Diversos

O crescente número de brasileiros que investem mais de R$ 2 milhões para morar nos EUA

Exigência do governo americano é que cada cota de investimento estrangeiro gere, ao menos durante o período de 2 anos, 10 empregos. BBC NEWS BRASIL/Getty Images

O executivo brasileiro Roberto Figueiredo, de 43 anos, viajou pela primeira vez para os Estados Unidos na adolescência, quando fez intercâmbio no país e se encantou pela região. Anos mais tarde, no Brasil, trabalhou na área de vendas em multinacionais, função que desempenhou por mais de duas décadas. Na profissão, costumava fazer viagens anuais aos EUA. O encantamento pelo país norte-americano, segundo ele, tornou-se maior.

Roberto, então, procurou formas para morar legalmente nos EUA. “Há oito anos, o meu interesse em morar nos Estados Unidos ficou mais intenso”, diz à BBC News Brasil.

Segundo ele, o principal motivo para decidir morar nos EUA é por considerar tratar-se de um país novo. “Eu tenho afinidade maior com aquilo que é moderno. Os Estados Unidos são compostos por regiões novas, quando comparamos com lugares como a Europa”, declara.

Ele conta que fatores como a violência crescente no Brasil e a crise econômica no país reforçaram o interesse em migrar para os EUA. “Diante de todo o cenário brasileiro atual, penso que aumentou o desejo daqueles que queriam morar fora do país”, afirma.

No fim de 2017, ele aplicou U$ 500 mil – cerca de R$ 1,850 milhão, na cotação atual do dólar – na construção de um hotel em Fort Lauderdale, cidade da Flórida, por meio do programa EB-5, destinado a estrangeiros que querem investir nos EUA. A iniciativa dá direito ao green card, o visto que garante residência nos Estados Unidos.

Segundo advogados especializados em direito internacional, brasileiros têm recorrido ao EB-5 em razão das dificuldades econômicas enfrentadas no Brasil e em busca de melhor qualidade de vida, por acreditar que terão mais segurança e estabilidade financeira nos Estados Unidos.

Assim como Roberto, centenas de brasileiros têm utilizado o EB-5 como forma de conseguir morar nos EUA. Os números são crescentes.

No ano passado, conforme o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA – em inglês, USCIS -, foram emitidos 388 vistos EB-5 a brasileiros. O número inclui o investidor e a família, como cônjuge e filhos de até 21 anos.

Os dados mostram que o interesse no EB-5 tem aumentado nos últimos anos. Em 2017, conforme o serviço de imigração dos EUA, 282 brasileiros recorreram ao EB-5. No ano anterior, o dado era correspondente a 150. Já em 2015, 34 brasileiros haviam investido nos Estados Unidos por meio do EB-5. O número de investidores no Brasil era ainda mais inexpressivo em 2011, quando somente 11 pessoas recorreram à iniciativa.

Centenas de brasileiros têm utilizado o EB-5 como forma de conseguir morar nos EUA. BBC NEWS BRASIL

O aumento no número de brasileiros que recorrem ao EB-5 tem motivado advogados especializados em direito internacional a promover palestras sobre o assunto pelo Brasil, fazer publicações sobre o tema na internet e auxiliar pessoas que querem investir nos EUA para viver legalmente no país norte-americano.

O Brasil ocupou, no ano passado, a sexta posição entre os países com mais investidores no EB-5. A China ficou em primeiro lugar, com 4.642 vistos. Em segundo lugar aparece o Vietnã, com 693 vistos emitidos, e em terceiro está a Índia, com 585.

O EB-5

O programa do EB-5 foi criado pelo Congresso Americano em 1990, com o principal objetivo de fomentar a economia em áreas consideradas menos privilegiadas no território americano, locais conhecidos como Targeted Employment Areas (TEA) – áreas com índice de desemprego acima da média nacional.

O investidor precisa aplicar os U$ 500 mil em um centro regional apontado em território norte-americano. Tais centros estão presentes em todos os Estados dos EUA e têm o principal objetivo de regularizar investimentos estrangeiros. Eles são responsáveis por intermediar a relação entre o imigrante, por meio de um advogado, e o projeto que pretende levantar recursos por meio do EB-5 para iniciar ou concluir a obra.

Os projetos que oferecem cota ao investidor estrangeiro costumam estabelecer que 25% a 50% de seu capital serão obtidos por meio do EB-5. A exigência do governo americano é que cada cota de investimento estrangeiro gere, ao menos durante o período de dois anos, 10 empregos e que o recurso aplicado seja comprovadamente lícito.

Entre os empreendimentos que oferecem cotas de EB-5 estão diversos segmentos, como hotéis, resorts, estádios de futebol, condomínios de luxo, centros de compras, restaurantes, entre outros.

O governo americano permite a concessão de 10 mil vistos EB-5 por ano – número que inclui o investidor e os membros de sua família.

Para que possa aplicar no programa, é necessário que o investidor contrate um advogado especializado em Direito internacional, para orientá-lo e auxiliá-lo sobre os procedimentos do visto.

