Política

Decisão judicial que manda pagar salários não cria o dinheiro, diz PGE

O procurador-geral do Estado, Francisco Wilkie, afirma que a solução para o equilíbrio financeiro do Estado passa pelo aumento de receitas e pelo corte de despesas, não podendo ser resumida a decisões judiciais que desconsideram a realidade da situação financeira. Ele afirma ainda que a adequação dos gastos com pessoal do Rio Grande do Norte aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal passa “não pela demissão de servidores ativos, mas sim pela redução do déficit previdenciário, que hoje é o grande responsável pela extrapolação dos limite legal de gastos com pessoal no Estado, bem como pela carência de recursos para pagamento da folha de ativos e inativos”. Confira a entrevista.

Há muitas ações onde o Estado pede a retomada de bens imóveis, hoje em mãos de terceiros?
Sim, o número de ações que versam sobre o patrimônio do Estado é bem significativo. São 262 ações de reintegração de posse (exemplos mais expressivos: Centro de Turismo, Museu da Rampa, Aeroclube, Estádio Juvenal Lamartine, lotes no Baixo Açu, lotes nos centros industriais de Natal e Macaíba), 278 processos de regularização fundiária (registro de escolas, prédios de delegacias, barragem de Tabatinga e Santa Cruz, bem como Polo Judiciário de Caicó) e 848 ações de desapropriação (barragem oiticica, Pró-Transporte, estradas interior, anexo do TCE).

As questões trabalhistas, movidas por Sindicatos contra o Executivo, são maioria no total de ações que passam pela PGE? Maioria em que área?
Primeiro, há que se fazer uma distinção. O Estado do Rio Grande do Norte não possui, em regra, servidores celetistas, do que se extrai que o número de ações da Justiça do Trabalho – a esmagadora maioria tratando da responsabilização subsidiária do Estado na contratação de terceirizados -, não é tão elevado se comparado às ações em trâmite na Justiça Comum para discutir direitos dos servidores estatutários. No que diz respeito às estatísticas envolvendo processos de titularidade dos sindicatos, em números concretos, não representam a maioria das ações que passam pela PGE. Todavia, em estoque monetário, sim, já que em ações desta natureza se discute o direito de dezenas ou até mesmo de centenas de servidores em um único processo.

Quantas ações envolvendo pagamento de precatórios há hoje tramitando, aproximadamente? Isso equivale a quanto em dívidas?
São 4.388 processos, totalizando um montante de aproximadamente 735 milhões de reais. Sobre esse tema, é importante a aprovação de lei que viabilize a criação de mecanismos que promovam a rapidez na solução das demandas judiciais em que seja parte o Estado do Rio Grande do Norte, o que certamente possibilitará ao Ente estadual obter vantajoso deságio em relação a referida dívida, a partir de negociação onde será facultado ao particular conceder descontos para antecipar o recebimento do montante que lhe é devido, obviamente que respeitando a fila dos precatórios, o princípio da impessoalidade e dentro dos parâmetros estipulados pela lei a ser criada. Sublinhe-se, ainda, a igual importância da regulamentação da utilização do fundo de reserva de depósitos judiciais, de modo a adequar as Leis Estaduais ao disposto na novel regulamentação constitucional da matéria, trazida pela Emenda Constitucional nº 99, de 14 de dezembro de 2017, que, dentre outras disposições, alterou os percentuais de utilização dos depósitos judiciais e administrativos, para fins de pagamento de precatórios, além de possibilitar a utilização de depósitos de precatórios e requisições diretas de pagamento de obrigações de pequeno valor, efetuados até 31 de dezembro de 2009 e ainda não levantados, nos termos do art. 101, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Mas o Governo tem conseguido pagar e cumprir inclusive os acordos de parcelamentos?
A questão dos precatórios é mais complexa pois envolve a necessária adequação de uma incoerência criada a partir da Emenda Constitucional n. 99/2017, que modificou o regime especial de pagamento dos precatórios. A referida Emenda determinou que os Estados em mora no pagamento dos seus respectivos precatórios – como é o caso do Rio Grande do Norte – destinassem um relevante percentual de suas receitas correntes líquidas à quitação desses débitos, realizando o depósito mensal diretamente na conta especial criada para esse fim, administrada pelo Tribunal de Justiça. Ocorre que o Congresso Nacional, ciente de que os Estados em crise financeira teriam dificuldade de cumprir tal obrigação sem o ingresso de recursos extraordinários, determinou à União Federal que disponibilizasse linhas de crédito especiais para que os Estados captassem recursos para esse fim (quitação de precatórios), de modo a não sobrecarregar a já escassa receita própria do Ente. Contudo atualmente o Governo Federal ainda não cumpriu a obrigação prevista na Constituição, o que torna o contexto extremamente prejudicial aos Estados, que mensalmente são compelidos pelos respectivos Tribunais de Justiça a fazer o aporte previsto na Constituição para quitação dos precatórios, mas por outro lado não conseguem captar os recursos necessários para tanto por meio das linhas de crédito que deveriam ser abertas pela União. Diante dessa situação, o Estado do RN, por não ter conseguido captar recursos extraordinários, teve dificuldade de cumprir a determinação constitucional de destinação de parcela da receita corrente líquida para pagamento de precatórios, o que gerou a necessidade de realizar um parcelamento da dívida com o Tribunal de Justiça. Nesse ponto, é importante destacar ainda que a Procuradoria-Geral do Estado entende que, diante da insuficiência de recursos públicos para adimplemento de todas as obrigações do Estado, o Governo deve priorizar o pagamento dos salários dos servidores públicos em detrimento de todas as demais obrigações de natureza não alimentar, como é o caso de grande parcela dos precatórios.

