O fim da recessão na economia não provocou mudanças significativas na hotelaria do Rio Grande do Norte por um fator alheio ao setor: o alto custo das passagens aéreas para o Estado. Entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o crescimento no número de unidades habitacionais ocupadas nos hotéis conveniados à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH/RN) foi positiva em 0,26 % em Natal. Em Mossoró, a queda foi maior: 2,06%. Em Pipa, a redução ficou em 0,36% nos primeiros seis meses deste ano. A expectativa é que, com a nova política de ICMS imposta pelo Governo do Estado para o querosene de aviação, com redução progressiva das alíquotas, a realidade mude a partir deste segundo semestre.
“Eu acredito que o problema se agravou pelo alto custo das passagens aéreas. No primeiro semestre deste ano, tivemos a falência da Avianca e a concentração do mercado aéreo local em três empresas (Azul, Gol e Latam) e consequente aumento dos custos. Se não tivesse sido isso, teríamos melhorado os nossos indicadores de ocupação”, analisa José Odécio Júnior, presidente da ABIH/RN. Para este mês de julho, as perspectivas não são positivas em relação ao julho de 2018. Conforme antecipado pela Associação, a previsão de ocupação dos hotéis em Natal é de 53% (em 2018, ela girou em torno de 76,2%). Para Mossoró, ao longo deste mês: 53,5% (contra 63,02% no mesmo período do ano passado). Em Pipa, para o mês das férias, 49% (em julho de 2018, o badalado distrito litorâneo registrou ocupação de 62,8%).
A conselheira da Associação Brasileira das Agências de Viagens no Rio Grande do Norte (ABAV/RN), Diassis Holanda, argumenta que é preciso mudar não somente a política de precificação das passagens aéreas para o Rio Grande do Norte, mas também fomentar mudanças nos atrativos locais. “O preço das passagens afasta os turistas. Isso todos já sabem. Mas, além disso, as nossas atrações precisam ser reformuladas, cuidadas. Temos espaços públicos como a Fortaleza dos Reis Magos, o Bosque dos Namorados que precisam ser revitalizados, assim como as orlas das nossas praias. O turismo não se sustenta somente de sol e mar. Precisamos melhorar o nosso nível turístico com mais atrativos”, ressalta Diassis Holanda.
Procurada, a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), não comentou o assunto.
Tribuna do Norte
Até a gasolina em Joao Pessos é mais barata. É o fim um verdadeiro descaso e incompetência administrativa.
É quase impossível de acreditar no estamos vivenciando. Até grandres restaurantes estão dando férias coletivas. Acabou os atrativos e tem gente querendo inventar ideias mirabolantes como um teleférico no morro do careca. Nem dinheiro pracpagar os salários tem vão ter competência para fazer uma obra que tera que ser privada. Pq o governo do estado é um degrau a baixo todos os dias. O povo sem noção em ter votado nessa gestão. Envergonhada mais o estado.
Fora a falta de estrutura e segurança. Natal está abandonada. Suja, escura e arruinada. Mas o povo aqui parece gostar. É avesso ao progresso. O turismo é uma das poucas alternativas ao estado, que não tem indústria, nem comércio, nem serviços nem nada.
Culpa do 'trade', fazer o quê? No RN, desde sempre, a atividade turística é fundamentada pura e simplesmente na ocupação hoteleira. "Turismo de hotel" em pleno século 21… Dói quando rio.
O nosso turismo faliu depois da mudança do aeroporto. Vejam a queda dos números de 2014 pra cá, e “coincidentemente” o crescimento do turismo na Paraíba. O turista não desaparece, ele mudar de lugar.