Os trâmites burocráticos tornam o procedimento ainda mais caro. O investidor precisa pagar mais U$ 50 mil correspondente à taxa de administração do fundo de aplicação – onde estão incluídos itens como o seguro -, além de cerca de U$ 30 mil para honorários de advogados e taxas de referentes aos procedimentos migratórios. Os valores podem ser maiores. Ao todo, o procedimento não sai por menos de R$ 2 milhões.

Para aplicar no EB-5, há dois modelos distintos. Um deles é o “loan” – empréstimo, em inglês -, considerado o mais seguro e comum no mercado. Nele, o desenvolvedor do projeto tem a obrigação de devolver ao investidor estrangeiro, caso o investimento se desenvolva conforme as expectativas, os U$ 500 mil em um prazo de cinco anos. Neste caso, o investidor não possui participação no empreendimento e tem o retorno do valor com juros que variam de 0 a 3% ao ano.

O outro modelo é o “equity”, considerado mais arriscado, porém, caso obtenha sucesso, com mais possibilidade de retorno. Este costuma ser menos procurado pelos estrangeiros. Nele, o investidor se torna sócio do empreendimento e recebe participação nos lucros, a ser definido em cada situação, em caso de o projeto ser bem-sucedido.

“No equity, o desenvolvedor do projeto não está obrigado a devolver os recursos em cinco anos. Pode devolver até mesmo 15 anos depois, alegando que anteriormente o empreendimento não havia atingido o valor de mercado que entende ser o melhor para negociar a venda do projeto”, explica o advogado George Cunha, especializado em direito internacional privado, do escritório Advocacia Internacional George Cunha.

Roberto relata ter optado pelo equity, por acreditar que pode ter melhor retorno financeiro no empreendimento, apesar dos riscos. “Para mim, foi mais viável me tornar sócio, por acreditar que posso ter um retorno de 8,5% de juros ao ano. Sei que terei de esperar mais de cinco anos para recuperar os U$ 500 mil, mas ainda assim creio que compensa mais”, afirma o executivo.

Ainda no EB-5, outra possibilidade é o imigrante criar um próprio projeto, que será gerenciado por ele nos EUA. Neste caso, deve investir U$ 1 milhão e a área não precisa ser considerada TEA. “O estrangeiro precisa ter um plano para implantação do projeto, no qual destaca o investimento e a contratação de mais de 10 empregados. É preciso também atestar a origem do dinheiro”, explica o advogado Daniel Toledo, especialista em direito internacional, do escritório Loyalty Miami. Esta modalidade costuma ter baixa procura. Em 2018, conforme a USCIS, nenhum brasileiro recorreu a ela.

Depois do investimento

Logo após investir no EB-5, o estrangeiro deve esperar o prazo médio de 18 meses para que tenha uma resposta da USCIS. Caso aprovado, ele recebe um green card condicional, de dois anos. O documento é válido para assegurar a legalidade da permanência dele e da família nos EUA.

Roberto está no aguardo da resposta referente ao green card condicional, para que possa se mudar com a esposa para Miami. O empreendimento em que ele investiu ainda está em fase de construção. O executivo, que mora em São Paulo, acredita que a resposta do governo norte-americano seja dada ainda no início do segundo semestre deste ano.

“Estou me preparando para essa mudança, mas creio que estará tudo pronto quando conseguir o visto. Uma das coisas que estou me estruturando é referente às portas que quero abrir no Estados Unidos”, comenta. O executivo atualmente é proprietário de uma startup que ajuda brasileiros a investir, estudar ou morar nos EUA ou em Portugal. Ele conta que seu principal objetivo, ao se mudar para os Estados Unidos, é continuar com o negócio e avaliar um novo empreendimento em solo norte-americano.

Já o empresário Luiz*, de 36 anos, vive legalmente nos EUA há três anos. O brasileiro se mudou para o país para que a esposa, recém-formada em medicina, pudesse fazer especialização. Ela conseguiu visto de estudante e ele obteve o direito de permanecer legalmente como acompanhante.

Segundo advogado Daniel Toledo, imigrantes tem opção de investir em projeto próprio, mas valor mínimo é de U$ 1 milhão. BBC NEWS BRASIL/Divulgação

No início de 2017, Luiz conheceu o EB-5. “Descobri que era uma das formas mais rápidas e simples para conseguir o green card. O visto de estudante tem validade de quatro anos, então queria algo mais seguro. O EB-5 foi um procedimento rápido e pouco burocrático, apenas precisei entregar a documentação ao dar entrada no procedimento. Depois, o advogado cuidou de todos os procedimentos”, pontua. O investimento dele foi em um hotel em Miami, na Flórida, que deve ser concluído no primeiro semestre deste ano.

Luiz diz ter investido U$ 620 mil no EB-5, entre a aplicação, as taxas e as cobranças de honorários advocatícios. Ele afirma não se arrepender dos recursos utilizados. O empresário aplicou no programa em maio de 2017. Em agosto do ano passado, conseguiu o green card condicional. A esposa dele também obteve o benefício.

Em 2020, Luiz deverá passar por avaliação da USCIS, que irá analisar se ele cumpriu os requisitos necessários referentes aos EB-5, como a criação de 10 empregos, e se não violou nenhuma lei americana. Caso aprovado, ele terá direito ao green card definitivo. O procedimento é considerado padrão no programa de investimentos e é realizado dois anos após a concessão do visto provisório.

