Judiciário

Entenda os próximos passos no julgamento do mensalão no STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) já rejeitou os recursos de sete condenados no julgamento do mensalão. Nas próximas semanas, os ministros irão se posicionar sobre os embargos de declaração (nome dado a um tipo de recurso nesta instância judicial) de outros 18 réus, entre eles o do ex-ministro José Dirceu. Entenda os próximos passos.

1 – Os réus que já tiveram os seus embargos de declaração rejeitados pela Corte poderão apresentar novos recursos?

Em tese, sim. Ao final da etapa atual, será publicado um novo acórdão (documento com os votos dos ministros) e os advogados poderão recorrer contestando omissões ou pontos que não tiverem ficado claros na decisão dos magistrados.

2 – Em que circunstâncias a Corte pode rejeitar novos embargos?

Se o STF entender que a defesa, ao apresentar esses novos embargos, tenha como objetivo apenas adiar o fim do julgamento, os ministros podem proclamar que a ação transitou em julgado e não aceitar mais recursos.

3 – Isso já aconteceu antes?

Sim, no caso do deputado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado pelo STF por peculato (crime contra a administração pública) e formação de quadrilha. Em 2010, o parlamentar foi condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, mas até então aguardava o julgamento dos recursos em liberdade.

Os primeiros embargos apresentados pela defesa dele foram julgados em dezembro do ano passado e negados. Ao julgar um segundo recurso em junho, o Supremo entendeu que era meramente protelatório (ou seja, que visava apenas o adiamento da decisão) e decidiu mandar prendê-lo, o que ocorreu dias depois.

4 – O que acontece com o mandato parlamentar dos deputados condenados?

No julgamento do mensalão no ano passado, o Supremo decidiu, por um placar apertado (5 a 4) que, confirmadas as condenações dos quatro deputados envolvidos, a perda de mandato seria imediata, dispensando a abertura de um processo de cassação na Casa Legislativa. A decisão gerou polêmica, abriu uma crise entre Judiciário e Legislativo e foi questionada pelos réus em seus recursos. Estes recursos ainda não foram analisados pela Corte.

5 – Como o STF já decidiu em casos anteriores sobre perda de mandato?

Recentemente, o STF julgou dois outros casos envolvendo parlamentares e teve posicionamentos diferentes. Ao condenar Natan Donadon, o Supremo não se manifestou sobre a perda do mandato dele e agora, mesmo preso, ele continua sendo deputado e se defende de um processo de cassação aberto na Câmara.

O outro foi o do senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado por a 4 anos, 8 meses e 26 dias de prisão por fraudes em licitações quando foi prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002. Nesse julgamento, ao contrário do do mensalão, os ministros entenderam que cabe ao Congresso a palavra final sobre a perda de mandato.

A mudança aconteceu por conta dos votos de dois ministros (Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso), recém-chegados ao STF. Como estão aptos para julgar os recursos, a posição deles poderá interferir na decisão da Corte em relação aos deputados da ação penal do mensalão.

6 – Quando a defesa poderá apresentar esses novos embargos?

Pelo regimento, o acórdão deve ser publicado 60 dias corridos após o fim do julgamento. Assim que for publicado o novo acórdão, será reaberto um prazo de cinco dias para os advogados recorrerem. No entanto, a defesa dos réus pode pedir que esse prazo seja estendido, como aconteceu na primeira etapa do julgamento em que foram concedidos dez dias.

7 – Quando os réus condenados a regime fechado podem ser presos?

Ninguém será preso até o plenário do STF determinar que o processo contra aquele réu transitou em julgado, ou seja, que não aceitará mais recursos.

Na mesma sessão em que for decretado o trânsito em julgado, o relator da ação pode determinar o cumprimento do mandado de prisão ou encaminhar a tarefa para uma vara de execução, sem aguardar a publicação de novo acórdão. Depois, ficará a cargo das varas de execução acompanhar o cumprimento da pena e determinar progressão de regime (de fechado para semiaberto, por exemplo) após certo tempo.

