Saúde

Músculos bem exercitados liberam substâncias que ajudam a prevenir e controlar demências, cânceres e inflamações

Foto: Shutterstock

Os benefícios dos exercícios superam em muito a ultrapassada visão de que proporcionam apenas emagrecimento e condicionamento cardiovascular. Eles ajudam a prevenir e controlar doenças tão variadas quanto câncer, diabetes, demências, fragilidade óssea e inflamação. E por trás desse poder todo estão pelo menos 650 substâncias produzidas pelos músculos esqueléticos, quando exercitados. Elas são tão potentes que podem até mesmo melhorar a resposta do sistema imunológico à vacinação contra a Covid-19.

Algumas dessas substâncias são recém-descobertas e a função de somente 5% delas é conhecida, revela uma revisão de estudos publicada na revista científica Frontiers in Physiology. Chamada “The role of the muscle secretome in health and disease” (O papel do secretoma dos músculos em saúde e doença, em tradução livre), ela mostra o estado da arte sobre o conhecimento da complexa bioquímica dos músculos. O secretoma muscular é o conjunto das substâncias produzidas pelos músculos.

O pouco que já se descobriu maravilha cientistas e abre caminho para um uso ainda mais eficiente da atividade física na prevenção e combate das doenças, além de retardar o envelhecimento. Os músculos ativos ajudam até mesmo a tornar a pele mais saudável.

Mais do que força e sustentação, os músculos são fábricas de bálsamos para a boa vida. Estes são hormônios, fatores de crescimento, substâncias do sistema imune, toda uma gama de proteínas poderosas.

Essa fábrica funciona movida pela contração muscular feita toda vez que os músculos são exercitados. Ela produz substâncias chamadas coletivamente de miocinas. Elas fazem a comunicação dos músculos com outros órgãos, como sistema imunológico, cérebro, fígado, pâncreas, ossos, intestinos, pele, tecido adiposo (gordura) e vasos sanguíneos. Também são fundamentais para a hipertrofia, regeneração e funcionamento dos próprios músculos.

Não à toa, cientistas recomendam exercícios para pessoas com câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas.

Combinados, os cerca de 700 músculos esqueléticos (o número varia entre 650 e 840, não há consenso na literatura científica) são o maior órgão endócrino do corpo, afirma o especialista em medicina do esporte Claudio Gil Araújo, diretor da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex).

Os músculos são o órgão mais pesado do corpo, correspondem a cerca de 40% do peso. Mas suas funções bioquímicas são ainda mais significativas. Eles produzem miocinas exclusivas, mas também fazem e liberam substâncias produzidas por outros órgãos.

Um exemplo dos efeitos benéficos dos músculos exercitados vem de uma recém-publicada pesquisa de cientistas brasileiros, ainda em preprint. Realizada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e de outras instituições, ela mostrou que a atividade física melhora a resposta à vacinação contra a Covid-19, mesmo em pessoas com comprometimento do sistema imunológico.

Os cientistas analisaram a diferença da resposta à CoronaVac em pessoas com doenças reumáticas autoimunes. As que eram fisicamente ativas produziram mais anticorpos do que as sedentárias, explica um dos autores do estudo, Hamilton Roschel, coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Escola de Educação Física e da Faculdade de Medicina da USP.

— Tudo funciona melhor em que faz atividade física regular, o sistema imunológico, o cardiovascular, o metabolismo, o cérebro. Absolutamente tudo — frisa Roschel.

Nossa grande orquestra

Quando nos exercitamos, uma orquestra começa a tocar. O maestro é a contração muscular e os músicos, as miocinas. Elas tocam em resposta de umas às outras. Compõem uma melodia. Quanto mais atividade física e, portanto, contração muscular, mais os músicos tocam, liberando outras substâncias, notas musicais que dão o ritmo do organismo. Já o sedentarismo é silêncio e desarmonia, isto é, doença.

Algumas miocinas, por exemplo, captam a glicose no sangue e reduzem a glicemia. São um tratamento natural para o diabetes. Outras respondem à vasodilatação, remodelam a matriz do endotélio (o revestimento do interior dos vasos sanguíneos) e, com isso, reduzem a hipertensão.

