Política

Veja a íntegra do discurso de Rosalba na reunião da Executiva do Democratas nesta 2ª feira‏

Excelentíssimo Senhor Presidente do meu partido – DEMOCRATAS

Senador da República, José Agripino Maia

Ilustres membros da Comissão Executiva dos DEMOCRATAS

Senhoras e Senhores

A minha primeira palavra nesta manhã é de cumprimentos a todos os membros, aqui presentes, da Comissão Executiva do meu Partido – Democratas, especialmente o Presidente, senador José Agripino, liderança que sempre segui, desde o início da minha vida pública.

Aqui venho de espírito desarmado, com o propósito de contribuir para a unidade partidária e dessa forma consolidar posições que ao longo do tempo conquistamos juntos. Tem sido difícil governar o Rio Grande do Norte, porém com obstinação superamos dificuldades e conquistamos metas.

São públicos e notórios os motivos e razões da convocação desta reunião. Devo deixar claro que jamais contribuirei para cisões, ou divisionismo partidário. A minha posição é no sentido de expor fatos e fundamentos estatutários e jurídicos, visando, juntos, participarmos do embate eleitoral de 2014.

Ressaltei não contribuir para cisões ou divisionismos, pelo fato de que nas flutuações da política brasileira tive oportunidade de liderar siglas partidárias que me foram oferecidas. Em todas as ocasiões me mantive firme. Não aceitei dividir a liderança do senador José Agripino Maia, justamente numa hora em que ele presidia nacionalmente o Partido dos Democratas. Rejeitei as ofertas de Partidos e permaneci onde sempre estive.

Tais motivos me colocam perante as Senhoras e Senhores com a consciência tranquila e a certeza de que serei ouvida pelos Companheiros que não trai pelas costas, nem os levei à sobressaltos, ou inquietações.

Não desejo acusar ninguém e proclamo, inclusive, respeito pelos adversários. Desejo apenas não ser uma estranha no meu próprio Partido e poder olhar os olhos de quem aqui está presente e dizer-lhes, com sinceridade, o que penso e o que irei reivindicar nesta reunião.

Ao que sei, através da imprensa, imputam-me a incerteza de não ter declarado enfaticamente, que pretendo ser candidata à reeleição. Também se coloca que, caso pretenda à reeleição, não disporia de um arco de

alianças partidárias capaz de viabilizá-la, juntamente com a chapa proporcional. Por fim, igualmente se comenta, que estaria inelegível perante a legislação eleitoral.

Para evitar delongas devo esclarecer esses e outros fatos político-eleitorais. Todos desaguam na minha candidatura à reeleição pela legenda dos Democratas, o meu Partido.

Recordo, Senhor Presidente, uma expressão de Cecília Meireles, que escreveu no poema: “Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira”.

Na vida política, como na primavera, o tempo faz rebrotar a verdade, por mais injustas e severas que tenham sido as lesões e ferimentos. Deixei-me cortar após assumir o governo do Rio Grande do Norte. Não foi por vontade própria. Encontrei um estado falido, sem credibilidade, incapaz de exercer com eficiência as funções que lhe são atribuídas constitucionalmente. Tive que assumir posições políticas desgastantes para, inicialmente, viabilizar obras como Estádio Arenas das Dunas, as de mobilidade do Pro Transporte, a barragem de Oiticica, o maior programa de saneamento da nossa história e o RN Sustentável, em parceria com o Banco Mundial e dar as condições para o avanço na educação, aferido por institutos internacionais.

O Rio Grande do Norte tinha ficha suja perante o Tesouro Nacional. O BNDES ou qualquer outro órgão não firmaria compromissos financeiros conosco, se essa ficha suja não se tornasse limpa. Consegui limpá-la, a custa de muitos sacrifícios pessoais, porém tendo sempre em mente aquilo que Cecilia Meirelles cantou em verso: “deixar-me cortar para poder um dia voltar inteira”.

Chego inteira a essa reunião da Executiva do meu Partido. Não tenho de que envergonhar-me, nem muito menos envergonhar o meu Partido, por mais que se propaguem inverdades a meu respeito.

Como está escrito na Bíblia “estou certa de que tenho a consciência limpa e desejo viver de maneira honrosa em tudo”.

Senhoras e senhores Membros desta Executiva partidária,

Tenho a intenção, o desejo e o propósito de ser candidata à reeleição para o cargo de Governadora do Rio Grande do Norte e faço essa declaração no momento próprio e no foro legítimo que é o meu Partido, Democratas.

