Política

Mapa das privatizações: governo tem 119 projetos anunciados e prevê realizar mais 22 leilões até fim do ano

Leilão da BR-364/365, realizado em 27 de setembro, foi o primeiro do governo Bolsonaro no setor de rodovias — Foto: Divulgação/Ministério da Infraestrutura

Apesar das persistentes incertezas sobre o processo de venda de estatais, a agenda de privatizações e concessões avançou em 2019 e foi ampliada. Somados os projetos iniciados ainda no governo Michel Temer e os anunciados na gestão do presidente Jair Bolsonaro, o número atual de ativos listados para serem oferecidos em leilões para a iniciativa privada está em 119, contra 69 no começo do ano.

Levantamento do G1 a partir dos dados disponibilizados pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) mostra que 29 leilões já foram realizados em 2019 e que outros 22 estão previstos para ocorrer até o final do ano.

O avanço das parcerias com a iniciativa privada e a privatização de estatais e serviços de aeroportos, rodovias, ferrovias, portos, entre outros ativos, é tratada pelo governo como fundamental para aumentar o nível de investimentos no país e também para liberar recursos públicos, uma vez que União e estados passam por uma gigantesca crise financeira em meio ao rombo das contas públicas.

Dos 119 projetos da carteira atual, 56 são concessões, sobretudo na área de transportes e energia, e 16 são privatizações (venda de controle ou desestatização), mas praticamente todas as estatais listadas ainda estão em fase de estudos, sem cronograma ou modelagem definidos e dependem também de aval do Congresso.

O PPI reúne também projetos de arrendamento, PPPs (parceria público-privadas), investimento cruzado, prorrogações de contratos e parcerias para conclusão de obras inacabadas.

Além de ampliar a lista de estatais a serem privatizadas, incluindo empresas como Correios, Telebras e Ceagesp, o governo também anunciou projetos em áreas novas como parques nacionais, o licenciamento ambiental de 4 novas hidrelétricas, obras em seis rodovias, a desestatização de portos públicos e estudos para viabilizar a conclusão de obras como a da usina termonuclear de Angra 3.

O que já saiu do papel e foi anunciado

Em 2019, já foram tirados do papel 29 projetos de transferência de ativos para a iniciativa privada, incluindo 12 aeroportos, 13 terminais portuários, leilões de energia e de óleo e gás, além da concessão da ferrovia Norte-Sul e da BR-364/365, realizado na última sexta-feira (27). Segundo o governo, com esses leilões já foram contratados mais de R$ 11 bilhões em investimentos a serem realizados ao longo das próximas 3 décadas, garantindo também uma arrecadação de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

Dos leilões que já foram realizados este ano, praticamente todos foram formatados ainda no governo anterior. Em janeiro, o Mapa das Privatizações do G1 mostrou que 15 projetos foram concluídos no ano passado e que 69 foram herdados pela gestão atual. Desta carteira, 27 ativos foram leiloados em 2019, 38 seguem em andamento e 4 foram retirados do PPI (a venda da participação da Infraero nas concessões de Guarulhos, Galeão, Confins e Brasília será conduzida diretamente pela estatal).

O governo Bolsonaro, por sua vez, anunciou a inclusão de outros 83 projetos. Em maio, o Conselho do PPI anunciou a inclusão de 59 e, em agosto, outros 24, além de estudos para desenvolver com estados e municípios projetos para creches, presídios, saneamento básico, iluminação pública e cabotagem.

Paralelamente, a Petrobras também tem avançado com seu programa de venda de ativos e subsidiárias com o objetivo de reduzir sua dívida, e estatais como BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal também já anunciaram que pretendem colocar à venda parte das suas subsidiárias ou participações em outras empresas.

Balanço divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Ministério da Economia informou que, considerando os desinvestimentos feitos diretamente pelas estatais, a União já levantou em 2019 R$ 96,2 bilhões (US$ 23,5 bilhões) em privatizações, desinvestimentos, concessões e venda de ativos neste ano. O valor ultrapassa a meta estabelecida pelo governo, de US$ 20 bilhões em 2019. A pasta não soube informar, no entanto, quanto do total efetivamente já entrou no caixa da União.

Próximos leilões

O cronograma do programa de privatizações e concessões prevê a conclusão de mais 22 projetos até o final do ano. Se isso for efetivado, o número de projetos concluídos em 2019 deve passar de 50.

