Economia

Ex-secretário de energia lamenta o RN "ter ficado para trás"

Três lições para o RN em eólicas por Jean-Paul Prates

Não adianta negar: é lastimável que o Rio Grande do Norte, pela primeira vez desde que se apresentou nos leilões federais para compra de energia com seu potencial eólico insuperável, tenha tido NENHUM parque vencedor apesar de ter habilitado mais de 70 projetos. O preço médio ao final do leilão ficou em R$ 124,43/MWh – um deságio de 1,25% em relação ao preço inicial. Os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul foram os contemplados com projetos vencedores. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 3,3 bilhões na construção dos parques eólicos ali situados. O Rio Grande do Sul adicionou 326,6MW de potência. Piauí ficou com 240MW; Pernambuco 120MW, Ceará 98MW e a Bahia com 83MW.

O que aconteceu para o RN ter uma performance tão pobre e distante da liderança isolada que conquistou em 2009, 2010 e 2011?

O principal argumento conhecido é o de que o setor eólico tem apresentado problemas no escoamento das usinas por causa do atraso na transmissão. Por isso, neste leilão e para os próximos, o governo transferiu o risco da transmissão para o gerador obrigando-o, na habilitação, a indicar suas condições de conexão antecipadamente. Como os parques precisam entregar energia em janeiro de 2016 (portanto, com dois anos para serem construídos) o setor precificou esse risco, o que resultou em ofertas taritárias mais altas que antes. Nada grave, apenas um ajuste do crescimento setorial já bem absorvido pela indústria.

Mas note-se que este contexto não é adstrito ao RN. Ele também é encontrado na Bahia, no Ceará e no Piauí em várias áreas prospectadas. Lá também temos bacias de vento não interligadas ao sistema. Além disso, não houve impedimento, e sim maior restrição a habilitar projetos sem conexão. Por isso, mesmo assim, o RN habilitou 71 projetos eólicos à concorrência, somando mais de 1.600MW de potência. Foi o terceiro estado que mais habilitou projetos, tanto em número de parques quanto em MW.

Considerando que há um leilão “mais folgado” em tempo de execução por vir ainda em dezembro deste ano (o Leilão A-5, que dá cinco anos para implantação do parque e das linhas), certamente teremos uma performance bem mais significativa naquele certame, diante de um portfolio numeroso de projetos habilitados. Portanto, não há motivo para desespero, mas o resultado faz pensar. E é bom que se o faça.

Como se explica então não ter colocado nenhum projeto vencedor neste leilão de 2013?

A diferença talvez seja que, no RN, os investidores perceberam que ultimamente encontrem maior dificuldade em estruturar e defender os termos econômicos do seus projetos em função de incertezas que vão além da questão das linhas de transmissão, e que dependem também de ação governamental do Estado.

1. Na própria questão das linhas, o acompanhamento e a cobrança diuturna junto à CHESF e à ANEEL teve um período crítico de total inércia estadual durante 24 meses (2011 e 2012 inteiros). Apesar da responsabilidade regulatória e função penalizadora ser federal, é evidente que cada estado precisa informar, cobrar, acompanhar os projetos de seu interesse. É o mesmo que quando se trata de rodovias ou infra-estrutura de seara federal. O Governo do Estado alerta, reclama, pede apoio da bancada de parlamentares. Para isso ocorrer, tem que estar acompanhando, entendendo e tratando do assunto no seu dia-a-dia. Isso não ocorreu em 2011 e 2012, e se refletiu um ano depois. Quando o atual secretário foi convidado e tomou posse (dezembro, 2012), já teve que atuar como médico em uma emergência, atacando apenas aquela prioridade, diante do fato concreto de o RN ver-se na iminência de ter alguns parques já contratados migrando para o Maranhão.

