal, por meio de convênios com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), além de ganhos orçamentários em 2022.

O governo tem condições financeiras para mudar essa trágica realidade vivida pela polícia civil e pelo povo potiguar. É urgente a realização de um segundo curso de formação policial, com mais vagas, ainda esse ano.“, conta Adson.

Menor efetivo do Nordeste e 4º menor do Brasil

A Polícia Civil do RN possui o menor efetivo do Nordeste e o 4º menor do Brasil, segundo levantamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Atualmente com um efetivo de aproximadamente 1.280 policiais, amarga um déficit superior a 75% em seu quadro funcional, conforme dados divulgados pelo Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança do Rio Grande do Norte (Sinpol).

Além do efetivo ínfimo, a escassez se agrava quando considerados os afastamentos por motivo de férias e licenças e os servidores cedidos para outros órgãos. Assim, estima-se haver cerca de 900 policiais em serviço, para atender todas as demandas criminais de um Estado, cuja população está estimada em 3,5 milhões de habitantes, conforme última projeção feita pelo IBGE em 2021.

Somado a isto, ainda existem policiais destinados ao serviço administrativo, uma vez que não há concurso para essas atividades há mais de 30 anos, o que prejudica muito a atuação na atividade fim da PCRN. Na prática, muitas delegacias funcionam com apenas uma equipe simples (1 escrivão, 1 agente e 1 delegado), e necessitam do serviço extra de policiais na folga para incrementar o efetivo do dia a dia.

Novas Delegacias precisam de policiais

A necessidade de realização de mais cursos de formação e nomeação de Agentes, Delegados e Escrivães, torna-se ainda mais urgente, em razão da vigência de decreto estadual recente que cria, no papel, 29 novas delegacias no Estado.

Detalhe, a instalação de 20 delas está condicionada necessariamente à nomeação de mais policiais civis, além dos que já estão no curso de formação em andamento.

Opinião dos leitores

  1. Sem Policia Civil não há investigação e nem combate efetivo ao crime, temos que fortalecer urgentemente a nossa PCRN !

  2. Sem Investigação não há punição! A polícia civil combate a criminalidade por meio de investigação que reúna elementos de prova para que se concretize a justiça.

  3. O povo do Rio Grande do Norte clama por mais segurança! Precisa de efetivo humano para um melhor funcionamento das delegacias, são mais de 11 mil inquéritos parados, pois não tem efetivo suficiente e isso acaba que a impunidade toma conta do nosso Estado!

  4. Tem orçamento, tem recorde de arrecadação e tem déficit. Falta apenas o governo querer! Quanto mais policiais civis formados, mais a população ganha!

  5. Rapaz, um incremento grande de pessoas aptas, classificadas em todas as fases do concurso, prontas para servir nessa segurança pública que tanto reclamam… e o pessoal nós comentários falando besteira. Cada um tem o governo que merece mesmo

  6. Direito subjetivo não, mas não impede contestar decisões e correr atrás de melhorias, até porque, quem ganha com isso é a sociedade, segurança pública é essencial, deveria estar ajudando e não se conformando, quanto mais policiais, melhor será a segurança pública do Estado

  7. 5% dos crimes no RN são solucionados, a chance de quebrar uma empresa nos 5 primeiros anos é de 80%… ta melhor roubar do que empreender no RN… só PM não resolve. Tem q investigar.

  8. Precisamos de segurança pública de qualidade. A segurança pública é um direito fundamental de todo ser humano, e o aumento do efetivo da PCRN contribuiria com o aumento da resoluções de crimes através de inquéritos policiais solucionados e concluídos, dessa forma, garantiria ao judiciário auxílio para o julgamento do réu de forma efetiva, promovendo justiça e punibilidade do réu. Portanto, é necessário que o governo do RN chame mais Policiais para a melhoria da segurança publica do nosso estado.

    1. Convocar todos os classificados e aumentar o número de investigação e assim diminuir a imunidade no Estado.mais investigação menos impunidade.

    2. O governo do RN chamou além das vagas concursos como Polícia Militar e Polícia Penal, por que não poderia chamar mais além da vagas para polícia civil? Dinheiro tem, recorde de arrecadação, recorde de repasses do governo federal para a área da segurança pública.