Quanto à ação com pedido de antecipação dos recursos dos royalties – e a negativa do Tribunal de Justiça – cabe recurso? E isso será feito, em qual instância?
Atualmente, existem duas decisões que impedem a realização da operação de antecipação da receita de royalties: uma administrativa, proferida pelo Tribunal de Contas do Estado, e uma judicial, proferida pela 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, em ação civil pública proposta pelo Ministério Público estadual. No recurso negado pelo Plenário do Tribunal de Justiça – agravo interno em pedido de suspensão de tutela de urgência – a Procuradoria buscava a suspensão da decisão judicial. No entanto, ainda que tivesse obtido êxito no recurso, seria necessária ainda a suspensão da decisão do Tribunal de Contas, o que foi tentado pela Procuradoria nos autos do Mandado de Segurança número 080.5667-72.2018.8.20.0000. No entanto, esse último processo aguarda apreciação do pedido liminar pelo TJ. Além disso, importante destacar que a janela para a realização da operação se encerra já no próximo dia 31 de dezembro, quando todas as ações sobre o tema restarão prejudicadas, tendo em vista que a Lei Estadual n. 10.371/2018, que autorizou a cessão dos créditos de royalties, somente era aplicável em 2018, pois visava antecipar os créditos do próximo ano. Nesse cenário, avalio que seja mais plausível trabalhar para antecipar, já no início do próximo ano, os créditos de royalties relativos aos anos de 2020, 2021 e 2022, já que para tal operação não haveria o mesmo questionamento feito pelo MP e pelo TCE, que discordavam da possibilidade de lei estadual autorizar operações dessa natureza no último ano de mandato. Então, considerando que o próximo ano é primeiro ano de mandato, a princípio não vislumbro óbices à realização da operação.

E sobre esses recursos que o Estado pleiteia relativos à Lei Kandir, junto ao Governo Federal, isso está judicializado? E qual é a situação?
Essa matéria já foi judicializada no Supremo Tribunal Federal por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão n. 25, e a mais alta Corte do País reconheceu a necessidade de a União regulamentar por lei a forma de compensação dos Estados pela desoneração das exportações, nos termos do que previsto na Lei Kandir. O Supremo fixou um prazo de 12 meses para o Congresso Nacional regulamentar o tema, mas até o momento isso não foi feito. Diante da omissão do legislativo federal, a Suprema Corte delegou ao Tribunal de Contas da União a responsabilidade por calcular o montante devido a cada Ente da Federação a título de compensação. Ocorre que o prazo para o TCU realizar tal apuração ainda não se esgotou, de modo que não há medida judicial que possa ser ajuizada pelo Estado no momento visando antecipar o recebimento desses recursos, cujo montante ainda é incerto. Por outro lado, aventou-se a possibilidade de conseguir, junto ao Governo Federal, um adiantamento da parcela incontroversa dessa compensação, tendo em vista que os repasses atualmente feitos pela União ao Estado do RN são bem inferiores aos números esperados pelo Estado. Contudo, como se trata de um pedido político, está sujeito à discricionariedade do Presidente da República, que poderia atender ou não ao pleito.