Por tal razão peço, humildemente, o apoio dos militantes e convencionais do meu Partido. Esse pedido começa por reivindicar que essa Comissão

Executiva aprove, a título de Preliminar que arguo nesse momento, que a decisão final sobre a minha candidatura à reeleição somente seja adotada na Convenção Partidária, aliás, como recomenda a legislação e o artigo 17, dos Estatutos dos Democratas.

Tal pedido não invalida que essa Respeitável Executiva analise o quadro político-eleitoral do Estado, inclusive com sugestões e propostas, que acatarei naquilo que me couber e for possível.

Por que faço esse requerimento inicial, que, aliás, formalizarei por escrito ao Senhor Presidente, senador José Agripino Maia?

Justamente para responder aos questionamentos de que a minha reeleição estaria inviabilizada pela falta de partidos que formem uma coligação capaz de enfrentar o desafio das urnas.

Como poderia dispor de partidos pré-coligados para disputar a reeleição, diante do clima de incerteza que ultimamente se propagou no estado, dando como favas contadas a recusa do meu nome e até veto de parte dos Democratas?

O bom senso indica que seria impossível esse trabalho de convencimento partidário com esse clima. Além do mais, a formação de uma aliança passaria também pela ação pessoal do líder do partido senador José Agripino Maia e todos os Ilustres membros. Essa não seria uma tarefa individual, mas também partidária. De minha parte proponho-me a colaborar na montagem desse arco de alianças, inclusive por já existirem entendimentos em andamento, sendo necessária a demonstração de confiança e solidariedade do meu partido, sem o que a tarefa será enormemente dificultada. Não tenho dúvidas de que a partir da liderança incontestável do senador José Agripino, que tem uma história de lutas escrita no estado e a participação de todos nós, seremos competitivos, na eleição majoritária e proporcional. Não há razões para complexo de inferioridade política dos Democratas potiguares. Temos discursos e argumentos, que amealharão os votos dos nossos conterrâneos. E como disse Rui Barbosa: “maior que a tristeza de não vencer é a vergonha de não lutar!”

Outro argumento que me chegou aos ouvidos é de que o veto dos Democratas ao meu nome seria também por estar inelegível.

Não posso negar, Senhor Presidente, que uma interpretação desconhecendo o sagrado principio da “presunção de inocência”, antes do transito em julgado da condenação, conclua pela minha presumida inelegibilidade. Todavia, a justiça eleitoral já prolatou reiteradas decisões, assegurando o

registro de candidatos que, porventura, tenham inelegibilidade declarada por Colegiado judicial, como seria o caso do TRE estadual.

Como se vê não há essa inelegibilidade automática, que me impeça de pleitear, como pleiteio, o direito de disputar a reeleição. Prevalecerá a presunção de inocência e a regra de que a justiça não pode retirar do eleitor o direito de votar em quem não tenha contra si – como é o meu caso pessoal – condenação judicial definitiva.

Em tais situações, o TSE tem autorizado tranquilamente o registro de candidaturas para a disputa de cargos públicos.

Ademais, só resta contra mim um processo em tramitação final no Tribunal Superior Eleitoral, no qual me acusam de ter autorizado com fins eleitorais a perfuração de um poço artesiano em assentamento de sem terras, no município de Mossoró. A prova dos autos demonstra, até no depoimento de testemunhas de acusação, que nunca estive no local, nem tão pouco a candidata dos Democratas, Claudia Regina e que o poço, não concluído, começou a ser perfurado menos de uma semana antes da eleição. Por outro lado, essa comunidade de sem terras tem pouco mais de 200 eleitores, o que demonstra a impossibilidade do presumido aliciamento eleitoral ter influído no resultado final da eleição, o que é condição indispensável para a justiça eleitoral condenar alguém por abuso de poder. Observe-se, ainda, que na liminar concedida pela ministra Laurita Vaz para que permanecesse como governadora do estado está escrito que a imputação do procedimento judicial não seria hipótese de inelegibilidade e sim de suposta multa eleitoral.

Como será possível alguém considerar-me definitivamente inelegível em tal situação jurídica e fática?

Ninguém melhor do que os Ilustres membros do meu Partido para, com bom senso e solidariedade, entenderem que essa pretensão de inelegibilidade será revertida no momento próprio, diante da evidencia dos fatos demonstrados e da solidez do direito que me protege.