2. A atuação de Rogério Marinho na questão de recuperar o acompanhamento e as cobranças quanto às linhas de transmissão já licitadas foi por mim elogiada. Há que se fazer justiça e não há política ou ideologia que me impeçam de fazer isso sempre. Como o Governo Federal resolveu atualizar toda a metodologia de planejamento da questão nacionalmente, Rogério e sua equipe também tiveram a oportunidade de incluir o RN no plano futuro das novas linhas a ser licitadas. Isso é o papel de gestor energético estadual: dar subsídios para as tomadas de decisão em nível nacional. Mas com tanto a fazer no segmento de transmissão no RN, os investidores precisam ter certeza de que tal empenho e cobrança continuarão, para estas e para as futuras linhas a construir.

3. Não se resolve tudo com tratamento pontual e urgente. Há medidas que são de fundo estratégico e outras de caráter permanente e regular. A criação e a manutenção de um ambiente confortável e competitivo para o investimento em eólicas no RN é um trabalho que não pára. Não dá trégua. Por isso, exige dedicação exclusiva. Há que se tomar conta dos parques em construção, evitando os esperados conflitos e traumas junto a comunidades locais, facilitando a logística de transporte dos equipamentos gigantes, acompanhando as questões burocráticas que envolvem outras diversas entidades com quem os empreendedores são obrigados por lei a interagir. Há que se acompanhar os projetos em operação, assegurando condições de segurança para os trabalhadores e staff gerencial, bem como a reciclagem e capacitação de pessoal local para que dele possam dispor os empreendimentos evitando trazer mão-de-obra de fora. Há que se apoiar aqueles empreendedores que ainda se encontram medindo vento e concebendo seus projetos, também com segurança, acesso à informação governamental, desburocratização, agilidade e eficiência no apoio à indústria – o que absolutamente não quer dizer atropelar procedimentos ou garantir privilégios, apenas compreender os prazos e necessidades especiais de uma atividade regulada como gerar energia. Enfim, há uma série de atividades diuturnas, constantes.

4. No dia-a-dia das prospecções e operações, também há muitas coisas que podem minar o ambiente de investimentos. Neste sentido, as forças-tarefas que criamos em 2010 para o acompanhamento dos projetos eram um diferencial, hoje copiado pela Bahia com sucesso – e descontinuado no RN desde 2011. O núcleo ambiental específico, também projetado em 2010, foi implementado em 2011 pelo IDEMA, mas precisa funcionar em ritmo e rotina diferente dos demais núcleos do órgão. Se for para ser igual, não adianta. Há questões emergentes agora quanto à segurança nas áreas dos investimentos (sabotagens, atentados a equipamentos, ataques ao staff para roubo de dinheiro em dia de pagamento, entre outros incidentes registrados em Areia Branca, João Câmara e Parazinho, por exemplo). Há também uma insegurança fundiária que recrudesce, após termos aplacado o início da especulação em 2009. Neste quesito, é fundamental a interação do Governo do Estado com o Poder Judiciário e com as corregedorias, para coibir fraudes, falhas e custos abusivos cartoriais, a sobreposição de registros e os impedimentos burocráticos junto ao INCRA e outras entidades participantes dos processos.

Enfim, falta papel aqui para tantas incumbências relevantes para o Estado nestes empreendimentos. Mas o ponto é que há muitas lições a aprender a partir deste resultado lamentável do RN no leilão de 2013:

Lição 1: quem continuar acreditando que para ser bem sucedido no setor eólico basta ter vento, vai ficar falando sozinho e permitir que o RN perca espaço para lugares com menos potencial, menor fator de capacidade mas mais iniciativa e ação governamental.

Lição 2: no trato das questões setoriais, há que ter transparência e humildade: abrir-se ao debate com as entidades setoriais dá muito mais resultado do que conversas de alcova com um ou outro empresário mais falante. Por três vezes (2011, 2012 e 2013), por exemplo, o Governo do RN simplesmente IGNOROU o Fórum Nacional Eólico – Carta dos Ventos, que nasceu justamente em Natal, em 2009 e 2010. Ninguém apareceu nele durante os três últimos anos de sua realização, que objetiva justamente a discussão anual das questões regulatórias, políticas e operacionais locais do setor. Note-se que em momento nenhum foi solicitado apoio financeiro, apenas comparecimento oficial para participação nos debates.