8 – Que outros recursos os condenados poderão apresentar?

Os ministros ainda irão decidir se vão aceitar ou não os embargos infringentes, nome dado aos recursos com poder de reverter uma condenação. A polêmica envolvendo esses embargos é que eles estão previstos no regimento interno do STF, de 1980, mas não na legislação posterior, de 1990, que regulamentou os procedimentos do STF. Assim, há ministros que entendem que são cabíveis e outros que discordam, como o presidente da Corte, Joaquim Barbosa.

9 – Quais réus têm direito a apresentar embargos infringentes?

Somente quem tiver sido condenado por um placar apertado (com ao menos quatro votos favoráveis) tem direito a apresentar esse tipo de recurso. Dos 25 réus do mensalão, apenas 11 se encaixam nessa situação em relação a alguns crimes pelos quais respondem.

São eles: José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil), José Genoino (ex-presidente do PT), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Marcos Valério (publicitário apontado como operador do esquema), Ramon Hollerbach (ex-sócio de Valério), Cristiano Paz (ex-sócio de Valério), José Roberto Salgado (ex-dirigente do Banco Rural) e Kátia Rabello (ex-presidente do Banco Rural) por formação de quadrilha, além de João Paulo Cunha (deputado federal), João Cláudio Genú (ex-assessor do PP) e Breno Fischberg (ex-sócio da corretora Bônus Banval) por lavagem de dinheiro.

10 – Depois do trânsito em julgado, é possível a defesa recorrer de alguma maneira?

Os advogados dos réus poderão ainda pedir revisão criminal, que é a abertura de uma nova ação. Pela lei, no entanto, será admitida a revisão somente em casos específicos, como quando, após a decisão condenatória, descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Baboseira de "Juridiquez" meu caro.. pura "Enroladez de Palavriadez" com muita V…… Os termos chulos do judiciario e a lentidao é sinal de improdutividade e incompetência, ou seja, muita "burricidez" e fantasias para mostrar ao povo analfabeto que estão fazendo algo. As capas do batman servem para demostrar inteligencia? Eu apenas quero é ver Dirceu e o resto da corja do PT, alem dos demais envolvidos de outros partidos presos, pq o nome disso é ética e moralidade! Quantos anos em liberdade já se passaram? Se todos eles não forem presos será uma demonstração de impunidade. Assim, qualquer um poderá ser um James Bond com licença para matar, assaltar, furtar, pq as leis neste país na prática apenas servem ao ladrão pé-de-chinelo. E, depois dessa impunidade toda podem tocar fogo no STF, que será uma boa economia para este país. Esse julgamento fantasioso custou uma nota dos nossos impostos, dinheiro que poderia estar servindo a iniciativa privada para gerar empregos e desenvolvimento. Afinal, o que é publico já está falido de tanta inoperância.

  2. Dizem que de médico, juiz e louco, todos nós temos um pouco. Assim, surgem entendimentos que contrariam o voto diferente. Para vc Sergio, os embargos de declaração podem receber efeito represtinatorio sim. O ministro não está errado. Joaquim é que não pode agir como tem feito. Ele tem que respeitsr os pares e, atua como se a posição dele fosse tão fraca que não pode encontrar contrariefade. São 11 ministros e, assim, não há o Presidente desejar ser unanimidade. Não é mesmo? Ele chegou na Corte ontem, não pode pensar que é corrente dominante. O bom senso deve imperar para não quebrar a postura cerimoniosa dos julgamentos.

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Economia

Nova regra tributária pode reduzir capital de giro das empresas a partir de 2026

Foto: Reprodução

A partir de 2026, uma mudança prevista na reforma tributária deve alterar a forma como as empresas recolhem impostos e, segundo especialistas, pode ter forte impacto no capital de giro do setor produtivo. Trata-se do split payment, mecanismo que prevê o recolhimento automático dos tributos a cada transação comercial — e não mais de forma mensal.