Senhoras e Senhores,

Não desejo prolongar-me, pois considero que esclareci os pontos que na imprensa tive conhecimento que deveria esclarecer nesta reunião.

Ao final repito Fernando Pessoa: “se achar que precisa voltar, volte. Se perceber, que precisa seguir, siga”.

Senhoras e Senhores Membros da Executiva do meu Partido: não preciso voltar. Percebo que preciso seguir, com coragem, determinação e firmeza de propósitos.

A mesma coragem, determinação e firmeza de propósitos que me levaram a disputar e vencer três vezes a prefeitura de Mossoró, ser eleita a primeira Senadora do RN e vencer a disputa ao Governo do Estado.

A mesma firmeza ao defender o nosso partido nos momentos difíceis e decidi nele permanecer, quando inúmeros convites foram formulados a ter uma nova opção partidária, com garantias em muito reduziriam os obstáculos que tive que enfrentar, mas optei pela lealdade e respeito aos democratas.

Repito “se achar que precisa voltar, volte. Se perceber que precisa seguir, siga.”

Sigo de cabeça erguida, pois sei que combato o bom combate.

Para isto, espero contar com a solidariedade do meu partido para que me dê condições de construir alianças com outros partidos e apresentar, até a Convenção, as condições que viabilizem esse projeto eleitoral.

Agradeço a presença de todos e que Deus nos abençoe,

Rosalba Ciarlini

Opinião dos leitores

  1. Assim percebemos que o Senador José Agripino nada mais é do que um aproveitador e usurpador de prestígio alheio. Soube retirar a então Senadora Rosalba Ciarlini de seu cargo para lançar-lhe ao governo. E logrou êxito, sim, mas o mérito era dela. As administrações que Rosalba fez em Mossoró lhe credenciaram e respaldaram aquela vitória da esperança em 2010. Hoje, fragilizada, se vê jogada aos leões por esses facínoras que a pouco lhe afagavam. A governadora foi covardemente abandonada pelo partido que ela ajudou a não morrer por inanição ainda nos idos daquele esperançoso 2010.
    Como ex-eleitor do filho da ditadura, José Agripino Maia, e de sua cria, no caso, neto da ditadura, Felipe Maia, declaro que estou profundamente envergonhado de em ocasiões passadas ter depositado minha confiança nesses crápulas.
    Governadora, votei e votaria novamente na senhora. Futuramente, este governo será lembrado pela austeridade administrativa e ausência absolutas de escândalos, ao contrário de governos passados.

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Geral

Brasileiros pagarão nova taxa de US$ 250 para obter visto americano

Foto: Joshua Roberts/Reuters

Os brasileiros que planejam tirar o visto americano nos próximos meses deverão desembolsar US$ 250 em razão de uma nova taxação, além das cobranças já previstas.

Chamada de “Visa Integrity Fee”, a nova taxa está no pacote fiscal do presidente Donald Trump, aprovado pelo Congresso dos EUA na semana passada. Ela incidirá sobre a maioria dos estrangeiros que desejam tirar o visto americano.

Há dois tipos de vistos: o de imigrantes (para estrangeiros que querem residir permanentemente nos Estados Unidos) e o de não imigrantes (viagem em caráter temporário, incluindo turismo, trabalho temporário, estudo e intercâmbio). A nova taxa será cobrada no momento da emissão para os integrantes da segunda categoria.

Ainda não está claro a partir de quando a Visa Integrity Fee passará a ser cobrada, mas pode ficar para o ano fiscal dos Estados Unidos de 2026, que tem início em 1º de outubro de 2025.

Também não há confirmação de que o valor máximo da taxa será de US$ 250, pois a lei determinada que a Segurança Interna dos Estados Unidos poderá definir montante superior, via nova legislação.

A lei de Trump, “One Big Beautiful Bill”, determina ainda o pagamento de US$ 24 pelo formulário de registro do visto.

As novas cobranças serão reajustadas conforme o indicador de inflação oficial a cada ano fiscal americano e não anulam o que já era exigido. Ou seja, os estrangeiros que desejam tirar o visto de não imigrante na condição de turistas, estudantes e outros ainda devem desembolsar US$ 185,00, como já previsto.

