O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta sábado que o governo estuda adiar para 2020 o reajuste dos servidores previsto para 2019. Isso geraria uma folga de R$ 5 bilhões no Orçamento do ano que vem. Outra opção avaliada é a reoneração da folha de pagamentos.
A possibilidade de adiar o reajuste de 2019 foi antecipada ao GLOBO na última terça-feira pelo ministro do Planejamento, Esteves Colnago.
— Temos alguns desafios do ponto de vista fiscal para o ano que vem. Uma alternativa é adiar o reajuste, mas há outras que precisam ser discutidas. Isso só vai ser definido mais para frente, em agosto, quando o Orçamento for enviado ao Congresso — disse.
Guardia afirmou ainda que, independentemente de quem ganhar as eleições de outubro, a realidade fiscal do país irá se impor, e o novo presidente terá que dar prosseguimento às medidas de ajuste fiscal.
— Não vamos ter crescimento sustentável sem a continuidade das reformas. Independente do que se diga em campanha, a realidade vai se impor a qualquer um que esteja lá (na presidência da República). Torço para que seja alguém completamente comprometido com as reformas – disse a jornalistas após reuniões em encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo o ministro, nas reuniões com o organismo multilateral, foi destacada a necessidade de continuar com as reformas econômicas, sendo que a principal delas continua sendo as mudanças nas regras da aposentadoria. Nesse contexto, o ministro defendeu que será difícil que um próximo governo desvie das diretrizes da atual política monetária.
— A rigidez fiscal terá que ser abordada. Uma coisa é o debate política durante a campanha. Outra é o que será feito. A realidade vai se impor de uma maneira tão clara que acho difícil alguém se desviar da rota, ou quem vai pagar o preço será a população — reforçou.
Guardia lembrou que durante a reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, foi reforçada a necessidade de que todos os países aproveitem o momento positivo da economia global, da qual se espera crescimento de 3,9% para esse ano e o próximo, para realizar ajustes. No caso do Brasil, ele coloca as reformas como essenciais para se garantir um crescimento sustentável.
— O Brasil tem a necessidade de avançar nas reformas e aproveitar a janela de oportunidade que ainda está aberta. Se ajustes são difíceis. Eles são mais difíceis em momentos de retração econômica – afirmou.
CRESCIMENTO DO BRASIL
O organismo multilateral espera que o PIB do Brasil cresça 2,3% este ano, menos que os 3% esperados pelo governo e que os 2,8% da média de projeções dos analistas. Segundo o ministro, essa diferença ocorre porque o Fundo levou em conta o crescimento potencial do país. Já as projeções internas consideram também os efeitos da redução dos juros e das reformas já feitas.
— As nossas projeções incorporam ganhos de produtividade em função das reformas já feitas e o efeito da política monetária. A projeção do FMI é o PIB potencial. Mas eu volto a dizer que o importante é que a economia retomou o crescimento — disse.
Ainda dentro das reformas a serem feitas, ele reafirmou que a proposta de simplificação do PIS/Cofins será discutida com o Palácio do Planalto e, depois, encaminhada ao Congresso Nacional.
O GLOBO
Cadê as panelas? cadê as camisas do Brasil?
Governantes sem palavra, falam uma coisa e fazem outra. Por isso essa porcaria de país não vai pra frente.
Já se foi o tempo que ser concursado era vantagem. Hoje em dia está quase a mesma coisa que a iniciativa privada.