O pesquisador Victor Hugo Barreto. Imagem: Reprodução/Facebook
O doutor em antropologia Victor Hugo Barreto mergulhou na noite carioca durante quatro anos para desvendar a realidade de homens, abertamente heterossexuais, que transam entre si em festas secretas.
Um dos slogans das festas deixa claro as regras: “só venha se você for homem”. Para os organizadores, isso significa: não se assumir ou ser homossexual ‘afeminado’, encarnar a figura clássica do “machão” e estar disposto transar com outros homens.
O estudo virou o livro “Festa de Orgias para Homens” (Editora Devires), lançado em novembro do ano passado. Na obra, derivada da tese de doutorado defendida na Universidade Federal Fluminense, Victor descreve o enredo dos festejos e analisa como é manifestada e construída a sexualidade masculina.
A abordagem causou discussão na internet. “Nas redes, recebi até ameaça de morte e de uma galera dizendo que o Brasil não ganha o Nobel ou a cura do câncer por causa da minha pesquisa. Claro, essa reação negativa ainda é um fruto de moralismo”, diz. A imprensa também cunhou esse tipo de homem como o “hétero flex”. Nesta entrevista, Victor explica como embarcou nesse mundo e o que descobriu:
UOL: Por que você decidiu estudar uma festa com orgias masculinas?
Bareto: Eu já tinha pesquisas no campo da sexualidade. Aí me apareceu um anúncio na Internet com o convite para festas nas chamadas ‘casas de orgia’. Me ocorreu que essas casas são diferentes de clubes de swing, por exemplo. Então eu me interessei.
UOL: Em quais lugares essas festas costumam acontecer?
Bareto: As festas que pesquisei ficam no Rio de Janeiro e são organizadas em espaços comerciais alugados. Claro, é possível que um grupo saia de um bar e vá para a casa de alguém transar. Essas festas informais entre membros do do grupo são as chamadas “sociais”, e são privativas. É uma categoria de encontros particulares são difíceis de estudar, pois não acontecem com periodicidade. Para analisar, então, tive que ir a festas que acontecem de forma periódica.
UOL: Além do Rio, as festas acontecem em mais lugares?
Bareto: Sei que há casas assim que funcionam em São Paulo, em Brasília e em cidades do Nordeste. É um mercado que não trabalha com visibilidade. Só acontece para quem está interessado naquilo. Inclusive, muitos estrangeiros dizem que esse tipo de evento é mais forte aqui do que em outros países.
UOL: E qual o perfil dessas pessoas?
Bareto: Eu vi muita coisa. Tinham caras universitários, na casa dos 18 anos, a senhores de 80 anos. Eram das mais diversas camadas sociais. Conheci médicos, advogados, motoristas de táxi, da Uber, garis. Homens casados com homens e homens casados com mulheres, com filhos.
UOL: E por que eles não se consideram homens homossexuais?
Bareto: Percebi a presença de três princípios. O primeiro princípio é o da masculinidade. O segundo é o da discrição. O terceiro elemento é a ‘putaria’, como eles dizem. Isso quer dizer que quem participar dessa festa tem que ser ‘macho’, discreto e puto, ao mesmo tempo. Aquilo acontece no anonimato. Não se pode contar do que acontece ali a ninguém. É um comportamento transgressor para a sociedade de uma forma geral, então quem se envolve quer ter a participação reconhecida exclusivamente naquele lugar.
UOL: O que você quer dizer com masculinidade?
Bareto: Como são eventos exclusivos para homens, há também uma ideia de uma determinada figura de homem que pode entrar ali. O que isso quer dizer é que eles não querem que homens considerados afeminados participem. Eles ligam a ideia da homossexualidade com a ideia do homem afeminado. São homens transando com outros homens, mas eles se consideram machos, entendeu? O principal fator é que o homossexual é uma orientação desprestigiada na sociedade de uma forma geral. É visto como um ‘problema’ até hoje, e é difícil assumir essa identidade para a sociedade. O que eles querem seria a ideia de ter prazer com outro homem, sem que isso implique em uma perturbação da norma.
UOL: É o que estão dizendo sobre o termo “hétero flex?”
