Judiciário

Conversas interceptadas mostram suposta motivação política da Lava Jato

O Blog reproduz aqui o material da The Intercept que supostamente mostra a motivação política dos procuradores em atuarem contra Lula:

Um extenso lote de arquivos secretos revela que os procuradores da Lava Jato, que passaram anos insistindo que são apolíticos, tramaram para impedir que o Partido dos Trabalhadores, o PT, ganhasse a eleição presidencial de 2018, bloqueando ou enfraquecendo uma entrevista pré-eleitoral com Lula com o objetivo explícito de afetar o resultado da eleição.

Os arquivos, a que o Intercept teve acesso com exclusividade, contêm, entre outras coisas, mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram. Neles, os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo,autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder.

Essas discussões ocorreram no mesmo dia em que o STF acatou o pedido de entrevista da Folha de S.Paulo. Conforme noticiado no Consultor Jurídico: “Na decisão, o ministro [Ricardo Lewandowski] citou que o Plenário do STF garantiu ‘a ‘plena’ liberdade de imprensa como categoria jurídica proibitiva de qualquer tipo de censura prévia’”.

Os diálogos demonstram que os procuradores não são atores apartidários e apolíticos, mas, sim, parecem motivados por convicções ideológicas e preocupados em evitar o retorno do PT ao poder. As conversas fazem parte de um lote de arquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima há algumas semanas (bem antes da notícia da invasão do celular do ministro Moro, divulgada nesta semana, na qual o ministro afirmou que não houve “captação de conteúdo”). O único papel do Intercept foi receber o material da fonte, que nos informou que já havia obtido todas as informações e estava ansioso para repassá-las a jornalistas. A declaração conjunta dos editores do The Intercept e do Intercept Brasil (clique para ler o texto completo) explica os critérios editoriais usados para publicar esses materiais, incluindo nosso método para trabalhar com a fonte anônima.

Aquele dia, a comoção teve início às 10h da manhã, assim que o grupo soube da decisão de Lewandowski. O ministro ressaltou que os argumentos usados para impedir a entrevista de Lula na prisão eram claramente inválidos, uma vez que com frequência entrevistas são “concedidas por condenados por crimes de tráfico, homicídio ou criminosos internacionais, sendo este um argumento inidôneo para fundamentar o indeferimento do pedido de entrevista”. Assim, levando em conta que Lula “não [se encontra] em estabelecimento prisional, em que pode existir eventual risco de rebelião” e tampouco “se encontra sob o regime de incomunicabilidade”, o ministro decidiu em favor da entrevista.

Um clima de revolta e pânico se espalhou entre os procuradores. Acreditando se tratar de uma conversa privada que jamais seria divulgada, eles deixaram explícitas suas motivações políticas.

A procuradora Laura Tessler logo exclamou: “Que piada!!! Revoltante!!! Lá vai o cara fazer palanque na cadeia. Um verdadeiro circo. E depois de Mônica Bergamo, pela isonomia, devem vir tantos outros jornalistas… e a gente aqui fica só fazendo papel de palhaço com um Supremo desse… ”.

Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu com apenas uma palavra e várias exclamações: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.

Após uma hora, Tessler deixou explícito o que deixava os procuradores tão preocupados: “sei lá…mas uma coletiva antes do segundo turno pode eleger o Haddad”.

Enquanto essas mensagens eram trocadas no grupo dos procuradores da Lava Jato, Dallagnol estava conversando em paralelo com uma amiga e confidente identificada no seu Telegram apenas como ‘Carol PGR’ (cuja identidade não foi confirmada pelo Intercept). Lamentando a possibilidade de Lula ser entrevistado antes das eleições, os dois estavam expressamente de acordo que o objetivo principal era impedir o retorno do PT à presidência e concordaram que rezariam para que isso não ocorresse.

Não se trata de uma confissão isolada. Toda a discussão, que se estendeu por várias horas, parece mais uma reunião entre estrategistas e operadores anti-PT do que uma conversa entre procuradores supostamente imparciais.

