O administrador de lava-rápido Adelir da Silva Mota foi condenado pela Justiça, em primeira instância, a 18 anos de prisão, acusado de matar e enterrar ainda vivo o analista de investimentos Carlos Alberto de Souza Araújo, em fevereiro de 2003.
O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (8), em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).
A acusação sustentada pela Promotoria é a de que a vítima foi morta pelo fazendeiro Alexandre Titoto com o auxílio de Mota.
O defensor público que faz a defesa de Mota, Luiz Carlos Martins Joaquim, disse que já entrou com recurso para anular o julgamento. Para ele, Mota agiu em legítima defesa ao tentar separar uma briga entre Titoto e Araújo.
O advogado de defesa de Titoto, Milton Scavazzini Junior, não quis comentar a condenação. Ele disse que seu cliente alega inocência e que está aguardando a data do seu julgamento.
Segundo a acusação, o motivo seria uma dívida entre o fazendeiro e o analista. Após golpear Araújo na cabeça, os dois acusados teriam levado a vítima desacordada a uma fazenda e a enterrado viva.
Mota não compareceu ao julgamento. O promotor Marcus Túlio Nicolino, que pediu a condenação do réu, afirmou que a prisão já foi decretada e que ele é considerado foragido.
De acordo com o promotor, o julgamento de Titoto deve ser realizado no início de 2015, ainda sem data definida. Ele aguarda em liberdade.
O CASO
Segundo a Polícia Civil informou na época do crime, Mota teria dito que golpeou a vítima com um pedaço de madeira que havia no escritório de Titoto atingindo a cabeça de Araújo.
Ele teria afirmado, em seu depoimento, que tentou interferir em uma suposta briga que estaria ocorrendo entre Titoto e Araújo.
Na ocasião do crime, Mota disse, em depoimento, que o fazendeiro decidiu levar a vítima, que estava desacordada e amarrada, para um canavial.
No entanto, ao chegar no local, segundo depoimento, os dois teriam constatado que a vítima estaria gelada e, Titoto teria decidido enterrá-la
No escritório de Titoto, foi encontrado na época sangue, móveis desarrumados, dois pedaços de madeira com marcas de sangue e um cheque rasgado em nome do fazendeiro de R$ 405 mil.
Folha Press
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