Lição 3: ação governamental não é só política. Não se resume a ser amigo ou adversário do Governo Federal, a reclamar ou bradar por apoio. É preciso pleitear as coisas com fundamento técnico. Principalmente, na gestão Dilma Rousseff que, tanto com Natal quanto com o RN, já demonstrou atuar de forma “republicana”, sem diferenciais político-ideológicos, inclusive tendo sido elogiada tanto pela ex-prefeita quanto pela atual Governadora quanto a isso. Como em outros setores (turismo, infra-estrutura, pesca, mineração etc), no setor energético é preciso cooperar mais do que mendigar ou esbravejar. É preciso elaborar pré-estudos, conceitos com conhecimento local, expressar informações e diálogos com quem conhece a realidade específica. Sem isso, os pleitos ficam relegados a meros ex-votos: pernas e braços desintegrados, pedidos por interesse específico, sem conexão com uma estratégia maior.

Por fim, resta uma esperança fortuita: com o sempre “heróico” apoio da FIERN, embarcou-se num projeto de diagnóstico chamado “Mais RN”, aparentemente ambicioso demais para um final de administração em que aliados se auto-ejetam a cada semana. O objetivo e as metas do Mais RN são louváveis, mas pouco se dá a conhecer sobre a sua execução e destinação dos recursos arrecadados junto a empresas (inclusive mas não se limitando ao setor eólico) “a convite” do Governo do Estado. Os setores produtivos do RN certamente aguardam com ansiedade os resultados deste diagnóstico caro e pago por todos, para além dos impostos e encargos usualmente já incidentes. Será frustrante se tal trabalho resultar apenas em mais um relatório de gaveta entre outros tantos já contratados e pagos no passado recente e distante, como panacéias para o desenvolvimento do Estado.

Informe adicional: 

Hoje, um total de 39 empreendimentos eólicos, somando capacidade instalada de 867,6 megawatts (MW), foi contratado no leilão de Energia A-3/2013, promovido pelo Governo Federal com o objetivo de suprir a demanda de eletricidade do país no ano de 2016: 28 concessionárias de distribuição serão as compradoras junto aos empreendedores dos projetos vencedores com contratos de compra e venda de energia de duração de 25 anos, válidos a partir de 1 de janeiro de 2016. O preço médio ao final do leilão ficou em R$ 124,43/MWh – um deságio de 1,25% em relação ao preço inicial. Os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul foram os contemplados com projetos vencedores. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 3,3 bilhões na construção dos parques eólicos ali situados. O Rio Grande do Sul adicionou 326,6MW de potência. Piauí ficou com 240MW; Pernambuco 120MW, Ceará 98MW e a Bahia com 83MW. A Empresa de Pesquisa Energética – EPE habilitou tecnicamente 429 projetos de geração de energia elétrica para o A-3/2013, com potência instalada somada de 10.460 MW. A eólica apresentou os maiores números entre as fontes participantes: 381 empreendimentos habilitados, totalizando uma capacidade de 9.191 megawatts (MW). Outro aspecto relevante a comentar é que além da fonte eólica, participaram do leilão projetos de geração solar fotovoltaicos – pela primeira vez. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) chegou a habilitar 31 projetos fotovoltaicos para este leilão, que somavam 813MW de potência. Também não tiveram sucesso tarifário os poucos projetos termelétricos a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas que se apresentaram.

Opinião dos leitores

  1. LAMENTÁVEL!!! Infelicidade muito grande o RN ter ao mesmo tempo uma governadora e a prefeita da capital incompetentes.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Ações do Banco do Brasil despencam após presidente dos Correios abrir negociação de empréstimo bilionário

Foto: Reprodução

As ações do Banco do Brasil caíram com força nesta quarta-feira (15/10), ampliando as perdas da sessão anterior, enquanto o Ibovespa conseguia respirar leve. Por volta das 15h05, os papéis do BB recuavam 1,55%, cotados a R$ 20,38, chegando a tocar R$ 20,29 mais cedo – mínima do pregão até agora.

O motivo? Declarações de Emmanuel Rondon, presidente dos Correios, de que a estatal negocia um empréstimo de R$ 20 bilhões com um grupo de bancos, incluindo o próprio Banco do Brasil. A operação, que ainda precisa do aval do Conselho de Administração da empresa, contaria com garantia do Tesouro Nacional. A ideia é reforçar o caixa dos Correios para 2025 e 2026, depois de acumularem prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre.