Existem ações contra o Estado, com pedidos de indenizações, por parte das famílias dos presos mortos naquele massacre em Alcaçuz? E elas foram pagas? São quantas e somam quanto esse pedido?
Sim, existem ações sobre essa temática em tramitação na justiça estadual. Não é possível informar com precisão o valor exato da soma dos pedidos, diante do número elevado de tais demandas. O que se sabe é que o Estado optou por não celebrar acordo nesses casos, em que pese ser recorrente a condenação do ente público ao pagamento de indenização por dano moral nessas hipóteses em razão de sua responsabilidade objetiva, ou seja, independentemente de culpa pelo evento danoso. Ademais, via de regra, as indenizações ainda não estão sendo pagas, em razão da ausência de trânsito em julgado na maioria destes processos.

Qual o parecer, ou entendimento da PGE em relação às recomendações e cobranças feitas pelo Procurador-Geral de Justiça ao governo para que adotasse uma série de medidas necessárias ao enquadramento na LRF?
Essa é uma questão complexa que não pode ser analisada somente a partir da letra fria da Lei de Responsabilidade Fiscal. A LRF parte da premissa de que a extrapolação dos limites de gastos com pessoal ocorre pelo excesso de mão de obra pública, e, exatamente por isso, prevê como solução para essa ilegalidade o corte de pessoal, que é presumidamente excessivo. Ocorre que essa não é a realidade do Rio Grande do Norte. O nosso Estado é profundamente carente de pessoal. Para se ter uma ideia, atualmente, o Estado da Paraíba, semelhante em tamanho e características ao Rio Grande do Norte, conta com 75.000 (setenta e cinco mil) servidores ativos, enquanto o RN possui apenas 55 mil servidores nas mesmas condições. Apenas para se ter uma noção da impossibilidade prática de corte de pessoal ativo nos moldes determinados pela LRF, para se adequar aos limites legais, o Estado do RN teria que cortar 1,3 bilhão da sua folha anual de servidores ativos, o que corresponde a 100% dos comissionados e quase 50% do servidores efetivos. Seria o mesmo que colocar 30 mil pessoas na rua. Tal medida, além de ser catastrófica do ponto de vista social e econômico, impossibilitaria a prestação dos serviços essenciais desempenhados pelo Estado, notadamente nas áreas da saúde, educação e segurança, em virtude da ausência da força de trabalho necessária. Assim, a adequação dos gastos com pessoal do Rio Grande do Norte aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal passa não pela demissão de servidores ativos, mas sim pela redução do déficit previdenciário, que hoje é o grande responsável pela extrapolação dos limite legal de gastos com pessoal no Estado, bem como pela carência de recursos para pagamento da folha de ativos e inativos. Contudo, sabe-se que as medidas para se alcançar o equilíbrio financeiro no sistema previdenciário não são simples e demandam sacrifícios dos gestores, dos servidores e da própria população. Entre as principais medidas para solucionar o problema, podemos citar: a) reforma do regime próprio de previdência social, com a redução das hipóteses de aposentadoria especial, que hoje sobrecarregam o sistema previdenciário. Hoje, no Rio Grande do Norte, 90% das categorias possuem direito à aposentadoria especial, com menor tempo de serviço e de contribuição. O que era para ser uma situação excepcional, virou regra; b) vinculação de receitas ao fundo previdenciário, de modo a diminuir o déficit que é computado como gastos com pessoal; c) efetiva implantação do regime de previdência complementar, para evitar o agravamento da situação no médio e longo prazos; d) distribuição do ônus do déficit previdenciário de forma equânime entre os Poderes e órgãos autônomos, uma vez que atualmente o Poder Executivo assume até mesmo o déficit previdenciário gerado pelos demais poderes; e) na insuficiência das medidas anteriormente previstas, aumentar a alíquota previdenciária de 11 para 14% da remuneração dos servidores ativos, bem como extinguir a isenção dos servidores inativos em relação ao montante inferior ao teto do Regime Geral de Previdência Social.

