Judiciário

Mensagens inéditas de mulher de Fabrício Queiroz vinculam Wassef ao apelido ‘Anjo’; advogado rebate e pontua sucessão de “mentiras e fake news”

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público do Rio tem em mãos um áudio que vincula diretamente o nome do advogado Fred Wassef com o apelido “Anjo”, nome da operação que prendeu Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Até agora, haviam sido divulgadas apenas mensagens de texto de familiares de Queiroz usando a expressão, mas sem vínculo direto ao nome do advogado. Desde o mês passado, Wassef vem negando que seja conhecido como “Anjo”.

Em 31 de outubro do ano passado, Marcia Aguiar, mulher de Queiroz, enviou mensagens para o advogado Luiz Gustavo Botto Maia demonstrando preocupação com um áudio de Queiroz publicado pelo GLOBO. Nele, o ex-assessor de Flávio explicava a um interlocutor os mecanismos sobre nomeações no Congresso mesmo estando afastado da política desde a exoneração da Assembleia Legislativa do Rio em outubro de 2018: “tem mais de 500 cargos, cara, lá na Câmara e no Senado. Pode indicar para qualquer comissão ou, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada”, disse. “Como está a temperatura desses áudios?”, perguntou Marcia a Botto, que respondeu em seguida: “Bom dia, minha amiga. Tudo bem? Agora nem se fala mais nisso”.

No dia seguinte, às 13h55, Marcia enviou para Botto uma foto de Queiroz dormindo e o seguinte áudio, que pela primeira vez cita Fred Wassef e Anjo em uma mesma frase. “Ele e Felipe foram levar a Ana (Flávia Rigamonti, advogada que trabalhava com Wassef) em São Paulo porque o Anjo queria falar com ela. Aí ele disse que deixou a Ana lá na casa do Fred e quando estava indo embora, falou: ‘Felipe, vamo para o Rio? Vieram para o Rio sem mochila, sem nada. E chegou hoje de manhã aqui, mas pediu para não falar com ninguém não que ele tá aqui”. Botto Maia riu das imagens e do áudio e respondeu por mensagem de texto: “Maluco. Mais tarde vamos tomar cerveja”.

Em três momentos anteriores, o MP já havia encontrado mensagens com a referência ao apelido “Anjo”, mas sem o vínculo a Wassef.

Em uma conversa datada de 21 de novembro do ano passado, Márcia perguntou a Queiroz: “Anjo falou alguma coisa?”. Ele, cujo contato estava salvo como “Casa Q” no celular dela, respondeu: “Não” e, em seguida, completou: “Ele tá que (sic) em Brasília”.

‘Está na caso do Anjo?’

Dias depois, no dia 24 de novembro, às 13h54, Márcia pergunta a Queiroz novamente: “Está na casa do Anjo?” E Queiroz responde: “Estamos”. Márcia então questiona se eles dormiram lá: “Dormiram na casa dele ou no hotel?” e Queiroz escreve: “Sem bateria, 1%. Dormimos”.

Em 2 de dezembro, uma semana depois, outra troca de mensagens mencionou o apelido. Márcia perguntou “Anjo já foi?” e recebeu como resposta de Queiroz: “Já”. Dias depois disso, Márcia foi encontrar a Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano Nóbrega, em Astolfo Dutra, Minas Gerais. Para o MP, eles foram discutir um plano de fuga.

Em entrevista ao “Jornal Nacional” da TV Globo, a advogada Ana Flávia Rigamonti contou que trabalhou para Wassef no ano passado e conviveu com Queiroz na casa de Atibaia. Na ocasião, ela disse que sempre chamou o chefe de “Doutor Fred”. Mas, ao ser questionada se entre ela, o Queiroz e a Márcia, alguma vez eles se referiram a Wassef como “Anjo”, ela não disse: “Bom, essa pergunta eu prefiro não responder.”

Gustavo Botto, como é conhecido, atuou como advogado de Flávio em causas eleitorais às vésperas das eleições de 2018. Em dezembro daquele ano, ele disputou uma “pelada” de fim de ano no Maracanã ao lado de Flávio.

