Diversos

Crianças terão que ser alfabetizadas até o 2º ano em novo currículo; entenda mudanças na educação

Maria Helena Guimarães de Castro secretária-executiva do Ministério da Educação (Foto: Letícia Carvalho/G1)

A terceira e última versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino infantil e fundamental foi apresentada nesta quinta-feira (6) pelo Ministério da Educação (MEC). O texto não aborda o ensino médio. O documento foi finalizado com atraso, já que estava previsto para junho de 2016.

A BNCC é considerada fundamental para reduzir desigualdades na educação no Brasil e países desenvolvidos já organizam o ensino por meio de bases nacionais. O documento define a linhas gerais do que os alunos das 190 mil escolas do país devem aprender a cada ano.

A base ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e depois homologada pelo ministro da Educação. Mesmo após essas etapas, ela só terá efeito na sala de aula quando estados e municípios reelaborarem os seus currículos em um prazo de até dois anos após a homologação pelo MEC. Serão esse currículos que detalharão como será abordado cada uma das metas ou eixos da BNCC em sala de aula.

Veja os destaques da BNCC do ensino infantil e fundamental

Ensino religioso foi excluído da terceira versão; MEC alega respeitar lei que determina que tema seja optativo e que é competência dos sistemas de ensino estadual e municipal definir regulamentação.

Conteúdo de história passa a ser organizado segundo a cronologia dos fatos.

Língua inglesa será o idioma a ser ensinado obrigatoriamente; versão anterior da BNCC deixava escolha da língua a cargo das redes de ensino.

Conceito de gênero não é trabalhado no conteúdo; MEC diz que texto defende “respeito à pluralidade”.

Texto aponta 10 competências que os alunos devem desenvolver ao longo desta fase da educação (veja lista abaixo). Uma delas é “utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética”.

Toda criança deve estar plenamente alfabetizada até o fim do segundo ano; na versão anterior, o prazo era até a terceira série.

Educação infantil ganha parâmetros de quais são os “direitos de aprendizagem e desenvolvimento” para bebês e crianças com menos de seis anos.

O Brasil não tinha uma base comum, mas documentos como as Diretrizes e Parâmetros Curriculares e normas federais já garantiam a padronização na elaboração dos currículos. Agora, a BNCC será a referência nacional obrigatória para que as escolas desenvolvam seus projetos pedagógicos.

A proposta preliminar foi feita por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do Brasil e gerou polêmica por causa das lacunas deixadas em áreas como história e literatura. O documento inicial tinha pouco mais de 300 páginas. Após contribuições online, a segunda versão foi apresentada com 676 páginas e passou por audiências públicas. Agora concluído e apresentado ao CNE, o documento final da BNCC tem 396 páginas.

“Pela primeira vez, o Brasil terá uma base que define o conjunto de aprendizagens essenciais a que todos os estudantes têm direito na educação básica”, apontou a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. “Como ela será implementada dependerá dos currículos adotados pelas escolas”, acrescentou.

Ensino religioso

A versão final da BNCC do ensino infantil e médio exclui “ensino religioso” da lista de áreas. Antes, ele estava ao lado de linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza. Na versão anterior, o texto afirmava que ensino religioso era área cujo conteúdo tinha “oferta obrigatória”, porém com “matrícula facultativa”.
De acordo com o MEC, a área de ensino foi retirada para atender o que está disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). De acordo com a pasta, a LDB aponta que o ensino religioso seja oferecido aos alunos do ensino fundamental nas escolas públicas em caráter optativo.

Ainda segundo o MEC, cabe aos sistemas de ensino a sua regulamentação e definição de conteúdos. “Sendo esse tratamento de competência dos Estados e Municípios (…), não cabe à União estabelecer base comum para a área, sob pena de interferir indevidamente em assuntos da alçada de outras esferas de governo da Federação”, aponta a versão final da BNCC.

Língua inglesa

O inglês passa a ser o idioma obrigatório para ser ensinado nas salas de aula a partir do 6º ano do ensino fundamenta. Na versão anterior da BNCC, os especialistas apontavam que era “importante que cada comunidade escolar (pudesse) escolher as línguas estrangeiras a serem ministradas, levando em conta as realidades locais específicas, a exemplo dos contatos com outras línguas em regiões de fronteira ou migração, em comunidades com história de migração, em comunidades indígenas, entre outras”.