  9. É sempre assim. Pede pelo amor de Deus, fazem até associação de concursados, quando entram começa o mimimi, reclamam de tudo é greve todo anos, mesmo com salários muito mais altos q a média da população.

    1. Verdade, talvez não devemos contestar alguma melhoria para nós mesmos ou para sociedade, porque já que a maioria do pessoal ganha mil reais, então temos que ganhar também 🙂

    2. Vá estudar para ser Servidor Público, Chicão!
      Meu Papa na sua mão!!

    1. Infelizmente é verdade. Isso só vai mudar com mais efetivo na Policia Civil investigando e prendendo, vamos lutara para que isso aconteça.

  10. Já chamaram todos os classificados DENTRO DAS VAGAS previstas no edital ? Então nenhuma candidato tem direito a ser convocado a mais…

    1. Sim, mas a deficiência no serviço aumenta ainda mais se chamar apenas as vagas. A população já está cobrando nas mídias sociais a resolução de crimes, veja como exemplo o caso do Educador Físico que foi assassinado por causa de discussão no trânsito, a família está protestando no Tribuna do Norte, as pessoas querem justiça e segurança de qualidade, pouco efetivo não vai contribuir em nada para segurança. Outra coisa, o governo do RN chamou além das vagas concursos como Polícia Militar e Polícia Penal, por que não poderia chamar mais além da vagas para polícia civil?

    2. Outro reprovado. Vai abrir concurso para Coveiro na China. Começa a estudar!!

    3. Depois não vá chorar quando for mais uma vítima de um crime e chegar em uma delegacia onde o delegado atua em mais três cidades, só tem dois agentes, um escrivão e 3 mil inquéritos parados. Vai ficar registrado e seu crime nunca vai ser solucionado. Tem dinheiro, tem aprovados, e tem 4 MIL CARGOS VAGOS. se chamar esse pessoal aí não completa nem metade.

    4. Sim 300 vagas muito mal elaboradas, visto que a população do RN ultrapassa 3 milhões de habitantes, para um contingente de pouco mais de mil policiais civis, para atender as demandas de investigação. Meu muito amigo André Damásio, ex gerente da farmácia pague menos, que foi assassinado a sangue frio, e até hoje está impune este crime. Motivo? nem precisa falar…

    5. Existe necessidade, existe dinheiro, existe cargo vago….e existe um crime organizado tirando a paz do povo potiguar. Somente com investigação vamos vencer esse guerra, quem faz isso é PCRN.

    1. A convocação de todos os classificados do último concurso é uma demanda urgente, a PCRN necessita de efetivo!

    2. Vamos aos fatos : esse governo chamou mais de 1200 soldados da PM, está aberto um concurso para Oficial da Saude da PM, tem previsão pra mais 2 concursos da PM (um para oficial e outro de soldado), além disso, fez 2 turmas de Policia Penal, fez 2 turmas de bombeiros, triplicou as vagas do ITEP….mas quando chegou a vez da PCRN a coisa ficou lenta, infelizmente. Vamos lutar para que isso mude.

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Política

PL da Dosimetria: saiba como votou cada deputado do RN

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (10), o PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, que reduz as penas dos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. A medida beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foram 291 votos sim e 148 não. Com a aprovação na Câmara, o texto segue para a análise do Senado Federal.

O foco da proposta é a redução do cálculo das penas e, para isso, o texto lista condições e fixa porcentagens mínimas para o cumprimento da pena e progressão de regime. Para evitar “insegurança jurídica”, o relator também deixou expresso na proposta que a remição da pena pode ser compatível com a prisão domiciliar.

Veja como votou cada deputado do RN:

  • Benes Leocádio (União) – Sim
  • Carla Dickson (União) – Sim
  • Fernando Mineiro (PT) – Não
  • Natália Bonavides (PT) – Não
  • General Girão (PL) – Sim
  • Sargento Gonçalves (PL) – Sim
  • João Maia (PP) – Sim
  • Robinson Faria (PP) – Sim

Com informações da CNN

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Geral

VÍDEO: Motta acusa PT de “incoerência histórica” e eleva tensão durante votação da dosimetria

Vídeo: Reprodução/X

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), falou sobre o movimento do PT durante a votação do PL da Dosimetria, aprovada na madrugada desta quarta-feira (10), afirmando que o partido comete “incoerência histórica”. A discussão começou após o líder petista, Lindbergh Farias (RJ), criticar a proposta e citar Ulysses Guimarães, personagem central da Constituição de 1988, para acusar Motta de agir de forma “oportunista” ao avançar com o projeto, que reduz penas de condenados pelo 8 de Janeiro — incluindo, potencialmente, Jair Bolsonaro.

