Foto: Ascom/PR
Quatro subprocuradores-gerais da República divulgaram nesta sexta-feira (31) uma carta aberta ao procurador-geral da República, Augusto Aras, na qual dizem que recentes declarações do chefe do Ministério Público Federal (MPF) “alimentam suspeitas e dúvidas” sobre a instituição.
A carta foi divulgada no fim da tarde, após reunião do Conselho Superior do Ministério Público em que Aras e o subprocurador-geral Nicolao Dino, um dos signatários da carta, discutiu com Aras justamente por conta das declarações do procurador-geral.
Na noite de terça (28), em live com advogados, Aras afirmou que é necessário “corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure” e insinuou que a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba trabalha com base em “caixas de segredos”.
Na carta, Dino e os subprocuradores-gerais Nivio de Freitas Silva Filho, José Adonis Callou de Sá e Luiza Frischeisen afirmam que “um Ministério Público desacreditado, instável e enfraquecido somente atende aos interesses daqueles que se posicionam à margem da lei.”
O grupo também faz uma defesa do modelo de forças-tarefas, como o adotado na Operação Lava Jato, afirmando que “pode e deve ser aprimorado, mas esse aperfeiçoamento não passa pela deslegitimação de seus trabalhos ou pela desqualificação de seus membros, mas sim pelo respeito à pluralidade e pelo debate produtivo e propositivo de ideias.”
Na carta, os subprocuradores-gerais dizem que o MPF não está imune a críticas, mas “há que se fazer a devida distinção entre crítica e desconstrução”.
“A fala de S. Exa. não constrói e em nada contribui para o que denominou de ‘correção de rumos’. Por isso, não se pode deixar de lamentar o resultado negativo para a Instituição como um todo – expressando, por que não dizer, nossa perplexidade –, principalmente por se tratar de graves afirmações articuladas por seu Chefe, que a representa perante a sociedade e os demais órgãos de Estado”, diz o documento.
Para os subprocuradores-gerais, “defender as prerrogativas e os instrumentos de atuação institucional não é sinônimo de corporativismo ou de quaisquer outros ‘ismos’ que se pretenda imputar ao Ministério Público Federal.”
“As palavras do Procurador-Geral da República pavimentam trilha diversa e adversa, uma vez que alimentam suspeitas e dúvidas na atuação do MPF, inclusive no próprio processo de eleições internas – das quais, a propósito, S. Exa. mesmo já participou, e foi exitoso em dois momentos (eleições para o Conselho Superior, colégio de Subprocuradores-Gerais – biênios 2012/14 e 2014/16)”, afirmam na carta aberta.
Os signatários afirmam ser “absurdo” cogitar fraudes em eleições no MPF e que o sigilo sobre investigações não pode ser confundido com “caixa-preta”.
O grupo diz ainda que “a independência funcional é um pilar estruturante do Ministério Público, essencial à sua atuação, sem receio de perseguições, observado, é claro, o regular funcionamento de seus canais de controle, coordenação e revisão, cuja existência legitima sua atuação”.
CNN Brasil
Ivana, voce calada é uma poeta.Nao existe lei obrigando o Presidente a nomear lista de sindicalista.
Onde tudo começou?
Ao ignorar a lista tríplice.
É quem ignorou a lista tríplice?
Um procurador-geral que chega ao cargo em flagrante desrespeito às normas e que se comporta como advogado daquele a quem deveria investigar não tem CRÉDITO NENHUM. O que está em jogo é a destruição de MORO E DA LAVAJATO para se assegurar a reeleição do MINTO e a vaga de ARAS ao STF. Para quem chegou ao cargo máximo do MPF como Aras, não há por que se surpreender com conduta dele. NOJO, INDIGNAÇÃO!
Sou chefe do MP, fui escolhido politicamente, e quero saber de tudo… Isso pode, Arnaldo?
Mais que claro o cunho politico no órgão mais pavão de todos e onde ninguém é punido pelas besteiras que fazem e por se meter até em jogo de castanhas….
Jogo delicado. O sr. Aras não merece a mínima confiança. Será que o conjunto dos Procuradores vão cruzar os braços?
O erro é a escolha do PGR ser realizada pelo presidente da ReSpública, assim como Ministros do STF, STJ, etc. A mesma porcaria se estende no âmbito estadual, como ocorre, p.ex., no TJ.
"… graves afirmações articuladas por seu Chefe, que a representa perante a sociedade e os demais órgãos de Estado” representa sem representatividade… Aras não representa o MP ele é o chefe. Não foi eleito, caiu de para-quedas na função. Chefe manda, líder dar exemplo. Quem representa é o líder, pois tem o apoio, o chefe ocupa o cargo.
Já está claro que o alvo é o presidenciável Sérgio Moro. Todas as facções políticas criminosas temem a Lava Jato e o projeto anticrime defendido pelo ex juiz. MITRALHAS, PETRALHAS E SERRALHAS estão unidos para desmontar a operação que pega ladrão.
Ele quer é acabar com o lavajatismo. Não com a lava jato.
Isso é narrativa de MBL
O colocado por Bolsonaro, Aras, querendo acabar com a Lava Jato.
Kkkkkkkkk
O mundo não dá voltas, capota.