A mudança segue a mesma linha defendida pela atual gestão do MEC, que fez a mesma exclusão durante a reforma do ensino médio.

Alfabetização

A segunda versão da BNCC defendia que os alunos deveriam ser alfabetizados até o terceiro ano da educação básica. Na proposta final, o processo de letramento deverá ser concluído no segundo ano. Alguns especialistas chegaram a alertar para o risco de que o capítulo dessa etapa de ensino acabe por favorecer a escolarização precoce.

“A principal mudança para mim é em relação à alfabetização. A versão 2 trabalhou o tempo todo com a garantia plena da alfabetização até o final do terceiro ano. Nós baixamos para até o final do segundo ano. Essa é a principal mudança”, disse Maria Helena.

O ministro Mendonça Filho defendeu o novo prazo como garantia de igualdade de direitos. “À medida que a gente gera essa diretriz pela fixação desse comando na BNCC, na verdade a gente está assegurando o mesmo direito para as crianças que estudam nas melhores escolas tambem para as escolas públicas.”

Atualmente, segundo o Pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), o governo federal, os estados e os municípios devem garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. A iniciativa, vigente desde 2012, é uma parceria do MEC com uma rede de universidades públicas federais e estaduais, redes de ensino estaduais e municipais e professores alfabetizadores.

História cronológica

Alvo de polêmicas nas primeiras duas versões, os principais questionamentos nesta disciplina tinham já sido resolvidos com a reorganização feita na segunda versão da base.

Além desses pontos, o MEC anunciou ter feito uma reorganização na forma como o conteúdo será apresentado ao longo dos nove anos do ensino fundamental. “Em história, você tem uma mudança importante. A parte de história obedece a cronologia dos fatos, coisa que não estava presente”, afirmou Maria Helena.

Questões de gênero

A secretária executiva do MEC, Maria Helena Castro, afirmou que os conceito de gênero não são trabalhados na versão final da BNCC para o ensino fundamental e infantil.

“Não trabalhamos com ele (conceito de gênero). Nós trabalhamos com o respeito à pluralidade, inclusive do ponto de vista do gênero, de raça, de sexo, tudo. (…) Inclusive fomos até procurados aqui (no MEC) por alguns que defendiam o uso de gênero e outros que eram contra. Nós não queremos nem ser contra nem a favor. Somos a favor da pluralidade, da abertura, da transparência e da lei”, disse Maria Helena.

Como eixo, a BNCC defende que o aluno desenvolva a competência de se relacionar “sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza”.

10 competências

A base determina que, ao longo da educação básica, os estudantes devem desenvolver dez competências gerais, tanto cognitivas quanto socioemocionais, que incluem o exercício da curiosidade intelectual, o uso das tecnologias digitais de comunicação e a valorização da diversidade dos indivíduos.

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações, fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ ou verbo-visual (como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo.

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer.

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

“A Base tem o objetivo de entender que o país é diverso e que escola deve estar aberta para atender todos, que seja inclusiva e que aceite o diverso” disse a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro.

Bebês e crianças pequenas

A BNCC também passou a adotar objetivos específicos para três categorias da educação infantil: crianças de zero a 1 ano e 6 meses; 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses; 4 anos a 5 anos e 11 meses.

A educação infantil, aliás, é a etapa que tem a estrutura defendida como mais inovadora pelos redatores da versão final da BNCC. Ela não obedece a divisões mais tradicionais por áreas de conhecimento e componentes curriculares. Faz o cruzamento das áreas com os chamados “campos de experiência”, que incorporam dimensões como o “brincar” e “explorar”, consideradas indispensáveis à formação das crianças.

Em reunião técnica para discutir a base com a imprensa, Maria Helena exemplificou competências específicas das áreas de conhecimento e de objetivos de aprendizagem do ensino fundamental. Em matemática, por exemplo, espera-se que o aluno possa estabelecer relações entre conceitos dos diferentes campos da ciência (aritmética, álgebra, geometria, estatística e probabilidade) durante todos os anos do ensino fundamental.

Próximos passos: dois anos de prazo

O documento final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), agora, será entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A comissão vai analisar o texto e preparar um parecer técnico que será submetido à votação do CNE.

