Diversos

Mãe conta drama de enterrar filho degolado em Alcaçuz

Famílias aguardam liberação dos corpos no Itep. Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

O massacre ocorrido na penitenciária de Alcaçuz no dia 14 de janeiro, que deixou pelo menos 26 mortos, expôs falhas no sistema penitenciário, a dor da perda e questionamentos das famílias das vítimas. A Agência Brasil ouviu histórias de quem perdeu filhos, maridos, primos e amigos. Um dos dramas que os parentes enfrentam é enterrar os corpos degolados.

Cansada e desgastada, a dona de casa Eliene Pereira, 45 anos, de Santa Cruz, município a cerca de 120 km de Natal, enterrou o corpo do filho no dia 20 de janeiro. Ela precisou ir à capital potiguar por três dias seguidos para reconhecer Diego Felipe Pereira da Silva, 25 anos, e liberar o corpo no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). O jovem foi degolado durante a rebelião e recomendaram que a mãe aguardasse as buscas pela cabeça. Na sexta-feira, ela recebeu uma ligação comunicando a mudança.

“Eu fui, quando cheguei lá reconheci o corpo mesmo, porque tinha visto só por imagem. Levei na funerária, abriram o saco, aí conheci que era ele mesmo, meu menino. Sem a cabeça. Ela [a funcionária do ITEP] mandou trazer eu ‘truxe’ sem a cabeça. Fazer o quê?”, conta. “Era horrível o corpo do meu filho, fiquei muito comovida. Mas enquanto eu não visse eu não acreditava. Queria ver ele, ver as pernas, os braços. Mesmo que não tivesse a cabeça, mas eu queria ver a realidade”.

Por causa do estado avançado de decomposição, a funerária recomendou a Eliene que não realizasse o velório e enterrasse o corpo o quanto antes, sem despedida, à noite, sem a família e os amigos. Mesmo assim, a mãe levou o filho à sua casa pela úlitma vez. “Meu filho passou um ano fora. Está fazendo justamente hoje, um ano e um mês. Ia sair em março”, disse ela há uma semana. “Eles me deram o caixão vedado todinho e colocaram um produto. Até falaram ‘não sei como a senhora vai aguentar passar a noite com ele dentro de casa’. Eu disse ‘pode deixar, se ele tiver podre como for eu quero que ele passe a noite em casa’”.

No dia seguinte, nas primeiras horas da manhã, Eliene levou o corpo de Diego ao cemitério. Rodeada de curiosos, Eliene pediu para ver o filho pela última vez antes de enterrar o corpo. Não havia mortalha, roupa, nada. O saco do necrotério encobria o corpo. “[O caixão] passou uns 5 minutos aberto. Comecei a endoidecer, puxando ele de dentro do saco. Aí pronto, fecharam e enterraram. É muito difícil enterrar um filho sem a cabeça.”

Outras famílias ainda tinham esperança de que a cabeça fosse encontrada, e adiaram o enterro. A esposa do detento M.P.S.N., morto aos 22 anos, que preferiu manter o anonimato dela e do marido, também não viu o corpo, só imagens. “É uma decisão que tem de ser tomada por toda a família. Ele tem uma família que o amava muito, assim como eu também o amo muito. Eu não queria que fosse dessa maneira, mas acho que o sofrimento será maior se não sepultar”, disse a universitária.

Com a voz fraca, pausada, a estudante prefere falar do futuro com que o casal sonhou. Namorados desde a adolescência, ela tentava mostrar a M.P. que ele deveria deixar a delinquência. “Quando eu o conheci, voltei a estudar para incentivar. Comecei minha faculdade. Isso deixava ele muito feliz, era uma força que eu dava para ele, estudando e trabalhando, mostrando para ele que tem como você viver dignamente sem querer o que não é seu”.

