Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
A fuga de capital estrangeiro e as medidas do governo para conter a escassez de dólares pressionam a já combalida economia da Argentina, em meio ao prolongamento das medidas de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus nas províncias do interior.
O país já perdeu US$ 4 bilhões em reservas internacionais desde o início do ano – que somam hoje US$ 40 bilhões –, segundo dados do Banco Central argentino (BCRA, na sigla em espanhol). O cenário, agravado por duas recessões seguidas em 2018 e 2019, já impacta no cotidiano da população.
Faltam alimentos e itens básicos nos supermercados de Buenos Aires e arredores. Para analistas, as prateleiras vazias são reflexo das recentes políticas de controle cambial adotadas pelo presidente Alberto Fernández na tentativa de estancar a sangria de dólares do país. Medidas para dificultar o acesso dos portenhos à moeda norte-americana já eram adotadas na gestão do liberal Mauricio Macri, mas foram endurecidas pela atual gestão da Casa Rosada, que tem Cristina Kirchner como vice-presidente.
Em setembro, a autoridade monetária anunciou a criação de um novo imposto de 35% sobre gastos no cartão de crédito na moeda internacional. As compras no cartão também foram limitadas a US$ 200, o mesmo valor imposto por Macri para a compra individual. As novas medidas perdurarão até 31 de dezembro.
Em um país onde historicamente a população usa o dólar como reserva financeira, a restrição empurrou os argentinos para o mercado de câmbio paralelo, causando ainda mais distorções entre a cotação oficial e a extra-oficial, conhecida como dólar blue. Na sexta-feira, 30, as casas de câmbio oficiais negociavam o dólar a 77 pesos, enquanto no mercado clandestino a moeda era vendida a 168 pesos, diferença de 118%.
Segundo Daniel Marx, ex-vice-ministro da Economia da Argentina, as medidas escancaram os reflexos negativos da distorção cambial no dia a dia da população. “As pessoas compram moedas internacionais como forma de se protegerem, mas, no fim, isso gera mais problemas. Há desconfiança com os preços dos produtos, já que não se sabe exatamente como precificar algo diante das taxas cambiais”, afirma.
O descompasso do câmbio gera ondas que atingem diferentes pontos do cenário macroeconômico. A importação e venda de produtos é um das mais latentes e com impactos imediatos na população. Pressionados pela falta de dólares, empresas, fornecedores e outros membros da cadeia não conseguem trazer de fora insumos básicos, dificultando a reposição nas prateleiras dos supermercados.
“Embora a Argentina seja um grande produtor de grãos e carne, outras coisas precisam ser importadas”, diz Fernando Ribeiro Leite, professor de economia do Insper. A mesma análise é feita por Marx, que acrescenta ainda as dificuldades impostas pelas medidas de contenção da Covid-19. “Alguns produtos sofrem com a logística por causa da pandemia, como os importados. Também há produtores que preferem não vender por causa das incertezas. Em algumas situações, é melhor manter o estoque do que vender e não conseguir repor.”
O cenários difuso e a falta de segurança repelem os investidores internacionais do país, agravando ainda mais o quadro recessivo. Segundo dados da agência oficial de estatísticas do país, o Produto Interno Bruto (PIB) despencou 16,2% no segundo trimestre do ano. O índice do desemprego disparou 13,1% no mesmo período — o maior em 16 anos —, enquanto a inflação bateu 36,6% nos últimos 12 meses encerrados em setembro.
O acúmulo de resultados negativos fez o índice de pobreza do país disparar para 40,9% no primeiro semestre, também o pior índice desde 2004, quando o país ainda vivia a ressaca da recessão histórica de 2001. Além da herança de anos de desequilibro nas contas, parte deste quadro econômico foi agravado com a paralisação de setores do comércio e da indústria em meio às medidas de isolamento social.
Na semana passada, o presidente Fernández anunciou nova prorrogação do lockdown para 8 de novembro. O país vive uma escalada da disseminação do vírus e ultrapassou a barreira de 1 milhão de infectados, com mais de 30 mil óbitos. Segundo Marx, o peso da doença afundou algo que já vinha sofrendo para alcançar fôlego. “Antes da pandemia, a economia argentina já passava por tempos difíceis, com anos de recessão e inflação alta. Quando o coronavírus chegou, as coisas ficaram muito piores. Para este ano, a previsão é queda de 12% do PIB e permanência da inflação alta.”
Jovem Pan
Aqui não Brasil não neh?
Vai ao supermercado, os preços já estão lá nas alturas, fuga de dolar, venda das reservas cambiais pra segurar o preço da moeda e explosão da dívida pública?
Os aopiadores do louco se aproveitam da polarização pra jogar cortina de fumaça que só faz piorar a situaçao
a) não há alta generalizada de preços, não minta; b) houve fuga de dólares e consequentes desvalorização do Real pq os nossos juros básicos.desceram muito:, menos atratividade para 'banqueiros' e menos crecimento da dívida mobiliária atrelada a Selic. c) dívida pública em alta devido à necessidade de compensar o trancacionismo irresponsável dos governadores.
