O volante Mazinho e o lateral-direito Norberto receberam o terceiro cartão amarelo na noite dessa terça-feira (2), na derrota para o Bragantino, no Nazarenão, e irão cumprir suspensão automática contra o Sport, na Ilha do Retiro, nesta sexta-feira (4).
O técnico Pintado ainda ganhou outra dor de cabeça: o volante Fabinho, expulso no final da partida, é mais um que desfalca o alvirrubro.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) absolveu sete réus ainda julgados pelo incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, que vitimou 10 jogadores das categorias de base em 2019. A decisão foi publicada nesta terça-feira (22) pela 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros.
Ao longo do processo, 11 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Duas delas — o ex-diretor de base Carlos Noval e o engenheiro Luiz Felipe Pondé — já tiveram a denúncia descartada em 2021, enquanto Marcus Vinícius Medeiros foi absolvido na mesma decisão. O ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, teve seu nome retirado do processo em fevereiro deste ano, após o MP considerar que o caso havia prescrito devido à sua idade.
Segundo o juiz Fernandes de Barros, não há comprovação de culpa penal e tampouco elementos que permitam estabelecer relação direta entre a conduta dos réus e o incêndio. Ele destacou que nenhum dos acusados tinha responsabilidades sobre a manutenção ou segurança elétrica dos alojamentos dos jovens atletas, tornando insuficientes as provas para sustentar uma condenação.
Outros processos relacionados ainda correm na Justiça. Em julho, o Flamengo foi condenado em primeira instância pela Justiça do Trabalho a indenizar Benedito Ferreira, ex-segurança do clube, que atuou no resgate das vítimas, com R$ 600 mil em danos morais e materiais e pensão vitalícia até os 78 anos do ex-funcionário, que desenvolveu doença psiquiátrica grave em decorrência do episódio.
O governo Lula tem adotado medidas estratégicas para manter boa relação com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), antes de anunciar a indicação de um novo ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF), que deve contrariar a preferência do parlamentar. A expectativa é que Jorge Messias, advogado-geral da União, seja escolhido, enquanto Alcolumbre defende o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Nos últimos dias, o senador tem sido prestigiado com ações como a nomeação de aliados para cargos nos Correios e a inclusão de um dispositivo na lei do licenciamento ambiental, que pode acelerar projetos estratégicos de interesse de seu estado. Além disso, comemorou recentemente a autorização do Ibama para a Petrobras perfurar o primeiro poço em águas profundas na Foz do Amazonas, reforçando sua influência em empreendimentos econômicos no Amapá.
Alcolumbre também tem atuado junto ao governo para discutir alternativas orçamentárias para 2026 e demonstrou disposição para colaborar com medidas futuras na Casa, sem se envolver na pauta da anistia aos golpistas do 8 de janeiro, bandeira de bolsonaristas. Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), a boa relação com Alcolumbre não deve ser afetada mesmo que Lula escolha Messias em vez de Pacheco para o STF.
O processo de indicação ainda depende da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e da votação no plenário do Senado, onde é necessário apoio da maioria absoluta dos parlamentares. Lula e Alcolumbre se reuniram nesta segunda-feira (20) para tratar do assunto, mas o senador desconversou sobre detalhes da conversa. A expectativa é que a decisão do presidente seja anunciada após seu retorno da viagem à Ásia, prevista para a próxima semana.
Integrantes do Itamaraty demonstram preocupação com possíveis efeitos das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às vésperas do encontro com Donald Trump, marcado para domingo (26/10), na cúpula da Asean, na Malásia. Nos bastidores, diplomatas temem que comentários recentes possam azedar o clima da reunião entre os líderes.
A informação é da coluna do Paulo Cappelli, do Metrópoles. Ao falar sobre a Venezuela, Lula destacou que manter a América Latina e o Caribe como zona de paz é prioridade e afirmou que “intervenções estrangeiras podem causar danos maiores do que o que se pretende evitar”. Em outra ocasião, o presidente disse que quando Trump “ofendeu” e “sobretaxou” o Brasil, “a gente não abaixou a cabeça”, gerando apreensão entre auxiliares do governo.
Apesar da cautela, o Palácio do Planalto trabalha para que o encontro ocorra sem tensões. A expectativa é de que a conversa se concentre em melhorar as relações diplomáticas e discutir a redução das tarifas impostas pelos EUA, sem que temas como a Venezuela dominem o diálogo.
Desde o encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na última quinta-feira (16/10), Lula se manifestou publicamente três vezes sobre a relação com os Estados Unidos, reforçando o interesse do governo em preservar a proximidade diplomática e viabilizar avanços nos assuntos econômicos bilaterais.
A Guarda Municipal de Natal prendeu um homem que tentou subir o Morro do Careca, em Ponta Negra, na tarde desta terça-feira (21). O local é um dos principais cartões-postais da capital potiguar e tem o acesso proibido há décadas para preservar a área ambiental.