Ajuizaram ação contra o Estado ou contra o governador? Como está isso hoje?
Atualmente há uma ação ajuizada pelo Ministério Público em face do Governador, visando responsabilizá-lo pelo suposto descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Nesta ação, o Governador do Estado é defendido pela própria Procuradoria-Geral do Estado, em virtude de se tratar de litígio relacionado a ato praticado no regular exercício da função. O processo ainda não foi sentenciado em primeira instância.

Recentemente, o MPE-RN cobrou do Executivo o cumprimento do investimento constitucional em saúde, alegando que estava abaixo do previsto. Como a PGE está atuando em relação a isso?
O investimento em saúde abaixo do percentual previsto na Constituição não significa necessariamente que o Estado deixou de aplicar recursos na saúde pública. O que houve foi que, no início do ano, o Governo Estadual conseguiu obter repasse de mais de 225 milhões de reais do Governo Federal para aplicação na saúde. Tal aporte extraordinário de recursos federais fez com que o Governo priorizasse a utilização dos seus recursos próprios para outras finalidades igualmente essenciais, em especial o pagamento da folha de pessoal, que à época já se encontrava em atraso. Contudo, como o cálculo do percentual constitucionalmente, em regra, não considera os investimentos em saúde feitos com recursos federais, esse aporte acabou por prejudicar o cumprimento da norma constitucional. Contudo, o Poder Executivo está atento a essa situação e continua envidando todos os esforços possíveis para atingir os valores necessários na área da saúde, e a Procuradoria-Geral tem prestado toda a consultoria e assessoramento jurídico requisitado pelos gestores responsáveis pela matéria.

Os atrasos de pagamento dos salários dos servidores, ou a perspectiva de não pagar o 13º salário deste ano e ainda a folha de dezembro, podem levar a uma enxurrada de ações contra o Estado?
A questão do atraso salarial é séria e merece uma atenção especial do Poder Público. Trata-se de um direito fundamental dos servidores, que deve estar entre as primeiras prioridades do Governo, ao decidir qual das suas obrigações financeiras quitará primeiro. No entanto, a situação atual é de impossibilidade material de pagamento tempestivo da folha de pessoal, em virtude da total ausência de recursos para tanto. Essa dificuldade não impede, contudo, que os servidores que se sintam prejudicados busquem judicialmente seu direito. Por outro lado, cabe ao Poder Judiciário, a partir da reserva do possível, avaliar a razoabilidade de proferir decisões determinando o pagamento imediato dos salários nesse caso. Deve-se avaliar a questão do ponto de vista macro, e não considerando apenas aquele servidor específico que pleiteia em juízo. Em outras palavras: a decisão judicial que manda pagar não cria o dinheiro, ela apenas garante que um servidor receba antes dos outros, agravando a situação daqueles que ainda não procuraram a via judicial. Se todos ingressarem com ações, a situação será ainda mais complicada, pois simplesmente não haverá recursos para cumprir todas as decisões. A situação portanto, deve ser encarada pelo seguinte prisma: o Estado não atrasa os salários intencionalmente (e nesse caso seria válida uma decisão judicial). O Estado atrasa porque não possui recursos suficientes no momento. Assim, a solução deve passar pelo aumento de receitas e pelo corte de despesas, não podendo ser resumida a decisões judiciais que desconsideram a realidade da situação financeira do Estado. Para se ter ideia da gravidade da crise, só de receitas extraordinárias o Estado obteve cerca de 700 milhões de reais, muito em razão da atuação da PGE nos tribunais superiores – vide o caso da multa da repatriação, que trouxe aproximadamente 200 milhões de reais aos cofres públicos estaduais. Não fosse por isso, a folha salarial estaria com atrasos de 6.5 meses, segundo dados da própria Secretaria de Planejamento.