Lindbergh afirmou que o presidente da Câmara “comete crime” ao interferir em julgamentos ainda em curso, e o acusou de agir para favorecer generais golpistas. Motta rebateu com dureza e disse que o PT não poderia reivindicar Ulysses, já que votou contra o texto final da Constituição. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), constituinte em 1988, tentou corrigir Motta, mas foi interrompida. Historicamente, o PT realmente votou contra o texto final — como forma de protesto — mas seus parlamentares assinaram a Constituição após a aprovação.

O embate se dá em meio ao desgaste recente entre os dois parlamentares. A relação azedou após Lindbergh acusar Motta de descumprir decisões do STF nos casos de Carla Zambelli e Alexandre Ramagem, afirmando que o presidente da Câmara deveria responder por crime de responsabilidade, com possibilidade de afastamento. Ele afirmou ao Metrópoles que Motta atuou com “dois pesos e duas medidas” ao lidar com bolsonaristas e governistas que ocuparam a mesa diretora em protestos.

Para o líder petista, Motta foi leniente com bolsonaristas que pressionavam por anistia, mas usou força policial contra deputados que protestavam no plenário pela manutenção do mandato de Glauber Braga. A troca de acusações amplia a tensão entre PT e o presidente da Câmara em meio à tramitação da dosimetria.

Com informações do Metrópoles

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Esporte

Flamengo estreia nesta quarta (10) na Copa Intercontinental em duelo contra o Cruz Azul

Foto: Adriano Fontes/Flamengo

O Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (10), às 14h (de Brasília), para iniciar sua caminhada na Copa Intercontinental. Embalado pelos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, o time de Filipe Luís enfrenta o Cruz Azul, do México, pelas quartas de final, no Estádio Al Rayyan, em Doha, no Catar.

O confronto marca o chamado Dérbi das Américas, reunindo o campeão da Libertadores e o vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf. Será o primeiro encontro oficial entre as duas equipes. A competição teve seu formato renovado: agora, o campeão europeu avança direto para a final — neste ano, o Paris Saint-Germain, vencedor inédito da Champions, aguarda o rival no dia 17 de dezembro.

Para disputar a decisão contra o PSG, o Flamengo precisa superar dois adversários. O primeiro é o Cruz Azul. Se avançar, encara o Pyramids no sábado (13), às 14h, pela Copa Challenger. O time egípcio já eliminou Auckland City e Al-Ahli na fase inicial.

A Copa Intercontinental reúne apenas os campeões continentais da temporada — seis equipes no total — e acontece todos os anos, diferentemente do Mundial de Clubes, que será disputado a cada quatro anos com 32 participantes.

Com informações da CNN

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Geral

Gerentes que barraram operação com Banco Master acionam Justiça após perder cargos na Caixa

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Dois ex-gerentes da Caixa Asset recorreram à Justiça trabalhista após serem removidos de seus cargos comissionados por se oporem à compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, operação considerada de alto risco pelos técnicos do próprio banco estatal. Embora continuem empregados, Maurício Vendruscolo e Daniel Cunha Gracio foram realocados para funções burocráticas, muito abaixo de suas qualificações — ambos possuem certificação CFA, uma das mais prestigiadas do mercado financeiro.

A informação é do blog da Malu Gaspar, do jornal O Globo. O caso teve início em julho de 2024, quando a área de renda fixa da Caixa Asset produziu um parecer sigiloso de 19 páginas desaconselhando a operação. O documento apontava falta de clareza nos números do Master, modelo de negócios de difícil compreensão e alto risco de solvência. Mesmo com alerta interno e a operação posteriormente descartada, os gerentes perderam seus postos após assinarem e avalizarem o parecer contrário ao negócio de até R$ 1 bilhão.