O mercado reagiu mal. Além da preocupação com o empréstimo bilionário, os investidores estão de olho nas prévias consideradas negativas do balanço do Banco do Brasil, que será divulgado em 12 de novembro. A combinação de incertezas pesou nas negociações e deixou os papéis mais sensíveis a qualquer notícia sobre a estatal.

Os Correios ainda não detalharam como funcionaria o empréstimo do consórcio de bancos. Rondon afirmou que a proposta foi analisada nesta quarta e que o conselho tem até 24 de outubro para aprovar ou rejeitar a operação. Até lá, a volatilidade deve continuar, deixando acionistas em alerta.

Enquanto isso, o Ibovespa sobe 0,51%, mostrando que o resto do mercado está relativamente blindado, mas o Banco do Brasil sente o efeito direto das turbulências de uma estatal em crise, com reflexo imediato no bolso dos investidores.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

STF NA MIRA: Oposição protocola 41º pedido de impeachment contra Moraes e 7º contra Dino

Foto: Reprodução

Parlamentares de oposição protocolaram, nesta quarta-feira (15), dois novos pedidos de impeachment no Senado contra ministros do STF, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. É o 41º pedido contra Moraes e o 7º contra Dino, segundo levantamento da CNN Brasil com base em dados do Senado.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que assina o pedido contra Moraes junto com outros 90 deputados, acusa o ministro de cometer supostas ilegalidades reveladas pelo ex-assessor Eduardo Tagliaferro. “Os processos de Alexandre de Moraes, aqueles que ele conduz, são nulos de pleno direito e absolutamente viciados”, disse Van Hattem em coletiva.

Já o pedido contra Flávio Dino conta com o apoio de dez senadores. Para o senador Eduardo Girão (Novo-CE), a iniciativa é resultado de um processo cuidadoso. “Esse pedido de impeachment vem sendo construído há algum tempo, a gente não banaliza pedidos de impeachment”, afirmou.

No Brasil, qualquer cidadão ou parlamentar pode apresentar pedido de impeachment de ministros do STF, mas quem decide processar e julgar é o Senado Federal. Atualmente, a presidência da Casa é de Davi Alcolumbre (União-AP), que não tem mostrado disposição de levar adiante essas ações.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Trump libera CIA na Venezuela e promete guerra às drogas: “Não vamos deixar nosso país ser arruinado”

Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a realizar operações secretas na Venezuela. A decisão faz parte de uma escalada do governo americano contra o regime de Nicolás Maduro e o tráfico de drogas que, segundo ele, chega aos EUA via mar e terra.

“Temos muitas drogas chegando da Venezuela, e muitas delas chegam pelo mar. Vamos detê-las também por terra”, disse, no Salão Oval da Casa Branca, sem explicar detalhes das ações.

Embora não tenha declarado abertamente que busca derrubar Maduro, o presidente afirmou que os líderes venezuelanos estão sob pressão. Ele ainda criticou outros países, citando a falsa alegação de que teriam enviado presos e pacientes de hospitais psiquiátricos para os EUA.

A ordem de Trump altera a autoridade da CIA e coincide com uma diretiva secreta que permite aos militares americanos atacar cartéis de drogas na América Latina, segundo fontes ouvidas pela CNN. O New York Times havia noticiado a medida primeiro, citando diversas autoridades americanas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Potiguar Jarbas Filho entra para o seleto time de jurados do Prêmio Multishow 2025 e põe RN no mapa da música nacional

Foto: Divulgação

O produtor cultural potiguar Jarbas Filho, à frente da Viva Promoções, acaba de receber um convite que coloca o Rio Grande do Norte no centro da música brasileira. Ele vai integrar a Academia do Prêmio Multishow 2025, responsável por eleger os vencedores da premiação mais importante da música nacional.