Reembolso

O visitante tem o direito de pedir o reembolso do montante caso cumpra regras específicas durante a estadia nos EUA, como não trabalhar sem autorização e retornar ao país de origem dentro do prazo estipulado, com tolerância de até cinco dias.

Todos os valores que não forem reembolsados serão depositados no fundo do Tesouro americano.

CNN Brasil

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Geral

Homem de 21 anos com 86 passagens pela polícia é preso novamente após mais 4 furtos em um mês no Rio

Foto: reprodução/TV Globo

Um homem que tem 86 passagens pela polícia foi preso por agentes da 12ªDP (Copacabana) — Foto: Reprodução/ TV GloboFoto: reprodução/TV Globo

Um homem que tem 86 passagens pela polícia foi preso por agentes da 12ªDP, em Copacabana, no Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, Patrick Rocha Maciel, de 21 anos, cometeu 4 furtos em menos de um mês em que ficou solto.

Os crimes foram contra apartamentos, uma farmácia e até uma igreja presbiteriana.

Ele responde por diversos crimes, mas a maioria das ocorrências é por roubo e furto.

O delegado da 12ªDP (Copacabana), durante a investigação, descobriu que ele havia sido preso alguns dias por outro crime.

“Patrick é um velho conhecido da Polícia Civil, tem histórico criminal longo. Começou como adolescente infrator e já tem 86 passagens por crimes patrimoniais, roubo e tráfico de drogas. Agora, novamente está preso”, disse o delegado Angelo Lages.

“Quando a gente foi fazer levantamentos para tentar cumprir o mandado de prisão, a gente descobriu que ele já havia sido preso por furto a estabelecimento comercial em 29 de junho deste ano”, explicou.

Além dele, um comparsa identificado como Renan Dantas dos Santos, conhecido como Rhiana, também está preso.

A pouca idade de Patrick chamou a atenção dos policiais.

“Ele só tem 21 anos, nasceu em 2003. Vai completar agora 22 anos e já tem esse histórico criminal”, completou o delegado.

A Polícia Civil continua com as investigações para tentar prender um terceiro comparsa. A TV Globo busca contato com a defesa de Patrick.

g1

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Geral

Lei estadual que impõe reserva de vagas para travestis e transexuais em empresas privadas com incentivos fiscais é inconstitucional, decide Justiça

Foto: Magnus Nascimento

A lei estadual que impõe reserva de vagas para travestis e transexuais em empresas privadas que recebem incentivos fiscais no Rio Grande do Norte foi considerada inconstitucional em decisão da Justiça, assinada pelo desembargador Cláudio Santos, na quarta-feira (9). Ainda cabe ao Governo Estadual recorrer da decisão.

De acordo com a decisão (veja aqui), a lei foi considerada inconstitucional pelas seguintes razões, entre outras: É competência privativa da União para legislar sobre direito do trabalho e sobre normas gerais de licitação e contratação.

“A inclusão de minorias deve ser buscada por meio de medidas afirmativas justas,
equilibradas e bem fundamentadas, e não por meio de imposições legais arbitrárias que podem gerar
efeitos negativos tanto para as empresas quanto para os trabalhadores”, diz a decisão judicial.

“Tal imposição, portanto, desrespeita o princípio da proporcionalidade e compromete a
efetividade das ações de inclusão, que deveriam ser pautadas por análises criteriosas e fundamentadas, e
não por números aleatórios e desconectados da realidade”, escreveu o desembargador.

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Geral

Vereadora do PT assassinada no RS fazia parte de uma facção criminosa, diz polícia; morte dela despertou solidariedade de Janja

Janja Elisane VereadoraImagem: reprodução

Investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul afirma que a Elisane Rodrigues, vereadora morta a facadas na noite de 16 junho de 2025, era ligada a uma organização criminosa.

Segundo a polícia, está descartada qualquer motivação política para o assassinato.

Elisane tinha 49 anos e era vereadora pelo PT na cidade gaúcha de Formigueiro, que fica a 285 km de Porto Alegre. Sua morte despertou uma onda solidariedade entre petistas, inclusive com a primeira-dama, Janja Lula da Silva, que fez uma publicação de apoio no seu perfil no Instagram em 18 de junho: “A violência contra as mulheres é uma realidade cruel e inadmissível e o feminicídio exige uma resposta firme e urgente”.

Na 5ª feira (10.jul.2025), a Polícia Civil do Estado prendeu a mulher suspeita de ser a mandante do assassinato da vereadora. No dia 20 de junho, 3 dias depois do crime, a polícia já havia detido o provável assassino, um homem de 18 anos.