Os dois afirmam ter sido vítimas de retaliação e pedem indenização na Justiça. A crise interna resultante do episódio repercutiu no mercado financeiro e expôs fragilidades na governança da Caixa Asset, que já vinha sendo pressionada por dúvidas sobre seus controles e critérios de risco.

No mês passado, uma auditoria do TCU reforçou essas preocupações ao indicar falhas nos mecanismos de governança e canais de denúncia do banco. Segundo o relatório, há indícios de que as exonerações, especialmente a de Gracio, foram motivadas pela oposição à proposta de compra das letras financeiras do Master, comprometendo a credibilidade da gestão de riscos da Caixa Asset.

Com informações do O Globo

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Política

Governo decide apoiar jornada 5×2 e quer reduzir carga semanal para 40 horas até 2028

Foto: Hermínio Bernardo/TV Globo

O governo Lula firmou posição a favor do projeto relatado pelo deputado Leo Prates (PDT-BA), que estabelece o fim da escala 6×1 e cria uma jornada 5×2 com limite máximo de 40 horas semanais. Hoje, a legislação permite até 44 horas. A proposta ganhou força após mobilização popular nas redes, impulsionada por trabalhadores e influenciadores que defendem mudanças na rotina laboral.

O tema se tornou uma das prioridades do Palácio do Planalto. Ministros como Guilherme Boulos e Gleisi Hoffmann têm atuado diretamente na articulação para aprovar o texto, enquanto o governo tenta acelerar sua tramitação. A decisão veio após surpresa negativa com relatório do deputado Luiz Gastão (PSD-CE), que era contrário ao fim da escala 6×1, o que levou o Planalto a reagir publicamente.

O substitutivo de Prates prevê uma transição gradual: a carga máxima cairia para 42 horas em 2027 e chegaria a 40 horas em 2028, mantendo salário integral. O texto determina dois dias de descanso semanal remunerado e limita a jornada diária a oito horas. Também abre a possibilidade de escala 4×3 por acordo coletivo, com dez horas diárias. No comércio, onde o 6×1 é mais comum, poderá haver até duas horas extras, também mediante negociação.

A defesa da mudança ocorre enquanto setores empresariais resistem. A Confederação Nacional do Comércio afirma que limites rígidos prejudicam negociações coletivas e desconsideram realidades regionais. Já o Movimento Vida Além do Trabalho, que levou o debate às redes em 2023, argumenta que o 6×1 é “abusivo” e prejudica saúde, bem-estar e convivência familiar — a campanha acumulou mais de 1 milhão de assinaturas.

O Planalto avalia que o projeto de Prates é o mais viável para avançar e tenta evitar que a discussão seja transferida para uma PEC, o que tornaria o processo mais lento. O deputado, que preside a Comissão de Trabalho, avalia que a votação pode ficar para 2026, a depender do ritmo de sessões até o início do recesso em 23 de dezembro.

Com o parecer protocolado nesta semana, parlamentares têm cinco sessões para apresentar emendas. Enquanto isso, o governo trabalha para consolidar apoio político e transformar a redução da jornada em uma das principais bandeiras trabalhistas da gestão Lula.

Com informações do G1

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Geral

Bacellar deixa prisão após decisão da Alerj e passa a usar tornozeleira eletrônica

Foto: Reprodução/Instagram

O deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil-RJ), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deixou a prisão na noite desta terça-feira (9) após receber autorização para cumprir medidas cautelares em liberdade. A liberação ocorreu depois de ele ser equipado com tornozeleira eletrônica, conforme informou a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.

O mandado de soltura foi expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, poucas horas após a Alerj decidir revogar a prisão preventiva do parlamentar. A decisão da Casa seguiu entendimento do próprio Supremo, que em 2019 autorizou Assembleias Legislativas a reverter prisões decretadas contra deputados estaduais.

Mesmo solto, Bacellar terá uma série de restrições. Ele está proibido de reassumir a presidência da Alerj, precisará cumprir recolhimento domiciliar, entregar seus passaportes, suspender o porte de armas e não poderá manter contato com outros investigados.

O deputado estava preso desde 3 de dezembro por ordem de Moraes. Ele é suspeito de vazar informações sigilosas da operação Zargun, da Polícia Federal, que levou à prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB-RJ), o TH Joias, apontado como um dos articuladores políticos do Comando Vermelho.

