Os barracos do Leblon e dos Jardins –os playgrounds dos ricos do Rio e de São Paulo, respectivamente– nos ensinaram algo importante no fim de semana que passou.
A lição: com ou sem pandemia, a elite brasileira é selvagem demais para frequentar restaurantes. Não tem o mínimo senso de comunidade. Esta é uma sociedade podre.
Ninguém tem razão nesses vexames –“barraco” é um eufemismo condescendente. Examinemos os personagens de cada episódio.
No Leblon, um indivíduo que se gaba de sair com duas mulheres ao mesmo tempo desfila com a dupla, num carro conversível, na rua Dias Ferreira. Claramente uma atitude de playboy microcéfalo.
No vídeo que circula nas redes sociais, não aparece nenhuma cena de filme pornô ou algo assim. Apenas uma mulher de biquíni –que a paisagem carioca incorpora até ao metrô e à padaria– empoleirada na traseira do carro.
Tem também uma música alta que parece vir do Peugeot do gostosão do Leblon. Uma cena explícita de exibicionismo e incivilidade. Eu ficaria com raiva se estivesse na calçada. Incomoda. Dá ódio. Já falei que irrita?
Mas o que se pode fazer a respeito? Chamar a polícia não adiantaria. O jeito era esperar uns minutinhos até o Trio Los Angeles sumir do campo de visão.
Só que surge uma cliente do restaurante Togu, indignada em demasia com a perturbação da ordem e do sossego. Ela passou a atirar tralhas nas pessoas do conversível. A vítima se converteu em agressora e –veja só as reviravoltas da trama– e depois em agredida, pois levou um tabefe da garota que atacava.
Galopando por entre as mesas na calçada, aparece um figurante com ganas de roubar o show: um rapaz valente, que aborda o trio para arrancar a parte de cima do biquíni da moça pugilista.
A mulher de bem que atacou os exibicionistas cometeu um lindíssimo ato falho no vídeo que gravou para justificar a agressão. Ela diz: “Infelizmente, nós vivemos numa sociedade.”
Só gente fina no Leblon. Vamos aos Jardins.
No Gero, um dos restaurantes da grife de luxo Fasano, um cliente insiste em ser atendido apesar de ter chegado pouco antes das 22 horas, quando o fechamento é obrigatório pelas regras de exceção na pandemia.
O cliente não era um cliente qualquer –era sócio de outra rede de restaurantes de luxo, o Rubayiat– e não arreda pé. Diz que vai chamar “o meu delegado” para resolver o impasse.
Já na rua, começa a bater boca com outros indivíduos de sua casta. A conversa, ainda que exaltada, se arvora em argumentos como “eu tenho berço” e “educação europeia”.
Completa o quadro o elenco de apoio dos dois episódios, formado pelos frequentadores de ambos os restaurantes, com celulares em punho para registrar o forrobodó e comentários do nível de “piranha!” e “não tem berço não”. Máscaras se veem somente nos garçons do Gero.
Ninguém se salva no incêndio do parquinho.
FOLHAPRESS
E os pobres e a classe média lutando, trabalhando para um dia ser elite. É uma inveja indisfarçavel. Outra coisa, nem sempre estar em ambiente frequentado pela elite, prova que a pessoa tem altissimo poder aquisitivo. O noticiario do SBT destacou que o rapaz e as duas moças envolvidas no barraco tinham passagem pela policia. Pra mim não são da elite.
Hildo, vc é preconceituoso ou não leu a matéria noticiada? Ou leu e não entendeu? João Macena.
Infelizmente a humanidade falhou; Só a queda de um grande meteoro pode mudar essa situação.
O Brasil cultiva uma Elite de asnos e imbecis…
Show de horrores.
Isso acontece todo santo dia. Essa raça imunda não possui limites.
Tratam mal o garçom, a subalterna da empregada, o zelador do condomínio, ou seja, aquele que está por trás do balcão.
Não é proibido desfilar de biquíni em carro aberto, aqui no nosso litoral é passeio preferido pelos turistas em buggy, agora jogar um copo na moça que passeava no veículo é agressão pura e teve o que merecia.
E ainda tem gente que grita por aí aos quatro cantos: "Jesus voltará!" Alguém acham mesmo que Ele vai querer chegar nessa enrascada?
Depois ninguém sabe porque o Brasil JAMAIS atingirá o nível de desenvolvimento social, econômico e cultural de uma Suécia, de uma Dinamarca, de uma Holanda, de um Canadá, etc………..
Tem Zé Ruela que ganha R$ 3,000 por mês e acredita fielmente que faz parte da elite brasileira. Eu aviso, ou é melhor deixar assim mesmo?
A "elite" brasileira mostrando sua cara arrogante e prepotente. Posturas deprimentes, típicas de uma republiqueta de desigualdades. "vou ligar pro meu delegado", "eu tenho berço", "tenho educação europeia"…. um circo de horrores.
É muito pior é nos restaurantes povão: Arroto, boca cheia, mesa cheia de restos de comida, palito enterrado nos dentes, barulho e de vez em quando um barraco kkk