 

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Existe um a matemática simples aí. So se deve contratar se tiver gente. Ele argumentou que, mesmo que as ações requerendo salários sejam providas, não terá dinheiro. Ora, se não se tem dinheiro, não se pode contratar, ainda que haja carência de gente. Não tem outro jeito. Só sabe reclamar de que seria um caos, mas não apresente solução. Nao me surpreendo, pois o procurador faz a advocacia do estado.

  2. O grande problema do Brasil é a corrupção!!! Só NÃO pode faltar dinheiro para OS corruptos. Num PAÍS de Corruptos, o que é "Decisão Judicial "??? Os Corruptos continuam roubando, e o povo brasileiro pagando.

  3. Sempre qdo dá entrevista mostra sua competência Dr Wilkie. Qto a futura governadora, acho que ela deveria privatizar a Caern e a UERN. Eu confio demais na futura governadora e tenho certeza que ela vai tirá o estado desta situação.

  4. Se não há excesso de pessoal e pq há excesso de gastos. Os juízes e simétricos ganham salários (maiores q o teto) exorbitantes, os auditores idem (mais do que os da receita federal), no tce então,nem se fala.

  5. Com todo respeito governadora não esta na hora privatiza CAERN isso aumentaria bastante as receitas do Estado

    1. Privatizar a CAERN aumenta as receitas como? A CAERN possui receitas próprias, não recebendo recursos do estado para manter seu funcionamento.

      O que poderia acontecer com a venda da CAERN era uma única entrada de caixa, que não resolveria o problema financeiro do estado e o dinheiro seria consumido sem qualquer propósito assim como ocorreu com a venda da COSERN.

      No mais, sugiro que pesquisem no google "enquanto rio privatiza" o primeiro link com resposta da BBC, esclarecendo que privatizar sistemas de água e esgoto não é vantajoso para qualquer cidadão.

    2. A Cosern dá mais retorno em imposto durante um mês do que a CAERN para o estado em um ano.

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Polícia

Pai e filho são presos por homicídio em Goianinha

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Policiais Civis da 13º Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Goianinha, no Rio Grande do Norte, em ação conjunta com a Polícia Militar da 4ª CIPM, realizaram a prisão de pai e filho durante a tarde da quinta-feira (18). A denúncia inicial foi relacionada a agressão contra a mulher, mas durante diligências foi constatado que os dois possuíam mandados de prisão em aberto, expedido em Pernambuco, por condenação em crime de homicídio.

Por volta das 13h, a vítima compareceu a Delegacia de Polícia Civil de Goianinha para denunciar o companheiro, alegando agressão e tentativa de atropelamento após ela sair do veículo. Com apoio do 1° Pelotão de Goianinha e ao 2° Pelotão de Arez, policiais se deslocaram para tentar localizar o homem, que reside em Arez, ainda no Rio Grande do Norte.

Ao chegar no local indicado, o acusado não foi encontrado. O irmão do homem, que estava no local, apresentou documentação falsa, pois havia um mandando de prisão em aberto contra o acusado, expedido pela 3ª Vara Regional de Execução Penal da Comarca de Caruaru, através do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

No momento, foi informado que o agressor havia retornado para Goianinha com seu pai. Sendo feito diligências, os policiais localizaram o veículo que estava sendo dirigido pelo genitor do agressor. Na abordagem, foi constatado também a existência de um mandado de prisão em aberto, emitido pela Vara Única da Comarca de Caetés, através do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.

Com isso, foi dada voz de prisão aos indivíduos, que foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil para a realização dos demais procedimentos legais.

Tribuna do Norte

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Política

Governo Lula já gastou R$277 milhões em viagens

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Após apenas três meses e meio neste ano de 2024, o governo Lula (PT) já conseguiu gastar mais de R$277,4 milhões somente em viagens de seus funcionários, incluindo comissionados, terceirizados e até “convidados”.

O total engloba as despesas com passagens e especialmente diárias, que são pagamentos feitos aos funcionários para remunerar os gastos na viagem. Os gastos com bilhetes fazem a festa das empresas aéreas: mais de R$108,8 milhões.

As diárias pagas a funcionários custaram mais de R$166 milhões aos pagadores de impostos, nos primeiros 105 dias do terceiro governo Lula.
Ano passado, o governo petista bateu recorde; nunca antes essas viagens custaram tanto. Foram quase R$2,3 bilhões.

