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FOTOS- Lembra do Menino do Acre? Dois anos depois de sumiço, ele abre quarto enigmático a visitas guiadas

Foto: Bruno Borges/Arquivo Pessoal

O quarto está intacto: as mensagens criptografadas no chão, nas paredes e no teto, a estátua em tamanho real do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600), todas as imagens que viralizaram em 2017. Dois anos depois do desfecho da estranha história ocorrida, a casa de Bruno de Melo Silva Borges, que ficou conhecido como Menino do Acre, está aberta para visitação pública. E ele mesmo ciceroneia os interessados em conhecer sua obra.

“(Meu quarto) é uma obra de arte. Eu trabalhei durante anos dentro daquele quarto, várias vezes me isolei ali para criar. Fiz muitos jejuns e retiros ali dentro”, afirma ele à BBC News Brasil. “É difícil não sentir uma energia ao entrar dentro dele. “Estudante de psicologia da instituição privada Centro Universitário Uninorte, Borges deve se formar no fim de 2019. Ele tem 27 anos.

Desde então, o quarto não é mais utilizado como dormitório. “Atualmente é restrito à obra de arte”, enfatiza, negando-se a responder se continua morando na mesma residência, com os pais, ou se mudou de casa depois do episódio. “O quarto dele continua como está, aberto a visitação, e afirmo que é incrível, com toda a paz de espírito que se encontra naquele local”, completa o pai do estudante, Athos Borges, empresário do ramo de eventos em Rio Branco. “Uma verdadeira obra-prima.”

O sumiço

De 27 de março a 11 de agosto de 2017, Bruno de Melo Silva Borges ficou desaparecido. Seu quarto com mensagens cifradas ganhou o noticiário nacional e nem investigadores policiais descobriram seu paradeiro. Um inquérito chegou a ser aberto pela Polícia Civil do Acre mas, com o reaparecimento do estudante, o delegado que cuidava do caso decidiu encerrá-lo – alegando que houve “comprovação de ausência voluntária”.

Quarto com mensagens cifradas ganhou o noticiário nacional e nem investigadores policiais descobriram onde estava Bruno Borges. Foto: Bruno Borges/Arquivo Pessoal

Até hoje Borges se nega a contar onde esteve e o que fez no período. Ele conta que ficou completamente “isolado da sociedade, sem contato com quaisquer outras pessoas” – e que se preparou durante cinco anos para a experiência. “Levei alguns suprimentos para garantir minha sobrevivência”, comenta. Também diz ter carregado “alguns livros de filosofia e cabala”. “Ao longo dos dias eu lia, refletia e meditava o tempo todo a respeito da vida, do universo, da psiquê e dos seus mistérios. Meu objetivo era apenas um: autoconhecimento”, explica.

O ex-ermitão conta que passou “muito frio” e ficou “muito fraco fisicamente” no período. “Porém, a maior dificuldade que encontrei foi em encarar meus medos, angústias, dúvidas e uma série de coisas que passei a vida escondendo de mim mesmo”, relata. “Acredito que a busca pela verdade sobre a vida é algo extremamente raro entre os indivíduos justamente porque ninguém quer lidar com o fato de que sua vida inteira foi uma grande ilusão correndo atrás do vento. Acreditem nisso: nós não nos conhecemos, não sabemos nada a respeito de nós mesmos, e esta é uma cruz que só carrega quem se permite enxergá-la.”

O ex-ermitão conta que passou “muito frio” e ficou “muito fraco fisicamente” no período fora de casa. Foto: Bruno Borges/Arquivo Pessoal

O pai Athos Borges recorda-se que foram momentos difíceis para a família. “Só posso dizer que sofremos muito, não só pelo sumiço dele, mas também pela maldade do povo, que crucificou a nós e a ele sem saber o que de fato estava acontecendo… Muita maldade”, diz. “Mas estamos fortes e de cabeça erguida hoje, pelas pessoas que entenderam e nos deram forças… Isso vindo de todos os cantos do mundo.”