Descartada a possibilidade de impedir a entrevista, eles passaram a debater qual formato traria menos benefícios políticos para Lula: uma entrevista a sós com Mônica Bergamo, ou uma coletiva de imprensa com vários jornalistas. Januário Paludo, por exemplo, propôs as seguintes medidas: “Plano a: tentar recurso no próprio stf, possibilidade Zero. Plano b: abrir para todos fazerem a entrevista no mesmo dia. Vai ser uma zona mas diminui a chance da entrevista ser direcionada.”

Outro procurador, Athayde Ribeiro Costa, sugeriu expressamente que a Polícia Federal manobrasse para que a entrevista fosse feita depois das eleições, já que não havia indicação explícita da data em que ela deveria ocorrer. Dessa forma, seria possível evitar a entrevista sem descumprir a decisão.

Uma coletiva de imprensa, além de diluir o foco da entrevista, ainda traria a vantagem de possivelmente inviabilizá-la operacionalmente, como pontuou o procurador Julio Noronha horas depois. Ele também sugeriu abrir a entrevista a outros presos para reduzir a repercussão:

 

(Quando a entrevista foi finalmente autorizada, em abril passado, a Polícia Federal, agora sob o comando do ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, o ex-juiz que havia condenado Lula à prisão, tentou transformá-la numa coletiva de imprensa. Um pedido do El País acatado por Lewandowski finalmente pôs o plano por terra.)

Em nenhum trecho da conversa Dallagnol, que participou de forma ativa das discussões, ou qualquer outro procurador, indicou desconforto com as motivações políticas explícitas das estratégias da acusação. Mais do que isso, esse grupo de Telegram, ativo por meses, sugere que esse tipo de cálculo político era rotineiro nas decisões da força-tarefa.

Em um momento, um dos procuradores citou um artigo publicado no site O Antagonista informando que a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, não pretendia recorrer da decisão autorizando a entrevista. Os procuradores especularam imediatamente sobre as causas da escolha de Dodge:

 

Parte das discussões tratava também de vazar uma eventual petição para veículos de imprensa.

Os procuradores da força-tarefa estavam tão alarmados com a possibilidade de uma entrevista de Lula levar o PT à vitória que compartilharam um artigo irônico do Antagonista. Publicado naquele dia, o texto sugeria que, num eventual governo Haddad, “Lula sai da cadeia e os procuradores da Lava Jato entram no lugar dele”.
Os receios dos procuradores, porém, foram logo acalmados. Às 22h49 do mesmo dia, o procurador Julio Noronha compartilhou mais uma reportagem do Antagonista, dessa vez com uma boa notícia: “Partido Novo Recorre ao STF Contra Entrevista de Lula”. Uma hora depois, o clima era de comemoração. O ministro do STF Luiz Fux concedeu uma liminar contra a entrevista, atendendo ao pedido do Partido Novo. Na decisão, o ministro diz que “se faz necessária a relativização excepcional da liberdade de imprensa”. Januário Paludo foi taxativo: “Devemos agradecer à nossa PGR: Partido Novo!!!”.

Os procuradores não demonstraram preocupação com o fato de um ministro do STF ter poder para suspender a liberdade de imprensa – ou de que um partido que se diz liberal entrou com um pedido nesse sentido. Pelo contrário, os procuradores comemoraram a proibição.

Por anos, a Lava Jato foi acusada de operar com motivações políticas, partidárias e ideológicas, e não jurídicas. A força-tarefa vem negando isso de forma veemente. Agora que suas conversas estão se tornando públicas, a população terá a oportunidade de decidir por si mesma. As discussões do dia 28 de setembro trazem indícios significativos de que a força-tarefa não é o grupo apolítico e apartidário de luta anticorrupção que os procuradores e seus aliados na mídia tentam pintar.

Ao contrário do que tem como regra, o Intercept não solicitou comentários de procuradores e outros envolvidos nas reportagens, para evitar que eles atuassem para impedir sua publicação e porque os documentos falam por si. Entramos em contato com as partes mencionadas imediatamente após publicarmos as matérias, que atualizaremos com os comentários assim que eles sejam recebidos.