De acordo com o ministro Mendonça Filho, o calendário de implementação da base vai dar o prazo de até dois anos após a homologação para que as redes elaborem seus currículos, que serão posteriormente referendados pelo MEC.

Segundo indicou a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, o CNE deve organizar audiências públicas em cada região do país, para ouvir opiniões de especialistas e de representantes de professores e sociedades científicas.

Para que a proposta se transforme em lei, a base ainda precisa ser homologada pelo ministro da Educação. A implementação da BNCC, no entanto, demandará um ciclo de trabalho, que envolverá formação e capacitação de professores, mudanças dos materiais didáticos e reformulação dos currículos das escolas estaduais, municipais e federais.

Maria Helena avalia que o “ideal seria a execução da BNCC ainda em 2019”. A secretária, no entanto, reconheceu que há um longo caminho para percorrer.

O MEC vai acompanhar a revisão dos livros didáticos. Em princípio, o acervo deveria permanecer em uso no triênio de 2018 a 2020, mas o governo quer reduzir esse prazo para dois anos. De acordo com Maria Helena, o ministério vai negociar com as editoras a possibilidade de contar com livros revistos segundo as prescrições da BNCC já a partir de 2019.
A BNCC vai exigir também a revisão do que é cobrado nas avaliações federais, estaduais e municipais. A matriz da Prova Brasil, que não passou por mudanças desde 2001,
será modificada conforme garantiu Maria Helena. “Esse ano, com certeza, praticamente, provavelmente, teremos a Base nacional curricular aprovada pelo Conselho Nacional de Educação, uma vez aprovada ano que vem o Inep desenvolve uma nova matriz e aplica no ano de 2019”, disse.

Ensino médio

A Base Nacional Comum Curricular apresentada pelo MEC nesta quinta (6) trata apenas dos ensinos infantil e fundamental. A base do ensino médio será revisada por causa da aprovação do projeto de reforma dessa etapa da educação básica sancionada pelo Congresso em fevereiro deste ano. A previsão é de que ela seja encaminhada ao Conselho Nacional de Educação ainda neste segundo semestre.

Enquanto não houver mudanças na base do ensino médio, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“O Enem vai mudar na medida em que a base do ensino médio for aprovada. O Enem deve seguir a nova base no futuro, não sei se é 2019 ou se é 2020. Vai depender da nova base”, disse Maria Helena.

A secretaria executiva do MEC lembrou que essas datas apontadas para a mudança de conteúdo do Enem, conforme aprovado na lei da reforma, só deve ocorrer dois anos após a aprovação da BNCC.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Convivi algum tempo em uma cidade do interior do RN e lá crianças com 15 anos, não sabiam escrever direito, ler nem pensar, olha que é uma cidade onde corre dinheiro franco de royaltes da Petrobras. A diretora da escola, que é tida como a intelectual da cidade, me disse que essas crianças passam de ano porque as Professoras não aguentam e terminam aprovando, mesmo sem elas saberem ler e escrever direito. ESSE É O NOSSO BRASIL!

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Gastronomia

O Papo de Fogão dessa semana tá arretado de bom! Tem Disquinho de Goiaba de Caicó e camarão de entrada

O Papo de Fogão dessa semana tá arretado de bom! Dona Diana de Araújo chega trazendo o Disquinho de Goiaba, tradição de Caicó que é pura gostosura.

E ainda tem Militão Chaves botando todo mundo pra salivar com um camarão com biquinho e farofa de bacon de comer rezando!

Não perde esse programa, viu?

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h

PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Geral

Encontro entre Lula e Trump pode ocorrer neste mês de outubro na Itália

Fotos: Ricardo Stuckert/PR e Emily J. Higgins/Casa Branca

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja a Roma entre 13 e 18 de outubro para participar do Fórum Mundial da Alimentação, que celebra os 80 anos da FAO.

Durante o evento, pode ocorrer uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir as tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros.

Os dois já tiveram um breve contato na Assembleia Geral da ONU, em setembro, quando Trump falou em “química excelente” com Lula e demonstrou interesse em avançar no diálogo.

Além de Roma, a Malásia — onde Lula participará da 47ª Cúpula da Asean no fim do mês — também é cogitada como palco para o encontro.

O Itamaraty avalia ainda a possibilidade de uma conversa prévia por telefone ou videoconferência.

