Agentes da Polícia Federal (PF) estão nas ruas na manhã desta quinta-feira para cumprir 10 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpro. Liderada pelo Ministério Público Federal (MPF), a ação é mais um desdobramento da Lava-Jato no Rio.
Entre os alvos estão o lobista Milton Lyra, citado em operações anteriores como operador de políticos e cujo mandado será cumprido em Brasília; Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT; e Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa, que recebeu aportes financeiros dos dois fundos de pensão.
De acordo com o MPF, a empresa de Machado recebia dinheiro dos fundos concomitantemente a um contrato de câmbio com empresas de fachada, pertencente a Edward Penn, operador que trabalha nos Estados Unidos. Machado fez um contrato de câmbio para importação de softwares das empresas americanas de Edward Penn. Essas importações eram fraudulentas.
A compra seria simulada por Machado, que enviava o dinheiro para o exterior. A partir da colaboração espontânea de um dos envolvidos, os investigadores puderam verificar que o dinheiro das compras era remetido para fora do país, tendo a participação dos doleiros Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, e seu sócio, Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, ambos acusados de envolvimento em operações de lavagem de dinheiro do esquema do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Eles repassavam o dinheiro depois para pessoas indicadas por Machado. A Lava-Jato aponta a conexão dos fundos de pensão com os doleiros, Juca Bala e Toni, como sendo o elo entre o esquema de lavagem já usado pelo grupo de Cabral
Juca e Toni usavam o mesmo esquema do ex-governador para pagar os gestores dos fundos, indicados por Machado.
Além de Machado, Penn, Sereno e Lyra, São ainda alvos de mandado de prisão Patrícia Iriarte, apontada como operadora do esquema junto a Machado; Adeilson Ribeiro Telles e Henrique Barbosa da Postalis; Ricardo Siqueira Rodrigues, operador financeiro; e Carlos Alberto Valadares Pereira da Serpro.
REPASSES MILIONÁRIOS
Ainda de acordo com as investigações, Sereno, apontado como operador de Cabral, teria recebido do esquema de R$ 900 mil; Milton Lyra, um total de US$ 1 milhão entre 2013-14 e Gandola o valor de R$ 400 mil.
Montado em 2010 pela Americas Trading Group (ATG), empresa brasileira de tecnologia, o projeto de criação de uma plataforma eletrônica de negociação — uma nova bolsa de valores — pretendia competir com a Bolsa de São Paulo (Bovespa) e com a Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F). Na ocasião, o diretor-executivo da ATG, Arthur Pinheiro Machado, fechou uma parceria com a NYSE Euronext, referência internacional em operações financeiras, que passou a ser representada na sociedade pela Marco Polo Netwok Inc.
O GLOBO
Meu amigo, eu fico impressionado com a quadrilha que foi montada para acabar com os recursos públicos em nosso país. É coisa de cinema. Como é que um partido que se diz dos trabalhadores faz isso. Imaginem vocês se esse bando de vermelho ficasse mais um mandato na presidência da república, será que iríamos virar uma Venezuela? Não tenho a menor dúbia. E pensar que ainda tem quem defenda o PT?