Com a revogação da prisão pela Alerj e a confirmação da medida pelo STF, Bacellar deixa a cadeia, mas permanece sob monitoramento rígido enquanto o caso segue em investigação.

Com informações do Poder360 e Agência Brasil

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Política

Planalto vê articulação de Hugo Motta e Alcolumbre contra Lula na votação da Dosimetria

Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Integrantes do Palácio do Planalto e aliados da base governista enxergaram uma ação coordenada entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para acelerar a votação do PL da Dosimetria antes do recesso parlamentar. A leitura interna é de que ambos agiram de forma casada para enviar um recado político ao presidente Lula, com quem têm acumulado divergências recentes.

A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. A movimentação começou após a reunião de líderes desta terça-feira (9), quando Motta decidiu pautar o projeto que reduz penas de condenados pelos atos do 8 de Janeiro — medida que tende a beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Minutos depois, Alcolumbre afirmou a jornalistas que, se aprovado pela Câmara, o texto seria analisado pelo Senado ainda em 2025.

Para parlamentares governistas, a sincronia entre os dois presidentes do Legislativo evidencia um acordo para pressionar o Planalto e mostrar independência em relação ao governo. A avaliação é que Motta e Alcolumbre aproveitaram a sensibilidade do tema para se contrapor politicamente a Lula.

Nos bastidores do governo, auxiliares afirmam que Lula irá vetar o projeto caso ele chegue à sua mesa. Apesar disso, a palavra final ficará nas mãos do próprio Congresso, que poderá derrubar o veto presidencial e manter a proposta.

A leitura predominante entre governistas é que o avanço do PL da Dosimetria representa não apenas uma derrota política para o governo, mas também um sinal claro do fortalecimento da aliança entre Motta e Alcolumbre em um momento de aumento da tensão entre Planalto e Legislativo.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Rogério Marinho bate o martelo e confirma disputa pelo Governo do RN: “Não há recuo”

Foto: Divulgação/Geraldo Magela/Agência Senado

Em entrevista à imprensa nacional após visitar Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL) reforçou o peso político de Rogério Marinho dentro do projeto presidencial de 2026. Citado nominalmente, o potiguar foi apontado como um dos nomes que estarão “cada vez mais” ao lado de Flávio na condução da campanha. O recado veio após reunião nacional do PL, realizada na segunda-feira (8), com presença de Marinho, Ciro Nogueira, Antônio Rueda e Valdemar da Costa Neto.

Rogério Marinho acumula hoje alguns dos cargos mais estratégicos da direita no país — líder da oposição no Senado, secretário-geral nacional do PL, presidente estadual da legenda e pré-candidato ao Governo do RN. O aceno de Flávio Bolsonaro abriu espaço para especulações sobre um possível papel de comando na campanha presidencial, como a coordenação nacional.

A dúvida que passou a circular nos bastidores era direta: caso assuma função central na campanha de Flávio, Marinho continuaria simultaneamente como pré-candidato ao Governo do RN ou seria pressionado a recuar para dedicar-se integralmente ao projeto nacional?

Ao Diário do RN, Rogério Marinho foi taxativo e descartou qualquer possibilidade de desistência. “Estaremos próximos do projeto nacional do PL, que é eleger Flávio Bolsonaro presidente, mas não vamos abrir mão da nossa pré-candidatura ao Governo. Nosso projeto está mantido no Rio Grande do Norte para 2026: sou pré-candidato a governador do RN”, afirmou.

No mesmo tabuleiro político, aparece o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos), também pré-candidato ao governo. Nos bastidores, aliados admitem que Álvaro aguardava a chance de um eventual recuo de Marinho para assumir o protagonismo da disputa. Chegou-se a discutir internamente, no Republicanos, a possibilidade de migração para o PL caso a vaga estivesse aberta.

Com a declaração pública de Marinho, o cenário volta ao desenho mais provável: Rogério mantém-se como o nome da direita ao Governo do RN em 2026, enquanto Álvaro Dias tende a ser acomodado na disputa ao Senado, compondo uma chapa que incluiria o senador Styvenson Valentim (PSDB), igualmente pré-candidato à Casa Alta.