O empresário valoriza o trabalho realizado pelo estudante. “Interpreto a obra do meu filho como uma arte que deveria ser conhecida por todos, tamanho o volume de informação e da espiritualidade do Bruno”, avalia. “Graças a Deus, [Deus] o colocou em nossas vidas.”

“Interpreto a obra do meu filho como uma arte que deveria ser conhecida por todos”, diz pai de Bruno Borges. Bruno Borges/Arquivo Pessoal

Ao ser perguntado sobre o percurso realizado dois anos atrás, Bruno Borges entende que sair de casa foi como “sair da zona de conforto” e “abrir mão das regalias com as quais estamos acostumados”. Ele compara seu feito às opções históricas de muitos “monges, profetas e sábios”.

“Isso é necessário, a meu ver, por vários motivos, como pelo fato do ego só sobreviver em convívio social: quando estamos isolados as máscaras que vestimos para cumprirmos este ou aquele papel na sociedade se tornam desnecessárias, e o que ocorre em seguida é um colapso do ego, seu ‘eu’, que foi construído durante anos de existência, deixa de ter uma sustentação e some aos poucos, e se antes você se enxergava com uma individualidade separada de tudo ao redor, você passa a se ver unido com toda a natureza”, explica o estudante de psicologia. “Inclusive, o contato com a natureza ajuda a compreender suas leis, para assim se compreender o criador. Como eu queria ir a fundo nessa busca, conclui que a melhor decisão era sair do meu lar.”

Na época do desaparecimento, diversas hipóteses surgiram convergindo para o fato de que tudo não passaria de um golpe de marketing. Bruno Borges/Arquivo Pessoal

“Eu queria isso, porque pensar sobre o sentido da vida é algo positivo e essencial para o ser humano. E algumas obras que escrevi tratam exatamente disto”, acredita. “Eu queria ser uma pessoa que incentiva todos a filosofarem – e também dar o exemplo, abandonando todos os meus valores e regalias em busca de sabedoria. Tentei quebrar um paradigma da sociedade, despertar as pessoas, pois estamos adormecidos.”

O livro

Publicado no fim de junho de 2017, portanto no meio do retiro voluntário de Borges, o livro TAC: Teoria da Absorção do Conhecimento saiu com tiragem de 20 mil exemplares e chegou a figurar entre os mais vendidos em um levantamento do site especializado PublishNews.

Mas foi um fracasso de crítica. Em seus escritos, o autor defendia a necessidade de dormir pouco, não comer carne e abster-se de relações sexuais – em um percurso necessário para se transformar em um gênio. Além das ideias esdrúxulas, o texto saiu repleto de erros gramaticais e interpretações heterodoxas de obras filosóficas do cânone ocidental.

Em seus escritos, o autor defendia a necessidade de dormir pouco, não comer carne e abster-se de relações sexuais. Bruno Borges/Arquivo Pessoal

“Acontece o seguinte: o livro foi publicado enquanto eu estava isolado. Todos sabemos que as obras estavam codificadas. Houve dificuldades na decodificação, o que fez com que o livro fosse publicado com imagens e palavras trocadas de lugar, sem sentido algum, e o português totalmente errado foi uma das consequências”, justifica-se Borges.

“As pessoas não entenderam o livro, assim como eu também não entendi, porque estava diferente do original. Ninguém tem culpa nisso, o livro chegou nas mãos da editora praticamente ilegível, ela fez o máximo para passar ao público a obra como deveria ser no original. Ainda assim, a intenção por trás do livro é clara: trata-se de um estudo para aprimorar a obtenção de conhecimentos e direcioná-los para algo produtivo, contribuindo para o coletivo.”

O estudante afirma que da tiragem total foram vendidos cerca de 2 mil exemplares. Para o pai, Athos, tratava-se apenas “do primeiro projeto”, “da ponta de uma grande obra que virá por aí”, conforme disse à reportagem.