O marido dela estava preso por dois crimes: o roubo de uma moto, com pena no semiaberto. Depois, ele foi preso novamente por subtrair um celular e migrou para o regime fechado. Há três anos estava preso em Alcaçuz, dos quais dois anos e cinco meses no Pavilhão 4 – onde ocorreu o massacre. Sairia no fim do ano, segundo a esposa. “Já estava tudo planejado pela gente, a família, para quando ele saísse. Perto da faculdade que eu faço tem uma escola de Ensino de Jovens e Adultos. A gente já tinha combinado que ele voltaria a estudar lá. Já tinha falado com amigos para conseguir um emprego para ele”, lembra.

Agora, a viúva diz que o próprio futuro está incerto. “Tudo o que eu planejava era para viver com ele. O concurso que eu pensava em passar fora do Rio Grande do Norte era para ir com ele. Não há mais para quê seguir esses planos. Minha cabeça está muito confusa”.

“Tenho que ter direitos”

Além da dor da perda, todos reclamam do que chamam de omissão do Estado, de uma possível facilitação do ataque e do julgamento da sociedade. Muitas famílias relatam que entre os mortos no presídio nem todos tinham ligação com a facção Sindicato do Crime do RN, que controla o Pavilhão 4 e é rival do Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Nem todos que morreram eram integrantes dessa facção criminosa. Muitos só estavam ali cumprindo sua pena para sair e lutar contra todo esse sistema e tentar se recuperar. Porque a mídia […]eu tinha escolhido não falar sobre isso, porque eles não divulgam o que a gente diz, só o que a sociedade quer ver. Porque, para todo mundo, quem morreu ali foram marginais, bandidos. Bandido bom é bandido morto. Mas desde que esse bandido não seja seu irmão, seu marido, seu primo”, disse a esposa de M.P.

A estudante também questiona as circunstâncias do ataque, porque desde novembro o marido havia contado que tinha medo. Para ela, as mortes poderiam ter sido evitadas. “Quando aconteceu o massacre em Manaus foi quando eu fiquei com mais medo e pedi para ele sair mesmo. Ele dizia ‘mas amor, eu não sou de nada disso’. ‘Mas quando eles vierem não vão perguntar quem é e quem não é’, disse para ele. “Aí ele falou que ia pensar. Quando pediu [a transferência] não era mais autorizado ninguém sair”. A viúva disse que a conversa foi no dia 8 de março.

A dona de casa Eliene também questiona por que o filho foi transferido para Alcaçuz. Diego foi preso pelo furto de uma bolsa. Cumpriu um ano na cadeia de Santa Cruz até ganhar o direito do semiaberto. Ele passou três noites dormindo no centro de detenção; na quarta, anunciou que ficaria em casa para, segundo a mãe, ficar perto da família. “Eu insistia, mas ele é meio teimoso. Quando foi um mês vieram pegar ele. Aí colocaram ele logo num canto daquele, perigoso, Alcaçuz. Porque eu acho assim, meu filho nunca vendeu droga, nunca matou gente, era um menino do semiaberto. Só porque não foi dormir botaram junto de uma facção daquela. Meu filho não tinha nenhuma facção. Meu filho era usuário [de droga], somente. Eu achei muito errado, muito”.

Diego também avisava para a mãe há meses que a situação estava tensa e havia ameaça de invasão do prédio por membros do PCC. “Ele estava dizendo que estava muito perigoso: ‘peça para mim voltar pro [pavilhão] 2’. Ele estava lá e botaram pro 4. Eu disse: ‘termina aí tua cadeia nesse pavilhão’. Ele disse: ‘mãe, tá a maior bagunça aqui, o PCC quer invadir e matar a gente. Chore por eu (sic), porque eu posso não chegar em casa vivo’”, narra Eliene.

Investigação

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga como começou o massacre, e como os presos do Pavilhão 5 – presídio Rogério Coutinho Madruga, – conseguiram chegar até o Pavilhão 4. Para as famílias, o Estado já sabia do conflito iminente e não o impediu. “Com certeza o governo é responsável. Lá era para ter segurança. Meu filho não foi vivo para lá? Era para ter voltado vivo. E o governo era para ter garantido. Ele não tinha nada a ver com as brigas lá. Ele não tava preso? Eles tavam tudo solto lá, igual que fosse no meio da rua. As celas de lá não tinham portão, nada. Não era para ser tudo dentro das grades, fechadinho? E o total de presos era muito grande lá”, argumenta a dona de casa de Santa Cruz.