Os riscos

Assim como qualquer investimento, o EB-5 traz riscos. Há históricos de estrangeiros que aplicaram em fundos de empresas que foram à falência ou em estabelecimentos que sequer chegaram a ser concluídos. Nesses casos, os imigrantes perdem os U$ 500 mil e o direito de permanecer nos Estados Unidos, pois a aplicação não gerou os 10 empregos necessários durante dois anos.

O advogado Daniel Toledo ressalta a importância de o estrangeiro avaliar criteriosamente o lugar no qual fará o investimento. “É preciso escolher um fundo estruturado e ter uma boa orientação jurídica, porque se fizer de modo amador, o estrangeiro vai perder o investimento”, pontua.

Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil orientaram que entre os cuidados que devem ser tomados pelos estrangeiros estão buscar por um fundo que esteja há mais de 10 anos no mercado e que possua seguro contra falência ou imprevistos nas obras.

“Vejo muita gente vendendo projetos de investimentos que a gente sabe que não vai acontecer. Isso quebra muitas pessoas financeiramente, pois elas acabam colocando o dinheiro e nunca recebem o green card”, afirma Toledo.

Assim como Toledo, George Cunha relata não ter passado por situações em que o cliente perdeu o recurso investido. “Estão aparecendo muitos projetos que prometem uma remuneração maior do dinheiro aplicado. Isso entra na concepção de que quanto maior a remuneração, maior o risco de não dar certo. É importante saber que projeto estruturado e com uma margem de segurança alta, geralmente paga uma remuneração baixa”, explica Cunha.

Novo valor

Há cerca de 10 anos, o congresso americano avalia a possibilidade de aumentar o valor dos U$ 500 mil do EB-5, cobrado desde o início do programa. Uma das principais possibilidades é que o investimento mínimo ultrapasse os U$ 900 mil.

Para especialistas, procura de visto para viver nos EUA não deve arrefecer. BBC NEWS BRASIL/spyarm/Getty

Um dos argumentos para a alteração no valor é o fato de o EB-5 ser considerado um dos programas de investimentos estrangeiros mais baratos do mundo, quando comparado a outros países. “Para que se tenha uma ideia, esse mesmo programa custa 2 milhões de libras na Inglaterra. Em Portugal, o Golden Visa custa 500 mil euros. No Canadá, que atualmente está suspenso porque o governo concluiu que não estava beneficiando a economia, eram 800 mil dólares canadenses”, diz Cunha.

No congresso americano, há sucessivas prorrogações da decisão sobre o aumento no EB-5. A medida seria avaliada em dezembro passado, mas foi, novamente, prorrogada.

Para Cunha, o valor não foi alterado até o momento porque empresários norte-americanos temem que o aumento na cobrança mínima do visto reduza a busca de investidores estrangeiros. “O EB-5 faz investimentos em, praticamente, todos os 50 Estados americanos. É uma indústria muito poderosa, que injeta, aproximadamente, o equivalente a U$ 5 bilhões por ano nos Estados Unidos, na construção de novos projetos e empreendimentos. Esse visto gera cerca de 100 mil empregos para americanos e residentes legais a cada ano”, afirma.

“Muitos empresários poderosos não deixam a coisa (o aumento) acontecer. Principalmente porque os donos de projetos têm um custo barato com o EB-5, porque vão pagar somente de 0 a 3% ao ano de juros, com prazo de carência de cinco anos”, acrescenta o advogado.

A próxima discussão no congresso americano sobre o possível aumento do EB-5 está marcada para o início de fevereiro.

Busca crescente de brasileiros pelo EB-5

A procura de brasileiros pelo EB-5 deve continuar crescente pelos próximos anos, mesmo em caso de possível alteração no valor do visto, apontam os advogados ouvidos pela reportagem.

A posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL), segundo os especialistas, não deve reduzir a vontade de deixar o Brasil entre aqueles que buscam o EB-5. “A maioria das pessoas que procura esse visto reclama de questões como segurança e educação para os filhos. Dizem que não aguentam mais o ‘jeitinho brasileiro’. Essas pessoas não vão perceber mudanças tão rapidamente no Brasil, para melhor nem pior”, declara Toledo.

Ainda segundo os advogados, outro fator que também não deve alterar a busca de EB-5 por brasileiros é a polêmica decisão do Ministério das Relações Exteriores em retirar o Brasil do Pacto Global para a Migração, da Organização das Nações Unidas (ONU), ao qual o país havia aderido em dezembro. Diversos segmentos criticaram a medida e apontaram que ela pode prejudicar a relação com outras nações.

“De forma alguma essa decisão afetará o EB-5 para brasileiros. O pacto não trata de migrações com vistos, ele propõe uma forma de trânsito mais flexível entre os países. Então, nem o EB-5 nem outros vistos correm qualquer risco”, ressalta Toledo.