De acordo com a corporação, o indivíduo foi flagrado enquanto tentava escalar a duna e foi abordado por agentes após denúncia. Com ele, foram encontrados uma faca, isqueiro, fósforos, uma garrafa com gasolina e bebida alcoólica, o que aumentam as suspeitas de que ele poderia atear fogo na área de mata do local.
Ao ser questionado pela reportagem, o homem afirmou que pretendia “ver a passagem” e “relembrar os anos 80”, segundo relato dado ao Via Certa Natal. Ele não explicou o motivo de carregar os objetos inflamáveis.
Após a abordagem, o suspeito foi encaminhado para a delegacia de plantão, onde deve responder por infrações ambientais e porte de arma branca. O Morro do Careca segue interditado para visitação pública desde a década de 1990.
Mesmo presa na Itália, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) mantém o funcionamento normal de seu gabinete em Brasília — com aumento nas despesas nos últimos meses. Em maio, quando pediu licença do mandato, a parlamentar utilizou R$ 127,8 mil da verba destinada ao pagamento de até 25 secretários parlamentares. Após uma leve queda nos meses seguintes, o gasto voltou a subir em setembro, chegando a R$ 103 mil.
Atualmente, Zambelli conta com 12 servidores ativos na Câmara dos Deputados, dos quais dez foram contratados entre setembro e outubro deste ano. A CNN tenta contato com a assessoria da deputada para esclarecer as novas nomeações. A licença parlamentar terminou em 5 de outubro, e desde então ela acumula faltas que podem levar à perda do mandato. Além disso, enfrenta um processo de cassação em análise no Conselho de Ética.
Condenada em maio a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, Zambelli está detida desde julho na penitenciária feminina de Rebbibia, em Roma. A parlamentar foi impedida pela Justiça italiana de cumprir prisão domiciliar enquanto aguarda o julgamento do pedido de extradição.
A defesa da deputada apresentou recurso à Corte Interamericana de Direitos Humanos solicitando sua libertação. O advogado Fabio Pagnozzi argumenta que houve violações a garantias judiciais durante o processo e afirma que Zambelli enfrenta um “grave quadro de saúde”, com diagnóstico de fibromialgia, doença cardiovascular e depressão severa. Alega ainda que a prisão não oferece tratamento médico adequado, o que configuraria descumprimento de tratados internacionais.
O PSOL pressiona para que o ministro Guilherme Boulos (PSOL-SP), recém-nomeado para a Secretaria-Geral da Presidência, dispute o Senado em 2026. Apesar de o governo Lula esperar que ele permaneça no cargo até o fim do mandato, a legenda vê no deputado licenciado um nome forte para representar o partido em São Paulo. Pela lei eleitoral, ele teria até abril do próximo ano para deixar o posto, caso confirme a candidatura.
“É totalmente normal que a gente pense no nome do Boulos como um forte candidato para concorrer ao Senado no ano que vem. Ele já apareceu muito bem nas pesquisas, mas ainda é cedo para uma decisão definitiva”, afirmou a presidente nacional do PSOL, Paula Coradi. Boulos foi o deputado federal mais votado de São Paulo em 2022, com mais de 1 milhão de votos — o maior desempenho da história do partido no estado.
Sem ele na disputa, o PSOL busca alternativas para manter o desempenho nas urnas. Entre os cotados estão a deputada federal Erika Hilton, aposta no voto de opinião, e Natália Szermeta Boulos, esposa do ministro e dirigente do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que ainda deve deliberar sobre o tema. Outros nomes como Ivan Valente, Sonia Guajajara, Luiz Erundina, Lucilene Cavalcante e Juliano Medeiros também são avaliados para fortalecer a bancada paulista.
Nos bastidores, petistas afirmam que Boulos aceitou o pedido de Lula para permanecer no governo, apostando na reeleição presidencial e em uma possível recondução ao cargo. Próximos ao ministro dizem ainda que ele não se adaptou à rotina parlamentar em Brasília, o que reforçaria a decisão de seguir no Executivo. Boulos já disputou o Planalto em 2018 e, nas eleições municipais de 2020 e 2024, chegou ao segundo turno em São Paulo, mas foi derrotado por Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB), respectivamente.
Negociadores do Brasil e dos Estados Unidos agendaram para domingo (26) o aguardado encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, na Malásia. Ambos estarão no país para participar da Cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), que ocorre entre os dias 26 e 28 de outubro. Lula embarcou nesta terça-feira (21) rumo à Ásia, onde também terá reuniões bilaterais com empresários e autoridades locais.
