Os procuradores da República que fazem parte da força-tarefa da Operação Lava-Jato desembarcaram nesta segunda-feira na Suíça em busca de novos documentos e extratos bancários de contas de brasileiros envolvidos no escândalo de corrupção na Petrobras. Eles deverão encontrar promotores do Ministério Público suíço em Lausanne, os mesmos que em novembro de 2014 já os receberam. Os procuradores brasileiros estão à procura de provas contra os acusados nas dezenas de processos abertos na Justiça Federal do Paraná, incluindo ex-diretores da Petrobras e dezenas de empreiteiros ou diretores das maiores construtoras brasileiras, presos em Curitiba.
Na delegação brasileira estão Deltan Dallagnol, de Curitiba, Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e Orlando Martello, um dos procuradores que já esteve em Lausanne em novembro. Os procuradores brasileiros já têm informações que os promotores suíços dispõem de documentos que comprovam que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa recebeu propinas da Odebrecht no valor de US$ 23 milhões (R$ 59 milhões), em contas de bancos na Suíça. Costa está em prisão domiciliar em sua casa no Rio, com uso de tornozeleira. Esse dinheiro deverá ser repatriado ao Brasil.
O Ministério Público Federal do Paraná investiga a participação da Odebrecht no esquema de corrupção da Petrobras, mas a empresa ainda não foi denunciada e não teve nenhum diretor acusado na Operação Lava-Jato. A empresa nega ter pago propinas a Costa, afirmando que todo os contratos com a Petrobras foram feitos de acordo com a lei de licitações públicas.
Os promotores suíços deverão fornecer aos brasileiros também documentos sobre depósitos feitos em nome do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que seria o elo de ligação do diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró com o PMDB. Cerveró está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba desde quarta-feira, detido no Aeroporto do Galeão quando voltava de viagem a Londres.
O Globo

E o do Mensalão Mineiro também?
E o do cartel dos trens e Metrôs de São Paulo, do aeroporto do Claudio, do Helicóptero da coca, do Daniel Dantas, do Carlinhos Cachoeira…
O julgamento do petrolão será na indonésia.