A vida nos EUA

Os brasileiros que recorrem ao EB-5 consideram o investimento mais como porta de entrada para os EUA – e menos como possível forma de garantir um modo de vida no país. “Até porque não teria como sobreviver com esse recurso, é um retorno pequeno e só recuperamos o investimento depois de cinco anos”, ressalta Luiz.

Toledo destaca que os estrangeiros que aplicam no EB-5 procuram ter acesso aos direitos concedidos àqueles que vivem legalmente no país norte-americano. “Eles estão preocupados em benefícios como colocar os filhos em escola pública e autorização para trabalhar.”

Depois de cinco anos vivendo legalmente nos EUA, o imigrante pode optar pela cidadania americana. “A partir de então, ele passa a ter os mesmos direitos de um cidadão americano, como votar e exercer quase todos os cargos públicos, com exceção de algumas funções, como presidente do país, que precisa ser americano nato”, diz Cunha.

Luiz afirma que sua vida melhorou depois que passou a morar nos EUA. Proprietário de uma mineradora brasileira, ele mantém os serviços no Brasil. Por meio da internet, trata sobre assuntos profissionais. No momento, ele tem pesquisado a região para abrir um negócio no país norte-americano. “Quero continuar por aqui, porque tenho muito mais liberdade e qualidade de vida. Sinto falta dos amigos e da família, mas agora quero estabelecer a minha vida aqui”, comenta o empresário, que mora em Miami.

À espera do visto para migrar para os EUA, Roberto planeja como deverá ser seu cotidiano no novo país. “Penso na qualidade de vida. É um lugar com melhor infraestrutura e segurança. Você pode ir e vir com mais facilidade e tem acesso a coisas de maneira mais justa. O governo, como em todo lugar, tem seus problemas, mas acredito que sejam menores quando comparados ao Brasil”, diz.

*o entrevistado pediu para não ter a identidade divulgada.

R7, com BBC Brasil

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Cidades

Trecho da Avenida Rodrigues Alves será interditado para execução de serviços de poda

Foto: Divulgação 

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) está realizando, nesta terça-feira (24), um trabalho de poda preventiva no bairro do Tirol, em Natal. A ação acontece no trecho compreendido entre a Avenida Rodrigues Alves e a Rua Maxaranguape, com interdição da via até às 16h30. A iniciativa tem como objetivo garantir a segurança de pedestres, motoristas e da rede elétrica, além de preservar a saúde das árvores da região. A Semsur informa que os serviços devem continuar pela Rua Maxaranguape até esta quarta-feira (25), respeitando o cronograma estabelecido pela secretaria.

Durante a execução dos trabalhos, o trecho afetado permanecerá interditado para o tráfego de veículos, e a secretaria solicita a compreensão da população pelos transtornos momentâneos causados pela operação. Somente em 2025, a Semsur já realizou mais de 5.500 ações de poda preventiva em diversas regiões da cidade, como parte do seu compromisso com a manutenção da arborização urbana e a segurança pública.

A população também tem papel importante nesse cuidado. Ao perceber sinais de risco como inclinação acentuada, galhos quebrados, fendas no tronco, presença de cupins, formigueiros ou raízes expostas, o cidadão deve acionar a Semsur, que realiza vistoria técnica e define a melhor medida a ser tomada. Já em casos de queda de árvore, o protocolo é acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros; se houver risco ou dano à rede elétrica, a COSERN deve ser informada.

Para solicitar serviços de poda ou retirada de árvores, a população pode entrar em contato com o Departamento de Paisagismo da Semsur pelos telefones (84) 3133-5166 e (84) 3232-9845, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, pelo e-mail [email protected] ou presencialmente na Rua Princesa Isabel, nº 799, no bairro da Cidade Alta.

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Política

Paraná Pesquisas: Lula empata com Bolsonaro e Michelle no primeiro turno

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria com Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, ambos do PL, em eventuais cenários de primeiro turno nas eleições de 2026. É o que indica levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (24).

Foram ouvidas 2.020 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 18 e 22 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa avaliou seis possíveis cenários para o pleito do ano que vem. Confira a seguir em detalhes os quadros apresentados:

Cenário 1

  • Jair Bolsonaro (PL): 37,2%
  • Lula (PT): 32,8%
  • Ciro Gomes (PDT): 10,3%
  • Ratinho Jr (PSD): 4,6%
  • Ronaldo Caiado (União): 2,9%
  • Helder Barbalho (MDB): 0,7%
  • Nenhum/Branco/Nulo: 6,7%
  • Não sabe/Não opinou: 4,8%

Cenário 2

  • Lula (PT): 33,5%
  • Michelle Bolsonaro (PL): 30,2%
  • Ciro Gomes (PDT): 11,5%
  • Ratinho Jr (PSD): 5,7%
  • Ronaldo Caiado (União): 4,6%
  • Helder Barbalho (MDB): 0,9%
  • Nenhum/Branco/Nulo: 8,0%
  • Não sabe/Não opinou: 5,4%
  • Cenário 3