Em seguida, Borges decidiu disponibilizar todos os demais de forma on-line e gratuita, em seu site. Autodenominando-se “o alquimista do Acre”, ele já disponibilizou para download sete dos 12 livros que afirma ter prontos.

Repercussão

O acreano acredita que as pessoas que não o interpretam corretamente não conhecem a sua história e não compreendem que ele passou “por uma experiência espiritual aos 20 anos de idade”. “Depois dessa experiência de renascimento, eu recebi uma missão, e por ter fé nisso tive certeza de que teria uma grande repercussão. Eu prefiro trabalhar com certezas em meus projetos”, argumenta ele. “Meu objetivo era espalhar uma mensagem para todos, e uma vez que fiquei cinco anos praticamente sem vida social, passando semanas dormindo muito pouco e produzindo bastante, tudo para despertar algo no coletivo. Eu tive certeza de que faria algo que quebraria um paradigma da sociedade. Orava todos os dias pedindo para Deus que me guiasse em minha missão, tive muita fé e aprendi muito com tudo isso.”

Quando voltou de seu isolamento e tomou conhecimento de toda a repercussão, diz ele que avaliou tudo como “grande em quantidade, porém sem qualidade”. “A mídia não se preocupou em averiguar a minha versão da história, e se precipitou considerando de imediato que eu era um interesseiro e farsante que queria apenas dinheiro, bem como as pessoas também me julgaram de forma totalmente equivocada”, diz.

“Quando voltei de um isolamento de cinco meses, eu já estava sendo julgado por toda a sociedade. Como eu avalio isso? Bom, quando você quebra um paradigma na sociedade, a grande maioria das pessoas se sentem ameaçadas, afinal, todo o sistema de crenças que elas construíram desde tenra idade é questionado. Somado a isso, a mídia nunca deu prioridade para assuntos metafísicos, pois se a imprensa começar a tratar destes assuntos, ela vai à falência, visto que a grande maioria da população passa a vida fugindo do grande ponto de interrogação: ‘quem eu sou?’.”

Borges insiste no discurso que fez todas as duas ações “por uma missão”. Bruno Borges/Arquivo Pessoal

Durante a conversa, Borges o tempo todo insiste que fez isso “por uma missão”. “Deixei para trás uma vida de conforto, pessoas que amo, e todos os valores que construí, passei fome e frio, tive que lidar com os demônios de minha mente, com o medo da morte, tudo para ficar rico com livros de filosofia?”, provoca o jovem. “A verdade é que neguei a fama e o dinheiro. Ao retornar para a cidade, recebi mais de 100 propostas para comparecer em redes televisionadas e canais do Youtube. Também me ofereceram muito dinheiro para fazer propagandas. Eu não preciso de nada disso, minha maior riqueza é ter saúde e Deus no coração, só preciso disso e de mais nada.”

Atualmente, ele concilia a faculdade com seus estudos interiores, meditação e reflexões. Também recebe aqueles que querem conhecer o seu quarto – ou melhor, a sua obra. “Para visitar, basta entrar em contato comigo e marcamos um dia que seja bom para ambos. Não é preciso pagar nada”, conta o estudante, que faz os agendamentos por e-mail. “Em geral, uma vez por mês eu recebo visitas, a maioria de pessoas de fora [do País]. Já veio gente da Itália, inclusive.”

Borges afirma que aproveita tais oportunidades para explicar “a verdadeira história por trás de tudo o que aconteceu”. “Minha porta está aberta para qualquer um que queira trocar conhecimentos e experiências”, garante.

R7, com BBC Brasil

 

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Geral

Justiça manda identificar perfis que acusaram Felca de pedofilia

Foto: reprodução

A Justiça de São Paulo determinou a quebra de sigilo de perfis que acusaram o influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, Felca, de pedofilia nas redes sociais. Os xingamentos e acusações ocorreram enquanto ele realizava pesquisas para o vídeo “Adultização”, publicado em seu canal no YouTube.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que a decisão atendeu ao pedido apresentado pelo influenciador, mas destacou que o processo segue sob segredo de justiça e, por isso, não pode fornecer mais detalhes no momento.