Opinião dos leitores

  1. Por que será que a Intercept, mesmo tendo tido conhecimento de todas as conversas das tratativas do José Eduardo Cardozo junto às autoridades, obstruindo a justiça também não as apresentou?
    Claro porque tal contrária os interesses das pessoas que ocupam a cúpula da Intercept, decerto, ávidos por voltarem a receber as generosa mesadas dos governos corruptos. Mas isso eles não mostram.

  2. BG cadê a fonte?
    Se a Folha que tem em seus quadros Haddad e Jean William não falou disso é sinal de que a conspiração é muito tosca.

  3. Lula ta preso pq e um cafajeste e ladrao…politico demagogo e populista…foi levado a condicao de lider metalurgico pelo entao ministro Golbery…durante o governo Medici…para ser uma opcao da esquerda para ser contraponto a Brizola…os militares tinham medo do Brizola.

    1. Vc é muito SEM NOÇÃO!?? Falta de fundamentação histórica!?

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Política

“Hamas tem que ser exterminado”: frase de Jaques Wagner marca sessão do Senado sobre ataque de 7 de outubro

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, nesta terça-feira (7), que o grupo Hamas “deve ser exterminado” durante sessão solene em memória das vítimas dos ataques de 7 de outubro de 2023 em Israel. A declaração gerou reações e marcou o ato promovido para lembrar os dois anos daquele ataque.

Wagner — que é judeu — qualificou o ataque de 2023 como “covarde” e pediu que não se confunda o Estado de Israel com o governo do primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu: “O Hamas tem que ser exterminado, mas o governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro”.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil‑AP), que também é judeu, não participou da sessão solene. A homenagem foi proposta para lembrar as vítimas e reforçar apelos por paz, pela libertação de reféns e contra o antissemitismo.
Senado Federal

Em tom crítico, Wagner cobrou responsabilidade das lideranças e fez ressalvas à condução do governo israelense. Segundo ele, “o valor de uma vida humana não deve ser hierarquizado pela crença religiosa” e parte significativa da população em Israel discorda da política externa de Netanyahu. As falas foram acompanhadas de aplausos moderados e alguma movimentação entre os senadores; Wagner deixou o plenário ao terminar o discurso.

Ele defendeu também o diálogo e um cessar‑fogo, argumentando que “só existe paz quando as partes beligerantes concordam em encontrá‑la”. Explicando termos: cessar‑fogo é uma suspensão temporária das hostilidades entre lados em conflito, frequentemente usada como primeiro passo para negociações de paz.

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Geral

Homem fica quatro anos esperando cadeira de rodas e Justiça manda Governo do RN pagar R$ 11 mil em cinco dias

Foto: Arquivo

 

O drama de um agricultor de Marcelino Vieira, no Oeste potiguar, finalmente ganhou um desfecho judicial. Após quatro anos acamado, esperando que o Governo do RN fornecesse uma cadeira de rodas motorizada, a Justiça determinou que o Estado custeie o equipamento em até cinco dias. O equipamento, essencial para sua locomoção e autonomia, custa R$ 11.338.

Desde o acidente em 2021, que o deixou paraplégico, o homem depende da cadeira de rodas para se locomover e manter a autonomia. Sem o equipamento, ele passa o dia inteiro deitado, sofrendo feridas na pele e precisando usar sonda hospitalar, uma situação que a Justiça classificou como violação ao direito à saúde e à integridade física.

O pedido, feito ao Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada (CERAE/RN) em julho de 2025, ficou sem resposta por meses, até que o caso chegou à Vara Única da Comarca de Marcelino Vieira. O juiz Gustavo Henrique Silveira Silva destacou que, segundo a Constituição, saúde é direito de todos e dever do Estado, e que a omissão do poder público configurava risco à vida e à dignidade do agricultor.