    • Lula (PT): 34,0%
    • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 24,3%
    • Ciro Gomes (PDT): 13,5%
    • Ratinho Jr (PSD): 6,9%
    • Ronaldo Caiado (União): 4,3%
    • Helder Barbalho (MDB): 1,0%
    • Nenhum/Branco/Nulo: 10,5%
    • Não sabe/Não opinou: 5,6%
    • CENÁRIO 4
      • Lula (PT): 33,8%
      • Eduardo Bolsonaro (PL): 21,3%
      • Ciro Gomes (PDT): 13,2%
      • Ratinho Jr (PSD): 8,5%
      • Ronaldo Caiado (União): 5,5%
      • Helder Barbalho (MDB): 1,1%
      • Nenhum/Branco/Nulo: 10,8%
      • Não sabe/Não opinou: 5,7%

      Cenário 5

      • Lula (PT): 33,8%
      • Flávio Bolsonaro (PL): 20,4%
      • Ciro Gomes (PDT): 13,8%
      • Ratinho Jr (PSD): 9,0%
      • Ronaldo Caiado (União): 5,8%
      • Helder Barbalho (MDB): 1,1%
      • Nenhum/Branco/Nulo: 10,3%
      • Não sabe/Não opinou: 5,9%

      Cenário 6

    • Lula (PT): 34,2%
    • Ciro Gomes (PDT): 15,0%
    • Ratinho Jr (PSD): 13,9%
    • Ronaldo Caiado (União): 7,1%
    • Rogério Marinho (PL): 6,8%
    • Helder Barbalho (MDB): 1,2%
    • Nenhum/Branco/Nulo: 15,5%
    • Não sabe/Não opinou: 6,4%
    • CNN

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Trânsito

Cruzamento da Av. Ayrton Senna com Av. das Alagoas continua intransitável

Foto: Reprodução 

A Secretaria de Mobilidade Urbana informou nesta terça-feira (24) que um cruzamento da cidade segue intransitável devido à ocorrências das chuvas: Av. das Alagoas com Av. Ayrton Senna.

De acordo com a STTU, inspetores e agentes de Mobilidade estão monitorando a área. Motoristas devem buscar rotas alternativas e redobrar a atenção ao transitar nas proximidades.

A secretaria também informou que a situação está sendo acompanhada e novas atualizações serão divulgadas assim que houver liberação da via.

Novo Notícias 

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Geral

Área queimada no Brasil em 2024 supera média histórica em 62%

Foto: Reprodução/Agência Brasil/Jader Souza

O Relatório Anual do Fogo do MapBiomas revelou que a área queimada no Brasil em 2024 superou a média histórica, de 18,5 milhões de hectares por ano, em 62%. De acordo com os dados da pesquisa, divulgada nesta terça-feira (24), metade de toda a área queimada no Brasil desde 1985 foi na última década.

O estudo mostra que um quarto (24%) do território nacional, equivalente à soma das áreas do Pará e do Mato Grosso, queimou pelo menos uma vez entre 1985 e 2024. Nestas últimas quatro décadas, 206 milhões de hectares foram afetados pelo fogo com intensidades diferentes em cada um dos seis biomas do país.

Entre 1985 e 2024, 69,5% da área queimada no Brasil ocorreu em vegetação nativa (514 milhões de hectares). No ano de 2024 esse percentual subiu para 72,7% (21,8 milhões de hectares). Em 2024, a vegetação nativa mais afetada foi a florestal, com 7,7 milhões de hectares – extensão 287% superior à média histórica.

Amazônia e Mata Atlântica

A Amazônia registrou a maior área queimada de toda a série histórica iniciada em 1985 e foi, de longe, o bioma que mais queimou no país. “O fogo não é um elemento natural da dinâmica ecológica das florestas amazônicas. As áreas queimadas que marcaram o bioma em 2024 são resultado da ação humana, especialmente em um cenário agravado por dois anos consecutivos de seca severa”, afirma Felipe Martenexen, coordenador de mapeamento do bioma Amazônia do MapBiomas.

A Mata Atlântica teve a maior área afetada por fogo nas últimas quatro décadas – 1,32 milhão de hectares, ficando 261% acima da média histórica para o bioma – e o Pantanal também foi destaque: teve 62% de seu território queimado pelo menos uma vez no período mapeado.

“As áreas naturais na Mata Atlântica são especialmente vulneráveis ao fogo, que não faz parte da dinâmica ecológica desse bioma. Quando ocorrem, os incêndios acabam trazendo grandes impactos aos escassos remanescentes florestais dentro do bioma.”, aponta Natalia Crusco, da equipe da Mata Atlântica do MapBiomas.

Pantanal e Cerrado

Entre os seis biomas brasileiros, o Pantanal foi o mais afetado pelo fogo nos últimos 40 anos, proporcionalmente. A quase totalidade (93%) dos incêndios ocorreu em vegetação nativa, especialmente em formações campestres e campos alagados (71%).

Em nível nacional, 64% da área afetada pelo fogo em todo o país queimou mais de uma vez entre 1985 e 2024. O Cerrado é o bioma com maior recorrência do fogo: 3,7 milhões de hectares queimaram mais de 16 vezes em 40 anos.

“Um dado especialmente preocupante é o avanço do fogo sobre as formações florestais no Cerrado, que em 2024 atingiram a maior extensão queimada dos últimos sete anos”, comenta Vera Arruda pesquisadora do IPAM e coordenadora técnica do MapBiomas Fogo.