Durante a produção do vídeo, Felca chegou a seguir alguns perfis de menores citados, o que gerou controvérsia. Ele afirmou que a ação tinha caráter investigativo e não sexual.

O influenciador também anunciou que abriria processos contra mais de 200 perfis na plataforma X (antigo Twitter) por difamação, mas propôs um acordo: os responsáveis deveriam doar R$ 250 para instituições de combate à exploração infantil e, com a comprovação da doação, ele retiraria as ações.

Denúncia e “adultização”

O youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicou um vídeo na última quarta-feira (6) em que faz denúncias sobre a exploração de menores de idade na criação de conteúdo na internet.

Uma delas é contra o influenciador Hytalo Santos, que teve a conta no Instagram desativada na sexta-feira (8), logo após a nova polêmica com seu nome.

Desde 2024, Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por possível exploração de menores em conteúdos publicados nas redes sociais.

No vídeo, Felca inicia abordando o tema da adultização de crianças, citando “coachs mirins”, adolescentes e até crianças que falam sobre investimentos na internet. Em um dos trechos exibidos, um jovem afirma que a escola “atrapalhava o desenvolvimento” dele.

Nos momentos iniciais, o youtuber alterna entre ironia e seriedade, mantendo o tom característico de seu canal, mas direcionando críticas aos pais e responsáveis. Ele avisa que o conteúdo se tornaria “mais sério” conforme avançasse.

Em seguida, Felca relaciona o tema da adultização ao contexto da pedofilia, apontando que a manipulação de algoritmos nas redes sociais favorece a exposição e exploração de crianças, tornando-as alvos mais vulneráveis para criminosos.

A partir daí, ele entra no caso de Hytalo Santos, contra quem faz acusações graves.

CNN

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Brasil

Barroso vota contra repatriação imediata de crianças sob risco

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, votou na quarta-feira (13) contra a repatriação imediata de crianças em casos de violência doméstica. O julgamento será retomado na semana que vem.

O caso é tratado no julgamento de duas ações que tratam da repatriação de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica direta ou indireta.

Relator da ação, Barroso se manifestou favorável à conformidade da Convenção de Haia com a Constituição. No entanto, se posicionando contra o retorno imediato de crianças ao país de origem quando houver suspeitas de violência doméstica.

A Convenção de Haia determina que, em casos de violação do direito de guarda, crianças e adolescentes devem ser devolvidos imediatamente ao país de origem, salvo quando houver risco grave de danos físicos ou psicológicos, ou exposição a uma situação intolerável.

No entanto, o ministro propõe ampliar essa exceção para incluir situações com indícios comprováveis de violência doméstica, mesmo que os menores não sejam vítimas diretas.

Barroso argumentou que a violência de gênero, especialmente contra mulheres migrantes, é difícil de comprovar devido ao contexto doméstico, ao isolamento da vítima e às barreiras culturais e institucionais. Por isso, a negativa de retorno da criança deve se basear em elementos objetivos e concretos que deem credibilidade à alegação de risco, garantindo proteção adequada diante de possíveis abusos.

Ações em julgamentos

Em uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade), o antigo partido Democratas — hoje União Brasil — contesta os decretos que oficializaram a adesão do Brasil à Convenção da Haia sobre Sequestro Internacional de Crianças, alegando que o tratado tem sido interpretado de forma equivocada quanto aos procedimentos para garantir o retorno de menores levados de seus países sem o consentimento de um dos pais.

A legenda argumenta que essas interpretações podem comprometer a proteção dos direitos das crianças e adolescentes envolvidos.

Enquanto em uma outra ADI, o PSOL solicita que a Convenção seja aplicada com ressalvas, especialmente em casos que envolvam suspeitas de violência doméstica.