Com informações de Poder 360

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Geral

Após resposta do Hamas, Trump pede que Israel pare de bombardear Gaza

Foto: Stringer/Anadolu via Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu nesta sexta-feira (3) após o Hamas concordar em libertar todos os reféns israelenses na Faixa de Gaza. Em publicação nas redes sociais, Trump afirmou que Israel deve interromper imediatamente o bombardeio no território palestino para que os resgates ocorram de forma segura.

“Com base na Declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma PAZ duradoura. Israel deve interromper imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos resgatar os reféns com segurança e rapidez! Já estamos discutindo detalhes a serem acertados. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da PAZ há muito almejada no Oriente Médio”, escreveu Trump.

O Hamas divulgou comunicado nesta sexta-feira confirmando sua concordância com o plano de paz proposto pelo presidente norte-americano. O grupo palestino afirmou que libertará todos os prisioneiros israelenses — vivos e mortos — e permitirá a entrega da administração da Faixa de Gaza a um comitê palestino independente, conforme sugerido pelo republicano.

LEIA TAMBÉM: Após ultimato de Trump, Hamas diz que concorda em libertar todos os reféns israelenses e quer discutir outros pontos do plano de paz

Metrópoles

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Brasil

Sobe para 113 casos suspeitos de intoxicação por metanol no país, diz Padilha

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Brasil passou da marca de 100 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, são 113 casos suspeitos em todo o país. A informação foi dada em entrevista à CNN nesta sexta-feira (3).

São cinco estados com casos suspeitos – São Paulo, Pernambuco, Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul – além do Distrito Federal.

“Número de casos suspeitos e presentes em outros estados reforça a participação da Polícia Federal na investigação por ser uma situação interestadual”, disse Padilha.

País tem uma morte confirmada como provocada em razão do metanol. O ministro não detalhou se essa morte teve relação com o consumo de bebida alcoólica. Outros 11 óbitos ainda estão sob investigação em todo o território nacional

Com informações de CNN e UOL

Opinião dos leitores

  1. O número de vítimas de bebidas batizada com metanol é muito maior, o ministro e os responsáveis ela fiscalização estão mentindo e manipulando o número de vítimas.

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Geral

Após ultimato de Trump, Hamas diz que concorda em libertar todos os reféns israelenses e quer discutir outros pontos do plano de paz

Foto: MOHAMMED SABER/EFE/EPA

O grupo terrorista Hamas respondeu, nesta sexta-feira (3), ao presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a proposta de plano de paz na Faixa de Gaza. O grupo informou que concorda em libertar todos os reféns israelenses e deixar o governo no enclave palestino, mas pediu que alguns pontos do acordo sejam discutidos.

A resposta do Hamas surgiu horas após o “ultimato” de Trump, que deu um prazo até este domingo (5) para o grupo se manifestar sobre a proposta.

“Para alcançar o fim da guerra e a retirada completa [das forças de Israel] da Faixa de Gaza, o movimento anuncia sua concordância em libertar todos os prisioneiros da ocupação, vivos e cadáveres, conforme a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, e providenciar as condições de campo para o processo de troca. Nesse sentido, o movimento confirma sua prontidão para entrar imediatamente, por meio dos mediadores, em negociações para discutir os detalhes disso”, disse o Hamas em comunicado.

Sobre a possível saída da administração de Gaza, o grupo palestino disse concordar em entregar o governo para um comitê palestino independente, conforme proposto pelo presidente dos EUA.

Apesar da sinalização positiva, o Hamas não comentou os outros 18 pontos da proposta de paz com Israel. Entre elas, a deposição de armas e a reconstrução do enclave palestino.

De acordo com o comunicado, as questões “relacionadas ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino” precisam ter uma “posição nacional unificada”. Por isso, a organização afirmou que tais temas serão debatidos por meio de um “quadro nacional”.

O acordo já foi aceito por Israel durante visita de Benjamin Netanyahu aos EUA nesta semana. O premiê israelense, porém, já sinalizou que pode não cumprir um dos pontos do plano de paz: a retirada de tropas do enclave palestino.