A cerimônia acontece no dia 9 de dezembro, ao vivo, direto do Riocentro, no Rio de Janeiro, com transmissão pelo Multishow, TV Globo e Globoplay. Nesta edição, Tadeu Schmidt e Kenya Sade comandam o palco, e Milton Cunha promete trazer sua energia e irreverência para o grande evento.

Com mais de 20 anos de estrada, Jarbas Filho é referência na produção de shows e festivais no RN e no Nordeste. Já trouxe nomes como Chico Buarque, Marisa Monte, Roberto Carlos, Skank, Titãs e Jota Quest para os palcos potiguares, além de idealizar eventos que entraram para o calendário cultural local, como o Festival MPB84, o Pipa MPB Fest e o Festival Histórico de Natal.

O produtor também foi reconhecido com a Medalha de Mérito Cultural Djalma Marinho, homenagem a quem se destaca no incentivo à arte no estado. Sobre o convite, Jarbas destacou: “É uma grande honra fazer parte da Academia do Prêmio Multishow e representar o Rio Grande do Norte nessa importante premiação.”

Agora, ele se junta a um seleto grupo de profissionais que vai decidir quem leva os prêmios para casa, reforçando o protagonismo do RN na cena musical do país.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

VÍDEO: Lula detonou o Congresso: ‘Nunca foi tão baixo nível’ e joga alerta para 2026

Vídeo: Reprodução/Metrópoles

O presidente Lula (PT) não poupou críticas ao Congresso Nacional e à oposição durante evento no Rio de Janeiro em homenagem ao Dia dos Professores. Ao lado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o petista afirmou que o parlamento atual “nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora”.

Lula não poupou adjetivos para a extrema-direita eleita em 2022. “Aquilo que se elegeu é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega a Covid, a vacina, distribui remédio que não vale nada e ainda tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, afirmou, enquanto Motta não reagia.

Ele também falou sobre a eleição de 2026. “Não colocamos a raposa para tomar conta do galinheiro. Vai ser decidido por vocês que tipo de Brasil queremos. Depois, não adianta reclamar”, disse, lembrando que cada voto reflete a “consciência política” da população.

Sem perder o tom ácido, Lula citou o caso do Rio de Janeiro e criticou a eleição de Wilson Witzel em 2018: “Não consigo entender como esse Estado, tão politizado, elegeu um juiz picareta que não fez porra nenhuma, se meteu na corrupção e foi eleito”. Witzel acabou cassado, e Cláudio Castro (PL) assumiu o governo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Eduardo Bolsonaro corre para a Casa Branca e busca respaldo internacional para Bolsonaro

Foto: Reprodução/Instagram

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) esteve, nesta quarta-feira (15), no Departamento de Estado dos Estados Unidos, acompanhado do blogueiro Paulo Figueiredo, em um movimento para fortalecer a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O encontro acontece na véspera da reunião do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o senador americano Marco Rubio.

Figueiredo, que participou das conversas, disse à CNN que estão “otimistas” quanto ao diálogo de Vieira com Rubio, mas não revelou detalhes sobre os tópicos que serão discutidos. Sobre possíveis propostas de Rubio, respondeu apenas: “Vamos ver o que o Brasil traz para a mesa”.

Para Eduardo, a melhor saída para o Brasil conseguir avançar é “parar a perseguição nos tribunais, aprovar a anistia no Congresso e virar esta página”. “Então, a situação se normalizará”, afirmou. Ele e Figueiredo lideram o movimento em Washington para pressionar o governo americano a considerar medidas em favor de Bolsonaro, após o que eles classificam como julgamento injusto contra o ex-presidente.

Para especialistas em relações internacionais ouvidos pela CNN, a iniciativa mostra que aliados de Bolsonaro continuam ativos globalmente, mesmo fora do governo, tentando influenciar decisões e proteger interesses do ex-presidente. A movimentação chega em um momento sensível da diplomacia brasileira, com o Itamaraty buscando manter diálogo sólido com os EUA.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

RACHADINHA FANTASMA: Justiça condena ex-vereador de Parnamirim e manda devolver mais de R$ 320 mil

Foto: Reprodução

A Justiça condenou o ex-vereador Nilson Gomes da Costa, de Parnamirim, e três ex-assessores por manterem “funcionários fantasmas” na Câmara Municipal entre 2001 e 2004 — um esquema que sangrou o dinheiro público por anos. A decisão é da 1ª Vara da Fazenda Pública e atende a um pedido do Ministério Público do RN (MPRN).

