Com a revisão do Plano Diretor de Natal a ser enviada só em novembro para a votação na Câmara, o que torna quase impossível a apreciação dela no Legislativo este ano, tanto as lideranças empresariais, especialistas, como o prefeito Álvaro Dias culpam o atual mecanismo legal de ocupação do solo urbano pelo atraso da cidade.
Pelo menos foi o que ficou claro durante do seminário “Desenvolve Natal”, promovido pelo sistema Fecomércio nesta segunda-feira, 9, com a presença de especialistas nacionais para debater o Plano Diretor da Capital, cuja última atualização já passa dos 12 anos.
Com uma presença seleta de autoridades, empresários, políticos e profissionais das áreas de engenharia e arquitetura, entre os principais dirigentes de entidades dessas áreas, logo na abertura ficou claro o foco do evento, que também teve na audiência secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Daniel Nicolau: criticar duramente o atual Plano Diretor da cidade.
Em seu pronunciamento de abertura do seminário, que contou com especialistas como o urbanista Carlos Leite, professor da Universidade Mackenzie (SP), o presidente do sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz, deu o tom dessas críticas.
Disse, entre outras coisas, que “há um forte sentimento e uma firme constatação em nossa cidade de que o atual Plano Diretor não tem conseguido promover o seu esperado desenvolvimento, no sentido mais amplo”.
Foi mais longe e acrescentou que “em alguns locais da cidade os sinais de decadência são visíveis, mesmo em áreas nobres dos bairros centrais, com toda a infraestrutura pronta para servir ao cidadão”.
Para Queiroz, “ o atual Plano Diretor não foi capaz de induzir um adensamento adequado nessas áreas, fazendo com que o crescimento dos últimos 16 anos fosse direcionado para bairros periféricos da nossa cidade, sem a devida infraestrutura, ou para municípios vizinhos que compõem a região metropolitana, provocando uma injustificada e desnecessária pressão no sistema viário e de transporte público, com aumento no tempo médio de deslocamento de pessoas, quando comparado a cidades de porte bem maior do que Natal”.
Em suas ácidas observações, que depois viriam a ser endossada pelo próprio prefeito Álvaro Dias, Queiroz afirmou que a falta de uma política inclusiva e inteligente de aproveitamento do solo urbano fez com que os bairros centrais da cidade, com toda a estrutura existente como água, energia, esgoto, vias públicas transportes e escolas “se tornassem áreas proibidas às camadas sociais mais vulneráveis”.
E, para completar a sessão de pancadaria contra o atual Plano Diretor, Queiroz completou dizendo o seguinte: “Frases como ‘temos um ótimo Plano Diretor em Natal’ e ‘precisamos apenas de pequenos ajustes’, foram repetidas à exaustão, o que me parece ser um grande equívoco”.
AGORA RN
Exatamente por isso, desculpa e mudança de foco no problema real que Natal e o RN não evoluíram e todo dia perde para os estados vizinhos. Ficam inventando remendo e postergando os problemas. O RN não tem indústria, a geração de emprego depende do favor político, o comércio sofre excesso de fiscalização e todo dia se fecha um ponto comercial, não temos ICMS competitivo para quase todos os produtos, citando o preço da gasolina e do querosene para aviação.
Nossa rede hoteleira melhorou, mas as diárias ainda estão acima da média e perde competitividade. Os restaurantes praticam preços salgados.
Se não fosse a generosidade da natureza nessas terras potiguar, seríamos uma das 03 piores economias do NE, pois não temos NADA ATRATIVO além da força da beleza natural do RN.
LAMENTO MUITO QUE A NOSSA CIDADE NATAL COMO TAMBEM O ESTADO ESTAO EM FALENCIA TOTAL. BAIRROS COMO ROCAS, RIBEIRA E POR ULTIMO CIDADE ALTA ESTAO DESAPARECENDO COMERCIALMENTE. ESTIVE EM JOAO PESSOA SEMANA PASSADA, ME IMPRESSIONEI COM O TAMANHO DESENVOLVIMENTO , BONITA ORLA MARÍTIMA , HOTEIS LOTADOS TURISMO A TODO VAPOR. NA MINHA VINDA PARA NATAL ME DEPAREI COM DUAS VANS LOTADAS NA SAIDA DO AEROPORTO DE JOAO PESSOA EM DIREÇÃO A PIPA, ISTO VEM PROVAR QUE A MUDANÇA DO NOSSO AEROPORTO NÃO FOI UMA BOA IDEIA, ALEM DE SER LONGE, DIFICIL ACESSO, ASSALTOS E A DISTANCIA .
Ninguém quer morar na Praia do Meio/Brasília Teimosa etc. Redinha é Zona Norte, nem se fala. Pra que construir em área de dunas? Tem que se preservar os lençóis freáticos e não criar obstáculos ao arejamento da cidade. Ainda há muitas áreas pra se explorar (Ribeira, Barro Vermelho etc) para a verticalização. Porque querem justamente as praias?????????
É muito fácil de constatar isso, só é comparar com as capitais vizinhas. A nossa orla interna por exemplo, é a mais feia do Brasil. Quando descemos a ladeira do sol e viramos a esquerda estamos entrando em um grande favelão sem desenvolvimento nenhum. O bairro da Ribeira é outro exemplo de como não deve ser uma comunidade. Não existe beleza sem desenvolvimento. Paramos no tempo e assistimos a nossa Capital que já foi tão bonita morrer sofrendo do abandono público.