Os separatistas pró-Rússia da Ucrânia admitiram neste domingo que têm em seu poder objetos e destroços provenientes do voo MH17, da Malaysia Airlines — entre eles, pode estar a caixa-preta da aeronave, derrubada por um míssel enquanto sobrevoava a região leste do país europeu, matando todas as 298 pessoas a bordo. Evidências sugerem que o míssel foi disparado pelos insurgentes pró-Rússia.
“No lugar da catástrofe, foram localizadas partes do avião parecidas com caixas-pretas. Foram encontradas em Donetsk e serão entregues a analistas internacionais caso eles venham até nós”, disse o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Aleksandr Borodai.
Neste domingo, um trem com os corpos localizados até agora no local onde caiu na última quinta-feira o avião da Malaysia Airlines (voo MH17), no leste da Ucrânia, partiu de Torez em direção à cidade de Donetsk sob supervisão de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Segundo a agência russa RIA Novosti, os representantes da OSCE contabilizaram 198 corpos, que foram carregados em cinco vagões refrigerados.
Neste sábado, a Ucrânia disse ter “provas irrefutáveis” de que a Rússia teve papel decisivo na derrubada do avião da Malásia, após o país ter fornecido um sistema de mísseis e equipe aos rebeldes. A informação foi divulgada pelo chefe dos serviços de contraespionagem da Ucrânia, Vitaly Naida.
Kiev tem evidências de que três sistemas de mísseis guiados por radar BUK-1 ou SA-11 entraram na Ucrânia vindos da Rússia, junto com uma equipe de três homens. “Temos provas irrefutáveis de que esse ato terrorista foi cometido com a ajuda da Federação Russa. Sabemos claramente que a equipe desse sistema era composta por cidadãos russos”, disse ele em entrevista a jornalistas.
Veja
Comente aqui