Na tarde de ontem, a secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Socorro, convocou a liderança da Cooperativa dos Médicos para apresentar uma contraproposta visando a não paralisação dos serviços. De acordo com a gerente administrativa da Coopmed, Cleide Fernandes, a proposta consistia no recebimento da parcela referente ao mês de maio na próxima sexta-feira, o mês de junho no dia 21 de setembro e o mês de julho no dia 10 de outubro. “Não foi apresentada nenhuma proposta com relação ao mês que já começa a vencer, agosto”, afirmou.
De acordo com Cleide, a proposta do município é inviável e a paralisação será mantida. “Convocaremos uma assembleia para a próxima quinta-feira para discutir o que iremos fazer nas próximas semanas e como iremos proceder durante a paralisação. Não há o que fazer senão pagar a dívida, tendo em vista que o quadro municipal é muito deficitário”, alegou, reclamando que apenas na véspera do anúncio da paralisação da secretaria decidiu se pronunciar e convocar uma negociação.
Após a reunião com a Coopmed, a titular da SMS se reuniu com os diretores dos distritos de saúde e pronto-atendimentos do município, para ver se conseguia puxar a escala do mês seguinte para manter o nível de atendimentos. Segundo um dos diretores, que não quis se identificar, não será possível puxar a escala, tendo em vista que os médicos municipais já cumpriram sua carga horária mensal em muitas unidades.
No local, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou falar pessoalmente com a titular da SMS, tendo em vista que as ligações telefônicas não eram retornadas. Após duas horas de espera, aguardando a finalização da reunião com os diretores das unidades hospitalares, batemos na porta da sala várias vezes seguidas e aguardamos retorno, sem sucesso.
Foto: Reprodução
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