A informação é da coluna da Andreza Matais, do Metrópoles. Na prática, o valor devido será transferido diretamente ao governo no momento da operação, impedindo que o dinheiro permaneça temporariamente com a empresa. Especialistas consideram a medida uma “bomba de nêutrons na atividade econômica”, pois reduz a liquidez das companhias e aumenta seus custos operacionais.

“Esse novo modelo retira das empresas a possibilidade de usar os recursos do tributo até a data de pagamento, o que compromete o capital de giro e altera toda a dinâmica financeira dos negócios”, explica o professor de Direito da USP, Fernando Facury Scaff. Ele também prevê um aumento nas disputas judiciais entre contribuintes e o Fisco.

A Receita Federal, por sua vez, defende que o sistema ajudará a reduzir a sonegação fiscal e argumenta que, diferentemente da Europa — onde o modelo foi abandonado —, o Brasil possui infraestrutura bancária mais automatizada, o que garantiria o funcionamento da medida.

Com informações do Metrópoles

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Política

Moraes amplia prazo para governo do Rio entregar relatórios sobre operação

Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (12) prorrogar até o dia 17 de novembro o prazo para que o governo do Rio de Janeiro envie os relatórios e imagens da megaoperação policial que resultou em 121 mortes. A ampliação foi concedida após pedido da Procuradoria-Geral do Estado, que alegou dificuldade para reunir todos os materiais exigidos.

De acordo com o governo fluminense, a prorrogação permitirá que as secretarias envolvidas “tenham tempo hábil para consolidar e encaminhar as informações e documentos solicitados”. A decisão anterior de Moraes, datada de 8 de novembro, previa 48 horas para o envio de cópias de laudos necroscópicos, imagens de câmeras corporais, relatórios de inteligência e dados sobre os alvos da Operação Contenção.

Na mesma determinação, o ministro havia exigido que o Ministério Público do Rio (MP-RJ), o Tribunal de Justiça (TJ-RJ) e a Defensoria Pública prestassem esclarecimentos sobre a ação. Nesta quarta, os três órgãos enviaram suas respostas, e o MP informou que já iniciou a análise das gravações registradas pelos policiais.

As medidas fazem parte da ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635), que trata da letalidade policial no estado. Moraes atua como relator temporário do processo.

Com informações da CNN Brasil

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Geral

Sob pressão de governadores, Câmara adia votação do PL Antifacção

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiou nesta quarta-feira (12) a votação do Projeto de Lei Antifacção. O pedido partiu do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), e foi reforçado por governadores que pediram mais tempo para avaliar o texto.

Derrite, que também é secretário de Segurança Pública de São Paulo, subiu à tribuna para solicitar o adiamento e propôs que a discussão volte à pauta no dia 18 de novembro. “Atendendo à demanda de vários parlamentares e líderes, que a gente possa pautar definitivamente esse debate na próxima terça-feira”, declarou o relator.

Com o pedido aceito, Motta cancelou a reunião de líderes que estava prevista para quinta-feira (13) e confirmou que o PL Antifacção será o único item da pauta quando retornar ao plenário.

O movimento para adiar a votação ganhou força após reunião entre Motta e governadores na terça-feira (11). Participaram do encontro Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão — todos defendendo mais tempo para discutir o alcance e os impactos da proposta.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Janja pede desculpas por calor na COP30 e relaciona situação à crise climática

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Durante um painel da COP30 em Belém (PA), nesta quarta-feira (12), a primeira-dama Janja Lula da Silva pediu desculpas aos artistas e convidados pelo forte calor no local do evento. Ela destacou que as altas temperaturas refletem as dificuldades enfrentadas diariamente por comunidades amazônicas diante dos efeitos das mudanças climáticas.

“Quero pedir desculpas porque eu sei que o dia hoje foi um pouco quente, bastante quente aqui na COP e estamos tentando resolver (…). É um calor que a população enfrenta diariamente na Amazônia, que os povos ribeirinhos convivem e agora muito mais afetados pelas mudanças climáticas”, disse Janja durante o painel “Narrativas e histórias para enfrentar a crise climática”.