As despesas não incluem gastos de Lula, Janja e de ministros de Estado. Todos viajam de jato da FAB, com gastos mantidos sob sigilo.

Com informações Coluna Cláudio Humberto, Diário do Poder

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Geral

Rei das Pegadinhas, Ítalo Sena apresenta novo show dia 26 em Natal

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O Teatro Riachuelo recebe no próximo dia 26 o novo show de Ítalo Sena, o Rei das Pegadinhas. O humorista apresenta “Duas Conversas” às 20h. No palco, o humorista mergulha em dois lados de sua vida de forma inédita. Os ingressos já estão à venda a partir de R$ 70 na bilheteria do teatro (de terça a sábado, das 14h às 20h) e no site uhuu.com.

Após percorrer o Brasil com o “Mostrando Meu Trabalho”, o humorista apresenta uma versão renovada, resultado de nove meses de intensa preparação. Com um cenário digital interativo, Ítalo surpreende a plateia, revelando um espetáculo totalmente envolvente.

O humorista se preparou não apenas mentalmente, mas também corporalmente para essa nova jornada, prometendo um show fora do comum.

Ele compartilha sua expectativa com os fãs, enfatizando: “É algo que venho me dedicando para entregar o meu melhor. Quero que meu público saia do teatro com a garantia de que foi surpreendido.” Brincando com um de seus bordões, Ítalo destaca: “Não se assuste se no show eu perguntar ‘O que você pensou na hora?’ Tem um cara gravando ali,” contou ele com risadas.

Em “Duas Conversas”, o texto é todo desenvolvido pelo próprio humorista, e conta com a colaboração criativa de Maurício Meireles. A preparação artística de Diógenes De Lima, a produção de Laura Ithamar, iluminação de Jathyles Miranda e as artes para o cenário virtual assinadas pelo VJ Koala Brito, prometem elevar o espetáculo a um patamar único, garantindo risos e surpresas inesquecíveis. Prepare-se para uma experiência que transcende as expectativas, com Ítalo Sena no comando do seu novo show “Duas Conversas”

Serviço:
Italo Sena “Duas Conversas” em Natal
Dia: 26 de abril de 2024
Horário: 20h
Local: Teatro Riachuelo
Classificação indicativa: Livre
*menores de idade precisam estar acompanhados dos pais ou responsável autorizado.
Ingressos
Meia entrada a partir de R$ 70,00;
Inteira a partir de R$ 140,00;
*consulte todos os valores e assentos disponíveis na página de vendas do evento.
% Descontos:
50% Meia Entrada (idosos a partir dos 60 anos, crianças de 2 a 14 anos, estudantes, ID Jovem, pessoas com deficiência, professores e doadores de sangue);
50% clientes Unimed Natal (1 ingresso);
30% titulares do Cartão Riachuelo (2 ingressos);
*descontos limitados e não cumulativos
Pontos de venda:
– Bilheteria do teatro (de terça a sábado, das 14h às 20h)
– @uhuuoficial
Realização: @vivapromocoes

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Política

PSDB se agiganta em Areia Branca e vai concorrer novamente com candidatura própria

Foto: Divulgação

 

A prefeita Iraneide Rebouças reforçou o PSDB de Areia Branca, município com quase 23 mil eleitores, na região da Costa Branca. Reeleita em 2020 com quase 9 mil votos, Iraneide recebeu o vice-prefeito Dr. Bruno Filho, que é o pré-candidato do PSDB nas Eleições 2024. O vereador Kinho de Beguinho, agora tucano será o companheiro de chapa a ser levado nas Convenções do partido, que acontece no período de 22 de julho até 05 de agosto. Os médicos, Dr. José Alfredo Rebouças e Ruidenberg Ferreira Souto, o Dr. Beguinho, também respaldam a chapa do PSDB.

“Unidos, eles (Bruno e Kinho) representam a força, a visão e o compromisso de levar Areia Branca a patamares de sucesso e bem-estar ainda maiores para os nossos cidadãos. Temos a experiência e a juventude unidas, maximizando o potencial para escrever o próximo capítulo da nossa história”, pontuou Iraneide.