Caatinga e Pampa

Na Caatinga, a extensão queimada, de 11,15 milhões de hectares queimados entre 1985 a 2024, representou 13% do bioma. Cerca de 38% da área queimada no bioma foi afetada pelo fogo mais de uma vez ao longo dos últimos 40 anos.

O Pampa, por sua vez, tem a menor área queimada – tanto em extensão (495 mil hectares), como proporcionalmente em relação ao total do bioma (3%). Apesar de um leve aumento em relação a 2023, os valores permaneceram abaixo da média anual, de 15,3 mil hectares.

“Embora o fogo ocorra em menor escala no bioma, muitas áreas naturais estão sujeitas a incêndios catastróficos nos períodos mais secos, como as áreas pantanosas e os campos com grande acúmulo de biomassa, que resultam em danos ambientais expressivos”, afirma Eduardo Vélez, coordenador de mapeamento do bioma Pampa do MapBiomas.

Os dados, obtidos a partir do mapeamento de cicatriz de fogo com imagens de satélite, traçam o retrato da ação do fogo em todo o território brasileiro e expõem os padrões de ocorrência das queimadas e dos incêndios.”, comenta Vera Arruda pesquisadora do IPAM e coordenadora técnica do MapBiomas Fogo.

CNN

Opinião dos leitores

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Geral

Helicóptero não consegue chegar a brasileira presa em trilha na Indonésia

Foto: Reprodução

As equipes que tentam resgatar a brasileira Juliana Marins, 26, que caiu em um penhasco no entorno do vulcão Rinjani, na Indonésia, relataram que o helicóptero que poderia ser utilizado nas buscas não conseguiu chegar ao local devido às condições climáticas.

“Não é fácil e rápido como pensamos”, informou, em nota publicada nas redes sociais, a direção do Parque Nacional do Monte Rinjani.

A turista está presa no penhasco desde sexta-feira (20). O uso de helicóptero é perigoso devido à baixa visibilidade.

O parque também anunciou nesta terça-feira (24) que a rota para o cume do vulcão foi temporariamente fechada para agilizar a operação de resgate.

“Pedimos a compreensão e cooperação de todas as partes para o bom andamento desse esforço humanitário”, diz o informe sobre o fechamento.

Segundo informações da família de Juliana, há muitas autoridades presentes na região em que estão concentradas as equipes, “reforçando a urgência e o compromisso no resgate”.

A família disse ainda que existem três planos em vigor no momento para tentar salvar a brasileira e confirmou a impossibilidade de uso do helicóptero.

“Ainda não chegamos em Juliana”, informou comunicado da família, no meio da tarde na Indonésia, madrugada no Brasil.

Segundo o Itamaraty, funcionários da embaixada brasileira na capital Jacarta acompanham os trabalhos.

A trilha seguida pela publicitária brasileira Juliana Marins até o vulcão Rinjani, na Indonésia, é uma das mais populares do país asiático. A 3.726 metros de altitude, o monte está localizado na ilha de Lombok e é o segundo maior do país.

A trilha ao vulcão teria duração de três dias e duas noites, de 20 a 22 de junho, e foi programada com uma agência local, segundo Mariana Marins, irmã de Juliana.

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a publicitária está em um mochilão pela Ásia desde o final de fevereiro deste ano.

Folha de S.Paulo

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Mundo

Israel acusa Irã de violar cessar-fogo e diz que “responderá com força”

Foto: Stringer/Getty Images

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta terça-feira (24) que Israel “responderá com força” após a “violação total” do cessar-fogo declarado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo Irã, acrescentando que “continuará a operação intensiva para atacar” Teerã.

“Instruí as Forças de Defesa de Israel (IDF), em coordenação com o primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu], a continuar a operação intensiva para atacar Teerã e frustrar alvos do regime e a infraestrutura terrorista em Teerã”, disse ele.

Os militares israelenses interceptaram dois mísseis lançados do Irã contra Israel, informou um oficial das IDF à CNN.

O Exército afirmou mais cedo nesta terça-feira que o cessar-fogo com o Irã “entrou em vigor esta manhã”.

Irã nega acusações

Veículos de comunicação estatais iranianos negaram que o Irã tenha disparado mísseis contra Israel após o cessar-fogo entrar em vigor.

“A notícia de que o Irã disparou mísseis contra os territórios ocupados após impor um cessar-fogo ao regime sionista é negada”, informou a agência de notícias semioficial ISNA em seu canal do Telegram nesta terça-feira, sem atribuição.

A Nour News, ligada ao Estado, também publicou a negação.

Um alto funcionário de segurança do Irã disse à CNN que, após as 7h30, horário local, “nenhum míssil foi disparado contra o inimigo até o momento”.

Em seu anúncio inicial sobre o cessar-fogo entre Irã e Israel, Donald Trump declarou que a trégua começaria cerca de seis horas após sua primeira mensagem nas redes sociais anunciando o acordo, o que marcou o início do acordo para perto das 0h, horário do leste.