Nesta quinta-feira (10), será realizado o leilão da 16ª Rodada de licitações de blocos exploratórios de petróleo e gás. O mais aguardado do ano, porém, é o megaleilão do excedente da cessão onerosa, com o qual o governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões. O leilão está marcado para 6 de novembro, mas ainda não há uma definição sobre a divisão dos recursos com estados e municípios.

Além da arrecadação com bônus de outorga, o governo esperar garantir com o leilão US$ 1 trilhão em investimentos ao longo dos próximos 35 anos. “É o maior leilão de óleo e gás já feito no mundo em termos de potencial de exploração de petróleo, de recursos investidos e de arrecadação com as áreas”, disse em entrevista ao G1 a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier.

Veja abaixo os próximos leilões previstos:

16ª Rodada da ANP – leilão de 36 blocos em bacias marítimas: marcado para 10 de outubro;

Geração de energia nova A-6: 18 de outubro;

Direitos minerários de Palmeirópolis (TO): 21 de outubro;

Loteria instantânea Exclusiva (Lotex): 22 de outubro (será a 3ª tentativa após o governo não atrair interessados em licitações anteriores);

Rodada do excedente da cessão onerosa: 6 de novembro;

6ª Rodada de Partilha do pré-sal: 7 de novembro;

PPP da Rede de Comunicações integrada do Comaer: 9 de dezembro;

12 lotes de linhas de transmissão de energia: 19 de dezembro

Renovação das ferrovias Rumo Malha Paulista, Estrada de Ferro Vitória-Minas e Estrada de Ferro Carajás: assinatura de contrato prevista para o 4º trimestre.

O PPI foi criado em 2016 e desde então já foram leiloados 153 projetos, que já garantiram uma arrecadação de mais de US$ 52 bilhões para o governo, além de uma estimativa de mais de R$ 264 bilhões em investimentos, de acordo com os números oficiais.

Novas áreas e mudanças para próximos leilões

Segundo Martha Seillier, que assumiu em julho a chefia do PPI, o objetivo é transformar o programa em uma “fábrica de projetos” e prospectar novas áreas para parcerias com a iniciativa privada.

“A carteira é um fluxo. O ideal é conseguir tirar projetos da carteira e incluir outros. Até agora o grande enfoque era transportes, energia e óleo e gás. A ideia é evoluir numa curva de aprendizado, leilão após leilão, também em outros setores, para chegar ao nível de fábrica de projetos”, afirma a secretária.

A perspectiva é que governo inclui mais estatais no grupo das que poderão ser vendidas. Segundo ela, uma nova reunião de qualificação e anúncio de novos projetos deve ser realizada ainda neste ano. “Já temos na carteira pilotos para a estruturação de PPPs de creches, estamos em tratativas com o Ministério da Saúde para termos PPPs de hospitais e estamos estruturando com os governos estaduais PPPs para presídios, iluminação pública e resíduos sólidos”, adiantou.

O governo Bolsonaro também anunciou mudanças na modelagem dos próximos leilões de aeroportos e rodovias. Na próxima rodada de aeroportos, prevista para o final de 2020, os 22 terminais foram divididos em 3 blocos. Ou seja, os investidores terão que fazer ofertas para assumir a administração de todos aos ativos de cada bloco. Já na área de rodovias, o governo irá introduzir um modelo híbrido, que prevê também o pagamento de outorga ao governo.

Para 2020, o PPI projeta tirar ao menos outros 45 projetos do papel, incluindo leilões de 22 aeroportos, 6 rodovias, 4 ferrovias, 3 direitos minerários. Veja quadro abaixo:

Expectativas e incertezas

Analistas e economistas consultados pelo G1 destacam que, apesar das promessas do governo Bolsonaro e da equipe do ministro Paulo Guedes de acelerar a agenda de concessões e privatizações, ainda há inúmeras incertezas. Essas são em relação não ao cronograma dos projetos como também de viabilidade econômica e de capacidade de articulação e negociação para superar os obstáculos políticos e conseguir apoio do Congresso Nacional.

O advogado especialista em infraestrutura e Direito Administrativo, Maurício Zockun, lembra que o tempo médio para levar um projeto à leilão costuma levar entre 1 ano e meio a 3 anos. Esse tempo depende não só de estudos de viabilidade como, também, audiências públicas, aprovação do Tribunal de Contas da União e, em alguns casos, autorização legislativa.

“Todos esses grandes projetos que o Bolsonaro e o Paulo Guedes estão tentando levar adiante só devem sair de 2021 em diante”, avalia.

Por decisão do Supremo Tribunal Federal, é proibida a privatização de estatais sem aprovação do Congresso. Há casos ainda, dependendo do setor, em que a desestatização depende até mesmo mudança na Constituição, como é o caso dos Correios, que detêm por lei o monopólio da prestação do serviço postal no país.

“Os investidores estão com apetite e têm interesse nesses projetos. O receio é que o ambiente político acabe atrapalhando um pouco digamos a fome econômica. Essa instabilidade, com a cada hora ele [Bolsonaro] se esbarrando com o Congresso, cria um ambiente não amistoso para o investimento”, afirma Zockun.

O especialista em infraestrutura e sócio do escritório VGP Advogados, Fernando Vernalha, avalia que será difícil o governo concluir toda a carteira de projetos neste mandato.

“O avanço dessa agenda dependerá, em boa medida, da qualidade de interlocução do governo com o Congresso. Outro fator que pode dificultar esse agenda é a participação do TCU na aprovação dos estudos e na condução das privatizações. Como se tem visto com os últimos projetos de concessão, o TCU tem sugerido uma série de adaptações no conteúdo dos documentos, o que acarreta atrasos no cronograma inicialmente concebido”, diz Vernalha.

Alberto Sogayar, sócio da área de infraestrutura do L.O. Baptista Advogados, vê um ambiente de negócios “muito favorável” para o avanço da agenda de privatizações, mas destaca que muitos dos projetos sequer possuem a modelagem de licitação definida. Para o especialista, as estatais com maior potencial de atratividade são Eletrobras, Porto de Santos, Ceagesp e Serpro.

Já a privatização dos Correios (ECT) é apontada pelos analistas como a mais complexa.

“A privatização da ECT exigiria não apenas a atualização de algumas leis que tratam do serviço postal e da própria empresa, mas a alteração da própria Constituição. Isso tornaria o programa de desestatização da empresa moroso e com maior dependência do Congresso, Daí que as chandes de que esse processo se conclua ainda dentro do mandato atual são pequenas”, diz Vernalha.

Segundo a secretária especial do PPI, os comitês técnicos para avaliar as alternativas para empresas como Correios, Telebras, Serpro e Dataprev estão sendo estruturados e deverão apresentar o primeiro relatório de trabalho num prazo de 6 meses. “Após os estudos, os projetos voltam para o conselho de ministros para que eles tomem a decisão em relação a cada uma delas. Por isso é difícil falar hoje de cronograma”, diz.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. E os cargos dos partidos??? E a gestão orçamentária da empresa, vai sair das mãos dos políticos? Nosso congresso jamais permitirá isso!!!! Querem alienar nosso país, essas empresas são patrimônio do povo!!! kkkkkkk

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Geral

Motta decide acelerar votação de projeto contra ‘adultização’ de crianças e adolescentes

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

O cronograma traçado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para analisar o projeto de segurança de crianças e adolescentes nas redes sociais foi confirmado entre de líderes de partidos nesta terça-feira (19).

O encontro fechou acordo para que a urgência do projeto conhecido como “adultização” seja analisada ainda hoje.

A etapa entrou oficialmente na pauta e é voltada para permitir que o texto possa passar de forma mais rápida na Câmara. A votação final está prevista para quarta.

“Essa é uma pauta que eu penso que a Câmara dos Deputados tem que enfrentar, assim como o Senado Federal já enfrentou”, defendeu Motta.

O presidente da Câmara também disse que há preocupação para tratar a segurança de menores de idade.

“Nós temos hoje muita preocupação, principalmente todas as famílias do nosso país, com relação a essa questão do ambiente digital, principalmente no que diz respeito à proteção das nossas crianças, dos nossos adolescentes”, disse.

Apesar da indicação, oposicionistas têm questionado o texto e afirmam haver um risco de “censura”. Parlamentares consideram que plataformas digitais, que alcançam as redes, não devem ser penalizadas por condutas individuais.

Líderes de partidos que concordam com essa previsão afirmam que vão continuar com obstrução de votações. O representante do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), sustenta que vai analisar a proposta após analisar o relatório final.

R7

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Geral

Entenda como funciona o rito de cassação do mandato de um vereador na Câmara Municipal de Natal; vereadora Brisa é alvo de processo

Imagem: reprodução/YouTube

A cassação de um vereador é a medida disciplinar mais severa que a Câmara Municipal de Natal pode aplicar a um de seus membros. Prevista no Regimento Interno da Casa e na Lei Orgânica do Município, ela é cabível em situações de quebra de decoro parlamentar, abuso das prerrogativas do cargo ou prática de atos incompatíveis com a função pública.

A vereadora de Natal Brisa Bracchi (PT) virou alvo de um pedido de cassação de mandato no qual é acusada de ter cometido ilegalidade por destinar R$ 18 mil em emendas parlamentares para o evento “Rolé Vermelho”, “Bolsonaro na Cadeia”, evento foi realizado em 9 de agosto em Natal e foi divulgado como ato político, para celebrar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quem pode solicitar a cassação de um mandato?

De acordo com o Regimento Interno da Câmara Municipal de Natal, “a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e indicação das provas”.

Início do processo de cassação de um mandato

Após o protocolo da denúncia, ela é lida na primeira sessão plenária subsequente. Em seguida, os vereadores deliberam sobre sua admissibilidade. O recebimento da denúncia exige a maioria simples dos presentes. Se rejeitada, o caso é arquivado.

Se aprovada, inicia-se imediatamente a formação de uma Comissão Processante, composta por três vereadores (presidente, relator e membro) sorteados entre os não envolvidos no caso (não podem ser o denunciante nem o denunciado). Esse sorteio busca evitar perseguições pessoais e assegurar a imparcialidade da apuração.

Instalação da Comissão

A Comissão em si deve ser instalada em até cinco dias. Após instalada, a primeira providência é notificar o vereador acusado, que terá o prazo de 10 dias úteis para apresentar defesa prévia, indicando testemunhas e juntando documentos.

Fase de instrução

Encerrada a defesa preliminar, a Comissão tem 5 dias para se reunir para decidir se arquiva o processo ou se dá prosseguimento. Caso avance, abre-se a fase de instrução, que é a investigação formal.

Nessa etapa, a Comissão deve:

  • ouvir o denunciado e as testemunhas indicadas;
  • requisitar documentos e provas;
  • realizar diligências necessárias.

O prazo máximo para a Comissão concluir os trabalhos é de 90 dias corridos a partir da notificação inicial. Se esse prazo expirar sem decisão, o processo é arquivado automaticamente.

Durante a instrução, o vereador denunciado deve ser intimado com antecedência de todos os atos, garantindo o pleno exercício da defesa.

Relatório da Comissão

Encerrada a instrução, a Comissão elabora um relatório final, opinando pela absolvição ou pela cassação do mandato.

Esse relatório é encaminhado à Mesa Diretora e incluído na ordem do dia da sessão seguinte. O vereador acusado deve ser intimado com antecedência mínima de 24 horas sobre a data da sessão em que o julgamento ocorrerá.

Julgamento do pedido de cassação em plenário

O julgamento é feito em sessão especial do plenário. O presidente da Câmara conduz os trabalhos, concedendo a palavra ao relator e, em seguida, ao vereador acusado ou a seu advogado, que pode fazer sustentação oral por até 2 horas.

A votação é nominal e aberta, ou seja, cada vereador declara publicamente seu voto. Para que haja cassação, é necessário o apoio de dois terços dos vereadores da Câmara — em Natal, isso significa 19 dos 29 parlamentares.

Se não houver esse quórum, o processo é encerrado e o vereador absolvido.

Consequências da cassação

Se aprovada a cassação, a decisão é formalizada em Decreto Legislativo, publicado no Diário Oficial do Município. O ato é comunicado imediatamente ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), para que seja providenciada a posse do suplente.

A perda do mandato é imediata, e o suplente convocado assume na sessão seguinte. No caso de Brisa, o primeiro suplente da federação PT-PV-PCdoB é a ex-vereadora Júlia Arruda (PCdoB) – que atualmente é secretaria estadual de Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Garantias legais

Todo o processo segue os princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Sem o cumprimento de cada etapa e de cada prazo, o processo não pode prosseguir.

Assim, o Regimento Interno da Câmara de Natal estabelece um equilíbrio entre a necessidade de preservar a dignidade do parlamento e a proteção contra cassações arbitrárias.

Com informações de Agora RN

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Geral

Câmara define comissão para analisar processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT); veja nomes

Os vereadores Anne Lagartixa (presidente), Fúlvio Saulo (relator) e Daniel Valença (membro) formarão a comissão responsável pela análise do pedido de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT), cujo processo foi aprovado nesta terça-feira (19). A escolha foi feita via sorteio. Os três nomes sorteados confirmaram a permanência na comissão.

A abertura do processo foi aprovada pelo placar de 23 votos pela abertura contra três pelo arquivamento da denúncia.

Com a comissão formada, o próximo passo é a instalação do grupo em até cinco dias. A partir daí, a vereadora terá 10 dias úteis para apresentar defesa prévia. O prazo máximo para conclusão dos trabalhos é de 90 dias, quando o relatório final será votado em plenário. Para que haja cassação, são necessários 19 votos dos 29 vereadores.

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Geral

Putin propõe se encontrar com Zelensky em Moscou, mas convite é recusado

Foto: AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ofereceu ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, um encontro bilateral entre os dois países em Moscou, de acordo com a agência de notícias AFP. Porém, o convite foi recusado pelo líder ucraniano.

Putin convidou Zelensky para conversa na capital russa. Conforme a agência de notícias AFP, o presidente russo convidou o presidente ucraniano para uma reunião em Moscou durante uma ligação com Donald Trump ontem. De acordo com as fontes, o líder ucraniano recusou a proposta.

Convite ocorre após cúpula entre Europa e Estados Unidos. Ontem, Trump se reuniu com Zelensky e os líderes europeus Emmanuel Macron, Keir Starmer e Friedrich Merz para um acordo de cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia.

Sem acordo. A reunião não teve uma conclusão, mas serviu como uma maneira de aprofundar os debates sobre as exigências bilaterais.

Trump e Putin se encontraram no Alasca. Há quatro dias, os dois líderes se reuniram para novas tratativas a respeito do fim do conflito. Europa e Ucrânia ficaram de fora.
Reunião trilateral. Após a cúpula de ontem, o americano telefonou ao russo e sugeriu um encontro entre Kiev, Washington e Moscou.
Trump diz para países colaborarem. Em entrevista à Fox News, ele pediu que Zelensky seja flexível ao ceder territórios para o adversário. E voltou a alertar Putin sobre uma “situação difícil” caso ele não coopere para a paz. “Espero que o presidente Putin seja bom, e espero que Zelensky mostre alguma flexibilidade.”
UOL

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Geral

Câmara Municipal de Natal aprova recebimento do pedido de denúncia para cassação de Brisa por 23 votos a favor e três contra

Foto: Francisco de Assis/CMN

A Câmara Municipal de Natal (CNM) aprovou o recebimento do pedido de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). O placar foi de 23 votos pela abertura contra três pelo arquivamento da denúncia, com uma ausência, do vereador Eribaldo Medeiros (Rede), em sessão ordinária nesta terça-feira (19). Conforme regimento da Casa, o denunciante vereador Matheus Faustino e a denunciada Brisa Bracchi não podem votar.

Brisa é acusada de usar R$ 18 mil de emenda impositiva para bancar evento de cunho político “Rolé Vermelho, Bolsonaro na Cadeia”, que aconteceu no dia 9 de agosto, em Natal, e comemorou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Veja como cada vereador votou:

Votaram SIM, para abrir o processo:

  • Aldo Clemente (PSDB)
  • Anne Lagartixa (Solidariedade)
  • Camila Araújo (União Brasil)
  • Chagas Catarino (União Brasil)
  • Cláudio Custódio (PP)
  • Cleiton da Policlínica (PSDB)
  • Daniell Rendall (Republicanos)
  • Daniel Santiago (PP)
  • Eriko Jácome (PP)
  • Fúlvio Saulo (Solidariedade)
  • Herberth Sena (PV)
  • Irapoã Nóbrega (Republicanos)
  • João Batista Torres (DC)
  • Kleber Fernandes (Republicanos)
  • Leo Souza (Republicanos)
  • Luciano Nascimento (PSD)
  • Pedro Henrique (PP)
  • Preto Aquino (Podemos)
  • Robson Carvalho (União Brasil)
  • Subtenente Eliabe (PL)
  • Tarcio de Eudiane (União Brasil)
  • Tércio Tinoco (União Brasil)
  • Tony Henrique (PL)

Votaram NÃO, para arquivar:

  • Daniel Valença (PT)
  • Samanda Alves (PT)
  • Thabatta Pimenta (PSOL)

Opinião dos leitores

  1. Anne Lagartixa obrigado pelo voto em favor da abertura da investigação e cassação do mandato da Vereadora Brisa.

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Mundo

“Não se enfrenta um país dez vezes o seu tamanho”, diz Trump após reunião

Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pareceu culpar a Ucrânia por iniciar a guerra com a Rússia, afirmando durante uma entrevista na terça-feira (19) que “não se enfrenta um país dez vezes o seu tamanho”.

A Rússia invadiu a Ucrânia, uma nação soberana, em fevereiro de 2022.

“Não é uma guerra que deveria ter sido iniciada. Não se faz isso. Não se toma, não se enfrenta uma nação dez vezes maior que a Rússia”, disse o presidente durante uma entrevista por telefone à Fox News.

À medida que as negociações sobre um possível acordo para encerrar a guerra na Ucrânia se intensificam, grande parte da discussão sobre trocas de terras tem se concentrado em Donbass — uma região da Ucrânia que o presidente russo, Vladimir Putin, quer que se torne território russo.

Composto pelas regiões ucranianas de Donetsk e Luhansk, Donbass já foi uma potência industrial na era soviética, um local de minas de carvão e siderúrgicas.

O presidente falou sobre a região durante sua entrevista de terça-feira (19), embora Trump tenha fornecido poucos detalhes publicamente sobre as últimas demandas de Putin sobre o território, afirmando que essas discussões cabem ao líder russo e ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A CNN noticiou que quase toda Luhansk e mais de 70% de Donetsk estão sob controle russo.

“Agora eles estão falando sobre o Donbass, mas o Donbass, como vocês sabem, agora é 79% de propriedade e controlado pela Rússia. Então eles entendem o que isso significa”, disse o presidente americano.

CNN

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Cidades

Ex-vereadora Ana Paula pede cancelamento de emenda para o “Rolé Vermelho – Bolsonaro na cadeia”

Foto: Reprodução

A ex-vereadora Ana Paula protocolou, na segunda-feira (18), um ofício solicitando o cancelamento da emenda de sua autoria destinada ao evento Rolé Vermelho – Bolsonaro na cadeia, realizado no dia 9 de agosto, na Rua Princesa Isabel, em Natal.

No documento, encaminhado à Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), Ana Paula destacou que a nota fiscal não foi emitida nem o valor creditado, e que a repercussão pública ganhou caráter político-partidário, o que motivou o pedido de cancelamento.

A ex-vereadora reforçou que está à disposição para “indicar um novo projeto que atenda às diretrizes de promoção da cultura, do turismo e do fortalecimento comunitário”.

Opinião dos leitores

  1. Lá por Brasília, há entendimentos de que ter a ideia já configuraria a execução de atos preparatórios, crime, por aí… será que destinar emenda não seria já uma execução e, no caso desse pedido, apenas tentando evitar a consumação de um possível crime?

    De acordo com o a OAB, a legislação eleitoral estabelece um rol de condutas vedadas a agentes públicos, para que não logrem vantagens indevidas em decorrência da visibilidade que a função pública lhes proporciona (…) Dentre elas há a proibição em ano eleitoral de se distribuírem bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública e seus gestores, e a proibição para candidatas e candidatos, agentes públicos ou não, do uso de símbolos e imagens associados aos órgãos de governo como propaganda eleitoral, constituindo essas condutas em crime eleitoral. Ressalte-se que tais vedações são permanentes, conforme disposto no artigo 37, § 1º, da Constituição Federal, com fundamento no princípio da impessoalidade, um dos pilares da nossa democracia. (https://www.iabnacional.org.br/institucional/notas-institucionais/nota-do-iab-afirma-que-uso-de-dinheiro-publico-para-acoes-de-campanha-e-crime-eleitoral-11476)

    Logo, fazer ato político-partidário com uso de dinheiro público, para pedir prisão de adversários… é lícito?

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Acidente

VÍDEO: Tubulação estoura e carro cai em buraco no bairro de Petrópolis

Vídeo: Cedido

Um carro caiu dentro de um buraco aberto após o rompimento de uma tubulação na Rua Graco Magalhães Alves, no bairro de Petrópolis, Zona Leste de Natal.

O incidente aconteceu nesta terça-feira (19) e foi registrado por um leitor, que enviou vídeo ao BLOGDOBG. As imagens mostram o veículo parcialmente dentro da cratera formada na via.

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Mundo

Estados Unidos revoga o visto de mais de 6 mil estudantes

Foto: Pedro França

Mais de 6 mil estudantes tiveram o visto revogado pelo governo dos Estados Unidos apenas neste ano. Os documentos foram cancelados depois que Marco Rubio assumiu o cargo de secretário de Estado dos Estados Unidos.

Ainda de acordo com a imprensa norte-americana, a maioria das pessoas que tiveram o documento revogado tinha problemas com a Justiça, incluindo passagens pela polícia por infrações ou visto vencido. Dos mais de 6 mil, pelo menos 4 mil são acusados de terem cometido agressões não especificadas, dirigir sob a influência de álcool e drogas, roubo, entre outros crimes.

Fontes do Departamento de Estado dos Estados Unidos ouvidas pela Fox News também disseram que cerca de 300 pessoas perderam o visto por apoiarem o terrorismo, tendo, inclusive, arrecadado dinheiro para financiar o Hamas.

O número de vistos revogados teve salto considerável desde que Donald Trump assumiu a Presidência dos EUA. A conta ultrapassa os 40 mil, 16 mil vistos a mais cancelados em comparação ao mesmo período em que Joe Biden era presidente do país.

Já no período de campanha, Trump dizia que, se eleito, revogaria o visto de imigrantes, incluindo estudantes. Desde que assumiu, no início de 2025, mais de 40 mil documentos foram revogados.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Grande dia, esses estudantes além de estarem fora de seu país de origem ainda querem fazer arruaças e apoiar o terrorismo. Vamos dobrar a meta.

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Cidades

Cratera em rua da Zona Norte de Natal deixa moradores sem água

Foto: Pedro Trindade

O rompimento da tubulação de drenagem após as chuvas abriu uma cratera na rua José Luiz da Silva, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, Zona Norte de Natal. O problema afeta a rede de abastecimento de água e já deixou três imóveis interditados desde a última sexta-feira (15).

A abertura da cratera comprometeu a tubulação de drenagem e afetou a rede de abastecimento de água, deixando moradores sem fornecimento.

A Prefeitura instalou uma cortina de concreto para proteger imóveis próximos, e equipes da Secretaria de Infraestrutura de Natal atuam sem interrupção, inclusive à noite e nos finais de semana. Caminhões de hidrojato são usados para localizar as obstruções e recuperar a tubulação.

Enquanto o fornecimento de água não é restabelecido, moradores têm se ajudado emprestando água entre vizinhos, alguns relataram que estão sem abastecimento desde sexta-feira.

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que o abastecimento só voltará ao normal após a recuperação da tubulação pela Prefeitura.

O morador, José Hélio, explicou que a água da lagoa próxima, a cerca de 600 metros, não consegue escoar por causa da obstrução.

“A causa do problema é que não chegaram ainda lá para saber o que foi que aconteceu lá embaixo, está tudo interrompido lá, não tem como eles chegarem lá porque tem muita água na tubulação. A água está vindo da lagoa, tirando de lá para poder desobstruir a via aqui da rua”, disse.

A cratera também agravou a situação da lagoa de captação do Jardim Primavera, que corre risco de transbordamento por não conseguir escoar para outras lagoas. Para reduzir o volume, a Prefeitura instalou tubos provisórios ligados a mangotes, que desviam a água para outros pontos.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) isolou parte das ruas, mas motoristas e motociclistas ainda arriscam atravessar sobre os tubos. O inspetor Carlos Eugênio alertou para os riscos.

“Estamos aqui para orientar a população a não passar sobre a mangueira, porque ela pode estourar e atrasar todo o serviço. Pedimos a compreensão dos moradores para desviar enquanto a obra é realizada”, afirmou.

G1RN

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