Na Câmara Municipal, o PSDB passou de quatro cadeiras para sete, sendo a maior bancada da Casa. Agora integram o PSDB: os vereadores Kinho de Beguinho, Alderi Batista, Fatima Luz, Waguinho Tavernard, Celso Uchoa, Chiquinho da Redonda e Clécio do Hospital. Ainda são pré-candidatos os ex vereadores: José Nazareno de Lemos e João de Beguinho.

Bruno Filho é político com um histórico de vitórias em Areia Branca, tendo sido prefeito por duas vezes. Em 2016 se engajou na campanha vitoriosa da prefeita Iraneide Rebouças. E em 2020 foi seu companheiro de chapa, galgando mais uma vitória, na condição de vice. Já Kinho de Beguinho, está concluindo seu segundo mandato de vereador. Já foi presidente da Câmara Municipal e tem uma vasta de serviços prestados no município.

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Geral

VÍDEO: Obra de desvio na BR 304 permanece alagada

Foto: Reprodução

trecho onde acontecem as obras de desvio da BR-304 no município de Lajes (RN), permanecem com bastante água após as fortes chuvas que caíram sobre a região na terça (16).  A previsão para conclusão era até o final deste mês. Porém, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), já havia alertado que a entrega do desvio dependeria das condições climáticas.

Veja o vídeo

A recuperação no trecho da BR-304 foi iniciada no dia 3 de abril. Dentre as obras no trecho, está a recomposição do asfalto e a reconstrução da ponte em decorrência das chuvas que atingiram a região.

As obras para implantação do desvio são necessárias para restabelecer temporariamente o tráfego no local até que a nova ponte seja construída.

Ponta Negra News

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Geral

Microsoft apresenta IA que faz foto falar e se mexer

Foto: Divulgação

Uma equipe de pesquisadores da Microsoft Research Lab, em Pequim, na China, apresentou o VASA-1, um novo modelo de inteligência artificial (IA) capaz de gerar vídeos realistas em tempo real de rostos humanos a partir de uma única foto e clipe de áudio. O resultado são vídeos curtos que dão à imagem estática movimentos, expressões faciais e sincronia labial extremamente convincentes, capazes de enganar um espectador menos atento.

A ferramenta também dá ao usuário controle de expressões faciais, direção do olhar, distância da cabeça, ângulo da câmera e outros ajustes granulares. Tudo isso pode ser manipulado em tempo real, como se fosse a tela de criação de personagem de um videogame. Os vídeos gerados possuem resolução de 512×512 pixels e alcançam até 40 quadros por segundo.

A equipe de pesquisadores por trás da ferramenta se diz ciente que a tecnologia poderia ser usada para enganar pessoas, com a criação de deepfakes, e que, por isso, só irá fazer a comercialização do produto quando houver certeza de que ela “será usada de forma responsável e de acordo com as regulamentações adequadas.”

Dentre os usos positivos que a equipe acredita que a tecnologia pode ser aplicada estão “melhorar a equidade educacional, aumentar a acessibilidade para pessoas com desafios de comunicação, oferecer companhia ou apoio terapêutico a quem precisa, entre muitos outros.”

CNN

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Geral

Governo do RN sanciona lei que cria 180 cargos para Idema

Foto: Reprodução

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) agora conta com mais 180 novos cargos criados de provimento efetivo. As vagas foram aprovadas por meio da Lei Complementar Nº 751, sancionada pelo Governo do Estado nesta sexta-feira (19), e serão ocupadas por meio de concurso público. O salário inicial dos profissionais será de R$ 4.882,69 e pode chegar a R$ 7.655,42 por meio da progressão de carreira. As informações constam no Diário Oficial do Estado (DOE).

Das 180 vagas criadas, 113 são para Analista Ambiental; 27 voltadas aos cargos de Analista Administrativo e 40 para Fiscal Ambiental. Para cada uma das oportunidades, o profissional precisa ter diploma de curso superior ou habilitação equivalente com formação nas áreas indicadas. Além disso, nos casos especificados no edital normativo do concurso, registro em Conselho de Classe (se houver).