A decisão da Justiça agora obriga a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) a fornecer ou custear o equipamento no prazo determinado, sob risco de bloqueio direto de recursos do Estado. Uma vitória que mostra que, mesmo diante do descaso, a Justiça pode garantir direitos básicos e mudar vidas.

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Economia

Mais de 1,7 mil famílias do RN terão que devolver Auxílio Emergencial indevido; valor passa de R$ 4,6 milhões

Foto: Arquivo

 

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) notificou 1.783 famílias do Rio Grande do Norte por receberem indevidamente o Auxílio Emergencial, pago durante a pandemia da Covid-19. O valor total a ser devolvido aos cofres públicos chega a mais de R$ 4,6 milhões.

Em todo o país, mais de 177 mil pessoas estão na mesma situação. Segundo o MDS, a cobrança atinge apenas quem não cumpria os critérios legais para receber o benefício. Ficam de fora famílias em situação de vulnerabilidade — como as inscritas no Bolsa Família ou Cadastro Único, ou que receberam menos de R$ 1,8 mil no total.

O governo aponta irregularidades como emprego formal ativo, acúmulo de benefícios previdenciários, renda familiar acima do limite permitido ou duplicidade de pagamentos. Esses casos foram detectados após cruzamento de dados com órgãos federais.

As notificações estão sendo enviadas por SMS, e-mail, WhatsApp e pelo aplicativo Notifica, priorizando quem tem maior capacidade de pagamento ou valores mais altos a devolver. Quem ignorar o aviso pode ser inscrito na Dívida Ativa da União, ter o nome negativado e entrar no Cadin (Cadastro de Inadimplentes do Governo Federal).

Devolução deve ser feita online

Segundo a  coordenadora-geral de Pagamento e Controle do MDS, Raquel Araújo de Sousa,o ressarcimento deve ser feito pelo sistema Vejae, via PagTesouro, com opções de pagamento por PIX, cartão de crédito ou boleto bancário. O prazo é de 60 dias, com possibilidade de parcelamento em até 60 vezes, valor mínimo de R$ 50 por parcela e sem juros ou multa.

O MDS reforça que o processo não é automático: cada notificado precisa acessar o sistema oficial e confirmar a devolução voluntária para evitar penalidades.

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Política

Michelle Bolsonaro reage em ato em Brasília e defende anistia: “Só ela vai trazer paz ao país”

Foto: Reprodução/CNN

 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi a principal atração da Caminhada da Anistia, realizada nesta terça-feira (7) em Brasília (DF). O ato, organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro e reuniu nomes da direita de várias partes do país.

Michelle iniciou o discurso com uma oração e, logo em seguida, lembrou os dois anos do ataque do grupo Hamas a Israel, aproveitando para criticar o governo Lula. “O atual governo condena Israel e fica do lado de terroristas, que assassinam mulheres, gestantes e gays. Nós amamos Israel e não vamos desistir”, afirmou.

Em tom de desabafo, a ex-primeira-dama disse que o irmão do ex-presidente, Renato Bolsonaro, ainda não conseguiu autorização para visitá-lo, classificando a situação como “humilhação”. “Essa humilhação não é sobre Bolsonaro, é sobre um sistema”, declarou.

Durante o ato, Michelle também defendeu uma anistia ampla e irrestrita, afirmando que a medida seria a única forma de “trazer paz ao país”. “Hoje temos um presidente anistiado em 79 que até recebe pensão vitalícia. É uma discrepância muito grande. Só uma anistia vai trazer paz pro nosso país. E ela é constitucional”, completou.

Do alto de um trio elétrico, Michelle discursou ao lado de familiares de presos pelos atos de 8 de janeiro, entre eles Débora Rodrigues dos Santos, conhecida por escrever mensagens com batom na estátua em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Encerrando sua fala, a ex-primeira-dama saiu em defesa de Jair Bolsonaro, dizendo que ele “não cometeu nenhum crime e nem roubou velhinhos”, em referência à acusação de fraude no INSS.