Metrópoles

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Geral

Reprovação à participação de Janja no governo Lula cresce 11 pontos percentuais e chega a 61%, mostra pesquisa PoderData

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pesquisa do PoderData mostra que 61% dos eleitores que afirmaram conhecer Rosângela Lula da Silva, a Janja, desaprovam sua participação no governo.

O índice cresceu 11 pontos percentuais desde junho e é o mais alto desde maio de 2024. Apenas 23% afirmaram aprovar sua atuação, o menor patamar registrado desde o início da série histórica, enquanto 16% não souberam responder.

A primeira-dama também se tornou mais conhecida nos últimos anos. Em setembro de 2022, antes da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, 63% dos brasileiros diziam conhecê-la. Hoje, esse número subiu para 89%, sendo 51% os que a conhecem “de ouvir falar” e 38% os que afirmam conhecê-la “bem”. Apenas 11% ainda dizem não conhecer Janja.

Os dados foram coletados de 27 a 29 de setembro de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 178 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Foi uma das melhores PRIMEIRA DAMA que o BRASIL já teve. LULA até para escolher MULHERES é muitíssimo competente.

    EU SOU FÃ DE CARTEIRINHA DE “JANJA”.

  2. Há controvérsias! Comenta-se a boca pequena que o índice de rejeição dessa “dama de vermelho” é bem maior.

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Geral

MPF diz que saúde em Belém corre risco de colapso na COP30 e recomenda criar hospital de campanha

Obras da Vila dos Líderes, espaço destinado à hospedagem de autoridades na COP30, em Belém / Foto: Marx Vasconcelos/Reuters

O Ministério Público Federal (MPF) alertou que a rede de saúde de Belém não está preparada para a COP30, prevista para novembro, quando a cidade deve receber mais de 50 mil pessoas. O órgão recomendou a criação de um hospital de campanha, contratação temporária de profissionais e ampliação de leitos.

Segundo o MPF, prontos-socorros e UPAs da capital já sofrem com falta de insumos, medicamentos e estrutura básica, o que pode levar a um colapso durante o evento. “Salta aos olhos que, ao contrário do divulgado, a saúde de Belém, notadamente de urgência e emergência, não se preparou para a COP30”, afirmou a Procuradoria.

A Secretaria Estadual de Saúde negou a necessidade de hospital de campanha e disse que a rede está preparada. Já o Ministério da Saúde informou ter destinado mais de R$ 300 milhões ao Pará, sendo R$ 100 milhões para reformas de UBSs e emergências. O ministro Alexandre Padilha garantiu que não haverá fila separada no SUS para participantes da conferência e destacou que a COP30 “vai deixar um grande legado na área da saúde”. O MPF também criticou a ausência de investimentos diretos do orçamento da cúpula (cerca de R$ 4,7 bilhões) na saúde pública.

Com informações de Folha de S. Paulo

Opinião dos leitores

  1. TENHO DITO!!
    GASTOS BILIONÁRIOS COM ESSA TAL DE COP30 QUE NÃO VAI MUDAR A VIDA DE NENHUM CIDADÃO COMUM NUM ESTADO QUE FALTA DE TUDO.
    TAÍ Ó!!
    Dinheiro farto pros mamadores de dinheiro público.
    É só quem saem lucrando num negocio desses.
    Faz o L.

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Geral

Trump declara que EUA estão em ‘conflito armado’ com cartéis de drogas: PCC e CV entrarão na mira?

Foto: Getty Images via BBC

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em memorando confidencial que o país está em um “conflito armado” contra cartéis de drogas, agora tratados como “combatentes legais”.

A declaração veio após ataques americanos a três barcos no Caribe, suspeitos de transportar drogas, que deixaram 17 mortos. Segundo o documento, Trump determinou que o Departamento de Defesa conduza operações contra os grupos “de acordo com a lei de conflitos armados”.

“O presidente determinou que os Estados Unidos estão envolvidos em um conflito armado com essas organizações terroristas designadas”, afirma o documento, conforme relatado pela Reuters.

Trump justificou: “Que eles saibam que nós vamos explodir vocês”, em referência aos cartéis ligados à Venezuela, como o Tren de Aragua e o Cartel de los Soles, que os EUA acusam de conexões com o presidente Nicolás Maduro.

A medida levantou críticas de especialistas em direito internacional, que veem possível violação dos direitos humanos e questionam a legalidade dos ataques.

PCC e CV na mira?