Ele foi apontado pelo MP em situações com ex-funcionários de Flávio na Alerj que, para os investigadores, podem caracterizar obstrução de Justiça. Botto se juntou à mulher de Queiroz, Márcia de Oliveira Aguiar, em uma visita no fim de 2019 a Raimunda Magalhães Veras, mãe do miliciano Adriano da Nóbrega, em Astolfo Dutra (MG). Segundo o MP, o encontro serviu para combinar um “plano de fuga” em caso de avanço das investigações da rachadinha, retomadas naquela época após sinal verde do Supremo Tribunal Federal (STF).

Também foi Botto, segundo o MP, que atuou para adulterar a folha de ponto de Luiza Souza Paes, classificada como “assessora fantasma” pelos investigadores. Botto convenceu Luiza e seu pai, o policial Fausto Antunes Paes, amigo de Queiroz, de que não havia problema em ir à Alerj, no início de 2019, para assinar retroativamente o ponto de 2017.

Por esses fatos apontados, o MP pediu busca e apreensão em seus endereços durante a operação Anjo em junho e pediu o afastamento dele das funções públicas na Alerj, o que já ocorreu. Botto Maia era assessor parlamentar do deputado estadual Renato Zaca (sem partido).

Procurado, Frederick Wassef disse que não possui apelido de anjo e nunca foi chamado assim. “Após a prisão de Queiroz, apareceram vários outros personagens que deram entrevistas e afirmaram que estavam com ele direto e o ajudavam e cuidavam dele. Estas pessoas se encaixam com perfeição no papel de anjo”, afirma a nota.

Já Paulo Emílio Catta Preta, que defende Fabrício Queiroz e sua família, disse pensar que questionamentos sobre as conversas “devem ser respondidos pelo Frederick”.

Íntegra da Nota de Frederick Wassef

Jamais abriguei Queiroz ou qualquer pessoa de sua família em qualquer propriedade minha ou de conhecidos meus na cidade de São Paulo. Não estive com Queiroz ou seu filho no referido endereço e nem levei ninguém lá. Minha ex-companheira não tem e nunca teve qualquer relacionamento com Queiroz e sua família assim como também nunca teve relacionamento com a família Bolsonaro. Ela não conhece Michele Bolsonaro e nunca estiveram juntas. Ela não tem nada que ver com a minha profissão e meus clientes. Ela nada tem a ver com nenhum assunto ou tema relacionado a mim ou ao Presidente da República com quem nunca teve relação de amizade.

Ela é apenas, assim como eu, uma vítima desta campanha suja de mentiras e fake news. De forma criminosa e proposital alguma autoridade pública do Rio de Janeiro está vazando a conta gotas “supostas” informações de um procedimento que está em segredo de justiça. Se após uma perícia, ficar provado que, de fato, tais mensagens de celular não foram fraudadas ou manipuladas, elas devem ser analisadas dentro do contexto e na íntegra. Nunca tive acesso a este material, e não sei do que se trata. Sempre o Grupo Globo tem informações vazadas de autoridades que nem mesmo a defesa técnica teve acesso e isto deve ser investigado pelo Ministério Público do Rio e pelo CNMP. O filho de Queiroz nunca foi investigado e a apreensão de seu celular é ilegal e arbitrária, o que acarretará futuras nulidades.

Conforme inúmeras reportagens mostraram, após a prisão de Queiroz, apareceram vários outros personagens que deram entrevistas e afirmaram que estavam com ele direto e o ajudavam e cuidavam dele. Estas pessoas se encaixam com perfeição no papel de anjo. Nunca tive apelido de anjo e nunca fui chamado assim por ninguém. Após 2 anos e meio de investigação sem obter nada, pescam supostas mensagens de cel fora de contexto e tentam criar fantasias sobre as mesmas.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Esperando os comentários dos seguidires do " mito" ? Vergonha pouca é besteira em Kkkkk ?

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Geral

COTA DE TELA: Governo Lula torna obrigatória exibição de filmes brasileiros nos cinemas

Foto: Freepik

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (24) um decreto que torna obrigatória, a partir de 2026, a exibição de filmes brasileiros nas salas de cinema de todo o país.