 

 

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Política

Paulinho Freire, Eriko Jácome e Styvenson unem forças para ampliar combate ao câncer em Natal

Foto: Divulgação

 

O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), e o presidente da Câmara Municipal, Eriko Jácome (PP), se reuniram nesta terça-feira (7) com o senador Styvenson Valentim (PSDB) para discutir novas medidas de combate e prevenção ao câncer na capital potiguar.

Durante o encontro, foi confirmada a destinação de uma emenda parlamentar para o Grupo Reviver, instituição que se tornou referência no diagnóstico e combate ao câncer de mama em Natal.

O senador e o presidente da Câmara, ambos com trabalhos de destaque na área da saúde e prevenção do câncer, reafirmaram o compromisso de ampliar o alcance das ações voltadas à população, em parceria com a Prefeitura de Natal.

De acordo com o prefeito Paulinho Freire, o objetivo é fortalecer o atendimento, a conscientização e o acesso a exames preventivos, garantindo mais qualidade de vida e cuidado às mulheres natalenses.

“O combate ao câncer precisa ser uma prioridade permanente. O Grupo Reviver tem feito um trabalho exemplar em Natal, levando prevenção e esperança a tantas mulheres. Garantir essa emenda é uma forma de fortalecer quem está na linha de frente e ampliar o alcance dessas ações”, destacou Eriko.

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Saúde

Natal terá hospital moderno com 100 leitos e sistema que corta risco de doenças respiratórias, diz secretário

Foto: Reprodução/PMN

 

A primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a operar já em janeiro de 2026, anunciou o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho. A obra, que estava paralisada por falta de recursos, foi retomada no final de setembro. Inicialmente, o hospital terá funcionamento restrito, atendendo apenas pacientes encaminhados de outras unidades de saúde da cidade.

A unidade contará com 100 leitos, sendo 90 de enfermaria e 10 de UTI. Também terá salas de procedimentos, centro de diagnóstico por imagem, farmácia, cozinha e lavanderia. Cada quarto terá duas camas, banheiro e lavatório, mas poderá receber uma cama extra em situações de emergência.

Um dos destaques da obra é o sistema de refrigeração de ar, que mantém fluxos de ar separados em cada ambiente, ajudando a reduzir a circulação de impurezas e o risco de transmissão de doenças respiratórias.

A segunda etapa, prevista para o segundo semestre de 2027, incluirá mais 220 leitos, além de centro cirúrgico e maternidade, ampliando a capacidade de atendimento da cidade.

Geraldo afirmou que R$ 50 milhões já foram investidos na primeira fase, e cerca de R$ 110 milhões estão previstos para a conclusão da segunda etapa. O quadro de pessoal será formado por contratos temporários prorrogáveis e novos concursos públicos estão sendo avaliados.

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Geral

E AGORA, O QUE SERÁ DO BRASIL? Virginia termina com Vini Jr. após jogador se aproximar de outra influenciadora

Foto: Reprodução/Instagram

 

A influenciadora Virginia Fonseca decidiu encerrar o breve romance com o jogador Vinícius Jr., do Real Madrid. A informação foi confirmada oficialmente pela assessoria da apresentadora. Segundo a equipe de Virginia, o relacionamento nunca foi sério: “O que não era sério, agora não é nada”.

A decisão acontece após a divulgação de conversas de Vini Jr. com outra influenciadora, Day Magalhães. Mensagens compartilhadas pelo colunista Leo Dias mostram elogios do jogador e combinações de encontros na Espanha, o que reacendeu os rumores sobre a vida amorosa do atleta.

Nos últimos dias, Virginia registrou presença na casa de Vini, em Madrid, e também esteve em um jogo do Real Madrid para prestigiar o jogador. Ela publicou fotos usando uma camisa autografada por ele, enquanto Vini Jr. postou um vídeo dançando ao lado de uma influenciadora em seu TikTok.

Os rumores sobre o envolvimento do casal começaram em julho, quando Virginia participou da festa de aniversário do jogador no Rio de Janeiro. Desde então, a relação foi marcada por encontros discretos e registros nas redes sociais, mas sem confirmação de compromisso sério.