O caso também interessa ao Brasil: analistas avaliam que os EUA podem estender a classificação de organizações terroristas ao PCC e ao Comando Vermelho. Para a consultoria Eurasia, essa possibilidade pode crescer nos próximos meses.

O memorando de Trump ao Congresso americano é de interesse do Brasil, pois especialistas em risco político avaliam que existe a possibilidade de o governo americano classificar facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas.

A medida pode ser adotada como parte das retaliações americanas pela condenação de Jair Bolsonaro (PL) por golpe de Estado, segundo um relatório publicado pela consultoria Eurasia no início de setembro.

Em entrevista à BBC News Brasil, o diretor-executivo para as Américas do grupo Eurasia, Christopher Garman, disse que a classificação do PCC e do CV como organizações terroristas não parece ser uma decisão iminente, mas pode ocorrer nos próximos meses.

“O desafio de quando você denomina PCC e CV como organização terrorista é que tem que identificar quais grupos estão ajudando essas organizações. E, dado o tamanho, a sofisticação e a entrada desses grupos no setor privado, não é fácil”, observou Garman.

O presidente Lula criticou o avanço militar americano no Caribe: “O terrorismo não pode ser confundido com desafios de segurança pública. São fenômenos distintos e não devem servir de desculpa para intervenções à margem do direito internacional”.

Com informações de g1

Opinião dos leitores

  1. Direitos humanos é pra seres humanos do bem. Traficantes e terroristas não respeitam os direitos humanos mais querem usufruir dos benefícios e medidas de proteção. Pau no lombo desses traficantes e terroristas desumanos.

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Geral

STF estabelece altura mínima para cargos em segurança pública; entenda

Foto:  Fernando Frazão / Agência Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu os parâmetros para fixação de altura mínima para homens e mulheres que desejam ingressar em funções públicas, por meio de concursos públicos na área de segurança pública.

Em decisão de repercussão geral proferida na quinta-feira (2), que deve ser aplicada para todas as ações que discutem a mesma matéria, independente do tribunal, a corte decidiu que as regras de estatura mínima 1,60 m para homens e 1,55 m para mulheres, só é válida se prevista em lei.

O ministro relator, Luís Roberto Barroso, e a maioria do Plenário Virtual acolheram o argumento. O STF já admite a exigência, mas condiciona-a aos requisitos da Lei federal 12.705/2012, que rege o Exército.

O Tribunal ressaltou, contudo, a inconstitucionalidade da exigência para oficiais bombeiros militares da área de saúde e capelães, pois tais diferenciações devem estar ligadas diretamente às funções do cargo.

Caso concreto

Essa tese foi consolidada após uma candidata à Polícia Militar de Alagoas, medindo 1,56m, ser reprovada devido à legislação local exigir 1,60m para mulheres. A defesa argumentou que a regra feria a razoabilidade e o acesso a cargos públicos, por ser mais rigorosa que a do Exército.

“É inadmissível, no Estado de Alagoas, onde as pessoas geralmente são de estatura baixa e mediana, se delimitar o acesso para um cargo público pela altura”, argumentou.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. As Forças Armadas de ontem, admirada e respeitada pela populaçãodo bem, é as “Frouxas Armadas” de hoje, medíocre, submissa e inoperante.

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Geral

PM abre processo disciplinar contra policiais filmados ‘brincando’ de patinete em frente a batalhão em horário de serviço em Natal

Foto: reprodução

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte instaurou um processo administrativo disciplinar para investigar dois sargentos flagrados em um vídeo enquanto brincavam com um patinete elétrico durante o horário de serviço em Natal. O caso aconteceu em frente à sede do 1º Batalhão da Polícia Militar, na Zona Leste da capital.

Segundo a decisão, publicada em um boletim interno do batalhão na última quarta-feira (1), os militares são investigados por pelo menos três transgressões ao regulamento disciplinar da corporação:

  • Deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas regulamentares na esfera de suas atribuições.
  • Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta de atenção, em qualquer serviço ou instrução.
  • Portar-se sem compostura em lugar público.

O Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte informou que não vai comentar o caso. O procedimento tem prazo inicial de 15 dias úteis para conclusão, podendo ser prorrogado por mais cinco dias. As possíveis penalidades não foram divulgadas.

g1-RN

Opinião dos leitores

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