Com informações do Diário do RN

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Geral

Defesa pede prisão domiciliar e liberações médicas para Bolsonaro

Foto: Wilton Júnior/Estadão

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (9), que ele seja autorizado a passar por procedimentos cirúrgicos e que receba prisão domiciliar humanitária. O pedido é acompanhado de um relatório médico que aponta piora no quadro de saúde do ex-presidente, incluindo crises de soluço prolongadas e agravamento de uma hérnia inguinal.

Segundo os médicos, Bolsonaro enfrenta “soluço incoercível prolongado”, sem resposta a tratamentos convencionais e que prejudica sono, alimentação e respiração. O documento indica a necessidade de um bloqueio anestésico do nervo frênico, procedimento utilizado em casos graves e refratários, além de uma cirurgia para correção da hérnia inguinal, já associada a dores intensas e agravada pelo aumento da pressão abdominal causado pelas crises de soluço.

Os advogados Celso Villardi, Paulo Bueno e Daniel Tesser afirmam que a combinação dos diagnósticos e a evolução do quadro demonstram “a precariedade e delicadeza” do estado de saúde de Bolsonaro, justificando que o tratamento seja realizado fora do ambiente prisional. Eles pedem que o STF autorize a ida do ex-presidente ao hospital para as intervenções necessárias.

A defesa também argumenta que Bolsonaro deve cumprir prisão domiciliar humanitária. Segundo eles, a recente violação da tornozeleira eletrônica não configurou tentativa de fuga. Os advogados afirmam que o ex-presidente sofreu “confusão mental” causada pela interação de novos medicamentos e chegou a acreditar que havia “escutas” no equipamento.

Ainda de acordo com a petição, Bolsonaro comunicou espontaneamente a necessidade de substituição da tornozeleira e colaborou com a equipe responsável. Os defensores alegam que o episódio reforça a fragilidade de sua condição e a impossibilidade de mantê-lo preso sem risco adicional à saúde.

Com informações da CNN

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Política

Câmara aprova PL que reduz pena de Bolsonaro e condenados do 8 de Janeiro

Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quarta-feira (10), o chamado PL da Dosimetria, que recalcula e reduz penas de condenados por crimes ligados à trama golpista e aos atos de 8 de janeiro de 2023 — incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A votação começou às 1h38 e terminou às 2h25, com placar de 291 votos favoráveis e 148 contrários. O texto segue agora para o Senado, onde o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) já sinalizou que pretende pautá-lo ainda em 2025.

A proposta é considerada uma vitória parcial da oposição bolsonarista, que defendia inicialmente uma anistia ampla, mas recuou diante da falta de apoio. O PL 2162/23, de relatoria de Paulinho da Força (Solidariedade-SP), altera as regras de progressão de regime para condenados, reduzindo o tempo mínimo para avanço de um quarto para um sexto da pena — regra que não se aplica a crimes hediondos ou réus reincidentes. O texto também extingue a soma de penas para crimes contra o Estado Democrático de Direito.

O projeto inclui ainda a possibilidade de redução de até dois terços da pena quando o crime for cometido em “contexto de multidão”, como nos ataques de 8 de janeiro, desde que o condenado não tenha financiado ou liderado os atos. Essa regra, no entanto, não alcança Bolsonaro, apontado pelo STF como líder da tentativa de golpe. Mesmo assim, o ex-presidente pode ter a pena reduzida e progredir mais rapidamente para regimes mais brandos. Estimativas preliminares da defesa apontam que Bolsonaro poderia deixar o regime fechado em cerca de quatro anos, e não mais após oito, como previsto inicialmente.

A votação ocorreu horas após um dia tenso na Câmara, marcado pela retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora. O parlamentar ocupou a cadeira após o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciar para esta quarta-feira (10) a votação de seu processo de cassação. Glauber acabou removido pela Polícia Legislativa e o episódio suspendeu transmissões oficiais e o acesso de jornalistas ao plenário.

Glauber responde por ter chutado um militante do MBL em 2024 e atribui seu processo a uma articulação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), motivada por críticas que fez ao parlamentar sobre emendas. Mesmo com o confronto, a sessão seguiu e culminou na aprovação do PL da Dosimetria, que agora depende do Senado para entrar em vigor.

Com informações do Metrópoles

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