O encontro contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, da ex-ministra alemã Claudia Roth, do líder indígena Davi Kopenawa, dos atores Kleber Toledo e Giovanna Nader e da ativista Kumi Naidoo. O cantor Gilberto Gil era esperado, mas não compareceu.

Janja afirmou ainda que percorreu os biomas brasileiros para ouvir mulheres sobre os desafios climáticos, trabalho que resultou no minidocumentário “As Vozes do Bioma”, que será lançado em seu canal no YouTube. Ela definiu a conferência como “a COP da verdade, das pessoas e dos povos”, reforçando a proposta de soluções locais para problemas globais.

Com informações do Poder 360

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Política

Senadores e ministros do STF veem recado a Lula sobre Messias em aprovação apertada de Gonet

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A recondução de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com 45 votos a 26, acendeu um sinal de alerta no Palácio do Planalto. O placar, um dos mais apertados desde a redemocratização, foi visto por aliados do governo e por ministros do STF como um recado direto sobre a resistência que Jorge Messias, atual advogado-geral da União, pode enfrentar ao ser indicado para a Corte.

A disputa expôs o peso político do grupo comandado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tem papel central nas sabatinas do Senado. Sem o apoio dele e de sua base, a aprovação de Messias dificilmente alcançaria os 41 votos necessários. Mesmo assim, Lula tem reafirmado confiança no nome do ministro e pretende intensificar a articulação com senadores nas próximas semanas.

Nos bastidores, governistas tentam minimizar o resultado e apontam o cenário atual do Senado como reflexo da fragmentação entre oposição, centrão e base aliada. Já líderes oposicionistas destacam que o desempenho de Gonet — mesmo sem uma mobilização ampla — mostra força suficiente para dificultar novas indicações do Executivo.

Integrantes do centrão admitem que a votação de Messias pode se transformar em uma disputa ainda mais acirrada, com negociações envolvendo aliados de André Mendonça e possíveis acordos entre bancadas. Para ministros do STF, o recado foi claro: o governo precisará calibrar a articulação política se quiser garantir maioria na próxima votação.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Geral

COP30: Países ricos pressionam por metas mais rigorosas, enquanto emergentes cobram recursos

Foto: Alex Ferro/COP30

As negociações da COP30, em Belém, entraram no quarto dia nesta quinta-feira (13) marcadas por fortes divergências entre países desenvolvidos e nações emergentes. Enquanto europeus defendem metas climáticas mais ambiciosas e maior transparência nas ações, os países em desenvolvimento insistem na ampliação do financiamento internacional para a transição energética.

Os países ricos, liderados por representantes da União Europeia, cobram metas mais frequentes e fiscalização sobre as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas). Já os emergentes, como Brasil e Índia, apontam para o artigo 9.1 do Acordo de Paris, que obriga as nações desenvolvidas a bancar, com recursos públicos, parte das políticas climáticas em países mais pobres. O grupo também critica o chamado “protecionismo verde”, que impõe barreiras comerciais sob o argumento ambiental.

Delegada do Reino Unido, Rachel Kyte afirmou que os compromissos atuais “ainda não colocam o mundo no caminho certo” para limitar o aquecimento global. Ela também defendeu mudanças estruturais no sistema financeiro internacional, destacando que “muitos países pequenos e em desenvolvimento devem mais ao mundo rico do que recebem em investimentos”.

Com os impasses, a presidência da COP30 convocou uma plenária extraordinária para o sábado (15). O encontro discutirá temas sensíveis como o financiamento climático, o relatório das metas NDCs e o protecionismo verde, em tentativa de evitar bloqueios nas negociações principais da conferência.

Com informações da CNN Brasil

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Política

VÍDEO: Senado aprova fim dos descontos associativos do INSS e Rogério Marinho celebra: “Chega de roubo aos aposentados”

Imagens: Divulgação

Vitória para os aposentados brasileiros! O Senado aprovou por unanimidade o projeto que proíbe os descontos associativos diretamente na folha de pagamento do INSS, uma das principais denúncias reveladas pela CPMI da Previdência. O texto, relatado pelo senador Rogério Marinho, segue agora para sanção presidencial e promete acabar com o que o parlamentar chamou de “crime contra os aposentados e hipossuficientes do país”.