Bareto: Me perguntaram da figura do ‘hetero flex’, e achei o conceito interessante. Acho muito bacana que essas pessoas experimentarem a sexualidade. Mas, ao mesmo tempo, eles têm um apego com a heterossexualidade. O motivo é que a heterossexualidade ainda se é a norma esperada na sociedade. Quando você é um homem que não perturba a norma, você ainda se nutre dos privilégios dessa orientação. Claro, é uma postura de homofobia a uma determinada figura de homem. A masculinidade ali é feita, roteirizada, até exagerada.
UOL: Então, não é possível ser abertamente homossexual neste espaço?
Bareto: O que eles falam para mim é que você pode ser gay, mas do lado de fora. Ali dentro não é espaço para reivindicar essa bandeira. Tem uma questão que passa justamente por essa questão de se evitar o traço feminino.
UOL: Qual o papel o machismo nessa realidade?
Bareto: Por exemplo: por que a figura de macho é sempre tão valorizada nesse espaço de orgias ou no mercado erótico? É por causa do machismo: pois cria-se a ideia de que essa figura é a valorizada, que é a norma. O machismo aparece na medida em que ele conforma esses desejos que nós temos. Não só no mundo heterossexual a figura do homem machão é valorizada. Entre os abertamente gays o machão também é.
UOL
Hétero Flex??? Ou Homossexual travestido de macho???
A viadagem midiática está com tudo e não está prosa. Viva a queimação de rosca alheia.
É fato, não são gays, são Baitolas.
Isso é velho. Qualquer adolescente já foi abordado por um cara casado pedindo pra chupar seu p** , me lembro que a 6 anos atrás fui no banheiro do hiper bom preço e tinha pelo menos uns 5 caras de revezando na putaria, tentavam disfarçar entrando e saindo do banheiro mas não enganava, depois vi pelo menos dois caminhando com mulher e um deles com o filho a tira colo. Se vc entrar em uma sala de bate papo é só olhar os apelidos, é kazado quer macho, kazado chupa e assim vai, isso é assunto velho que a sociedade finge não ver.
Esse cara fez todo um estudo, só p/ chegar onde todos já sabiam, só que no meu tempo se chamava bixa inrrustida, agora só mudou o nome p/ esse tal de flex.
Todo dia agora surge uma nova modalidade de baitolagem, essa agora com apelido diferente.
Simplesmente ser gay travestidis de hetero.Nada mais do q trancado no armário
Sinal dos fins dos tempos.
E a imprensa, governo apoiando…
Sangue de Cristo tem poder
modernidade. Vai comer meio cu?
Claro que são homosexuais!!
Permita-me uma observação.
De uma hora para outra o blog passou a utilizar linha de notícias que não dispensa "Pesquisas sobre pênis", "Estudos sobre a forma do pênis", "Pênis e os melhores tamanhos" e por aí vai.
Seguindo essa trilha, notícias sobre orgias homossexuais também tem espaço garantido, incluindo os blocos do Carnatal e os tipos de gays que os frequentam.
Longe de uma defesa moralista, será mesmo que seus leitores em sua maioria querem ser inundados com este tipo de notícia?
Para onde está indo o blog com notícias leves, interessantes, de humor refinado, incisivo quando necessário, por seus editoriais?
Apenas um toque, pq já estão chamando "Blog do BG Magazine", em alusão a uma revista especializada nos temas gays.
Valeu o toque Sergio. Rapaz é poque cada dia tou mais chegado ao assunto. kkkkkk abraço grande
Que m… !!!
Não são Homens Heterosexuais ! São gays inventando uma nova nomeclatura para boiolagem !!! A natureza um dia vai cobrar e muito caro esse absurdo biologico em nome do politicamente correto !!!
Kkkkkkk. É nada!
Isso se chama apenas trocar o nome do que é real: homossexualismo. São incapazes de ser o que são. Certamente desfilam por aí com uma mulher à tiracolo para enganar a sociedade, mas na hora do vamos ver, já se sabe o que querem ver. Nem gays enrustidos são, sem contar que sua bandeira cheira à promiscuidade. Hétero autêntico certamente não frequenta algo do tipo. Problema que héteros autênticos estão cada vez mais raros, rsrsrsrsrs.
BAITOLAGEM!!!!
São nada! rs rs rs rs rs .