O partido defende que, mesmo quando a criança não é vítima direta, ela não deve ser obrigada a retornar ao país de origem se houver indícios de risco à sua integridade, buscando assegurar uma interpretação do tratado que priorize a segurança e o bem-estar dos menores.

CNN

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Geral

VÍDEO: Minuto da Câmara Municipal de Natal – Comissão Especial de Inquérito

Minuto da Câmara de Natal no ar trazendo os assuntos mais importantes debatidos na última semana, na Casa.

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Geral

‘Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, vou procurar outros países’, diz Lula

Foto: reprodução

O presidente Lula (PT) voltou a criticar nesta quinta-feira (14) o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump e disse que não vai ficar chorando.

“Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, rastejando, vou procurar outros países e vamos seguir em frente. Eu aprendi a andar de cabeça erguida. Quero que este país seja respeitado. Se eu respeito o povo americano, ele tem que respeitar o povo brasileiro”, disse Lula.

“Nós vamos ajudar as empresas. Não vamos deixar morrerem às mínguas. E também não vamos ficar chorando porque ele parou de comprar, não. Vamos vender para a China, para Índia, para a Rússia, para a Alemanha, para qualquer lugar. Em apenas dois anos e meio, nós abrimos 400 mercados. Ontem começamos a vender carne e miúdos para as Filipinas, que não compravam nada de nós”, continuou o petista.

O discurso foi feito durante a cerimônia de inauguração da Fábrica de Hemoderivados da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte pernambucana.

Ao final, apesar das críticas ao tarifaço, Lula afirmou que seus ministros seguem abertos ao diálogo. “E nós ainda queremos negociar. Tenho Alckmin [Indústria e Desenvolvimento], Haddad [Fazenda], Fávaro [Agricultura], Mauro Vieira [Relações Exteriores]. Todo mundo preparado para negociar. [Na] Hora que eles quiserem negociar, nós sentamos numa mesa”, afirmou ele.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. o ignobil ta igual a cachorro em mudança, não sabe pra onde vai. façam deboque que é bom salafrarios.

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Geral

Trump diz Brasil é ‘péssimo parceiro comercial’ e chama processo contra Bolsonaro de ‘execução política’

Foto: REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil é um “péssimo parceiro comercial” e chamou o processo contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro de “execução política” em uma conversa com jornalistas na Casa Branca nesta quinta-feira (14).

Ao ser questionado sobre as tarifas aplicadas a países da América Latina e à aproximação deles com a China, principalmente após a medida, Trump afirmou que não está preocupado e criticou o Brasil:

“O Brasil tem sido um péssimo parceiro comercial em termos de tarifas — como você sabe, eles nos cobram tarifas enormes, muito, muito maiores do que as que nós cobramos, e, basicamente, nós nem estávamos cobrando nada. (…) Eles cobram tarifas enormes e tornaram tudo muito difícil de fazer. Então, agora estão sendo cobrados 50% de tarifas, e não estão felizes, mas é assim que funciona”.

O republicano também voltou a defender Bolsonaro, como havia feito em ocasiões anteriores:

“O Brasil tem algumas leis muito ruins acontecendo… Quando eles pegam um presidente e eles o colocam na prisão ou estão tentando prendê-lo. Eu conheço esse homem e vou lhe dizer — eu sou bom em avaliar pessoas: acho que ele é um homem honesto. Acho que o que fizeram é uma coisa… Isso é realmente uma execução política que estão tentando fazer com o Bolsonaro”.

Desde julho, Trump vem falando ocasionalmente sobre Jair Bolsonaro ao mencionar o Brasil. Ele acusa o Judiciário brasileiro de estar fazendo uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente. Ao anunciar taxas de 50% aos produtos brasileiros que entram nos EUA, ele associou a medida diretamente ao julgamento no qual Bolsonaro é réu.

g1

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Geral

[VÍDEO] Juiz a empresário acusado de matar gari em MG: ‘comete crime desse porte e vai para a academia?’