“Chega de roubo aos velhinhos! Justiça feita aos que trabalharam por este país!”, comemorou Marinho após a votação. Ele explicou que quem quiser contribuir para uma associação terá que pagar por boleto, sem usar a estrutura do INSS — usada até agora, segundo ele, para “roubar e fraudar a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros”.

Durante o discurso, o senador agradeceu o apoio de todos os líderes partidários e destacou que o projeto foi votado em regime de urgência, após pressão da CPMI do INSS, que apontou fraudes generalizadas nos descontos sem autorização dos beneficiários.

O projeto também faz ajustes técnicos sobre operações consignadas e mantém o poder de regulação dos juros do crédito consignado sob responsabilidade do INSS, após acordo entre os senadores. Marinho encerrou em tom duro: “Hoje é um dia de júbilo. O Senado da República fecha um dos maiores ralos da corrupção deste país”.

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Política

Bolsonaro quer visita “urgente” de Cláudio Castro e depende de aval de Moraes

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao STF autorização para receber o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), “na mais breve data possível”. A defesa alega que o encontro seria para um “diálogo direto” entre os dois — aliados desde as eleições de 2022.

O pedido agora está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelas medidas restritivas impostas a Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde agosto.

Se autorizado, o encontro marcará a primeira reunião entre os dois desde a megaoperação policial no Rio que deixou 121 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão.

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Política

Derrite muda de novo: relator tenta acalmar PF e governo com nova versão do Marco do Crime Organizado

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado Guilherme Derrite apresentou o quarto relatório do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, tentando apagar o incêndio entre o governo federal e a Polícia Federal (PF). A nova versão do texto prevê que bens apreendidos em operações sejam destinados ao Funapol — fundo usado para equipar e financiar atividades da corporação.

A mudança tenta atender à queixa do governo sobre o esvaziamento dos recursos da PF, mas integrantes do Ministério da Justiça ainda acham as alterações insuficientes. O clima segue tenso: sem consenso entre as bancadas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve decidir se adiará ou não a votação prevista para esta quarta-feira (12).

Além disso, Derrite incluiu aumento de pena para crimes cometidos com drones, tecnologias de espionagem e georreferenciamento, reforçando o foco no combate ao crime com uso de tecnologia. O impasse, porém, mostra que o texto ainda não decolou nem entre aliados do Planalto, nem entre os policiais federais.

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Geral

VÍDEO: TRAGÉDIA NO SERIDÓ: Açude Itans seca quase por completo e peixes morrem em massa em Caicó

Imagens: Reprodução/Flávio Cardoso

O açude Itans, em Caicó, está vivendo uma das piores crises hídricas da sua história. Com apenas 0,09% da capacidade total, o reservatório praticamente virou um poço de lama e já registra mortandade de peixes em larga escala. Imagens feitas por pescadores mostram centenas de animais agonizando em meio à água suja e ao mau cheiro.

Segundo dados do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), o Itans, que tem capacidade para 75 milhões de metros cúbicos, encontra-se no chamado volume morto — quando não há mais água suficiente nem para captação. A última vez que o açude sangrou foi em 2009. Desde então, a seca constante e a falta de chuvas regulares transformaram o local num retrato da agonia do sertão potiguar.

Segundo informações do G1 RN, o cenário também afeta agricultores e famílias que vivem no entorno. “A gente está aqui se virando nos 30, cavando pra puxar uma ‘aguinha’ e tentar salvar o que resta das plantações”, contou o agricultor Jonas José, que cultiva às margens do açude.

O Itans, que por décadas garantiu o abastecimento de Caicó, já não supre mais a cidade — hoje atendida pela adutora Manoel Torres, vinda do Rio Piranhas. Enquanto o governo assiste, o sertanejo enfrenta, mais uma vez, o drama da seca com as próprias mãos.

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