Graças a Deus o Brasil está fora de zona de desgraça em que caiu Venezuela e Argentina graças ao extermínio da peste petista e sua cambada de ladrōes e corruptos que nunca mais voltem ao poder, continuem assim onde tem candidatos petistas a sua colocação está sempre na rabeira lá embaixo o povo aprendeu a dar a resposta a essa carga de Ratos.
Ja estão chamando Venezuela do Sul…….
Eita tem gente por ai que não sabe a importância de reserva cambial para um país. Outros sabem e se fazem. Imagine quanto estaria o dólar por aquio BC sem as reservas.
Vc não deve ter a mais pálida idéia de como isso funciona.
Importância tem. Mas não a qualquer preço. Jogar os juros básicos lá em cima para gringaiada lavar a burra em operações de 'carry trade, 'só para valorizar a moeda artificialmente, fazendo a dívida interna explodir, ferrar com a manufatura e mandar mais turistas do que receber, não parece ser um bom preço. O problema é que pegamos uma inaudita crise mundial no momento em que estávamos abaixando a taxa básica.
Argentina no triste caminho da Venezuela.
OBRIGADO PRESIDENTE BOLSONARO por ter nos salvo desse triste destino.
Kkkkkkkk
Vc é muito GOZADO!
Tem uma ponta de crédito nisso ao presidente Temer também.
Sem misturar as coisas.
Mooommmm
Se não fosse a gorda reserva cambial deixada pwlo governo PT estávamos lascados.
Já ouviu falar no 'custo de carregamento' dessas reservas?
Vão fundo, boludos. Aprofundem as estatizaçoes e nacionalizações. Entreguem essas empresas e fazendas para expropriadas para partidiários sendentos de 'justiça social'. Questão de reparar 'injustiças históricas'. Congelem preços e contratos. Proibam demissões e desepejos. Tabele o câmbio. Bote partidários armados pra fiscalizar esses capitalistas malvados que não querem pobre consumindo. Parece plano de governo de Manuela Dávila, né? É chavissmo na sjua melhor tradução. Quando chegarem os efeitos, culpe os americanos, o neoliberalismos, azelites, o capitalismo por tudo.
É verdade, embora a economia da Argentina jamais tenha se recuperado depois que um imbecil chamado Juan Domingo Perón chegou ao poder em 1946 e em dois mandatos (1946 a 1952 e 1952 a 1955) tenha destruído completamente a economia do país. Os argentinos ainda tiveram a coragem de lhe outorgar um terceiro mandato (1973 a 1974), no qual ele governou um país já arruinado. A Argentina já foi um dos países mais ricos do mundo. Só para se ter uma ideia, o metrô de Buenos Aires foi o segundo metrô a ser inaugurado, logo após o de Nova York. Havia um ditado corrente na Europa nos anos 1930 que dizia assim: "Fulano é rico como um argentino". Infelizmente o que Perón fez, ao adotar o receituário populista de esquerda, destruiu o país em apenas uma década.
Só lembrando que a Jovem Pan é tão tendencioso, quanto alguns blogs de direita espalhados pelo país, para agradar a gadolândia ?
Vá ver a Globo.
Já já é aqui.
Política neoliberal do paulo jegues e do bozo ?, dólar batendo R$ 6,00, salário mínimo virou pó.
Quanta asneira!
Não falta muito pra entenderem que política econômica errada tanto faz ser canhota ou destra, os resultados são os mesmos.
O PT tá bem ali, desejando somente o pior!
Quatro anos de Macri, o pessoal ainda fica nessa de culpa da esquerda… O governo liberal só afundou mais a nação.
Diga que medidas liberais foram implementadas por Macri. Privatizações? Desregulamentações? Cortes de gastos? Sério mesmo.
O pecado de Macri foi a lentidão (grande parte atribuída ao congresso peronista) em consertar a desgraça deixada pela Cretina.
Maria fofoqueira, se o poste tivesse ganho hoje estaríamos de braços dados com a Argentina e Venezuela.
Esquerda no poder
Todo o receituário da esquerda produzindo as suas consequências naturais.
Enquanto o comunismo e o socialismo estiverem fora o Brasil vai bem sim, senhor.
Dê uma pesquisada no preço dos itens da cesta básica quando tiver um pouco de tempo.
Não há escassez. Há um episódico choque de preços sobre alguns itens da cesta básica.
Não força.
Ñ estamos muito distantes disso ñ!!!
Falou a seguidora de Maduro e Lula tentando negar a influência do comunismo…
Enquanto isso, vários esquerdistas pedem ao mundo para boicotar o Brasil.
Paulo Coelho é um deles.
Esquerda é atraso.
Não vi o papa chamar o presidente argentino de genocida…
Estranho…
Só se for na sua visão alucinada da realidade.