A norma regulamenta a Cota de Tela, estabelece um número mínimo de sessões para produções nacionais e será fiscalizada pela Ancine. O decreto também foi assinado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.

A medida, segundo o governo, visa garantir espaço contínuo e diversificado para o cinema brasileiro no circuito comercial, evitando a concentração em poucos títulos e ampliando o acesso a diferentes produções nacionais.

O governo afirma que a iniciativa busca fortalecer o setor audiovisual, estimulando a produção, a circulação de filmes e a geração de empregos e renda.

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Geral

CASO BANCO MASTER: Toffoli rejeita pedido da PGR e mantém acareação entre Vorcaro e presidetne do BRB

Foto: Andressa Anholete/STF

O ministro Dias Toffoli, do STF, rejeitou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e manteve a acareação no âmbito da investigação do Banco Master, marcada para terça-feira (30).

A decisão foi tomada na noite de quarta-feira (24), cerca de duas horas após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitar a suspensão do procedimento. O processo corre em sigilo.

Toffoli determinou que sejam ouvidos o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos. A acareação será realizada por videoconferência.

O objetivo é esclarecer contradições e apurar as circunstâncias de uma suposta fraude de R$ 12,2 bilhões na tentativa de venda do Banco Master ao BRB. A PGR argumentou que a medida seria prematura, já que os envolvidos ainda não prestaram depoimentos individuais.

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Mundo

Negar ajuda aos pobres é rejeitar Deus, afirma papa Leão XIV na Missa do Galo

Foto: Reprodução

Durante a Missa do Galo, celebrada na noite desta quarta-feira (24), o papa Leão XIV afirmou que negar ajuda aos pobres e estrangeiros equivale a rejeitar o próprio Deus. Ao recordar o nascimento de Jesus em um estábulo por falta de espaço na hospedaria, o pontífice disse que a mensagem do Natal continua atual diante das desigualdades e exclusões do mundo contemporâneo.

Conduzindo a celebração na Basílica de São Pedro, diante de cerca de 6 mil fiéis, Leão XIV destacou que a história do nascimento de Cristo revela a presença de Deus em cada pessoa. “Na Terra, não há lugar para Deus se não houver lugar para a pessoa humana. Recusar um é recusar o outro”, afirmou, reforçando que a dignidade humana deve estar no centro da fé cristã.

O papa, primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos, celebrou seu primeiro Natal desde a eleição, ocorrida em maio. Em sua homilia, ele também citou palavras do papa emérito Bento XVI para criticar um mundo que ignora crianças, pobres e estrangeiros, além de condenar uma economia que trata pessoas como mercadoria.

“Enquanto uma economia distorcida desumaniza, Deus se faz humano e revela a dignidade infinita de cada pessoa”, disse Leão XIV. Segundo ele, “onde há espaço para o ser humano, há espaço para Deus”, ressaltando que até um estábulo pode se tornar mais sagrado do que um templo.

Do lado de fora da basílica, cerca de 5 mil pessoas acompanharam a celebração por telões na Praça de São Pedro, mesmo sob forte chuva. Antes da missa, o papa foi ao encontro dos fiéis e agradeceu a presença deles. Nesta quinta-feira (25), Leão XIV celebra a missa de Natal e profere a tradicional bênção “Urbi et Orbi”.

Com informações da CNN

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Política

Fachin patina no comando do STF e enfrenta crises internas e externas em apenas quatro meses

Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

Após quatro meses à frente da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin tem encontrado dificuldades para conter o ambiente de tensão que cerca a Corte. Apesar de uma atuação discreta e focada no diálogo institucional, o magistrado precisou lidar com sucessivos atritos com o Congresso Nacional e também com desgastes dentro do próprio tribunal.

Nos bastidores, Fachin tem buscado interlocução direta com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), na tentativa de evitar o agravamento de conflitos. Ele entrou em campo, por exemplo, durante a crise provocada por decisão do ministro Gilmar Mendes sobre a Lei do Impeachment e em meio a insatisfações do Legislativo após uma operação autorizada por Flávio Dino envolvendo emendas parlamentares.

