O Corregedor Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel, abriu uma nova reclamação disciplinar para apurar a conduta do procurador da República Deltan Dallagnol, dessa vez pela participação em encontro secreto com representantes de bancos e investidores, relatada pelo site The Intercept Brasil no último dia 26. Segundo o site, o procurador foi o destaque do evento, organizado em junho de 2018. Dallagnol terá dez dias para se manifestar sobre o caso.
Em nota, a assessoria da força-tarefa afirmou que o procurador esclarecerá ao CNMP que foi ao encontro com o propósito de debater o tema do combate à corrupção e cidadania e que o comparecimento foi gratuito. A nota também diz ser “leviana” “qualquer ilação” de que teriam sido fornecidas informações de caráter sigiloso no encontro.
Na decisão, que atende a pedido feito pelo deputado federal petista Paulo Pimenta, o corregedor afirma que a sociedade deve ter “plena convicção de que os Membros do Ministério Público se pautam pela legalidade, mantendo a imparcialidade, evitando conflitos de interesse”. Para Rochadel, o caso pode representar uma violação ao Estatuto do Ministério Público, na parte que obriga os procuradores a “guardar segredo sobre assunto de caráter sigiloso que conheça em razão do cargo ou função”.
“Sem adiantar qualquer juízo de mérito, observa-se que representação assevera suposto desvio na conduta de Membro do Ministério Público Federal, o que, em tese, pode caracterizar falta funcional”, disse o corregedor, na decisão assinada nesta quarta-feira (31). É a partir da reclamação disciplinar que o conselho do Ministério Público decide se instaura ou não um processo disciplinar – que pode levar a punição de procuradores.
O procurador ainda é alvo de outro procedimento aberto pelo corregedor em julho, também instaurado com base no conteúdo de supostas mensagens trocadas entre Dallagnol e membros da força-tarefa da Lava Jato. Este caso foi aberto a partir de notícia de que o procurador teria montado um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações da Lava Jato.
Encontro. Na nota divulgada sobre o procedimento, a assessoria da força-tarefa afirmou que o procurador foi ao encontro com o propósito de debater o tema do combate à corrupção e cidadania, “expondo em particular as Novas Medidas Contra a Corrupção”.
“O comparecimento foi gratuito, movido por interesse institucional de promover o combate à corrupção e foram abordadas apenas informações públicas. Ao encontro, compareceu inclusive respeitada entidade anticorrupção da sociedade civil. Qualquer ilação dos reclamantes de que teriam sido fornecidas informações de caráter sigiloso seria leviana e não tem amparo na realidade, o que pode ser facilmente verificado com qualquer dos presentes”, disse em nota.
FAUSTO ,MACEDO / ESTADÃO
Eu acho é pouco. Kkk
Perseguição pura. Não vão encontrar nada, porque nada existe.
Inversão de valores puro.
Lamentável e essa gente ainda é paga prá isso.
Más, tem um Deus, que não dorme e esta vendo tudo.
Prende o investigador e acusador, o santo, que de passagem nunca fez nada, segundo os noiados deve ser livre, de onde vem tanta incoerência.
Gilmar mendes tem encontros com os réus em julgamento, com mega empresários que estão com processos em trâmite para julgamento no STF, inclusive esses empresários patrocinam eventos nos empreendimentos da família dele e nunca ninguém afirmou suspeição nas suas participações nos julgamentos. Agora quando é manobras pra soltar bandidos, qualquer fofoquinha é alegada como prova pela defesa. Só o Brasil acontece isso. Absurdo!