O juiz Leonardo Damasceno, que determinou a prisão preventiva do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, se mostrou impressionado com a frieza do homem após cometer o crime.

Renê passou por audiência de custódia nessa quarta-feira (13/8), dias após ser preso pela morte a tiros do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte (MG).

Ao iniciar a sessão, o magistrado afirmou que a vítima estava “prestando um serviço público essencial para toda a sociedade de Belo Horizonte”. “Aí, chega um cidadão, a princípio armado, motivado por uma briga de trânsito, querendo passar pela localidade de forma desequilibrada e violenta”, disse.

O juiz destacou o comportamento de Renê após o crime. “Ao que tudo indica, ele foi para a academia… Quer dizer, comete um crime grave e, em seguida, vai treinar numa academia? Essa situação exige uma apuração profunda da personalidade do agente”, afirmou.

A defesa do empresário ressaltou que ele é réu primário, possui bons antecedentes e residência fixa. Além disso, pediu que o caso fosse mantido em sigilo, o que foi negado. O juiz também ressaltou que há provas contundentes para manter a prisão preventiva.

Ainda na audiência, Renê negou o crime, afirmou ter ido para o trabalho, passeado com o cachorro e seguido para a academia, onde foi preso. Ele ainda alegou que as testemunhas o confundiram com outra pessoa.

Metrópoles

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Geral

Idosa de 62 anos condenada pelos atos do 8/1 leva surra na cadeia “por ser bolsonarista”

Foto: reprodução

Uma idosa de 62 anos, condenada a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, foi agredida no Presídio Feminino de Florianópolis, em Santa Catarina, após uma briga em cela. Identificada como Jucilene Costa do Nascimento, a detenta foi ferida no rosto após as presas descobrirem que ela seria bolsonarista.

A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) afirmou ter ocorrido desentendimento entre duas custodiadas. A briga aconteceu após as presas da cela descobrirem o motivo da prisão. As agressões aconteceram em 4 de agosto e foram identificadas durante procedimento de rotina realizado pela equipe da unidade. A autora foi realocada de cela como medida preventiva.

Antes das agressões, a defesa da idosa havia pedido, em maio deste ano, a revogação da prisão mediante às medidas cautelares. Após a agressão, a solicitação foi feita novamente, mas negada nesta quarta-feira (13/8).

Jucilene Costa do Nascimento foi presa em 8 de janeiro, ficou sete meses detida e chegou a ser solta. Em 2024, voltou à prisão onde está há 1 ano e dois meses. Após a agressão, foi encaminhada para atendimento médico, exame de corpo de delito e registro de boletim de ocorrência.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) informou que foi registrado um desentendimento entre duas custodiadas no Presídio Feminino Regional de Florianópolis, prontamente identificado durante procedimento de rotina realizado pela equipe da unidade.

Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

“Trump fez uma insensatez com o Brasil”, diz Lula após novas sanções dos EUA

Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (14), que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, “fez uma insensatez com o Brasil” ao taxar e sancionar o país.

“O Trump fez uma insensatez com o Brasil porque nós somos parceiros americanos há 201 anos, não é de hoje, são 201 anos de relação diplomática”, disse Lula durante a cerimônia de inauguração da fábrica de hemoderivados da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Goiana (PE).

A fala de Lula acontece após os Estados Unidos revogarem vistos e impor restrições de visto a funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), ligados ao programa Mais Médicos.

De acordo com uma nota assinada pelo secretário de Estado Marco Rubio, o conjunto de ações visa punir a “cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano, no âmbito do programa Mais Médicos”.

No evento de hoje, Lula pediu para não se preocuparem com o visto dos EUA porque “o mundo é muito grande, o Brasil tem 8 milhões e meio de km quadrado, você tem lugar para andar no Brasil para caramba”.