Para o responsável pelo caso, delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, da Delegacia de Formigueiro, a vítima foi atraída ao local do crime sob o pretexto de que ela poderia comprar carne abaixo do valor de mercado. Elisane conhecia o suspeito do assassinato.

Ainda segundo as investigações do caso, a vereadora teria sido morta por brigas internas da facção criminosa da qual ela fazia parte. Na verdade, a dívida em questão teria sido feita por ela, e não pelo filho. Ela seria envolvida com tráfico de drogas na região. A informação é da revista Veja.

Inicialmente, a linha de investigação adotada sugeria que o motivo do crime seriam dívidas contraídas pelo filho da vereadora.

No X (antigo Twitter), o vereador de Curitiba Rodrigo Marcial (Novo-RS) publicou diversos posts em que aborda o caso. Segundo ele, “a vereadora tinha cerca de R$ 500 mil nas contas bancárias, e o próprio filho também estaria envolvido com o tráfico [de drogas]”.

O político ainda aproveitou a oportunidade para criticar os petistas que se solidarizaram com a morte da mulher. “O lulopetismo corre para narrativas emocionais — “ódio político”, “misoginia”, “golpismo” — enquanto ignora, sistematicamente, os vínculos de parte de sua base com o crime organizado”, escreveu.

Depois das informações trazias à tona pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, integrantes do PT não se manifestaram novamente sobre o caso.

Poder 360

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Economia

Taxação de Trump leva Bolsa brasileira à pior semana desde dezembro de 2022

Foto: Reprodução/Pixabay

Depois de atingir duas vezes o maior nível da história no começo do mês, a B3, Bolsa de Valores de São Paulo, teve entre 7 e 11 de julho a pior semana desde dezembro de 2022, acumulando queda de 3,61%. O dólar subiu 2,29% no mesmo intervalo.

O mercado financeiro local reagiu com pessimismo à tarifa de 50% anunciada pelo presidente americano, Donald Trump, para todos os produtos brasileiros vendidos aos EUA. No cenário microeconômico, o medo é dos prejuízos para as empresas, em especial as listadas em Bolsa; no macro, é da desaceleração da economia causada pela redução das exportações, com fechamento de postos de trabalho.

O Ibovespa abriu a semana em queda após Trump ameaçar retaliar os países alinhados ao Brics (grupo formado por 11 nações, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O principal índice acionário brasileiro caiu 1,26% na segunda-feira (7). Enquanto, em sua reunião de cúpula no Rio de Janeiro, no final de semana, o Brics se manifestou a favor da reforma de instituições multilaterais e contra guerras comerciais, o presidente americano prometeu aumentar tarifas dos países que apoiarem o grupo.

Na quarta — feriado em São Paulo —, Trump cumpriu o que havia dito. O presidente americano enviou uma carta ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, avisando que passaria a cobrar 50% de tarifas sobre produtos do país a partir de 1º agosto. A justificativa foi o tratamento dado pelo Judiciário do Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — réu em processo no qual é acusado de liderar uma suposta tentativa de golpe de Estado — e às empresas de tecnologia americanas. Assim, o Ibovespa teve a terceira queda seguida, de 1,31%.

Nesta sexta-feira (11), o Ibovespa sofreu a quinta queda consecutiva. O índice acionário fechou o dia aos 136.170 pontos, com baixa de 0,41%. Com a entrada de estrangeiros no mercado brasilero em busca de ganhos rápidos, o Ibovespa chegou a bater o recorde de 141 mil pontos na semana semana passada. Mas qualquer sinal de instabilidade, como uma crise política ou externa, faz esses investidores realizarem lucros, ou seja, vender ações para garantir o lucro obtido.

“O problema veio, e logo os papéis começaram a ‘realizar’. Principalmente ativos com maior risco: varejo, varejo de alimentos, linha branca, papéis mais especulativos, papéis que precisam de estímulos da China. Todos esses papéis acabaram devolvendo, aproveitando as grandes altas [das últimas semanas]. Cenário perfeito para o investidor realizar, papéis em alta lucro no bolso, crise lá fora. O recuo no Ibovespa é mais fácil de explicar do que o tamanho da alta em que estava o principal índice da Bolsa brasileira”, diz Felipe Sant’Anna, especialista em investimento do grupo Axia Investing.