Apesar do agendamento, diplomatas brasileiros tratam o encontro com cautela, já que ainda não houve confirmação oficial por parte da Casa Branca. As duas equipes, no entanto, seguem atuando para viabilizar a reunião. Desde a breve conversa entre Lula e Trump na Assembleia-Geral da ONU, assessores do presidente defendem que um novo diálogo presencial ocorra em território neutro, evitando possíveis constrangimentos de uma visita ao Salão Oval, onde Trump costuma criar situações inesperadas diante das câmeras.
O encontro deve abordar questões comerciais, especialmente as negociações para reduzir as sobretaxas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros. A rodada de tratativas começou na semana passada, em reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio — o primeiro contato direto entre os dois governos desde o reencontro entre Lula e Trump em Nova York.
Embora ainda não exista decisão sobre a diminuição imediata das tarifas de 50%, a conversa entre os chanceleres foi vista como positiva, sinalizando boa vontade de ambas as partes para um acordo. Em comunicado conjunto, os governos destacaram que as discussões foram “muito positivas” e ocorreram em clima de cooperação. A avaliação é de que as tratativas avançam em tom mais pragmático, sem interferência de temas políticos que vinham travando o diálogo comercial.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), evitou se comprometer ao ser questionado sobre a possível indicação do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF). “O ‘se’ é muito complicado. Se o cara estiver morto, ele está vivo. Se o cara está vivo, ele está morto”, respondeu o senador nesta terça-feira (21), fugindo de uma resposta direta.
Jorge Messias é apontado como o principal favorito para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria da Corte. A escolha do novo ministro é prerrogativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas depende de aprovação do Senado após a indicação oficial.
Nos bastidores, outro nome que ganha força é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e aliado de Alcolumbre. Segundo o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), o senador amapaense teria se reunido com Lula recentemente para defender a escolha de Pacheco.
Enquanto a decisão não sai, o presidente Lula embarcou nesta terça-feira (21) para uma viagem à Ásia, sem oficializar o nome que pretende indicar ao STF. A agenda inclui encontros com empresários e autoridades da Indonésia, além da participação na 47ª Cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia.
O ex-presidente Donald Trump não está para brincadeira: ele está cobrando US$ 230 milhões do governo federal dos EUA, alegando que foi alvo de investigações ilegais do FBI e do Departamento de Justiça. A ação sem precedentes abre um conflito ético gigante, já que o governo que deve decidir sobre o pagamento é o mesmo que ele comandou.
Trump apresentou queixas administrativas – um passo que geralmente antecede processos judiciais – alegando que seus direitos foram violados. Entre os alvos estão investigações sobre a interferência russa em 2016, supostas conexões com sua campanha e, mais recentemente, a revista do FBI em Mar-a-Lago, sua residência e clube na Flórida, em busca de documentos confidenciais. Ele acusa ainda o Departamento de Justiça de processá-lo de forma maliciosa após deixar o cargo.
A reclamação de Trump cita nomes de peso: Merrick Garland, então procurador-geral; Christopher Wray, diretor do FBI; e Jack Smith, procurador especial que investigava o ex-presidente. Segundo Trump, eles cometeram “assédio” para tentar influenciar resultados eleitorais – uma acusação que coloca em xeque a credibilidade de investigações políticas do governo.
Especialistas alertam que o caso levanta problemas éticos enormes, já que as queixas são analisadas pelos mesmos órgãos que ele acusa. Se a reclamação for rejeitada, Trump ainda poderia levar o caso à Justiça, mas por enquanto, está negociando diretamente com quem está dentro do Departamento de Justiça.
A Primeira Turma do STF decidiu, por 4 a 1, reabrir a investigação sobre o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, no inquérito que apura a chamada trama golpista. A medida atende a pedido do ministro Alexandre de Moraes, que apontou elementos para investigar crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.
O caso está ligado ao relatório produzido pelo presidente do instituto contratado pelo PL, Carlos Rocha, sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas. Esse documento foi usado pelo partido para questionar o resultado das eleições de 2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ação que Moraes chamou de “uma das coisas mais bizarras” que a Justiça Eleitoral já recebeu. Rocha já foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto.
Valdemar ainda não foi denunciado, conforme informações do Uol. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por apoiar e financiar os questionamentos ao sistema eleitoral, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) não encontrou provas suficientes até agora. A reabertura do inquérito permitirá que a PGR avalie se há elementos novos para incluir o presidente do PL na investigação ou se serão necessárias diligências extras.
Moraes criticou duramente a postura do PL, que tentou contestar todas as urnas e acabou multado em R$ 22 milhões por litigância de má-fé. “Bizarro é pouco para definir essa ação do partido na Justiça Eleitoral”, disse, lembrando que o tribunal manteve a multa e rejeitou os recursos do PL.
O pedido formal será enviado à PGR. Caso a investigação avance contra Valdemar, ele poderá responder pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.
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