Ele ainda destacou que tem uma relação de respeito com Cuba.

“É importante eles saberem que a nossa relação e Cuba é uma relação de respeito a um povo que está sendo vítima de um bloqueio há 70 anos e hoje estão passando necessidade em um bloqueio que não há nenhuma razão. Os Estados Unidos fez uma guerra e perdeu, aceite que perdeu e deixe os cubanos viverem em paz”, disse.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. O Brasil é um excelente pais, mas só vai melhorar em tudo quando esse bandido Lula sair do poder. Brasil tem tudo de bom, tem reservas ótimas de tudo florestal, mineral, maritimas, gente decente, povo educado e cortes, porém depois de vencido o ano de 2026, estaremos liberto de todo esse mal, a nossa libertação, desse assassino governo, e poderemes dizer amamos a terra em que nascemos, terminamos essa prisão, nas mãos de ladrões, imbecis e analfabetos.

  2. Acrescente-se: …exportação de mão-de-obra escrava cubana. A família desses médicos é mantida refém em Cuba pelo regime que os artistas adoram glamourizar.

  3. parece cachorro correndo atrás de carro, late, late, late. Agora que o carro parou não sabe o que fazer.
    Este foi o problema, colocar uma pessoa que passou a vida toda latindo e não produziu nada.

  4. Esse bebum ladrão só pensa em Donald Trump e Bolsonaro. Segue tua vida cara, tenta fazer alguma coisa produtiva para o Brasil, o povo do bem já não te aguenta mais. É muita dor de cotovelo prá um corpo só.

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Geral

Projeto do governo Lula que regulamenta plataformas digitais prevê suspensão provisória de redes sociais antes de decisão judicial

Imagem: Nestudio / stock.adobe. com

O projeto de lei do governo federal que regulamenta as plataformas digitais prevê a suspensão provisória das redes sociais que, de forma reiterada, não removerem conteúdos ilícitos, ignorando as notificações da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados).

De acordo com fontes do governo, o bloqueio temporário será executado pela própria ANPD, órgão vinculado ao Ministério da Justiça que atuará como órgão regulador e fiscalizador das plataformas. A suspensão provisória poderá ser adotada antes de decisão judicial. A informação é do blog de Julia Dualibi, no g1.

O texto do governo irá fixar um prazo máximo de bloqueio, que provavelmente será de 30 dias. A partir daí, as redes só poderão continuar suspensas se houver decisão da Justiça.

Opinião dos leitores

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Judiciário

Ministros do STF discutem “recuo possível” em meio à crise com EUA

Foto: Gustavo Moreno

Em conversas reservadas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) discutem uma espécie de “recuo possível” para a Corte diante da crise com o governo dos Estados Unidos. A proposta em debate consiste em uma anistia pós-condenação para Jair Bolsonaro e outros que réus que serão sentenciados golpe de Estado.

A informação é da coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles.

De acordo a apuração, a alternativa busca evitar novas sanções dos EUA e, ao mesmo tempo, manter o entendimento do STF pela condenação de Bolsonaro. Na prática, o Supremo condenaria os acusados, mas não se movimentaria para derrubar uma eventual anistia aprovada pelo Congresso Nacional.

Embora o “recuo possível” não altere o curso do julgamento de Bolsonaro, representaria uma mudança significativa, uma vez que a Corte manteria a decisão do Congresso mesmo que governistas judicializem a anistia alegando inconstitucionalidade. Uma preocupação de magistrados do STF é se essa medida seria, de fato, capaz de conter a ofensiva norte-americana, já que Bolsonaro seria condenado.

Por outro lado, a possibilidade de tornar Bolsonaro elegível para as eleições presidenciais do ano que vem, como deseja Donald Trump, não é sequer cogitada por integrantes do Supremo.

Paulo Cappelli – Metrópoles

Opinião dos leitores

    1. A sucuri começou a arrochar agora, tá muito fácil Tramp aceitar essa proposta. KKKKKKK

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