Apesar dessas iniciativas, uma ala do STF avalia que o presidente da Corte tem falhado em fazer um diagnóstico mais preciso das crises. Ministros reclamam da condução excessivamente reservada de Fachin e da falta de escuta interna, o que teria ampliado o mal-estar entre os colegas.

O principal foco de desgaste interno surgiu com o anúncio da elaboração de um código de conduta para magistrados. A proposta, tornada pública em um momento delicado para a imagem do tribunal, foi vista por parte dos ministros como precipitada e mal articulada. O debate ganhou força justamente quando o STF enfrentava críticas externas, inclusive após a revelação de viagem do ministro Dias Toffoli em um jato privado ligado a advogado envolvido no caso do Banco Master.

Internamente, há o temor de que a discussão sobre o código forneça munição ao Congresso, especialmente num momento em que o Senado analisa mudanças na Lei do Impeachment. Um levantamento que circula nos gabinetes do Supremo aponta, inclusive, que não há lacuna jurídica que justifique um novo código, já que princípios como independência e imparcialidade estariam garantidos por normas em vigor.

Para tentar reduzir as tensões, Fachin passou a promover almoços no gabinete da presidência com ministros do STF e ex-integrantes da Corte. Interlocutores avaliam que o recesso do Judiciário pode ajudar a esfriar os ânimos e que a proposta do código de conduta deve ficar em segundo plano por tempo indeterminado, enquanto o presidente do Supremo tenta recuperar coesão em um tribunal ainda sob forte pressão política.

Com informações do O Globo

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Geral

Lula aposta em megacomitiva para explorar “sonho indiano” e abrir mercados em 2026

Foto: Reuters/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve desembarcar em Nova Délhi, na segunda semana de fevereiro de 2026, liderando o que integrantes do governo classificam como a maior missão de abertura de mercados da gestão petista na Ásia. A Índia é tratada internamente como um “sonho de mercado”, pelo tamanho do consumo interno e pelo potencial de negócios em áreas como agronegócio, tecnologia, energia e indústria.

A viagem será o ponto alto de um processo de aproximação iniciado após a visita do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ao Brasil, em julho deste ano. Desde então, o Palácio do Planalto trabalha para reposicionar a Índia como parceira estratégica e diversificar o destino das exportações brasileiras, reduzindo a dependência de mercados tradicionais.

Lula decidiu assumir pessoalmente a articulação e pretende transformar a ida à Índia na última grande entrega econômica antes do período eleitoral, razão pela qual o roteiro foi planejado para coincidir com o feriado prolongado de Carnaval. A agenda será integrada a uma missão empresarial organizada pela ApexBrasil, que também inclui a Coreia do Sul, ampliando o alcance da ofensiva comercial brasileira na Ásia.

Um dos principais focos da viagem será o tema dos fertilizantes. A Índia está entre os maiores produtores globais, enquanto o Brasil depende de importações para suprir cerca de 70% da demanda. No governo, a avaliação é que acordos com Nova Délhi podem reduzir a vulnerabilidade do agronegócio brasileiro, garantir previsibilidade de insumos e fortalecer as exportações.

Apesar do potencial, negociadores brasileiros avaliam que a relação comercial com a Índia ainda enfrenta entraves, como a falta de previsibilidade nas importações indianas, altamente dependentes do clima e da produção interna. A expectativa é que a presença presidencial dê peso político às negociações e destrave acordos de maior escala, após tentativas limitadas da Apex nos últimos anos.

Atualmente, a corrente de comércio entre Brasil e Índia gira em torno de US$ 12 bilhões, considerada modesta para o tamanho das duas economias. A meta estabelecida pelos governos é elevar esse volume para US$ 20 bilhões até 2030. A viagem de Lula é vista como a consolidação política dessa estratégia e o início de uma nova fase de cooperação em áreas-chave como agronegócio, fertilizantes, tecnologia e energia limpa.

Com informações da CNN

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Geral

Governo Lula deve reduzir envio de projetos ao Congresso em 2026 para evitar embates eleitorais

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Mesmo com a expectativa de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), adote uma postura mais alinhada ao governo em 2026, lideranças governistas admitem que a estratégia do Palácio do Planalto será evitar o envio de novos projetos ao Congresso no próximo ano, marcado pelo calendário eleitoral.