O dólar comercial terminou o dia, com leve alta de 0,1%, vendido a R$ 5,548. Com a valorização registrada entre 7 e 11 de julho, a moeda americana interrompeu uma sequência de cinco semanas consecutivas de baixa ante o real.

UOL

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Mundo

Rússia lança mais de 600 drones e mísseis contra a Ucrânia, diz Zelensky

Foto: Reuters

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que a Rússia lançou 597 drones e 26 mísseis em um ataque noturno ao país neste sábado (12).

Em postagem no Telegram, Zelensky detalhou o ataque e informou o impressionante número de 597 drones e 26 mísseis na ofensiva. Ao menos 20 pessoas ficaram feridas.

Unidades de defesa aérea ucranianas abateram 25 mísseis e 319 drones Shahed e bloquearam outros 258 drones com guerra eletrônica, informou a força aérea.

“O ritmo dos ataques aéreos da Rússia exige decisões rápidas e pode ser contido agora por sanções”, disse Zelensky fazendo um novo apelo por sanções severas à Rússia e mais defesa aérea para a Ucrânia.

“Esta guerra só pode ser interrompida pela força. Esperamos não apenas sinais de nossos parceiros, mas ações que salvem vidas”, completou.

O ataque é o mais recente de uma série de ataques aéreos massivos nas últimas semanas. A Rússia intensificou significativamente suas ofensivas com drones e mísseis contra a Ucrânia desde junho.

CNN

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Geral

Governo Lula desiste de disputar vaga em comissão da OEA em meio a embate com Trump

Foto: EFE/Andre Borges

O governo Lula (PT) abriu mão de disputar uma vaga para a Comissão Internacional de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), em meio ao embate com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão levou a vitória do representante do México, José Luis Caballero Ochoa, na eleição realizada nesta sexta-feira (11).

O órgão analisa denúncias de violações de direitos humanos, incluindo o caso envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF). Candidato brasileiro, o professor e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fábio de Sá e Silva, recebeu apenas 3 votos dos países membros, enquanto Ochoa teve 23. Cinco países votaram em branco.

O recuou teria sido articulado pelo Itamaraty para viabilizar um consenso a favor do mexicano, mas os motivos não foram divulgados oficialmente, segundo apuração da revista Veja. Uma das hipóteses para o movimento do Brasil seria a possibilidade criar uma espécie de resistência aos Estados Unidos dentro do colegiado.

No entanto, o presidente dos Estados Unidos impôs uma taxa de 50% sobre os produtos brasileiros na quarta-feira (9), aprofundando a crise diplomática entre os dois países. O Congresso Nacional pressionou para tentar reverter o acordo do Itamaraty com o México, mas sem sucesso.

No final de junho, a ativista cubano-americana Rosa María Payá, apoiada pelo governo dos EUA e por aliados de Trump, foi eleita para a CIDH. Crítica de ditaduras de esquerda como Cuba e defensora enfática da liberdade de expressão, Payá deve pressionar por uma atuação mais firme da comissão nesses temas.

Em março, Sá e Silva chegou a ser recebido pelo presidente Lula (PT) e sua candidatura teve o apoio do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A CIDH é formada por sete comissários eletivos, três deles serão substituídos neste ano. Os novos mandatos serão de 2026 a 2029.

Em entrevista ao portalg1, o candidato brasileiro disse ter sido informado da decisão nesta quinta-feira (10). “Eu recebi a informação hoje [quinta] à tarde, por volta de 17h, aqui em Washington [onde fica a sede da OEA], enquanto fazia campanha e buscava votos. Um representante do Itamaraty em Brasília me ligou afirmando que o Brasil iria pedir o encaminhamento dos votos para o candidato mexicano”, afirmou Sá e Silva ao g1.

Sá e Silva é professor na Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, e tem passagens pelo Ministério da Justiça e por organismos internacionais como PNUD e Unesco. Ele colaborou com a CIDH como consultor no relatório sobre o Brasil de 2019. Nos últimos anos, tem defendido publicamente a atuação do STF.

Em audiência no Congresso dos EUA em 2024, afirmou que a Corte agiu dentro da legalidade ao instaurar inquéritos sobre desinformação e suspender perfis nas redes sociais. “Se há uma crise no Estado de Direito no Brasil, não é por causa dos juízes, mas por causa de turbas que se recusam a seguir as regras do jogo”, declarou.