“Que órgão eu procuro, a senhora sabe?” – perguntou a dona de casa à repórter. Sem saber quais são seus direitos, mas decidida a lutar por eles, Eliene tentará ser indenizada. “Foi um filho que eu perdi. Meu filho. É um pedaço de mim meu filho. Tenho que ter direitos”.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. De fato, é um drama enterrar um filho sem a cabeça, entretanto, bom seria que fosse contado o primeiro drama familiar, que deve ter sido quando o filho ingressou no mundo do crime. Esse, sim, seria mais proveitoso que todos os pais e filhos tomassem conhecimento.

  2. Não tiro a dor sofrimento de uma mae, mais indenização por que mataram e um absurdo, quantos poilicias e pessoa de bens estes vermes já mataram, indenização e uma vergonha, vão trabalhar, e deixar de serem vermes

  3. Já vai começar o mimimi de peninha de bandido, e o vitimismo dos familiares!!!
    Pena mesmo eu tenho do cidadão de bem que é morto por estes cabras safados, das famílias que são destruídas por esta bandidagem, dos filhos órfãos que tem o direito de crescer com seus pais tirados por criminosos cruéis, que matam às vezes por simples prazer ou mesmo para roubar um celular.
    Acho que os corpos destes meliantes tinham que ter sido expostos em praça pública, para que servissem de exemplo para os que pensam em entrar na chamada vida loka, pois o resultado é este.

    1. Saiba interpretar um texto meu amigo…

      Não fala para ter pena de bandido, mas fala da vida de quem perdeu e não tem nada a ver com a vida do crime e no fundo só queria o bem de quem morreu e o queriam longe da vida criminosa. Tenha respeito pelos pais dos que morreram.

    2. Tenho respeito e pena dos familiares das vítimas desses monstros !!!!
      Se esses bandidos não respeitaram seus pais e não tiveram pena das suas famílias não sou eu que vou ter, é triste mais é a realidade, é uma questão de escolha, vivemos em um País que grande parte da população vive em condições de pobreza e só uns poucos escolhem a vida do crime, então que paguem pelas suas escolhas!!!

  4. Normal que quem era ligado a esses bandidos sintam saudade.
    Mas pergunto: a sociedade é obrigada a conviver com bandidos? E o dono da moto roubada, o quanto suou para comprar? Aí vem o bonitão rouba e vamos ter peninha?
    Simples assim: quando um bandido morre está evitando definitivamente que ele volte a cometer crimes.

    1. Exato. Morto não pratica assaltos, homicídios, estupros etc….

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Educação

Professores da UFRN seguem em greve por tempo indeterminado

Foto: Reprodução Adurn

Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) seguem em greve por tempo indeterminado. A decisão pela continuidade do movimento foi aprovada por ampla maioria em assembleia extraordinária que contou com a participação de mais de 340 docentes. O debate ocorreu na tarde desta quarta-feira (24), presencialmente, no auditório Otto de Brito Guerra, na reitoria da UFRN, e remotamente, através da plataforma Zoom.

Os docentes também rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Área da Educação, que aconteceu no último dia 19. O entendimento da categoria é de que, apesar de apresentar algum avanço, a proposta pode ser melhorada. Para o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, o movimento grevista está cumprido um importante papel, no sentido de pressionar o Governo Federal nas negociações.

Os professores e professoras ainda aprovaram que o comando de greve docente faça uma nova solicitação à reitoria pela suspensão do calendário acadêmico. Nesta quinta-feira (25), a categoria deve se unir ao alunado em ato promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para pedir essa suspensão. A manifestação acontecerá às 14h, no pátio da reitoria da UFRN.

Parte dos encaminhamentos sugeridos durante a atividade foram encaminhadas ao comando de greve docente, tais como: a ampliação do comando; uma moção de apoio à luta dos argentinos em favor da Educação pública, rumo a uma greve latino-americana; notas em resposta aos posicionamentos e orientações da administração da UFRN; apoio à luta dos bolsistas, pelo aumento das bolsas e pelo direito ao exercício da greve; e uma nota à comunidade acadêmica.