A informação é do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Petistas e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que não há planos de encaminhar grandes propostas para análise da Câmara e do Senado, diferente do que ocorreu em 2025. A avaliação interna é de que o envio de matérias estruturantes pode gerar novos atritos com deputados e senadores em um momento de maior sensibilidade política.

A orientação do governo será concentrar esforços em projetos que já estão em tramitação no Legislativo. Entre eles, a principal aposta é a chamada PEC do 6×1, que deve se tornar uma das bandeiras centrais do PT e de partidos aliados. Lideranças do Centrão admitem discutir o tema, desde que o governo aceite avançar em pautas de interesse do bloco.

Outro foco do Planalto será a chamada PEC da Segurança, considerada estratégica pelo governo Lula para o debate eleitoral nacional. A proposta, no entanto, deve sofrer alterações relevantes durante a tramitação na Câmara dos Deputados.

Em 2025, o governo conseguiu vitórias importantes no Congresso, como a aprovação da reforma do Imposto de Renda e do aumento da tributação sobre bets e fintechs. Por outro lado, o avanço de pautas como o PL Antifacção e a PEC da Blindagem contribuiu para o desgaste na relação com o Legislativo, cenário que o Planalto pretende evitar às vésperas das eleições.

Com informações do Metrópoles

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Política

Bolsonaro passa por cirurgia de hérnia inguinal nesta quinta-feira (25), em Brasília

Foto: Reuters/Mateus Bonomi

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve passar por uma cirurgia de hérnia inguinal a partir das 9h da manhã desta quinta-feira (25), dia de Natal, no hospital DF Star, em Brasília. O procedimento está previsto para durar entre três e quatro horas, com tempo de internação estimado entre cinco e sete dias, segundo especialistas ouvidos pela CNN Brasil.

Bolsonaro está internado desde a quarta-feira (24), após ser transferido da Superintendência da Polícia Federal, onde se encontrava preso desde 22 de novembro. A remoção para o hospital ocorreu às 9h30, sob escolta da PF, com desembarque realizado de forma discreta na garagem da unidade, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A realização da cirurgia foi autorizada por Moraes na última segunda-feira (23). No mesmo despacho, o ministro permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanhe o ex-presidente durante a internação, além de autorizar visitas dos filhos Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro e da filha menor do casal, Laura Bolsonaro.

Nas redes sociais, Michelle informou que Laura já visitou o pai e relatou um momento de forte emoção. “Ficaram abraçados e conversaram bastante, mesmo entre soluços”, escreveu. O senador Flávio Bolsonaro também esteve no hospital na quarta-feira.

Por decisão do STF, Bolsonaro ficará internado em uma área isolada do hospital, sob vigilância permanente da Polícia Federal. A segurança será feita 24 horas por dia, com pelo menos dois agentes na porta do quarto e reforço de equipes dentro e fora da unidade hospitalar.

Ainda conforme determinação de Alexandre de Moraes, está proibida a entrada de celulares, computadores ou qualquer dispositivo eletrônico no quarto do ex-presidente, com exceção de equipamentos médicos, com o objetivo de preservar a segurança e impedir comunicações não autorizadas durante o período de internação.

Com informações da CNN

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Política

PGR tenta barrar acareação no STF em investigação sobre o Banco Master

Foto: Banco Master

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a suspensão da acareação determinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do caso que envolve o Banco Master. O pedido foi feito após avaliação de que não estão presentes os requisitos técnicos necessários para a realização do procedimento neste momento.

Segundo apuração da jornalista Camila Bomfim, a PGR sustenta que os envolvidos ainda não foram ouvidos individualmente, o que inviabiliza o confronto de versões — etapa essencial antes de uma acareação. Além disso, o órgão destaca que o material da operação ainda não foi completamente finalizado, o que poderia comprometer a apuração dos fatos.

Mesmo diante dessas ponderações, Dias Toffoli marcou para a próxima terça-feira (30) uma audiência de acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.