Gazeta do Povo

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Esporte

Projeto do Mundial de Clubes no Brasil em 2029 agita bastidores da CBF

Foto: CBF via X

A CBF manifestou à Fifa o interesse em receber a próxima edição do Mundial de Clubes, marcada para 2029. Nos próximos meses, a federação internacional apresentará os detalhes do processo de candidatura, como a quantidade mínima de estádios exigida.

Além do Brasil, outros dois países demonstraram disposição em ser sede: Espanha e Marrocos. Ambos, juntamente com Portugal, serão os anfitriões da Copa de 2030. Esse desejo, entretanto, não faz parte de uma proposta conjunta entre os países, nem representa um plano de transformar a competição em um evento-teste para o torneio de seleções.

Embora ainda não haja nada oficial, os bastidores da CBF já estão agitados, com diversas cidades sonhando em organizar o campeonato. A expectativa é de que a entidade nacional indique entre 10 e 12 estádios. Na edição inaugural do novo formato, realizada nos Estados Unidos, que se encerra amanhã, foram utilizadas 12 arenas, considerado como o número ideal com 32 participantes.

Até o momento, não há indícios de que o número de times possa ser ampliado para 48 em 2029, o que exigiria um projeto maior. Os oito equipamentos escolhidos para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que também será realizada no Brasil, saem na frente na disputa por vagas no Mundial, especialmente porque passarão por algum tipo de remodelação a pedido da Fifa.

São eles: Maracanã (Rio de Janeiro), Neo Química Arena (São Paulo), Mineirão (Belo Horizonte), Beira-Rio (Porto Alegre), Mané Garrincha (Brasília), Fonte Nova (Salvador), Arena de Pernambuco (região metropolitana do Recife) e Castelão (Fortaleza). Todos receberam jogos da Copa do Mundo de 2014.

É provável que, para um torneio com 10 ou 12 sedes, a região Norte também esteja representada. As possibilidades são Manaus, com a Arena da Amazônia, e Belém, com o Mangueirão. Essas cidades ficaram de fora da Copa Feminina por questões de infraestrutura. Dois dos vices da CBF são, justamente, os presidentes das federações do Amazonas, Ednailson Rozenha, e do Pará, Ricardo Gluck Paul.

Se o Brasil for confirmado, terá o direito de indicar um clube representante, além dos seis sul-americanos que disputarão a competição, o que já deve garantir a presença de mais de um brasileiro. Ainda será preciso definir o critério dessa escolha: a vaga ficará com o campeão da Série A de 2028, o último antes do Mundial, ou a gestão de Samir Xaud criará um ranking próprio, nos moldes do que a Fifa adotou para distribuir vagas entre clubes da Europa e da América do Sul?

Os próximos meses serão movimentados nos bastidores.

Estadão – Marcel Rizzo

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Economia

Bolsa Família pagou R$ 1,5 bi a estrangeiros em 2024

Foto: Reuters/Manon Cruz

O governo federal pagou R$ 1,5 bilhão do Bolsa Família em 2024 a pessoas nascidas fora do Brasil, segundo dados obtidos pelo Poder360 por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).

Em 2025, o programa faz pagamentos a 188 mil pessoas que não nasceram no Brasil, mas vivem no país. Esses benefícios atingem 404.519 pessoas –número equivalente a 40% dos cerca de 1 milhão de estrangeiros vivendo no Brasil. O volume de estrangeiros do Censo foi divulgado em junho pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Refere-se à população brasileira em 2022. Não há dados mais recentes.

Estrangeiros podem receber o benefício desde que estejam regularizadas. Imigrantes ilegais não têm acesso. Em 2024, foram gastos R$ 168 bilhões no programa.

Foto: Poder 360

O número de pessoas nascidas fora do Brasil atendidas cresceu 627% em 10 anos. Eram 59.980 beneficiados ante 404.519 em 2024. No mesmo período, o valor médio repassado subiu 1.103%, já descontada a inflação. Parte desse salto se deve à ampliação do programa durante a pandemia e à reformulação promovida no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde que o petista voltou ao Palácio do Planalto, em 2023, o gasto com Bolsa Família a nascidos em outros países aumentou 159%. Eram R$ 590 milhões, ajustados pela inflação. Em 2024 foram R$ 1,5 bilhão.

