Um general brasileiro passará a integrar, ainda este ano, o Comando Sul (SouthCom) das Forças Armadas americanas. A informação foi dada pelo almirante Craig Faller, que comanda divisão voltada à segurança americana na América Central, Caribe e a América do Sul. Faller falou à Comissão de Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos no dia 7 de fevereiro.
Em seu depoimento, o Brasil aparece, ao lado do Chile e da Colômbia, como países com os quais os EUA mais têm incrementado parceria. Depois de relatar o Brasil como primeiro signatário da América Latina do acordo para uso pacífico do espaço (“Space Situational Awareness Agreement”), a Colômbia como primeiro parceiro latino-americano na Otan e o Chile como parte do maior exército de guerra marítima do mundo (“Rim of the Pacific”), o comandante informou: “Até o fim do ano o Brasil enviará um general para servir como vice-comandante de interoperabilidade do Comando Sul”.
Em seu depoimento, o almirante valoriza a parceria como fundamental para a política de segurança americana: “Queremos inimigos que nos temam e amigos que façam parceria conosco”. Seis países são listados como ameaças aos interesses americanos: Rússia, China, Irã e seus “aliados autoritários” Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Craig Faller descreve a Rússia como responsável pela disseminação de desinformação e demonstra preocupação com os exercícios nucleares na Venezuela como sinal de apoio ao regime de Nicolás Maduro e de ameaça aos Estados Unidos. Acusa ainda os russos de enviarem navios à região para mapear cabos submarinos que eventualmente podem vir a ser inabilitados “em crises futuras”.
A China aparece como usuária das mesmas “práticas predatórias”. O depoimento menciona empréstimos de R$ 150 bilhões a países do hemisfério com o objetivo de controlar seus portos e fortalecer sua presença, especialmente na infraestrutura associada ao canal do Panamá. Cita ainda a inserção de empresas chinesas como a Huawei na região como ameaça à propriedade intelectual, a informações privadas e a segredos governamentais. “Se governos da América Latina e do Caribe continuarem a usar sistemas chineses de informação, nossa habilidade e capacidade de compartilhar informações em rede será afetada”.
Numa fala destinada a justificar os custos dos programas de parceria com os vizinhos do Sul, o almirante americano fez ainda uma longa descrição das ameaças de um cenário em que o Exército Islâmico estabeleça vinculações com narcotraficantes da região. “Isso continua uma potencial vulnerabilidade que observamos da maneira mais próxima possível”.
Por meio de assessoria, o Ministério da Defesa confirmou não apenas a presença brasileira na estrutura do comando sul do exército americano como o ineditismo da posição. O Brasil participa de intercâmbios com vários países e com forças multilaterais mas não integra o comando de nenhum outro exército nacional. Setores do Itamaraty demonstram preocupação com a possibilidade de uma posição brasileira na hierarquia das Forças Armadas dos Estados Unidos venha a legitimar eventual intervenção militar na região.
No depoimento, o almirante diz que as Forças Armadas americanas desenvolvem com os parceiros forças que possam responder em momentos de crise. A concepção dessa colaboração que os americanos agora dizem ter ficado mais estreita com o Brasil é, no entendimento do MD, restrita ao “intercâmbio operacional e técnico”. Por meio de assessoria, o ministro Fernando Azevedo descartou que a posição brasileira resulte numa adesão a uma ação militar na Venezuela, ainda que humanitária.
Os pressupostos que guiam o esforço americano em engajar o Brasil, no entanto, colidem com documentos aprovados pelo Congresso que delineiam as diretrizes nacionais que privilegiam a atuação multilateral das Forças Armadas sem prevalência de uma única nação (Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro Branco de Defesa Nacional).
Valor
É bom logo ir preparando os filhos para entrarem em guerra que não nos dizem respeito para atender caprichos de TRUMP
E vamos tratar de preparar nosso filhos para irem para guerra que interessam os Estados Unidos.
Petistas nos aguardem.
Pra frente Sucupira!!! Logo, nossos valorosos militares limparão as botas dos ianques.
escorar numa planta que dá sombra e bons frutos
Ainda é mElhor do que lamber as bolas do presidiário barbudo
Se fosse governo do PT, estaríamos lambendo as botas dos ditadores assassinos de Cuba e Venezuela… ainda estaríamos passando fome se dependesse do PT.