Segundo a sentença, os ex-assessores Cynthia Gomes da Costa, João Pereira da Silva Filho e Vivienne Bessa da Silva terão que devolver R$ 323.736,21 aos cofres públicos, valor que será corrigido e ainda vai render juros de 1% ao mês.

Nilson Gomes, responsável pelas nomeações, foi condenado por ato de improbidade — ou seja, por usar o cargo para facilitar o desvio de dinheiro —, mas ficou livre do ressarcimento, já que o prejuízo corresponde ao que os ex-assessores embolsaram.

A investigação mostrou que o trio nunca teve expediente fixo, folha de ponto ou relatório de trabalho. Cynthia, filha do ex-vereador, dizia cuidar da “agenda política” do pai; João Pereira admitiu que atuava como motorista; e Vivienne fazia triagem de pedidos de eleitores. Ou seja: ninguém pisava na Câmara, mas o salário caía certinho todo mês.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

PRF barra carreta com 90 mil remédios irregulares no RN — R$ 3,5 milhões em risco à saúde

Foto: Divulgação/PRF

Uma carga com mais de 90 mil medicamentos transportados de forma irregular foi apreendida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-101, em Baía Formosa, no litoral Sul. A carga, avaliada em R$ 3,5 milhões, vinha de São Paulo e tinha como destino o RN. A apreensão aconteceu durante a Operação OTEFIS, que combate crimes contra o fisco e a saúde pública.

De acordo com a PRF, a carreta levava medicamentos de uso humano e veterinário misturados com outros tipos de carga, sem nenhuma separação — o que é proibido por lei. Para piorar, a empresa não tinha autorização da Anvisa para levar medicamentos e o veículo não possuía sistema de refrigeração, essencial para manter a temperatura adequada e garantir a eficácia dos produtos.

A carga, levada para o posto fiscal de Caraú, passou por vistoria da Vigilância Sanitária e do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com apoio da Secretaria da Fazenda do RN. Os órgãos explicaram que transportar remédios sem condições sanitárias adequadas pode causar graves riscos à saúde, já que a perda do efeito terapêutico transforma o medicamento em um produto sem utilidade — e potencialmente perigoso.

A Operação OTEFIS, coordenada pela PRF, reúne forças da SUVISA, MAPA, Sefaz, Receita Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do RN no combate ao transporte irregular de produtos que colocam em risco a população.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PF apreende em Natal cocaína enviada pelos Correios; droga tinha como destino a cidade de Pau dos Ferros

Fotos: PF/divulgação

A Polícia Federal apreendeu, nesta quarta-feira (15), aproximadamente 1 kg de cocaína durante fiscalização no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) dos Correios, localizado na Zona Oeste de Natal/RN.

O entorpecente estava acondicionado em duas latas de cereal em pó, envoltas em plástico e fita adesiva preta, dentro de uma caixa de papelão.

As investigações iniciais indicam que a encomenda foi postada na cidade de Guarulhos/SP e tinha como destino final o município de Pau dos Ferros,.

A ação integra o conjunto de operações permanentes da Polícia Federal voltadas ao combate do tráfico de drogas por meio do sistema de encomendas postais. O material apreendido foi encaminhado à Superintendência da PF no Rio Grande do Norte, onde passará por perícia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Lancha de passeio afunda em Genipabu

Na tarde desta quarta-feira (15), por volta das 15h20, uma lancha de apoio a passeios de aventura afundou na praia de Genipabu, em Extremoz (RN).

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), o barco levava pelo menos 14 pessoas, que ficaram em cima da parte submersa da embarcação após o afundamento.

O pedido de ajuda foi feito por pessoas que trabalham com atividades náuticas na região, assim que perceberam a necessidade de socorro. Equipes dos Bombeiros foram enviadas ao local e trabalham para garantir a segurança dos ocupantes e estabilizar a situação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *