Partidos, sindicatos e organizações estudantis de Natal, que se sentiram agredidos durante o protesto do movimento #RevoltadoBusão na última quinta-feira (20), emitiram hoje (25) uma nota de repudio às represálias que sofreram durante a manifestação.
A nota afirma que apesar das “divergências programáticas”, as entidades repudiam “qualquer tipo de cerceamento da liberdade de expressão e organização dos trabalhadores (as)”.
A mensagem faz também uma convocação para uma manifestação “contra a repressão policial e contra a violência exercida por grupos com práticas fascistas infiltrados nas manifestações”.
Confira a nota:
“Nas últimas semanas temos visto nos cenários nacional e local, grandes mobilizações populares com a pauta inicial da redução das tarifas de ônibus e do direito às cidades. As primeiras mobilizações tiveram início aqui em Natal com grande participação de movimentos populares, sindicatos, partidos de esquerda, organizações estudantis, anarquistas e independentes.
O povo foi às ruas e, em resposta, o aparato repressivo do Estado, herdeiro da cultura repressora do inacabado 64 (ditadura militar), reprimiu intensamente as manifestações populares. Apesar disso, os protestos populares se transformaram em grandes mobilizações de massa com múltiplas bandeiras.
No ultimo dia 20 de junho, no grande ato realizado em Natal/RN, militantes de diversos partidos de esquerda, sindicatos, organizações populares e anarquistas – os mesmos que sempre estiveram construindo as lutas populares – se depararam com atitudes repressoras de grupos com práticas fascistas.
Setores minoritários extremamente violentos, fortalecidos pelo discurso raivoso da mídia burguesa, atiraram pedras e objetos cortantes, inclusive partindo para o confronto físico direto, contra militantes de nossas organizações políticas, rasgando nossas bandeiras, violando o princípio da democracia operária e da livre manifestação, relembrando as práticas de nosso passado recente marcado por torturas, perseguições políticas, supressão das liberdades individuais, inclusive da livre organização em partidos políticos de esquerda. Apesar das nossas divergências programáticas, repudiamos qualquer tipo de cerceamento da liberdade de expressão e organização dos trabalhadores (as).
Por isso, ressaltamos a necessidade da população engrossar as fileiras em defesa da liberdade de expressão, de organização política e da democracia. Convocamos todos e todas, a se manifestar contra a repressão policial e contra a violência exercida por grupos com práticas fascistas infiltrados nas manifestações. E, nós, militantes de esquerda, libertários e anarquistas, permaneceremos na luta gritando e erguendo nossas bandeiras de luta por transformação social.
Natal/RN – 24 de junho de 2013”
Assinam a nota o PT, PCdoB, PCR, CONSULTA POPULAR, LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE, POR, CMP, MLB, UJR, UESP, MOVIMENTO DE MULHERES OLGA BENÁRIO, MLC, DCE UFRN, DCE MAURÍCIO DE NASSAU, SINSENAT, CUT, JPT, MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES, UJS, UMES e APES,
Cabe agora ao MP e as polícias Civil e Federal, lutarem pela autonomia destas, iguais as dos membros do MP.
O MP deve estar feliz pela vitória. Agora deve dar o exemplo que realmente está comprometido com a sociedade e colocar em discussão o milionário auxílio-paletó (PAE). A moralidade deve ser cobrada fora e dentro de casa também.
Parabéns ao MP, porém, aumentar apareto e meios para o trabalho da polícia certamente seria a melhor e mais legitima solução. É impossivel cruzar, dar de cabeça e agarrar ao mesmo tempo. O gerente não faz a fachina pela falta do fachineiro, o demite ou busca solução razoável. Pensemos nisso.
Os deputados estão tão trancados com as manifestações que não passa um cacho de coco.