Tribuna do Norte

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Geral

Sinpol-RN diz que seguirá com paralisação mesmo após decisão da Justiça para encerrar

Foto: reprodução/Instagram

Após mais um dia de mobilização, os Policiais Civis deliberaram pela continuidade do movimento deflagrado nesta semana. Na noite desta quarta-feira, 24, a categoria se reuniu em Assembleia Geral e decidiu por reabrir apenas as plantões durante o resto da noite e madrugada. Já na manhã desta quinta-feira, 25, a concentração volta a ser feita na sede da Central de Flagrantes, a partir das 8h.

VEJA TAMBÉM: Desembargador determina encerramento da paralisação dos servidores da Polícia Civil do RN

A expectativa dos Policiais Civis é que o Governo do Estado finalmente apresente uma resposta em relação à pauta de valorização da categoria. A delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, assumiu compromisso de se reunir diretamente com a governadora Fátima Bezerra ainda nesta quarta-feira e discutir o pleito da categoria.

Com isso, ao longo de todo o dia, o SINPOL-RN aguardou uma resposta dessa conversa e, até o início da noite, não houve retorno. Dessa forma, foi deliberado pelos policiais civis a continuidade da mobilização nesta quinta-feira.

“A luta seguirá firme até que a governadora tenha um gesto de reconhecimento aos policiais civis. O que está sendo pedido é justo e, inclusive, o Governo já concedeu para outras categorias da Segurança Pública. Então, agora só falta a vontade política da chefe do Executivo para encerrarmos esse movimento”, destaca Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN.

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Geral

VÍDEO: Homem circula com camiseta do Hamas em evento na Câmara dos Deputados

Por proposição dos deputados João Daniel (PT-SE) e Padre João (PT-MG), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara discutiu nesta quarta-feira (24) a “Crise Humanitária na Faixa de Gaza, Violações dos direitos humanos e do Direito Internacional pelo Estado de Israel”.

Chamou a atenção um homem vestido com camiseta do Hamas distribuindo panfletos para os parlamentares membros da comissão. Hamas é o grupo terrorista que promoveu verdadeira carnificina em Israel.

Ocasião em que o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) usou um keffiyeh palestino – lenço xadrez preto e branco que geralmente é usado em volta do pescoço ou da cabeça.

Representando o Itamaraty, o diplomata Antônio Carlos Antunes Santos falou sobre “A Soberania palestina, a relação diplomática Brasil-Palestina, perspectivas para a paz na região e a política de repatriação no conflito”.

Com informações de BZNotícias

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Geral

VÍDEO: Delegado diz que preso pela morte de psicóloga queria o celular dela para verifica mensagens com ex-namorada

Diretor da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Márcio Lemos informou, em coletiva de imprensa nesta quarta (24), que o advogado João Carvalho, 41, preso pelo assassinato da psicóloga Fabiana Maia Veras, 42, não confessou oficialmente o crime, mas os indícios coletados na investigação levaram à autoria.

Disse que ele ameaçou os agentes da Polícia Civil no momento da prisão. O homem que dirigiu o carro em que ele chegou à casa de Fabiana, em Assú, foi motorista por aplicativo contratado e a participação dele no homicídio foi descartada.

Segundo o delegado, o advogado manteve contato com a psicóloga por meio de redes sociais, marcaram o encontro e ele planejou o assassinato. A intenção do homem era pegar o aparelho celular dela para verificar possíveis trocas de mensagens com a ex-namorada de suposto assassino. O celular estava desmontado no apartamento dele e será periciado.

BZNotícias

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Geral

Com Crispim Oliveira e Carlos Medeiros, Chapa 1 traz representatividade para eleição sábado do Sicoob Potiguar

Com o nome “Um novo tempo para renovar”, a chapa 1 formada por Crispim Oliveira (presidente) e Carlos Medeiros (vice-presidente) está inscrita para a eleição do Sicoob Potiguar, que acontece no próximo sábado (27) e será 100% online por meio do aplicativo Sicoob Moob disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

Além deles, a chapa é formada por um time qualificado de conselheiros que, juntos, querem demonstrar mais representatividade junto aos associados e comprometimento com os resultados.

Os membros da chapa 1 também objetivam aumentar a transparência na instituição dentro do escopo de “conectar pessoas para promover justiça financeira e prosperidade e proporcionar a melhor experiência financeira aos nossos cooperados”, conforme informa a missão do Sicoob Potiguar.

Além de Crispim Oliveira para presidência e Carlos Medeiros para vice, a chapa 1 conta com os seguintes nomes para conselheiros: Ana Luiza Flor, Francisco Veloso, Neto Camelo, Djalma Barbosa da Cunha Júnior, Roberto Wagner e George Hasbun.

A eleição para o Sicoob Potiguar acontece no sábado (27) e será 100% online no aplicativo Sicoob Moob disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

Opinião dos leitores

  1. Chapa 1 é da hora, renovação, honestidade e transparência. Nada de conchavos. Queremos uma cooperativa para todos.

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Geral

Defesa de Bolsonaro vai pedir novamente a Moraes liberação de passaporte para ir a Israel

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) de arquivar a investigação sobre a estada de Jair Bolsonaro (PL) na Embaixada da Hungria em Brasília, a defesa do ex-presidente vai pedir novamente a liberação do seu passaporte para que ele possa viajar a Israel a convite de Benjamin Netanyahu.

Os advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten vão pedir uma permissão para que Bolsonaro fique 6 dias no país.

“Vamos mostrar que ele atende sempre todas as cautelares vigentes e que tem agendas já programadas para depois da hipotética viagem para Israel. Não há nenhuma razão para que ele não autorize”, disse Wajngarten à CNN.

CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Minuto da Câmara Municipal de Natal – Comissão de Defesa do Consumidor

Minuto da Câmara de Natal no ar trazendo os assuntos mais importantes debatidos na última semana, na Casa.

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Política

CCJ da Câmara aprova projeto que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira, por 34 votos a 30, um Projeto de Lei que concede aos estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre “a posse e porte de armas de fogo, tanto para fins de defesa pessoal, como também para as práticas esportivas, e de controle da fauna exótica invasora”. De acordo com o texto de autoria da deputada Caroline de Toni (PL-SC), que também é presidente da CCJ, os estados poderiam alterar a lei vigente por meio das assembleias locais.

Neste caso, os estados precisariam “comprovar a capacidade de fiscalizar quem possui a arma por meio de um sistema de controle integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp)”.

O texto mantém a proibição da aquisição de armas de fogo e munições proibidas, além de restringir o alcance das leis locais aos estados em que forem aprovadas, além de delimitar que apenas pessoas nascidas naquele estado poderiam ser beneficiadas pela regulamentação.

A expectativa é que o projeto vá a plenário. Entretanto, não há previsão para que isto ocorra.

A sessão foi marcada por embate entre os favoráveis, que foram em maioria os opositores, e os contrários, representados pelos governistas. Aqueles que se opunham ao texto argumentavam que apenas a União pode legislar sobre materiais bélicos.

— Se querem mudar isso, mudem primeiro a Constituição, depois o Estatuto do Desarmamento. Mas, este projeto é inconstitucional. É um atalho para burl(”).

Já os favoráveis à constitucionalidade do projeto se apoiaram no artigo 22 da Constituição, que diz que “compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de material bélico”.

— O cidadão de bem armado vai defender a sua família. Mas, para os governistas, é o MST que deve ficar armado. Quem é contra também defende drogas e abortos — disse o deputado Éder Mauro (PL-PA).

A deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS) disse que o discurso de Éder Mauro é “golpista”.

— Esse é um discurso golpista, que quer armar a população para fomentar atos golpistas, como o do dia 8 de janeiro. Não permitiremos isto.

Caroline de Toni, que por ser autora do projeto não pôde presidir a sessão, se manifestou.

— Em Santa Catarina, os javalis são uma praga agrícola que traz doenças e destrói lavouras. É errôneo falar que isto é inconstitucional. Não há uma lei complementar que verse sobre isto. É necessário valorizar a pluralidade cultural do nosso país, por isto peço a aprovação.

O Globo

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Política

PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara

Imagem: reprodução/GloboNews

Deputados do PT tiveram o maior volume de emendas liberadas na Câmara neste ano pelo governo. É o que mostra o Portal do Orçamento Federal.

Nos recursos distribuídos por partidos, deputados do PT já receberam R$ 617,8 milhões em emendas. Na sequência, vem o MDB, com R$ 450,1 milhões. Seguido do União Brasil com R$ 446 milhões.

Em relação aos deputados do PL – partido que tem a maior bancada da Câmara – foram liberados R$ 367,5 milhões em emendas – o menor valor dentre os sete maiores partidos da Casa.

A liberação de valores maiores a aliados tem gerado insatisfações. Parlamentares de oposição querem derrubar o veto parcial do governo à Lei de Diretrizes Orçamentárias, no artigo que previa a criação de um calendário para o pagamento de emendas. A sessão está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (24).

Em uma semana de pautas-bomba, o governo acelerou a liberação de emendas. Nesta segunda-feira (22), foram empenhados R$ 2,7 bilhões.

Com isso, já foram autorizados R$ 5,5 bilhões a deputados e senadores neste ano. O valor inclui, além das emendas impositivas, as emendas de comissão e de bancadas da Câmara e do Senado.

As emendas individuais são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a pagá-las. Mas o ritmo pode ser ditado pelo Poder Executivo. Parlamentares têm reclamado da lentidão na liberação dos valores.

Por se tratar de ano eleitoral, os empenhos precisam ser feitos no primeiro semestre ou então apenas após as eleições.

O interesse dos parlamentares é de que os valores sejam liberados logo, pois há interesse na aplicação dos recursos antes do início do processo eleitoral.

g1

Opinião dos leitores

  1. Aí cabe a pergunta.
    PRA ONDE ESSE DINHEIRO ESTÁ INDO???
    PRA ONDE??
    A ONDE ESTÁ AS OBRAS?
    AS AÇÕES??
    Com a palavra, Natália Bonavides e Fernando Mineiro.
    Fala!!!!!
    A onde está indo o nosso dinheiro??

  2. Que coisa horrível…era pra dar mais dinheiro para o PL da besta fera…👉👉👉🤡

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Mundo

Biden sanciona lei que pode banir TikTok nos EUA

Foto:  Dado Ruvic/Illustration/Reuters

O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que ordena que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos Estados Unidos.

Com isso, a ByteDance terá 270 dias (até meados de janeiro) para encontrar um comprador para a operações do TikTok no país. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano.

Após a assinatura de Biden, Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, disse que “os fatos e a Constituição estão do nosso lado” e que espera reverter a decisão.

“Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos”, disse a empresa em comunicado no X, antigo Twitter.

A proposta de banir o TikTok nos EUA surgiu com o ex-presidente Donald Trump. Hoje, no entanto, em plena campanha eleitoral, o republicano tem outro discurso e diz que os “jovens podem ir à loucura” com a proibição. Segundo ele, “há muita coisa boa e muita coisa ruim” com a plataforma. Ele também diz que não deseja fortalecer o Facebook com o banimento da rede chinesa.

Os EUA alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.

O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação.

No sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos aprovou a nova versão de lei por 360 votos a 58. O novo texto dava mais tempo para o TikTok encontrar um comprador. O Senado deu aval para o PL na noite desta terça-feira (23) e, para valer, só dependia da sanção de Biden.

Caso a empresa não cumpra a decisão americana e não encontre um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente.

O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, disse após a sanção de Biden que a empresa espera vencer uma contestação judicial contra a legislação.

“Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum”, disse ele em um vídeo postado momentos depois que Biden sancionou a lei. “Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente”, completou.

g1

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