Diversos

DIVISÃO DE ALUNOS POR GÊNERO: Escolas ‘single sex’ se espalham pelo mundo; especialistas criticam

 

Classes ‘single sex’ nos EUA são alvo de ações judiciais, como no Middleton Heights Elementary – Jessie L. Bonner / Agência O Globo

Há mais de 40 anos, o Colégio Santa Marcelina, no Alto da Boa Vista, no Rio, decidiu aceitar meninos nas salas de aula antes ocupadas só por meninas. Um pouco depois, há quase 30 anos, o Colégio Militar do Rio aprovou o ingresso feminino em suas classes. Esse movimento em direção a turmas mistas, no entanto, não é uma unanimidade, conforme mostrou O GLOBO na edição de quinta-feira com a história da escola Porto Real, na Barra, que divide os alunos de acordo com o gênero. Especialistas afirmam que a separação dos estudantes é um atraso e implica em uma formação deficiente dos alunos, que não aprendem a conviver com as diferenças.

Com cada vez mais adeptos ao redor do mundo, o modelo que aposta em uma educação personalizada para cada gênero ganhou força nos Estados Unidos a partir de 2002, quando uma lei permitiu que agências educacionais locais usassem fundos públicos — destinados a “programas inovadores”— para apoiar escolas que separavam estudantes por gênero. De acordo com dados da Associação Nacional para Educação Pública Single Sex (Nasspe, na sigla em inglês), criada no mesmo ano da nova legislação, em 2002 apenas uma dúzia de escolas públicas oferecia o serviço. Mas menos de uma década depois, em 2011, pelo menos 506 instituições públicas dos EUA tinham atividades do tipo. E mesmo com a nova norma, essas instituições são alvo constante de ações que questionam o modelo single sex, argumentando que a prática é segregacionista.

CONVIVÊNCIA E CONFLITO

Se, por um lado, os adeptos do método argumentam, principalmente, que ele impulsiona o desempenho dos estudantes, os especialistas defendem que os resultados não são o principal indicador de uma educação bem sucedida.

— O desempenho é apenas uma das dimensões que interessam à sociedade. Mas o que interessa, de fato, é que tenhamos cidadãos que consigam conviver. A convivência envolve conflito, aliança, negociação, dor, alegria. Essa forma de educação vai contra as necessidades de uma sociedade que precisa avançar no tratamento da diversidade — critica Denise Carreira, doutora em Educação pela USP. — Observo que há uma modernização do discurso da segregação. O discurso novo diz “vamos separar, porque assim vamos desenvolver as meninas para as ciências exatas e os meninos para outras áreas”. É uma modernização ancorada na neurociência que acaba alimentando a segregação. O argumento pautado em questões biológicas já foi usado por vários regimes segregacionistas ao longo da História.

A pesquisadora afirma ainda que o surgimento de mais escolas que separam os alunos por gênero está relacionado ao contexto global atual:

— Isso tem a ver com o crescimento do conservadorismo não só no Brasil, mas no mundo. Ao mesmo tempo que muitos setores exigem convivência na diversidade, outros mantêm a intolerância. É um retrocesso.

Fernando Seffner, coordenador da linha de pesquisa sobre Educação, Sexualidade e Relações de Gênero da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), também se posiciona contra a educação single sex.

— Muitos estudos, além de filmes e a própria literatura, mostram que o nível de violência entre os alunos em escolas só de meninos ou só de meninas é maior que na escola mista. Um menino que, por exemplo, não goste de jogar futebol, terá uma chance muito maior de sofrer violência nesse ambiente.

Só na Espanha — país de origem do criador da Educação Personalizada, Victor García Hoz —, segundo a Associação Europeia de Educação Single Sex (Easse, na sigla em inglês), há ao menos 219 centros de estudo que oferecem educação diferenciada em algumas de suas etapas, todos privados, mas alguns com subsídio público. Na América Latina, o modelo criado por Hoz começou a ganhar popularidade a partir dos anos 2000. Secretário geral da Associação Latino-americana de Centros de Educação Diferenciada (Alced), Ricardo Carranco afirma que a tendência é que esse tipo de escola se espalhe pelo continente.

— A América Latina está, cada vez mais, crescendo nessa área e apostando no tema da educação diferenciada por sexos. Entre outras nações, Argentina, Peru, México, Honduras, Costa Rica, Equador têm colégios de reconhecido prestígio acadêmico e social, emoldurados pelos princípios pedagógicos da educação diferenciada por sexos — afirma Carranco. — Sem dúvida, o Brasil é uma terra fértil para projetos educativos como esses. A riqueza cultural e social do país facilita o florescimento desse tipo de projeto.

Em 1995, a Escola Catamarã, em São Paulo, foi fundada sob o projeto pedagógico de Hoz. Atualmente, além dela, o Colégio do Bosque Mananciais, em Curitiba, que foi criado em 2010, virou símbolo da educação diferenciada por sexo no país. A escola oferece a educação single sex a partir do 2º ano do ensino fundamental até o ensino médio. Os alunos são divididos em duas unidades, uma para meninos e outra para meninas.

— É um único projeto educativo porque o conteúdo programático é o mesmo. O que muda é apenas a forma e o entorno de aprendizagem, um entorno que leva em consideração as naturais diferenças dos meninos e das meninas, como nível de maturidade ou facilidades de cada grupo para umas disciplinas específicas. É sabido e comprovado, por exemplo, que as meninas obtêm melhores resultados em português e literatura e os meninos em matemática e ciências — argumenta Leandro Pogere, diretor geral do colégio.

Já a diretora pedagógica do Colégio Santa Marcelina, que em 1975 decidiu abandonar as aulas restritas a apenas um dos sexos, Irmã Carmen é taxativa:

— No nosso pensamento pedagógico, consideramos que a presença de meninos e meninas estudando juntos é fundamental. Para aprender matemática, história e português, com certeza não faz diferença. Mas para aprender a viver bem, acho fundamental.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gastronomia

Papo de Fogão desta semana vem com 3 receitinhas de dar água na boca

Essa semana o Papo de Fogão tá com 3 receitinhas de dar água na boca. No Papo de Fogão dessa semana o sabor tá garantido! Começamos com a geleia de cajarana com pimenta da talentosa Maria do Rosário, do Doces da Rosário, lá de Caicó. Depois, as coxas de frango com molho apimentado e defumado preparadas pelo Chef Saulo Patriota, direto de Bananeiras. E fechando, o quadradinho de batata com queijo e presunto do nosso Fernando Amaral.

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h

PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

Apresentação: @fernando_amaral
Exibição:@tvbandma @tvbandpiaui
@tvtropicalrn @correiotv

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Governo Lula faz ofensiva contra anistia e paga R$ 3,2 bilhões em emendas


O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acelerou o pagamento de emendas parlamentares durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente na semana das condenações. Desde o início da análise do caso na Suprema Corte, a liberação desse tipo soma R$ 3,2 bilhões, na tentativa de fortalecer o Planalto e conter a adesão do Centrão à proposta de anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado.

Nesse sentido, o Executivo chegou a pagar R$ 2,3 bilhões somente na última terça-feira (9/9), quando o STF retomou o julgamento para o voto dos ministros. Segundo os dados da Transparência apurados pelo Metrópoles, esta foi a maior vazão de emendas em um único dia neste ano, marcado pela liberação a conta-gotas dos recursos.

Na série histórica, este é o 9º maior valor nominal liberado num único dia, desconsiderando a correção pela inflação. O recorde foi em 13 de dezembro do ano passado, quando o governo pagou R$ 5,8 bilhões. A expectativa é que o Planalto continue a irrigar as bases eleitorais dos parlamentares nos próximos dias, visando melhorar a disposição do Congresso para derrotar o projeto de anistia.

Dos R$ 3,2 bilhões em emendas pagas pelo governo nas duas semanas de julgamento, R$ 2,9 bilhões (91,3%) são de caráter individual. É o tipo de rubrica do Legislativo que tende a garantir retorno eleitoral e político aos seus autores. O restante corresponde a emendas remanescentes do antigo e do novo orçamento secreto: foram R$ 142 milhões (4,3%) de bancadas estaduais, R$ 80,8 milhões (2,4%) de comissões temáticas e R$ 60,2 milhões (1,85%) do relator do Orçamento.

Nos últimos dias, o governo sentiu que, de fato, há chances de o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar a proposta em plenário. Uma ala do Centrão acompanha a oposição nessa iniciativa, enquanto outra quer votar o projeto para derrotá-lo de vez. Aliados de Lula querem garantir que esse segundo grupo seja maior que o primeiro e ajude a base governista a enterrar de vez qualquer chance de perdão a Bolsonaro.

A seca das emendas colaborou para algumas dificuldades e derrotas para o governo, como na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Planalto foi pego de surpresa com uma articulação da oposição com o Centrão, que derrotou os nomes do Planalto para a presidência e relatoria do colegiado.

A ideia do governo é fortalecer Hugo Motta, que tem resistência à anistia, para negociar a derrota do projeto com os líderes do Centrão. O presidente da Câmara enfrenta uma desconexão com o grupo político do qual sempre fez parte, o que tem dificultado o controle da pauta e das votações na Casa.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

STF estima que prisão de Bolsonaro em regime fechado ocorra até dezembro

Foto: reprodução

Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) estimam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve começar a cumprir pena em regime fechado até dezembro, dependendo do tempo para análise de recursos das defesas e publicação dos acórdãos.

A condenação, definida nesta quinta-feira 11, soma 27 anos e 3 meses de prisão, sendo 24 anos e 9 meses em reclusão e o restante em detenção.

Bolsonaro cumpre atualmente prisão domiciliar e só será transferido para o regime fechado após esgotados os recursos possíveis ao STF. A jurisprudência da corte permite iniciar o cumprimento da pena após a rejeição dos dois primeiros embargos de declaração, que têm o objetivo de esclarecer eventuais omissões ou erros, sem alterar o resultado do julgamento.

A publicação do acórdão do julgamento deve levar cerca de 35 dias, seguida de cinco dias para apresentação dos primeiros embargos de declaração e mais cinco dias para manifestação da Procuradoria-Geral da República.

Como ainda é possível apresentar segundos embargos, o prazo pode se estender, levando à previsão de prisão em dezembro, embora possa ocorrer antes, dependendo da duração de cada etapa.

Uma ala do STF avalia que a prisão poderia ser decretada imediatamente, alegando que os recursos não alterariam a condenação, mas a medida não é considerada a mais provável.

Além da tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro foi condenado por abolição do Estado democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

Ao iniciar a execução da pena, o ex-presidente terá que cumprir pelo menos 3 anos, 11 meses e 15 dias em regime fechado antes de progredir para o semiaberto, conforme a Lei de Execuções Penais, podendo esse período ser maior dependendo da gravidade dos crimes cometidos com violência ou grave ameaça.

Entre os possíveis locais de cumprimento da pena estão a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, uma cela especial no Centro Penitenciário da Papuda e um quartel do Exército, embora essa última opção seja considerada remota.

PODER360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RN

Prefeita Nilda assegura isenção histórica e protege 500 empregos em Parnamirim

Foto: reprodução

 

A prefeita de Parnamirim, Nilda, reafirmou, nesta sexta-feira, seu compromisso com o desenvolvimento econômico e a preservação de empregos no município ao se reunir com representantes da empresa Bonor Botões, instalada no bairro Santos Reis.

Durante o encontro, foi assinado um Decreto que concede à empresa a isenção de IPTU uma medida inédita para o grupo empresarial. Com essa iniciativa, a Prefeitura de Parnamirim consolida sua política de valorização da indústria local, gerando e preservando cerca de 500 vagas de empregos diretos, incrementando a renda e fortalecendo o desenvolvimento sustentável do município.

“Nunca, em mais de 45 anos de fundação, uma gestão municipal havia oferecido um benefício como este. Garantir o funcionamento da Bonor Botões em Parnamirim significa proteger mais de 500 empregos, movimentar a economia local e reafirmar nosso compromisso com as empresas que investem na nossa cidade”, destacou a prefeita Nilda.

Há anos a empresa buscava um diálogo com o poder executivo do Município para tratar sobre essa questão, mas não obtinha sucesso. A cidade estava correndo o risco de ver ir embora mais esse empreendimento. Estamos falando de uma empresa que gera cerca de 500 empregos diretos. Mais de 90% dos seus funcionários residem na cidade cidade. O seu fechamento seria uma verdadeira tragédia para Parnamirim, que poderia sofrer um colapso social, financeiro e econômico.

O benefício fiscal concedido pela gestão municipal só foi possível porque o empreendimento cumpre todos os requisitos legais, reforçando a transparência e o respeito às normas vigentes. Ou seja, a empresa emprega mais de 250 famílias do município.

A garantia da isenção foi preponderante para a decisão da permanecia da Bonor, no Município. Outras cidades já haviam manifestado o interesse em receber as instalações da empresa, mas de forma assertiva e sensível, a prefeita garantiu a permanência da fábrica no território parnamirinense.

A ação representa não apenas uma medida estratégica de incentivo econômico, mas também uma demonstração de compromisso social, garantindo estabilidade e segurança para trabalhadores e suas famílias.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PGR discorda da sentença de Cid, mas prefere não recorrer

Antônio Cruz/Agência Brasil

A PGR (Procuradoria-Geral da República) discordou da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder o benefício quase máximo ao tenente-coronel Mauro Cid pelo seu acordo de delação premiada. Ainda assim, não deve recorrer.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, sinalizou a interlocutores que um eventual recurso teria pouca chance de prosperar – já que foi um dos poucos pontos de unanimidade entre os ministros.

Nas alegações finais do processo, Gonet disse que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro deu depoimentos “em geral, superficiais e pouco elucidativos” – portanto, os benefícios deveriam ser fixados no “patamar mínimo”.

Não foi o que ocorreu no STF. Os ministros condenaram Cid por todos os crimes dos quais era acusado – contudo, por entenderem que a delação fechada com a PF (Polícia Federal) foi efetiva, fixaram a pena que o delator queria: apenas dois anos, em regime aberto.

Inicialmente, a defesa de Cid queria o perdão total da pena, mas a Primeira Turma afastou essa possibilidade, por compreender que não seria cabível para crimes contra a democracia – um recado claro sobre como a Corte trata a pauta da anistia.

A defesa de Cid pediu, nesta sexta-feira (12), a retirada da tornozeleira eletrônica e a “detração” da pena – uma espécie de abatimento pelo período de cumprimento de medidas cautelares, impostas a ele em maio de 2023.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Turismo

Turismo do RN cai 2,7% em julho e tem pior resultado do Nordeste, aponta IBGE

Foto: José Aldenir/Agora RN

O índice de volume de atividades turísticas do Rio Grande do Norte recuou 2,7% em julho em relação a junho, quarto mês consecutivo de queda em 2025. O desempenho foi o pior entre os estados do Nordeste e o quarto pior do País, atrás apenas de Amazonas (-5,9%), Pará (-3,3%) e Goiás (-2,9%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta sexta-feira 12 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de volume do turismo potiguar para julho segue negativo desde 2023, quando a variação foi de -1,4%. Apesar da retração em volume, a receita nominal do setor teve alta de 1,6% neste ano, mesmo percentual registrado pela Bahia, ambos os menores resultados entre os cinco estados nordestinos pesquisados.

No acumulado de janeiro a julho de 2025, o turismo no estado registrou crescimento de 5,4% em volume e de 13,2% em receita. Na comparação com os últimos 12 meses, houve expansão de 7,4% em volume de atividades e de 14% em receita nominal, frente ao período anterior.

Em nível nacional, o índice de atividades turísticas caiu 0,7% em julho frente ao mês anterior, terceiro recuo seguido, acumulando perda de 2,3%. Entre os 17 locais pesquisados, 10 acompanharam a queda. As maiores influências negativas foram registradas no Rio de Janeiro (-2,5%), Bahia (-2,1%) e Amazonas (-5,9%). Em sentido contrário, São Paulo (0,6%), Paraná (2,0%) e Minas Gerais (1,1%) tiveram crescimento.

No setor de serviços, o Rio Grande do Norte também apresentou retração em julho. O volume caiu 1,6% e a receita nominal, 2,5%, após dois meses de resultados positivos. Os índices colocaram o estado na quarta pior posição do País, à frente apenas de Tocantins (-3,5%), Mato Grosso (-3%) e Amazonas (-2,4%) em receita, e de Tocantins (-3,6%), Amazonas (-3,5%) e Amapá (-3%) em volume.

Na comparação com julho de 2024, o volume de serviços caiu 4,3%, enquanto a receita teve alta de 0,4%. No acumulado do ano, o setor potiguar registra crescimento de 4,7% em volume e 10,1% em receita. Em 12 meses, os resultados são de 6,9% em volume e 11,9% em receita, mas em ritmo menor do que o observado em junho de 2025.

AGORARN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Maior eclipse solar da história vai esconder o sol por 6 minutos e causar apagão mundial

Foto: divulgação

O eclipse solar total de 2027 promete ser o mais longo do século XXI, com até 6 minutos e 23 segundos de escuridão. Esse tempo recorde transformará o dia em noite, criando um cenário raro e fascinante para milhões de observadores ao redor do mundo.

Além da longa duração, o fenômeno será visível em áreas densamente povoadas, permitindo registros científicos e experiências visuais inéditas. Astrônomos já o consideram um marco para a história dos eclipses solares.

Como ocorre um eclipse solar total?

Esse tipo de eclipse acontece quando a Lua se alinha perfeitamente entre a Terra e o Sol, bloqueando a luz solar em determinadas regiões. O resultado é um breve período de escuridão total durante o dia.

Desde tempos antigos, esse fenômeno fascina diferentes culturas e é usado para estudos sobre a atmosfera solar. Hoje, ele representa uma das mais impressionantes experiências astronômicas disponíveis ao público.

O Antagonista 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lupi muda versão sobre conselheira que alertou fraude no INSS, e CPI vê contradições de ex-ministro

Foto: Wilton Junior/Estadão

O ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, exonerado após a operação da Polícia Federal contra fraudes em descontos a aposentados, mudou a versão apresentada ao Congresso sobre o vínculo que possuía com a conselheira que o alertou sobre denúncias de esquema no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Em depoimento à Câmara, em abril, Lupi afirmou que Tônia Galetti, que integrava o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), era “uma amiga pessoal”. Ao ser perguntado sobre sobre sua “relação pessoal” com ela, durante testemunho à CPI do INSS, na segunda-feira, 8, disse não ter “nenhuma”.

O advogado de Lupi, Wálber Agra, afirmou que “o uso da expressão ‘amiga pessoal’ representou uma manifestação coloquial, arvorada em um tratamento genérico e informal proferido, costumeiramente, no dia a dia como pessoa pública”.

O ex-ministro também não convenceu integrantes do colegiado ao negar ter conhecimento sobre uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) que detectou beneficiários que sofreram descontos associativos sobre pagamentos mensais sem que tenham autorizado.

Segundo Lupi, todos os contatos da CGU sobre irregularidades nos descontos associativos foram feitos diretos ao INSS ou a órgãos técnicos. Nunca com ele.

Entretanto, a diretora de benefícios da CGU afirmou em depoimento à CPI que deu ciência sobre resultados da fiscalização à assessoria especial de controle interno do ministério. No organograma da pasta, essa assessoria é diretamente ligada ao ministro.

O advogado de Lupi afirmou que “o ministro não foi comunicado do recebimento do relatório da CGU pela assessoria especial de controle interno” da pasta.

Para integrantes do colegiado, a versão sobre a conselheira do CNPS e a informação sobre não ter tido acesso à auditoria da CGU são duas das “incongruências” de Lupi durante depoimento de mais de dez horas que terminou na madrugada desta terça.

Com isso, estudam chamá-lo novamente para esclarecimentos ou mesmo para uma acareação com técnicos da CGU. A expectativa é de mais um capítulo de desgastes ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cujos aliados afirmam que irregularidades começaram na gestão de Jair Bolsonaro (PL), mas trabalharam contra a instalação da CPI.

Presidente do PDT, Carlos Lupi chefiava a pasta quando a Polícia Federal e a CGU deflagraram a Operação Sem Desconto, que estimou em R$ 6,3 bilhões o total de cobranças irregulares de associações de aposentados, entre 2019 e 2024.

O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que as versões de Carlos Lupi ao colegiado poderão motivar um novo convite.

“Podemos convidá-lo novamente se ele concordar em retornar. Ele será bem-vindo como convidado. Se não, nós podemos fazer a convocação e até mesmo uma acareação com as pessoas que foram citadas eh durante os depoimentos”, afirmou.

Durante a sessão da CPI, o ex-ministro Carlos Lupi ainda se negou a responder o motivo de não ter pautado no CNPS uma discussão sobre denúncias de fraudes no INSS, como o próprio registrou que faria.

Como ministro da Previdência, Carlos Lupi presidia o CNPS. Na reunião de 12 de junho, a conselheira Tônia Galetti fez um alerta sobre denúncias de fraudes em descontos a aposentados e pediu para que o tema fosse discutido.

Lupi negou a solicitação alegando que o tema não estava na pauta. Conforme a ata da reunião, ele “registrou que a solicitação era relevante, porém não havia condições de fazê-la de imediato, visto que seria necessário realizar um levantamento mais preciso.”

O então ministro então solicitou que o assunto ficasse para a reunião do mês seguinte, realizada em 27 de julho de 2023. Entretanto, o tema também não foi tratado. O assunto só entrou em discussão no CNPS em abril de 2024.

No depoimento à CPI do INSS, o ex-ministro negou responsabilidade sobre as fraudes e disse que agiu nos limites de suas atribuições. Segundo ele, o INSS é órgão autônomo e não estava sob seu controle direto. Por isso, são os ex-gestores que devem apresentar explicações.

Veja as contradições e divergências:

Em abril, à Comissão de Previdência e Assistência Social Câmara, Carlos Lupi afirmou que Tônia Galleti era ‘amiga pessoal’; na CPI do INSS, disse que não tinha nenhuma relação pessoal com ela.

O que Lupi disse em abril de 2025:

“Quando tivemos a primeira fala, e não uma denúncia, dentro do Conselho Nacional de Previdência Social — como eu disse, temos três conselhos —, que trata de todas as diretrizes da Previdência Social, com discussões e debates, uma conselheira, que inclusive é minha amiga pessoal, a Dra. Tonia, falou: ‘Olha, está crescendo muito em umas instituições o número de filiados. Nós temos que olhar isso. Não pode ser possível. Isso é fraude’. Ela falou isso no meio de uma reunião do conselho.”

O que Lupi disse à CPI?

“O senhor tem alguma relação com ela (Galleti)?“, perguntou o deputado Delegado Fábio Costa (PP-AL). ”Nenhuma”, respondeu Lupi.

“É uma maneira que o carioca tem de se aproximar das pessoas, não é porque tem uma amizade com a pessoa, nem porque seja irmão de sangue da pessoa, é uma maneira como o carioca tem, leve… Quem vai ao Rio de Janeiro, quem é do Rio de Janeiro sabe disso. ‘Ó amigo’ ou ‘ó irmão’: a gente fala isso como um tratamento cotidiano.

A diretora de auditoria de previdência e benefícios da CGU, Eliane Viegas Mota, disse à CPI que o Ministério da Previdência foi comunicado sobre descontos não autorizados, por meio da assessoria especial de controle interno, setor diretamente ligado ao ministro.

O que disse Lupi?

“A CGU em algum momento procurou o senhor?”, perguntou o relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). “Todos os contatos da CGU foram feitos direto ao INSS ou para os órgãos técnicos, nunca comigo”, respondeu Lupi.

O que disse a diretora da CGU?

“E foi enviado isso também (o relatório) ao Ministério da Previdência?”, questionou Gaspar. “Foi encaminhado ao ministério da Previdência”, respondeu Mota. “À Assessoria Especial de Controle Interno”, completou.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Esse cara tá enrolado até os cabelos, se expressar ele entrega tudo os peixes tubarão.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Defesa diz que Cid já cumpriu toda a pena imposta pelo STF e pede liberdade

Foto: Ton Molina/STF

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de extinção de punibilidade, alegando que o militar já cumpriu a pena de dois anos de prisão que foi imposta pela Primeira Turma da Corte em decisão na última quinta-feira.

“Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão – desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena fruto da condenação que lhe foi imposta por essa Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal”, afirmaram os advogados.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Tudo começou com a covardia e mentiras desse sujeito.
    Vai chegar o dia que ele vai refletir e pedir perdão.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

NOVO RECORDE: Brasil tem 8 milhões de empresas inadimplentes, diz Serasa

Foto: Boonchai Wedmakawand/Getty Images

O Brasil bateu, em julho deste ano, o recorde histórico de empresas inadimplentes, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (12/9) pela Serasa Experian.

Ainda de acordo com a pesquisa, o valor médio das dívidas das empresas foi de R$ 3.302,30 em julho, a máxima histórica da série.

Em média, segundo a Serasa Experian, foram 7,3 dívidas por empresa. O valor total deste passivo chegou a R$ 193,4 bilhões, dos quais R$ 174 bilhões de pequenas e médias empresas.

Segundo a Serasa Experian, o setor de serviços é o que mais acumulou empresas inadimplentes em julho, com 54,1% do total. Na sequência, aparecem comércio (33,7%) e indústria (8%).

Outras empresas, que incluem companhias do setor financeiro e do terceiro setor, corresponderam a 3,2%, enquanto o setor primário respondeu por 1% das companhias inadimplentes.

“As empresas têm contraído dívidas cada vez mais altas, muito por conta do ambiente de juros elevados e a concessão de crédito mais criteriosa, o que deixa o ambiente mais restritivo para renegociações de dívidas e prazos”, explica a economista Camila Abdelmalack, da Serasa Experian.

Metrópoles

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *