A trama familiar que envolve a morte do pastor Anderson do Carmo tem mais um capítulo. Daniel dos Santos de Souza, filho biológico do casal, contou à polícia que achou estranho o fato de Anderson ter dispensado o carro blindado para sair com um veículo sem proteção, no dia do crime. Segundo ele, por volta das 23h, horas antes do assassinato, recebeu uma ligação de seu pai pedindo que ele voltasse para casa e trocasse de carro com ele. Daniel contou que Anderson lhe disse que sairia com Flordelis. Ele voltou para a casa, por volta de meia-noite, para fazer a troca. Segundo ele, era comum o pai pedir para usar outros carros da família, mas que nunca naquele horário.
Filho biológico é, na verdade, adotado
Dos 55 filhos da pastora Flordelis dos Santos, um deles – Daniel dos Santos de Souza, de 21 anos, – era apresentado como o único biológico que ela possuía com o marido, Anderson do Carmo , assassinado a tiros no dia 16 de junho deste ano. Mãe de Anderson, Maria Edna do Carmo, revelou em depoimento à polícia, em 24 de julho deste ano, que o rapaz é, na verdade, filho adotivo do casal .
Edna afirmou aos policiais que o pastor nunca teve nenhum filho biológico. Antes de se relacionar com Anderson, Flordelis já possuía três filhos biológicos – Simone, Adriano e Flávio. Daniel era um dos filhos mais próximos a Anderson, considerado o “xodó” do pai . O pastor estimulava que o jovem, que é tecladista, seguisse a carreira musical. Aos 8 anos, ele começou a tocar na banda do Ministério Flordelis. Ele fazia parte do grupo até a morte do pastor. Depois, o rapaz se afastou, assim como outros integrantes.
Em seu depoimento, Maria Edna fez ainda outras revelações sobre a vida da família. A mãe do pastor relatou que havia boatos na igreja de que Anderson estava tendo uma relação extraconjugal com sua enteada, Simone, filha biológica de Flordelis. Edna também revelou que seu filho e Simone tinham namorado antes do pastor se relacionar com Flordelis.
Daniel e o irmão Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael, foram os primeiros a prestar depoimento contra Flordelis. Dois dias após o crime, eles relataram aos policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói o que havia por trás da morte de Anderson. Ambos disseram acreditar no envolvimento da pastora no assassinato. Depois deles, outros quatro filhos de Flordelis deram depoimentos à polícia nos quais comprometeram a mãe. A deputada nega as acusações feitas pelos filhos.
O GLOBO
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