O IBGE divulgou que, pela 1ª vez desde 1960, o Brasil teve alta no número de estrangeiros vivendo no país. Eram 600 mil em 2010. Passaram para 1 milhão em 2022 –último ano em que a contagem foi feita. São sobretudo venezuelanos. A diferença entre os números é próxima ao total de estrangeiros que recebem o benefício.

Dados opacos

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, responsável pelo pagamento do programa, informou que o sistema do CadÚnico, necessário para acesso ao benefício, não registra a nacionalidade dos beneficiários –apenas se a pessoa é ou não nascida no Brasil. Tampouco diferencia o pequeno grupo de filhos de brasileiros nascidos no exterior que voltaram ao Brasil em condição de pobreza extrema de estrangeiros.

Por isso, o governo não sabe quantas pessoas de cada nacionalidade recebem o auxílio.

A legislação brasileira permite que estrangeiros com residência regular recebam o Bolsa Família sem exigência de tempo mínimo de permanência no país. Isso contrasta com países ricos, como a Suíça, que impõem carência de até 10 anos para o acesso de estrangeiros regulamentados a benefícios sociais.

A economista Carla Beni, da FGV, diz que o repasse a estrangeiros é uma forma de conter crises sociais em cidades fronteiriças, especialmente no Norte. Segundo o Censo, os venezuelanos representam cerca de 20% dos estrangeiros no país. E muitos deles entram por via terrestre.

“Quando uma população imigrante e empobrecida recebe esse benefício, há menos incentivo para migrar para a criminalidade”, afirmou Beni ao Poder360.

Já Roberto Giannetti, economista e ex-secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), entende que o impacto fiscal não pode ser ignorado neste momento. “Nada está dissociado do principal debate do país, que é o fiscal”, disse.

Segundo o economista Pedro Nery, professor do IDP (Instituto de Direito Público) o tema tende a ter mais impacto político do que econômico, como ocorre em democracias ocidentais que lidam com imigração. “O cidadão estrangeiro no Brasil tem direito [ao benefício], e o brasileiro no exterior, não”, disse.

Ele aponta uma possível zona cinzenta jurídica. Na pandemia, o benefício foi constitucionalizado. E na Constituição, o texto diz que “todo brasileiro em situação de vulnerabilidade” tem direito ao benefício.

“Não acho que isso torne ilegal o recebimento por estrangeiros, mas alguém pode argumentar que há prioridade para brasileiros –já que o termo usado não é ‘indivíduo’ ou ‘cidadão’”, disse.

Como consequência, abre-se um flanco jurídico: um brasileiro pode alegar ilegalidade se tiver o benefício negado enquanto um estrangeiro é contemplado.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. É desgoverno total, hoje em dia não se consegue um pedreiro, um pintor, um marceneiro, enfim nenhum profissional em area alguma, agora essas bolsas sem criterios instituindo o ser humano a tornar-se vagabundo e parasita da Nação. UMA VERGONHA o que está sendo feito por essa esquerda MAUDITA no Brasil.

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Geral

Líder da direita na Espanha diz que Moraes é “carrasco da democracia”

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Integrante do partido de direita Vox, o eurodeputado espanhol Hermann Tertsch criticou o ministro Alexandre de Moraes. Em texto escrito em espanhol no X [antigo Twitter], Tertsch afirmou que Moraes é “o carrasco da democracia no Brasil” e “operador da ditadura”.

Na postagem, Tertsch afirmou que o magistrado “sacou Lula da prisão, onde estava justamente por [ser] ladrão e corrupto” e “encheu as prisões brasileiras de presos políticos”.

A publicação fez referência a decisões do STF que anularam condenações de Lula no âmbito da Lava Jato, permitindo a candidatura em 2022.

Líder da direita na Espanha, Hermann Tertsch é jornalista e político, atualmente eurodeputado pelo Vox, legenda conhecida por seu discurso nacionalista e alinhamento com líderes de direita em outros países.

Apoio a Bolsonaro

Tertsch já manifestou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e costuma criticar decisões do STF relacionadas aos atos do 8 de Janeiro.

Em abril do ano passado, Tertsch convidou Eduardo Bolsonaro para discursar no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, para falar sobre o tema “ataques à liberdade de expressão e a tirania do governo Lula”.

Metrópoles – Paulo Cappelli

Opinião dos leitores

  1. Disse a verdade este deputado, ainda bem que já esta além fronteiras o que vem acontecendo no Brasil.

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