Por Veja
Principal delator do escândalo do petrolão, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse nesta sexta-feira, em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, que os partidos políticos que indicaram dirigentes para a estatal “sempre” exigiam benefícios financeiros em troca de apoio. As declarações do ex-diretor detalham o funcionamento do esquema de cobrança de propina e desvio de recursos em contratos na petroleira – e até o momento já apontaram que PT, PMDB e PP embolsaram dinheiro sujo do propinoduto.
Em acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa citou como beneficiário da propina o deputado cassado Pedro Corrêa (PP-PE). Ele foi condenado no julgamento do mensalão por ter recebido dinheiro em troca de apoio político do PP ao governo Lula. No escândalo do petrolão, o ex-parlamentar embolsou 5,3 milhões de reais em propina para despesas de campanha em 2010. Embora o PP seja apontado como um dos principais partidos que atuavam no esquema de corrupção na Petrobras, o alto valor da propina paga ao ex-congressista chamou atenção do próprio Costa. “[Era] um repasse extraordinário pois não era comum que um único parlamentar do PP recebesse uma quantia dessa monta do caixa de propinas do PP”, disse o ex-diretor.
Como testemunha de acusação, Costa voltou a afirmar que a distribuição de dinheiro envolveu contratos controversos, como a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e beneficiou não só a diretoria de Abastecimento, mas também outros integrantes na cúpula da companhia. Em acordo de delação premiada, Costa já havia indicado que o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró, autoridades ligadas ao PMDB e o operador do partido no escândalo do petrolão, Fernando Baiano, podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina na compra de Pasadena. “Nenhum partido dá apoio político só pelos belos olhos daquela pessoa ou pela sua capacidade técnica. Sempre tem que ter uma coisa em troca. Na diretoria Internacional, que tinha apoio do PMDB e do PT, comentava-se que esses partidos teriam benefícios. Pelos comentários que se faziam internamente [Cerveró também recebia propina]”, disse. “Se eu recebi, outros diretores possivelmente também receberam. Por que só eu receberia?”, completou ele.” As pessoas sabiam o que estava acontecendo e comentavam que tinham alguns partidos [cobrando propina]. Não se chega a diretor da Petrobras sem apoio político”.
No caso da refinaria de Pasadena, o próprio Costa recebeu 1,5 milhão de dólares em propina de Fernando Baiano “para não criar entraves ou empecilhos”. A compra da unidade de refino no Texas é considerada um dos negócios mais mal sucedidos da história da Petrobras e provocou prejuízo de 792 milhões de dólares aos cofres da estatal, segundo cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU).
Paulo Roberto Costa disse que recebeu propina também da empreiteira Andrade Gutierrez. Em seu acordo de delação premiada, o ex-diretor já havia confirmado que a Andrade Gutierrez, que integrava o Clube do Bilhão, pagou propina para o PMDB após ter sido cobrada por Baiano. “Grande parte [dos pagamentos de propina] foi feita em contas no exterior e valores menores no Brasil”, afirmou o ex-dirigente, que viajou ao paraíso fiscal de Liechtenstein acompanhado de Fernando Baiano para, no Vilartes Bank, discutir mecanismos para receber propina de 3 milhões de dólares sem deixar rastros. “Quando ele fez remessas para o exterior, eu estive com ele uma vez em Liechtenstein, em um banco, onde me apresentou pessoas do Vilartes Bank”, relatou.
Em depoimento ao juiz Sergio Moro, Paulo Roberto Costa voltou a confirmar os porcentuais de propina exigidos pelas diretorias da Petrobras: 1% para a diretoria de Refino e Abastecimento, 2% para a de Serviços, controlada pelo ex-diretor Renato Duque, indicado ao cargo pelo ex-ministro mensaleiro José Dirceu.
Em nota, a Andrade Gutierrez negou que tenha feito pagamentos de propina a Costa. “A Andrade Gutierrez nega e repudia as acusações – baseadas em ilações e não fatos concretos – e afirma, como vem fazendo desde o início das investigações, que nunca fez parte de qualquer acordo de favorecimento envolvendo a empresa e a Petrobras. A Andrade Gutierrez reitera, mais uma vez, que não tem ou teve qualquer envolvimento com os fatos relacionados com as investigações em curso”, informou a companhia.
Se Liberato e Ari tivesse ficado calados, não teríamos certeza de sua idiotice. Mais falaram…
O João Brasil não disse nada demais para quem tem o mínimo de inteligencia e isenção. Somente os fanáticos alienados não conseguem perceber que a verdade e a mentira estão sendo manipulados como se faz com torcidas organizadas de futebol: Meu time é o melhor e não tem defeitos e os outros não prestam e se não tiverem defeitos nós colocamos.
Há uma hipocrisia grande em ação. Os delatores criminosos são confiáveis? Então todos que eles delatarem devem ser enquadrados. Eles não são confiáveis e estão endo pressionados para atacar partidos e pessoas específicas? Então todos os acusados podem ser inocentes. Não existe essa de somente os acusados do partido que não gostamos são culpados e os do meu são inocente. Na política não existem anjinhos. E no judiciário, policia e mídia também não. Todos são humanos, brasileiros e passionais.
É muita cara de pau da imprensa a seletividade que usa na divulgação dos fatos. Condenando uns a priori e absorvendo outros também com rapidez. Há suspeição no ar e o resultado pode desencadear um movimento nacional de revolta com possível guerra civil em curso tocado pela imprensa golpista.
Sr. João Brasil e Sr. Luciano, a atitude dos senhores é amor ao PT, ou mera estupidez? Os fatos estão aí e não é criação da mídia. Ela apenas divulga. O que foi desprezado em divulgações, de certo era irrelevante por provado o contrário. Só divulgam o que é centro de busca. Não sejam as vitimas das próprias ações. Querem que a imprensa cale? Então parem de fazer o que motiva a divulgação. Simples assim.
A seletividade de alguns e da mídia é de arrepiar…..O bandido aí de cima virou mocinho pra muita gente!
Vejam vocês que os petralhas e seus simpatizantes já roubaram até o nome deste pobre país, não é mesmo João? O país é deles assim como o petróleo e a Petrobrás
Fico imaginando como os PeTistas quetem desmentir essas acusações ou simplesmente se arvorarem de vítimas destes fatos. O pior é que, infelizmente, muitos imbecís ainda alegam ser um complô, quiçá, nada demais, eis que outros já teriam feito semelhante no passado. A vingar a tese petista, devemos fechar as prisões, pois, em algum instante temporal, alguém ja foi condenado por furto, roubo, estupro e outros mais. Assim, condenados que foram, pela ótica PT, não se deveria mais punir. Pensem que estupidez… Parabéns à PF e ao MPF e Justiça.
Qual dos três criminosos merece fé pública?
Sucessão de delações premiadas embaralha versões e dá chance a diferentes interpretações; quando policial federal Jayme Alves, o Careca, afirmou em depoimento que entregou R$ 1 milhão, a mando do doleiro Alberto Youssef, para representante do então governador Antonio Anastasia (PSDB-MG), mídia contentou-se com o desmentido do doleiro e a versão do tucano de que jamais recebeu propina; fim de papo; agora, Youssef liga lobista Julio Camargo à entrega de fortunas ilegais para José Dirceu (PT-SP); Camargo e Dirceu negam, mas, nesse caso, Youssef é tratado como tendo falado a verdade; sem provas concretas, critério da verdade se perde na seleção política sobre no que se quer e no que não se quer acreditar.
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