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Mundo

Carro do presidente do Equador é atacado por multidão; Noboa não se feriu

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Equador, Daniel Noboa, escapou ileso de um atentado na noite desta terça-feira (7), em um episódio que acende o alerta sobre a tensão política no país. A informação foi confirmada pelo governo, e a ministra de Energia, Inés María Manzano, garantiu que o presidente não sofreu ferimentos. Noboa segue monitorando a situação e deve se pronunciar oficialmente nesta quarta-feira (8).

O ataque aconteceu na província de Cañar, região Central do Equador. Segundo relatos, o veículo oficial de Noboa foi cercado por cerca de 500 pessoas e atingido por disparos. Até o momento, não há registros de feridos entre a equipe presidencial.

O atentado ocorre em meio a protestos contra o aumento do preço do diesel, que passou de US$ 1,80 para US$ 2,80 por galão (aproximadamente de R$ 9,60 para R$ 15, na cotação atual). O reajuste foi motivado pelo fim de um subsídio concedido pelo governo.

Os protestos, que envolvem bloqueios de estradas e mobilizações em diversas cidades, refletem a insatisfação de comunidades indígenas com o impacto direto do aumento do combustível na economia local. Analistas alertam que a crise pode se aprofundar se medidas emergenciais não forem adotadas pelo governo.

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Política

Câmara abre processo contra deputados bolsonaristas por motim após prisão de Bolsonaro

Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu processos contra os deputados bolsonaristas Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) por participação no motim que ocupou o plenário da Casa pouco depois da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Os pedidos de suspensão foram enviados pelo corregedor Diego Coronel (PSD-BA) à Mesa Diretora, com Pollon podendo receber a punição mais severa por duas representações: ocupar a mesa da presidência e ofender Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara.

Van Hattem poderá ser afastado por até 30 dias por se recusar a levantar da cadeira de presidente durante a chegada de Motta. Zé Trovão enfrenta a mesma pena por impedir que o presidente da Câmara chegasse à mesa durante a obstrução. Os relatores dos processos serão definidos pelo presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União Brasil-SC), após sorteio das listas tríplices.

Dos 14 parlamentares envolvidos no motim, apenas esses três tiveram pedidos de afastamento. Os demais, incluindo o líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcantes (RJ), receberam censura escrita, uma advertência formal. A medida reforça que, mesmo em ações de protesto político, deputados podem sofrer punições formais no Conselho de Ética.

Relembre o motim

O motim ocorreu no retorno do recesso parlamentar, quando aliados de Bolsonaro ocuparam os plenários da Câmara e do Senado para pressionar a tramitação do “pacote da paz”, que incluía anistia, fim do Foro Privilegiado e impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. O impasse só foi resolvido após acordo com líderes do Centrão, que se comprometeram a levar a anistia à pauta do plenário.

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Política

Déficit e dívidas milionárias: RN pode enfrentar crise histórica, alerta José Dias

Foto: Eduardo Maia/ALRN

 

O deputado José Dias (PL) voltou a levantar o alerta sobre a situação financeira do Estado nesta terça-feira (7), durante a sessão da Assembleia Legislativa do RN. Segundo ele, o governo estadual deixará uma “herança terrível” para a próxima administração, marcada por déficit, dívidas e compromissos futuros.

O parlamentar criticou o atraso no pagamento das emendas parlamentares, que prejudicam diretamente a população. Ele citou Ceará-Mirim como o município mais afetado, mesmo após o governo estadual ter registrado uma “vitória imensa” na cidade. E enfatizou que o problema não é pessoal, mas social e financeiro, atingindo quem depende desses recursos.

Além das emendas, o deputado expressou preocupação com o futuro econômico do RN. Ele afirmou que a situação foi agravada por uma “estratégia da esquerda, principalmente do PT”, que teria deixado problemas quase irrecuperáveis, forçando medidas impopulares para desacreditar governos futuros.

O parlamentar concluiu destacando que a mudança dependerá do voto consciente da população nas próximas eleições: “Essa é uma missão poderosa que nós podemos exercer no próximo ano”, disse.

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