A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,76% em outubro, depois do aumento de 1,42% em setembro, informou hoje (6) a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice acumula alta no ano de 8,91% e de 10,58% em 12 meses. O indicador é usado como referência para o reajuste de contratos como aluguel e tarifas públicas, que incluem a conta de luz.
De acordo com a FGV, o aumento do IGP-DI de outubro é reflexo da subida de preços de alimentos processados, em 3,1%. Também pressionaram o indicador o reajuste de preços de combustíveis e lubrificantes, que tiveram queda em setembro e mas subiram 2,7% no último mês.
Já as matérias-primas tiveram uma alta de preços menor, de 2,9%, em outubro, em relação ao anterior. Os preços que menos subiram foram a soja em grão, o leite in natura e os suínos. Já os produtos lácteos, carne, café e cana-de-açúcar foram os que mais subiram.
Com esse cenário, o Índice de Preços do Atacado (IPA), um dos três subíndices que compõem o IGP-DI, aumentou 2,3%, ante 2% em setembro deste ano.
No varejo, a FGV registrou aumento de preços em cinco das oito classes de produtos pesquisados. O destaque é para o setor de transportes, que teve alta de 0,32% para 1,92%.
Segundo a FGV, a maior pressão inflacionária veio da gasolina: os preços desse combustível estavam em queda de -0,24%, em setembro, e subiram em outubro para 5,2%, elevando o Índice de Preços a Consumidor para 0,76% no mês.
Em contrapartida, o consumidor economizou com roupas e passagens aéreas, que tiveram redução de 5,86% para 1,12% e com a mensalidade de TV por assinatura, que caiu de 1,74% para 0,33%.
Já os custos com a construção civil, que também compõem o IGP-DI, tiveram alta de 0,36%. O valor da mão de obra não subiu, mas materiais, equipamentos e serviços ficaram mais caros.
O IGP-DI é calculado com base em preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês de referência.
Agência Brasil
Não são apenas os aluguéis que sofrerão reajuste com base na variação do IGPM. O índice servirá também para corrigir IPTU 2015, Mensalidades Escolares, Contratos de prestação de serviços como os de telefonia, Assinaturas de TV, financiamento da casa própria, etc…. teremos uma avalanche de aumentos em 2016 causando desemprego e inadimplencia!