“Se Israel cometer um erro, todos os territórios ocupados serão atacados, assim como uma hora antes do fim da guerra”, declarou a autoridade iraniana.

CNN

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Geral

Avanço de Índia, China e Iraque ressalta atraso do Brasil no saneamento

Foto: André Porto/UOL

O Brasil é um dos países mais atrasados do mundo no atendimento à população com sistemas de esgotamento sanitário e só recentemente faz aportes em maior volume graças a investimentos do setor privado.

Até 2022, segundo dados do Banco Mundial, o Brasil ficava atrás de Índia, Iraque, China e África do Sul e de vários países latino-americanos no total da população atendida por coleta e tratamento de esgoto.

Apesar dos investimentos recentes, o país ainda corre o risco de não conseguir cumprir as metas do novo Marco Legal do Saneamento Básico, de 2020, que permitiu o ingresso de empresas privadas na área.

Os dois principais objetivos do marco são levar o país a ter 99% da população com atendimento de água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até o final de 2033. Em 2023 (último dado oficial), o país tinha 83,1% da população com acesso a água e 55,2% com esgotamento.

No caso do esgoto, era menos do que tinham um ano antes o Peru (57,7%) e o México (62,5%). Na região, o país com maior cobertura é o Chile (95,3%), enquanto a média global era 56,6%.

Para atingir as metas do marco, o Brasil teria que investir R$ 223,82 por habitante todos os anos, em vez dos R$ 124,74 registrados em 2023. Isto significa que o investimento precisaria saltar de R$ 25,6 bilhões em 2023 para R$ 45,1 bilhões anuais até 2033.

Apesar de o novo marco do saneamento ter sido aprovado em 2020, muitos dos investimentos programados começam a ganhar força agora, com vários estados realizando privatizações, parcerias público-privadas ou concessões de estatais de saneamento.

Segundo Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, que monitora o setor desde 2007, os investimentos já programados e as perspectivas para os próximos anos fazem com que o Brasil “apareça mal na foto, mas com um filme promissor à frente”.

“Existe a confiança de que o modelo de negócios no setor esteja se consolidando. O grande desafio será fortalecer as agências reguladoras de forma técnica e independente para dar mais segurança aos investimentos”, afirma.

Neste ano, aportes importantes estão sendo realizados em estados como Pernambuco (R$ 18,9 bilhões), Pará (R$ 15,8 bilhões), Espírito Santo (R$ 7 bilhões) e Rondônia (4,9 bilhões). Juntos, devem atender a 16,1 milhões de pessoas.

Um dos principais problemas hoje é o custo de financiamento dos projetos. Com o juro básico (Selic) a 15% ao ano pressionado pelo aumento do gasto público sob o governo Lula e pela inflação, as empresas que investem acabarão repassando para a conta dos consumidores o custo de capital.

Outro obstáculo é a dificuldade que algumas empresas estaduais de saneamento enfrentam para levantar dinheiro para investimentos junto a bancos públicos.

Embora a iniciativa privada tenha feito grandes avanços desde 2020 por meio de privatizações (como a da Sabesp), concessões e PPPs com o setor público, as empresas estaduais ainda respondem pelo abastecimento de água urbano em 3.301 municípios e esgotamento em 1.213 –de 5.570 cidades no país.

Segundo a Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento), bancos oficiais costumam cobrar IPCA mais 3,5% a 4% ao ano nos financiamentos, pois são lastreados com dinheiro do FGTS (remunerado abaixo das taxas de mercado).

Mas quando as estaduais emitem papéis (debêntures) para levantar capital, pagam IPCA e até 8% ao ano em juros, em prazos de 15 anos –ante até 30 anos para recursos do FGTS. Esse custo maior recai sobre os consumidores.

Segundo Sergio Gonçalves, secretário-executivo da Aesbe, um efeito da dificuldade na obtenção de dinheiro pelas companhias estaduais é que elas estão acelerando PPPs e concessões. Em abril, a entidade computava R$ 11,1 bilhões em financiamentos com recursos do FGTS à espera de aprovação.

Entre as privatizadas ou concedidas totalmente ao setor privado constam as ex-estatais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Piauí. Entre outras, as parcialmente concedidas são de Alagoas, Rio de Janeiro, Sergipe e Pará; e houve PPPs importantes em estados como Paraná, Ceará e Espírito Santo.

Segundo a Abcon-Sindcon (Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto), desde a aprovação do marco, em 2020, foram aproximadamente 60 leilões, que redundaram em mais de R$ 160 bilhões de investimentos.

Folha de S.Paulo

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PRE pede a cassação do prefeito e vice de Ouro Branco

Foto: REPRODUÇÃO

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (PRE-RN) emitiu parecer favorável a um recurso que pede a cassação dos mandatos do prefeito Samuel Souto (PL) e do vice-prefeito Dr. Araújo (PP), eleitos nas eleições municipais de 2024. A manifestação ocorre na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostos abusos de poder político e econômico e promoção pessoal com uso indevido da estrutura pública durante o período eleitoral.

O recurso foi interposto pela coligação adversária, que acusa o gestor de utilizar a administração municipal para favorecer sua campanha à reeleição. Entre os fatos apontados, estão a realização de eventos com forte conotação eleitoral antes do prazo legal e a distribuição gratuita de bens à população em contexto de evidente finalidade eleitoral.

A Procuradoria destacou em seu parecer: “Desse modo, resta demonstrado que Samuel Oliveira de Souto, prefeito de Ouro Branco/RN, praticou conduta vedada ao infringir o § 10 do art. 73 da Lei nº 9.504/97, por ter realizado a distribuição gratuita de bens em pleno ano eleitoral, sem a comprovação de amparo nas ressalvas legais (calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior), propiciando benefícios eleitorais à chapa integrada por ele e por Francisco Lucena de Araújo Filho.”

O processo agora segue para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN), que poderá confirmar ou rejeitar o pedido de cassação. Caso a Corte acate o recurso, uma nova eleição municipal deverá ser convocada para escolher os novos representantes do Executivo de Ouro Branco. A decisão do TRE-RN será tomada nas próximas sessões, ainda sem data definida.

Tribuna do Norte

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Nova versão de programa pré-impeachment de Dilma afasta MDB de Lula

Foto: Andre Penner/AP

De olho nas eleições de 2026, o MDB prepara um documento com as principais diretrizes e propostas que o partido pretende apresentar em meio às articulações para definir as alianças em torno da disputa pela Presidência da República.

De acordo com os responsáveis pelo plano, o objetivo é apresentar o partido como uma alternativa eleitoral, o que afasta as chances de um apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cujo governo conta com três ministros do MDB.

Internamente, o programa que será apresentado em outubro, um ano antes das eleições, é tratado como uma nova versão do “Ponte para o Futuro”, manifesto lançado pelo partido em 2015, às vésperas do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele é tido como uma sinalização de ajuste fiscal dado ao mercado.

O documento serviu como uma espécie de plano de governo do ex-presidente Michel Temer, que era vice de Dilma e assumiu a Presidência após a destituição da petista, em agosto de 2016.

“Brasil precisa pensar o Brasil”

Desde março, a Fundação Ulysses Guimarães, braço de estudos do MDB, tem promovido encontros regionais em diferentes estados com grupos de discussões com especialistas e lideranças da legenda, sob a coordenação do ex-ministro Aldo Rebelo e do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS). O projeto foi batizado de “O Brasil precisa pensar o Brasil”.

“É muito parecido com o Ponte para o Futuro. Que era um projeto bem construído, mas que foi feito por um grupo de pensadores.
Este novo projeto tem capilaridade. Estamos andando pelo país inteiro, conversando com os companheiros e pedindo para eles replicarem esses movimentos”, afirmou ao Metrópoles Alceu Moreira, que faz críticas ao governo Lula.

“Hoje, não temos a mínima noção do que o Lula vai pensar amanhã de manhã. Ninguém sabe. Não tem um projeto de país”, diz o parlamentar emedebista.

Aldo Rebelo, que foi secretário de Relações Internacionais no primeiro mandato do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e depois trabalhou na campanha de reeleição do emedebista, reforça o objetivo da iniciativa de apresentar a legenda como uma alternativa para as eleições de 2026.

“O MDB tem que pensar em uma alternativa própria e essa alternativa tem três eixos. A retomada do crescimento da economia e do desenvolvimento como o primeiro eixo. O segundo eixo é a redução das desigualdades e a valorização da educação. O terceiro eixo é a valorização da democracia, ou seja, a capacidade do país de dialogar mesmo quando houver opiniões diferentes”, afirma Rebelo.

O ex-ministro afirma que o MDB tem “bons nomes” para uma candidatura própria, mas diz que essa discussão ainda não está sendo feita.

Metrópoles

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Lula não sanciona lei que cria Dia da Amizade Brasil-Israel

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Em meio ao conflito no Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não se manifestar sobre a sanção do projeto de lei que cria o Dia da Amizade Brasil-Israel. A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional em 29 maio deste ano e tinha 15 dias úteis para ser sancionada pelo chefe do Executivo.

O prazo terminou na última sexta-feira (20). Como a Casa Civil da Presidência da República não se manifestou sobre a sanção, a proposta segue automaticamente para promulgação por parte do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), que é judeu.

Esta prática é prevista na Constituição e é chamada de sanção tácita. “Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção”, determina a Carta Magna.

Um ofício assinado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi enviado ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (23). No documento, o ministro reencaminha ao Legislativo a assinatura da lei.

Tensão no Oriente Médio

No dia 13 de junho, o governo brasileiro divulgou nota em que expressa “firme condenação” à ofensiva aérea de Israel contra o Irã, afirmando que os ataques violam a soberania do país e o direito internacional.

“Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”, consta no comunicado.

No domingo (22), o governo brasileiro também divulgou nota expressando “grave preocupação” com a escalada militar no Oriente Médio e condenando os ataques militares de Israel e dos Estados Unidos ao Irã.

A proposta

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional foi apresentado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT). A proposta estabelece o dia 12 de abril como a data oficial para a celebração da amizade entre Brasil e Israel.

A medida busca formalizar a relação bilateral entre os países e fomentar vínculos culturais, sociais e econômicos entre as duas nações.

CNN

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