A decisão do ministro chamou atenção nos bastidores jurídicos por ter sido tomada de ofício, ou seja, sem pedido formal da Polícia Federal ou da própria PGR. Em regra, esse tipo de medida ocorre a partir de provocação dos órgãos de investigação, o que não aconteceu neste caso.

Com informações da GloboNews

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Geral

VÍDEO: Jornalista critica Moraes em caso que envolve esposa e Banco Master

 

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Vídeo: Reprodução/Instagram

O jornalista Eduardo Oinegue, âncora do Jornal da Band, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao comentar um possível conflito de interesses envolvendo o magistrado, sua esposa e o Banco Master. A análise foi feita diante da revelação de um contrato milionário firmado pelo escritório de advocacia de Viviane Barci, mulher de Moraes, com a instituição financeira.

Durante o comentário, Oinegue levantou dúvidas sobre a isonomia adotada pelo ministro em situações semelhantes. “Qual seria a reação do ministro Alexandre de Moraes se ele soubesse que a mulher do presidente da República, a mulher do presidente do Senado ou a mulher do presidente da Câmara assinou um contrato com o Banco Master?”, questionou o jornalista, ao comparar o episódio com figuras de outros Poderes.

Para o âncora da Band, há um contraste evidente entre a postura rigorosa adotada por Moraes em inquéritos que conduz no STF e o silêncio inicial diante do caso envolvendo sua própria família. Oinegue destacou que o ministro costuma adotar critérios duros ao analisar condutas de terceiros, o que, segundo ele, reforça a cobrança por um padrão semelhante neste episódio.

O contrato citado previa o pagamento mensal de R$ 3,6 milhões ao escritório de Viviane Barci entre 2024 e 2027. O acordo foi interrompido após o Banco Central decretar a liquidação do Banco Master, instituição controlada pelo banqueiro Daniel Vorcaro, alvo de investigações.

Além do contrato, vieram à tona informações sobre encontros entre Alexandre de Moraes e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em meio ao processo que resultou na liquidação do banco. O contexto ampliou o debate público sobre a necessidade de transparência e eventual conflito de interesses.

Na manhã da terça-feira (23), Moraes se manifestou oficialmente por meio de nota, afirmando que a reunião com Galípolo teve como pauta exclusiva as consequências da aplicação da Lei Magnitsky contra ele, negando qualquer atuação em favor do Banco Master.

Com informações do Canal do Paulo Mathias

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Geral

Sindicato do BC aponta pressão externa no caso Banco Master e cobra autonomia técnica

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma nota divulgada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central adicionou um novo elemento à crise envolvendo a liquidação do Banco Master. O comunicado veio à tona no mesmo dia em que surgiram revelações sobre uma suposta pressão do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para favorecer o banco controlado por Daniel Vorcaro — acusações que ambos negam.

Embora não cite nomes diretamente, o sindicato foi claro ao defender a estabilidade funcional e a autonomia técnica dos servidores como instrumentos essenciais para resistir a “ingerências e pressões externas”. Para a entidade, essas garantias não são corporativas, mas pilares institucionais que asseguram decisões fundamentadas no interesse público, especialmente em processos sensíveis como o da liquidação bancária.

O texto chama atenção também para a nota oficial do Banco Central, divulgada em conjunto com a de Moraes, que confirmou reuniões entre as partes sem detalhar datas, locais ou participantes. Para o sindicato, a falta de transparência amplia suspeitas e acaba colocando toda a instituição sob questionamento, num momento de forte desgaste público.

A entidade afirma que o episódio reforça a importância do Regime Jurídico Único justamente para que técnicos possam agir sem temor de retaliações. Ao mesmo tempo, sugere que, se houve pressão indevida, é necessário que ela seja explicitada, em nome da credibilidade institucional.

Enquanto no STF as apurações se concentram nas fraudes atribuídas a Vorcaro e, no TCU, nos critérios adotados pelo BC para liquidar o Master, a manifestação do sindicato expõe um ponto sensível: a necessidade de deixar claro se decisões técnicas foram tomadas apesar — ou sob risco — de pressões políticas.

Com informações do Metrópoles

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