O exercício atua sobre a morfologia cerebral. A ação é tão profunda que eles atuam sobre os microRNAs e, com isso, ajudam a regular a síntese de proteínas. E a prática regular de exercícios reduz a inflamação, um dos grandes males da vida moderna, afirma o estudioso da fisiologia dos músculos José Cesar Rosa Neto, do Laboratório de imunometabolismo do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

Estimulados por exercícios, os músculos liberam substâncias com ação anti-inflamatória. São as interleucinas 4, 6, 10 e 13. Só há relativamente pouco tempo, a ciência descobriu que os músculos e não apenas as células do sistema imunológico produzem essas substâncias.

A interleucina 6 (IL-6) ganhou destaque na pandemia, por sua associação com o agravamento da Covid-19. Em pacientes graves de Covid-19, ela se mostra elevada e gatilho para temida tempestade de citocinas (ela própria é uma delas), um desequilíbrio inflamatório cujo desfecho pode ser a morte.

Muita IL-6 quase sempre é sinal de problemas para Covid19 e outras doenças inflamatórias. Mas não quando o exercício entra em campo. Rosa Neto diz que durante o exercício o nível de IL-6 chega a aumentar 100 vezes. Mas decai tão depressa quanto aumenta. E, nesse meio tempo, combate inflamações. É como se a IL-6 sofresse de bipolaridade. Se persistentemente elevada, caso da Covid-19 e outras doenças, ela gera inflamação grave. Já doses altas e breves têm efeito oposto e benéfico, um eficiente antiinflamatório.

A relação com a IL-6 exemplifica toda a sutileza e complexidade envolvidas na relação entre músculos e o restante do organismo. Uma relação vasta e sobre a qual se sabe pouco. Estima-se que o número de miocinas seja muito maior do que 650, com milhões de possíveis interações. É uma orquestra que toca e se renova toda vez que uma pessoa se exercita e contrai os músculos.

Nessa orquestra, intensidade e tempo do exercício dão o tom, diz Rosa Neto. Às vezes, é preciso mais tempo, provável caso da maioria das miocinas de ação antiinflamatória.

Aliadas contra o câncer

Mas em outros é a intensidade que dá a nota certa. Um exemplo é a interleucina 15, que tem ação antitumoral. Os músculos a secretam quando submetidos a exercícios intensos. A IL-15 ativa a produção dos linfócitos T Killers, assassinos em português. Essas células do sistema imunológico patrulham o organismo em busca de células infectadas ou defeituosas (caso das cancerígenas) e as matam.

— A IL-15 deixa os linfócitos killers mais atentos e eficientes. Uma coisa é certa. A atividade física regular realmente melhora a imunidade — explica Rosa Neto.

Para algumas substâncias, é preciso mais do que tempo e intensidade. É o caso do BDNF, fundamental para a sobrevivência e o bom funcionamento dos neurônios. Para que ele seja liberado, é preciso que os músculos das pernas sejam exercitados. Os dos braços não têm importância nesse caso específico, observa Rosa Neto.

— Em seu conjunto, os músculos são nosso maior órgão endócrino e são muito fáceis de estimular, basta contrair. Mas um dos grandes desafios é descobrir qual o padrão de liberação das miocinas — salienta Rosa Neto.

Sem movimento, sem saúde

Se fazer atividade física faz bem, a ausência de movimento faz mal. Mexer-se, em qualquer nível, é fundamental. A atividade física é imprescindível para manter o organismo funcionando em equilíbrio.

— O corpo é como um carro novo. Você pode ter um modelo incrível, mas ele vai estragar se ficar parado na garagem — diz Roschel.

Segundo ele, não é preciso fazer o exercício de influenciadores digitais ou obrigatoriamente ir para a academia. O importante é se mexer. Tampouco é necessário horário específico, essencial é aumentar o tempo dedicado à atividade física dentro da rotina diária, diz Roschel, que tem um projeto que investiga qual a forma mais eficiente de fazer isso.

Assim caminha a Humanidade

Os exercícios tentam compensar a falta de atividade física regular no padrão para o qual corpo humano evoluiu. O corpo não foi feito para ficar parado. Ele adoece e morre. O modelo de fábrica da natureza, diz Claudio Gil Araújo, é andar rapidamente. Foi assim que a Humanidade caminhou pela maior parte de sua jornada iniciada há mais de 300 mil anos.

Mas correr, nadar, pedalar, fazer musculação, dançar e uma série de outras atividades funcionam como paliativos em nossa época, em que passamos a maior parte de nosso tempo sentados ou deitados.

— Não serão míseras décadas de modo de vida moderno e sedentário que transformarão o organismo humano. Não à toa o sedentarismo é considerado doença — diz Araújo.

Ilusões e pílulas mágicas

Tanto Araújo quanto Rosa Neto consideram improvável que seja possível desenvolver uma pílula do exercício.

— Os músculos são acionados de muitas formas, em momentos distintos e com interações variáveis, com diferentes intervalos e dosagens. É impossível concentrar tudo isso numa droga — afirma Rosa Neto.

Consenso entre os cientistas é que por si só os exercícios são medicamento naturais e poderosos contra velhas e novas doenças.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Prezado Bruno, vou ler essa matéria reproduzida em seu blog. Os músculos, se devidamente trabalhados, são muito importantes para o bem-estar e a saúde geral.

  2. BG, não fale em musculosos não, se não alguns que fazem comentários aqui, vão ficar com aquele órgão piscando, igual árvore de natal kķkkk.

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Geral

Lula diz que enchente no Rio Grande do Sul ‘parece que não foi só o fenômeno da chuva’

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na abertura de uma reunião ministerial nesta segunda-feira, que as enchentes que impactam 85% do território do Rio Grande do Sul não são apenas “o fenômeno da chuva”, mas que também há responsabilidade de quem deveria ter cuidado “das comportas”. Ele não citou nomes.

Lula chamou reunião ministerial de emergência nesta segunda para discutir a situação da catástrofe climática gaúcha que já matou 147 pessoas.

O presidente citou o problema em meio a críticas de especialistas que apontam que o sistema de contenção de águas do Rio Guaíba em Porto Alegre não aguentou o nível acima dos cinco metros na capital gaúcha, embora tenha sido criada para suportar até seis metros de elevação. Um dos apontamentos é de que falta de manutenção e negligência da prefeitura ao longo de décadas. O sistema começou a operar em 1974.

— Porque esse fenômeno que aconteceu me parece que não foi só o fenômeno da chuva, me parece que tem o fenômeno também das pessoas que não cuidaram das comportas que deveriam ter cuidado há muito tempo, mas tudo isso é um problema a ser resolvido daqui para frente e nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul, inclusive apresentando uma discussão nacional para resolver definitivamente a questão das enchentes na cidade de Porto Alegre e na Região Metropolitana — afirmou Lula na abertura da reunião ministerial.

O Globo

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Geral

Lucro líquido da Petrobras cai 38% no 1º trimestre de 2024

Foto: Flávio Emanuel / Agência Petrobras

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre, queda de 37,9% ante o mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta segunda-feira (13).

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado totalizou R$ 60,04 bilhões entre janeiro e março, queda de 17,2% versus o mesmo período de 2023.

O resultado é atribuído principalmente aos menores volumes de vendas e à redução do preço do petróleo e da margem de diesel, segundo a companhia.

“Além disso, o resultado foi impactado pela piora do resultado financeiro devido à desvalorização do real frente ao dólar. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela redução das despesas operacionais e imposto de renda apurado”, segundo a Petrobras.

A receita líquida da petrolífera estatal somou R$ 117,7 bilhões, recuo de 15,4%, na mesma base de comparação. Contra o quarto trimestre de 2023, a receita líquida cedeu 12,3%.

Segundo a empresa, a queda foi influenciada, principalmente, “pela menor receita com as vendas de diesel no mercado interno e com exportações. A redução da receita com derivados no mercado interno deveu-se principalmente a menores preços, à sazonalidade do consumo, ao aumento do teor de biodiesel na mistura do diesel e à perda de competitividade da gasolina para o etanol hidratado”, afirma a Petrobras no documento.

A dívida financeira da companhia estava em US$ 27,7 bilhões no dia 31 de março deste ano, no menor nível desde 2010, informa a Petrobras. Já a dívida bruta estava em US$ 61,8 bilhões, valor dentro da faixa estabelecida no plano estratégico, ressaltou a petroleira no documento ao mercado.

Com informações de CNN Brasil e Valor Investe

Opinião dos leitores

  1. O fumadores de charutos está no caminho certo, se ele anunciar melhoras, o nine vai querer meter a empresa em aventuras maquiavélicas.

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Televisão

Investimento em meios digitais expõe crise de audiência da TV aberta

Foto: DuKai photographer/Getty Images

O primeiro trimestre de 2024 comprova uma tendência que vem sendo observada por especialistas do setor. Os meios digitais se tornaram os mais consumidos pelos brasileiros, aumentando a crise de audiência da TV aberta. Não à toa, os investimentos publicitários no Brasil acompanham a tendência e os investimentos na internet superam os feitos na televisão.

O movimento do mercado publicitário é reflexo da queda de popularidade das TVs e do aumento da penetração dos meios digitais. Dados do Ibope, de março de 2024, revelam que os meios digitais já representam cerca de 1/3 do consumo dos brasileiros. Para se ter ideia, o valor é um pouco superior aos 32% de share de audiência da TV Globo.

O YouTube lidera o ranking dos meios digitais com 18% da audiência. Em seguida, aparecem Netflix (4,7%) e TikTok (4,1%). Prime Video tem 0,9% e a PlutoTV, 0,3%.

De acordo com dados do Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário, em 2023, o volume de investimentos em digital aumentou 18%, chegando a R$ 35 bilhões. No mesmo período, a TV aberta registrou apenas 4,7%. Para especialistas, os números mostram que a internet já é hoje o meio mais atrativo para os investimentos em publicidade.

Crescimento do digital e crise no Ibope

Os números que comprovam o crescimento do digital entre os brasileiros foram estopim, inclusive, para a saída de Melissa Voguel do cargo de CEO do Kantar Ibope. A demissão foi motivada pela revolta das principais emissoras do Brasil contra a atualização da metodologia de medição da audiência, que incluiria os meios digitais.

Globo, Record, SBT e outros canais não concordaram com a nova política do Kantar Ibope Media, que levaria em conta a audiência meios digitais, como YouTube e Netflix. Esses players, que estão em expansão no Brasil, passariam a ter pontos de audiência exibidos nos relatérios da plataforma.

Como foi revelado pelo site Notícias da TV, a proposta encabeçada por Melissa era que o Kantar Ibope Media adotasse um modelo de parametrização da audiência que tratava de maneira semelhante TV aberta, TV fechada e streaming.

Emissoras defendem modelo defasado

As emissoras de TV, que enfrentam quedas constantes de audiência, passaram a atacar a nova metodologia do Kantar Ibope Media.

Os canais de televisão defendem que se mantenha o modelo atual. O sistema é considerado defasado, falho e superado por especialistas do setor.

A medição de audiência no Brasil, atualmente, leva em conta alguns parâmetros para estabelecer o quanto um canal é assistido. Considera-se, por exemplo, que cada aparelho de televisão é visto por 3 espectadores.

A métrica é tida como falha por quem acompanha as mudanças tecnológicas do setor. Afinal, a prática de se reunir em frente à TV é o retrato do período anterior aos streamings e aos celulares, que funcionam como telas individuais. É uma ilusão acreditar que, atualmente, em uma família composta, em média, por três pessoas todos assistam assistam o tempo todo ao mesmo programa.

Metrópoles

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Política

Em reunião, Lula dá “bronca” em ministros e pede cautela em anúncios

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião com todos os ministros, na noite desta segunda-feira (13/5), para discutir a situação do Rio Grande do Sul, que passa pela maior catástrofe natural da história no estado.

Na abertura do encontro, o titular do Planalto deu um “puxão de orelha”, pedindo que sua equipe tenha cautela na hora de “anunciar publicamente uma ideia”. Segundo o petista, a reunião tem o objetivo de alinhar com os integrantes do governo tudo que está sendo feito em relação à tragédia no Sul do país.

Cada ministro que for falar, e cada ministra, tentar falar sempre a mesma coisa que está acontecendo. Não ficar dizendo coisa que não está acontecendo ou ficar inventando coisa que ainda não discutiu”, pontuou o presidente.

Uma ideia é um instrumento de conversa no governo para que a gente transforme a ideia em uma política real. Não é cada um que tem uma ideia sai falando sua ideia, dizendo o que vai fazer, porque isso termina não construindo uma política pública sólida e uma atuação muito homogênea no caso do Rio Grande do Sul”, continuou Lula.

O chefe do Executivo também agradeceu ao esforço dos ministros e ressaltou o apoio de voluntários na tragédia. As enchentes já deixaram 147 mortos, 806 feridos e mais de 538 mil desalojados. A castástrofe atinge 450 cidades do estado.

Lula atribuiu os estragos a “pessoas que não cuidaram das comportas” e disse que tratará dessa questão no futuro. “Nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul, inclusive apresentando uma discussão nacional sobre a questão de resolver definitivamente as enchentes na cidade de Porto Alegre e na região metropolitana”, garantiu.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Em breve, a mãe natureza irá extirpar esse elemento idolatrado pela esquerda…
    Espero que o câncer, chamado de esquerda, especialmente o PT, seja extirpado de nossa Nação…

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Brasil

Leite diz que decisão do governo sobre dívida no RS é um passo importante, mas não será suficiente

Foto: RAFAEL ROSA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que a suspensão da dívida do Estado anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad nesta segunda-feira (13), é um passo importante, mas não será suficiente. “Nesse tema da dívida, acho que demos um passo muito importante nessa definição, nessa decisão. Nós fizemos essa demanda por justiça aqui, sei que é um esforço do Ministério da Fazenda, tecnicamente, para viabilizar a suspensão da dívida”, afirmou Leite em participação virtual na reunião com o presidente Lula.

“Infelizmente não posso dizer que será suficiente essa medida. Vamos precisar de outros tantos apoios, outras frentes”, defendeu. Leite destacou que serão necessárias outras medidas e apoios para resolver a questão de forma mais efetiva. O governador afirmou que é necessário pensar em soluções mais duradouras e de longo prazo para garantir a estabilidade financeira do Rio Grande do Sul. “Vamos ter que pensar em soluções mais perenes, de longo prazo”, disse.

Também se juntaram ao presidente Lula, Haddad e Leite, no encontro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Gestão, Esther Dweck, da Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o ministro do STF, Edson Fachin, de forma virtual.

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Brasil

Pisos de saúde e educação vão deixar comprometer dinheiro para habitação, Auxílio Gás e Defesa Civil, segundo projeção do governo

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Os gastos mínimos com saúde e educação exigidos pela Constituição vão consumir todo o espaço das despesas não obrigatórias e comprometer o dinheiro destinado ao custeio e ao investimento nas outras áreas da União até 2028, tornando o orçamento impraticável de acordo com projeções feitas pelo governo.

Elas mostram que pisos de saúde e educação vão consumir 112% das despesas não obrigatórias até 2028.

Mantidas as regras atuais, faltaria dinheiro para o programa Minha Casa, Minha Vida, recuperação de rodovias federais, pagamento do Auxílio Gás a famílias carentes, obras de saneamento básico, ações de Defesa Civil para prevenir desastres naturais e manutenção de todos os órgãos federais.

O cenário foi antecipado pelo Estadão no dia 21 de abril com estimativas do piso da saúde. Agora, a reportagem obteve projeções do Ministério do Planejamento via Lei de Acesso à Informação que confirmam a tendência e apresentam um cenário ainda mais desafiador, com a inclusão dos gastos com educação e a distribuição do dinheiro no Orçamento.

Ao mesmo tempo que despesas obrigatórias e impositivas pela Constituição crescem, entre elas aposentadorias, emendas parlamentares, saúde e educação, o arcabouço fiscal impõe um limite para os gastos públicos (2,5% de crescimento real em relação ao ano anterior), o que diminui o espaço para investimentos em outras áreas.

A Constituição determina um gasto mínimo com saúde e educação atrelado à receita. A saúde tem 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) e a educação tem garantia de 18% da Receita Livre de Impostos (RLA). O dinheiro serve para custear a manutenção de postos de saúde, hospitais, escolas e universidades, além de novos investimentos nos dois setores.

Pisos de saúde e educação vão consumir 112% das despesas não obrigatórias até 2028

Os pisos de saúde e educação vão somar R$ 336,3 bilhões em 2025, de acordo com as projeções do governo. O dinheiro é dividido entre despesas obrigatórias e discricionárias (não obrigatórias). Os recursos vão consumir 44% do orçamento disponível para todas as despesas não obrigatórias, espaço disputado com outras áreas. O porcentual subirá para 51% em 2026, 63% em 2027 e 112% em 2028.

Em 2027, sobrariam apenas R$ 45 bilhões para gastos não obrigatórios nas outras áreas, um cenário considerado impraticável por integrantes do governo e economistas. Em 2028, faltariam R$ 12 bilhões para custeio e investimento em outras áreas, paralisando o Orçamento. Isso significa que o governo terá de rever os gastos mínimos com saúde e educação ou mexer no arcabouço fiscal.

Dentro das despesas não obrigatórias, há dois tipos de programações: custeio (manutenção de órgãos e serviços públicos) e investimentos (obras e equipamentos). Como os investimentos ainda têm um mínimo exigido pelo arcabouço, que é de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), as despesas que correm mais risco são as de custeio: manutenção de todos os ministérios, autarquias e órgãos federais, Auxílio Gás e ações de Defesa Civil, entre outras.

Revisão de gastos não tem consenso dentro do próprio governo

Integrantes da equipe econômica defendem uma revisão dos pisos de saúde e educação. O Tesouro Nacional tem estudos para alterar o índice que reajusta o crescimento dessas despesas, saindo de porcentuais vinculados à arrecadação e partindo para um mínimo vinculado ao crescimento da população ou do Produto Interno Bruto (PIB). Na prática, as mudanças poderiam tirar até R$ 131 bilhões da saúde e educação até 2033, distribuindo o recurso para outras áreas.

Internamente, os ministérios da Saúde e Educação não querem rever os pisos atuais, argumentando que um crescimento menor compromete os investimentos nas duas áreas e a manutenção das unidades de saúde e de ensino nos próximos anos. Não há consenso no governo. As bancadas dos dois setores no Congresso também são contra, assim como parlamentares do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista ao Estadão, na última quinta-feira, 9, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não vê muito espaço para a desvinculação dos benefícios previdenciários (do salário mínimo) e que a discussão sobre rever os pisos de saúde e educação “não prosperou” no governo.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defende uma revisão dos gastos obrigatórios, incluindo um plano para desvincular os benefícios da Previdência Social do salário mínimo. “Ninguém está falando em mexer em nada em 2024 e 2025. O meu papel é mostrar que, a partir de 2026, nós começamos a não ter recursos para as despesas discricionárias livres, tirando emenda parlamentar. A gente vai para um limite insustentável”, afirmou Tebet ao Estadão na última sexta-feira, 10.

O Executivo deve elaborar o Orçamento de 2025 sem mexer nas premissas, mas integrantes da equipe econômica não veem espaço para manter as regras atuais por mais tempo. “É um fator de preocupação para nós, é um desafio que já está colocado nesse cenário de médio prazo e aqui entra a importância redobrada da agenda de revisão de gastos obrigatórios”, afirmou o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, em coletiva de imprensa no dia 15 de abril.

Opinião dos leitores

  1. Segura na Sela peão, o burro está distribuindo popas e p.. para todo lado. Daqui a pouco vai faltar dinheiro para financiar as bolsas auxílio tudo.

  2. A mãe natureza é implacável…
    Nas próximas eleições, espero que esse câncer chamado de esquerda, seja extirpardo da nossa Nação….
    Mas como dito, um dia esse elemento tão idolatrado pela esquerda, irá para o além…
    Quero estar vivo para soltar fogos…
    Vejam o exemplo da Argentina, que está se recuperando da tragédia que a esquerda implantou naquela Nação…

  3. O verdadeiro CIRCO. 🤡 Não sabem nem para onde vão!
    Governo da chacota!!! Kkkk

  4. E é?! KKKKKKKKK
    Faz o L!
    Às categorias, onde o maior número é de idiotas petistas ou esquerdopatas!
    KKKKKKKKKKKKKKK

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Geral

Relator de Projeto de Lei propõe taxar streamings e YouTube, e isentar Globoplay

Foto: Glenn Carstens Peters/Unsplash

Relator do projeto de lei que regula serviços de streaming e vídeos sob demanda, o deputado André Figueiredo enviou aos líderes da Câmara nesse fim de semana um parecer preliminar. O texto de Figueiredo prevê taxar os streamings e o YouTube, mas isenta o Globoplay, serviço do Grupo Globo, da cobrança.

A tributação de serviços de vídeos sob demanda, televisão por aplicativo e compartilhamento de conteúdos audiovisuais, a exemplo de Netflix e YouTube, é prevista no projeto com o pagamento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).

Os valores da alíquota serão progressivos, até o máximo de 6% sobre a receita bruta no mercado brasileiro, incluindo receitas com publicidade.

O Globoplay, streaming que reúne produções da Globo e outros conteúdos, no entanto, ficará de fora da cobrança. Ao especificar “Serviço de Televisão por Aplicação de Internet”, categoria a ser tributada, o parecer de André Figueiredo diz que a definição não inclui serviços do tipo promovidos por concessionárias de radiodifusão de sons e imagens, como o do Grupo Globo.

O parecer de Figueiredo submetido aos líderes da Câmara também trata da tributação de influenciadores digitais, que poderão pagar a Condecine referente a valores obtidos com visualização de seus conteúdos.

Para evitar que as plataformas repassem o custo da Condecine aos influenciadores, descritos como “importante categoria de formadores de opinião”, o texto diz que os aplicativos poderão deduzir metade do valor da taxa na remuneração dos influenciadores por monetização de visualizações.

O parecer preliminar do relator também incluiu uma cota de, no mínimo, 10% das horas do catálogo para conteúdos brasileiros. Dentro da cota, 50% dos conteúdos devem ser feitos por produtores controlados por mulheres, negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas de comunidades tradicionais e em situação de vulnerabilidade.

Outro ponto do texto é que 10% das receitas da Condecine serão destinadas a estas produtoras e, dentro desse percentual, pelo menos 30% das receitas devem ser destinadas a produtoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Guilherme Amado – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Vejam se cabe: ” as águas dos rios só correm para o mar” vão ressuscitar aquela que se dividiu em várias camas, que está nos últimos suspiros de morte, quem manda nessa bomba brasil é a grobe.

  2. Desculpe o palavrão, mas pra recuperar a liberdade, é fhoda, precisamos de 60 /70 anos.
    ** Jair bolsonaro **
    Parece que querem nos calar.
    Vê e ouvir o grupo oficial do governo, a rede globo lixo.
    Imoral!
    Tomamos no fio ó fó, por causa de eleitores ignorantes.

  3. É isso mesmo produção? Isenta Globo play e taxar as outras plataformas?. A cada dia que passa a globo a serviço do governo

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Geral

Justiça da Bahia mantém prisão de Wendel Lagartixa após audiência de custódia

Imagem: reprodução

A Justiça da Bahia decidiu manter a prisão do PM reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa, após a audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (13).

De acordo com o advogado de Lagartixa, João Antônio, ele deve ser transferido para um Presídio Militar, também na Bahia. Não tem previsão de quando ele possa ser recambiado para o Rio Grande do Norte. A transferência para o presídio militar o deixou “mais tranquilo”, informou também João Antônio.

A audiência de custódia durou cerca de duas horas. Ainda segundo o advogado, na abordagem, o PM reformado teria informado que tinha uma arma no carro, mas não que ela seria dele.

Ponta Negra News

Opinião dos leitores

  1. Mais aliviado estamos nós, que esse falastrão fique um bom tempo por lá, um a menos por essas bandas do nosso RN que só serve para lacrar nas redes sociais, bom TB para o povo do RS que perderam essa “ajuda”

    A PRF da Bahia não deu corda para o leruado do poluto cidadão e organizou a vida dele no velho e bom xilindró.

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