Em relação ao cargo de Analista Ambiental, especialmente, a atuação dos profissionais terá foco na execução, coordenação e supervisão da Política Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Norte. Entre as atividades inclusas, estão regular, controlar, licenciar e avaliar impactos ambientais e auditoria ambiental, além de definir padrões e parâmetros para o monitoramento ambiental.

Já o Analista Administrativo será responsável pelo exercício de todas as atividades administrativas e logísticas relativas às competências legais a cargo do Idema/RN. O Fiscal Ambiental, por sua vez, será responsável por demandas relacionadas ao exercício do poder de polícia ambiental a cargo do Instituto, a exemplo de fiscalizar e promover monitoramento sistemático de atividades potencialmente poluidoras autorizadas e/ou licenciadas.
A norma passa a vigorar nesta sexta-feira, considerando sua data de publicação.

Tribuna do Norte

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Economia

Preço do barril de petróleo dispara depois de ataque de Israel ao Irã

Foto: Reuters

Depois da retaliação de Israel ao Irã na noite desta quinta-feira (18.abr.2024), o preço do barril de petróleo disparou. O tipo brent estava sendo cotado US$ 90,45 às 23h50 (horário de Brasília), uma alta de 3,34% em relação à cotação que estava quando fechou o mercado. A cotação de quinta-feira ficou em US$ 87,11, uma queda de 0,21% ante o dia anterior.

Poder360

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Brasil

Marcinho VP vira membro da Academia Brasileira de Letras do Cárcere

Foto: Reprodução

O criminoso Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, apontado com um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV), foi empossado como membro da recém-criada Academia Brasileira de Letras do Cárcere (ABLC), nesta quinta-feira (18/4), juntamente com outros cinco presos. As informações são do jornalista Ulisses Campbell.

Marcinho VP foi condenado a mais de 50 anos de prisão por associação criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, homicídio, entre outras acusações. Ele está preso há 37 anos. Atualmente, cumpre pena em regime fechado na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS).

Na cadeia, o criminoso escreveu três livros: “Preso de guerra”, “Execução penal banal comentada” e “Marcinho — Verdades e posições”. Na Academia Brasileira de Letras do Cárcere, ele ocupa a cadeira número 1, batizada com o nome do escritor Graciliano Ramos.

Advogada diz que Marcinho VP se tornou um escritor “de grande magnitude”

Como não pôde deixar a penitenciária para ser empossado, Márcio dos Santos Nepomuceno foi representado pela família. Mãe, esposa e uma advogada compareceram à cerimônia.

Paloma Gurgel, advogada de Marcinho VP e coautora da obra “Execução penal banal comentada”, afirmou em nota enviada ao blog True Crime, do jornal O Globo, que Nepomuceno se tornou um escritor com obras “de grande magnitude”, que “consegue sobreviver” no cárcere “escrevendo livros através de cartas”.

Ela ainda disse que o convite para integrar a ABLC representa um reconhecimento “pelo seu esforço e dedicação em se ressocializar através da produção literária”.

Metrópoles

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Cidades

Incra vai analisar invasão do MST em Ceará-Mirim

Foto: Adriano Abreu

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Rio Grande do Norte (Incra) ainda não foi notificado oficialmente acerca da mais recente invasão do Movimento dos Sem Terra (MST) em uma propriedade privada localizada numa comunidade rural em Ceará-Mirim, nas imediações da antiga usina de açúcar. Trata-se de mais um flagrante desrespeito à propriedade privada no Rio Grande do Norte. Foi a segunda invasão do MST somente no mês de abril.

O Incra afirmou que fará a análise da terra e visitas ao espaço após receber a notificação oficial acerca da invasão. Segundo informações de interlocutores do MST-RN, o espaço deve receber cerca de 20 famílias invasoras de um conjunto de 48 famílias, com expectativa para levantar barracos no local até o próximo dia 06 de maio.

“Vamos nos apropriando dessas ocupações que o movimento fez e tomar as devidas providências institucionais. Sobre a ocupação oficial ainda não fomos notificados. Depois na pauta que eles vão determinar, vamos nos adequar e verificar as possibilidades se tem ou não de averiguação in loco”, disse Adans Rayne, superintendente interino do Incra-RN.

Tribuna do Norte

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