A deputada Tabata Amaral (SP) e outros sete parlamentares do PDT foram suspensos do partido por terem votado a favor do texto-base da reforma da Previdência no primeiro turno da análise da proposta na Câmara. Eles responderão a processo administrativo na Comissão de Ética do partido, que prevê uma decisão em até 60 dias.
A executiva nacional do PDT se reuniu nesta quarta-feira, 17, para debater a situação dos dissidentes, que contrariaram a orientação da legenda e apoiaram mudanças na aposentadoria. “Por decisão da maioria, os deputados também estão com suas representações partidárias suspensas até que o processo seja concluído, o que pode demorar até 60 dias”, informou a sigla. A possibilidade de punição aos “infiéis” foi antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, a decisão do diretório nacional é soberana e representa todas as instâncias partidárias. “O diretório nacional decidiu. Temos uma proposta (de reforma da Previdência) paralela que Ciro (Gomes, candidato derrotado do partido à Presidência em 2018) está nos ajudando a levar a todos os cantos do Brasil e que achamos que seja uma reforma justa. Todos tiveram todas as instâncias partidárias para discutir, apresentar propostas”, disse Lupi.
O presidente do PDT afirmou, no entanto, que o posicionamento dos dissidentes pode “evoluir”, já que a proposta será votada em segundo turno, no mês que vem. “É importante lembrar que ainda terá uma segunda votação na Câmara, em agosto. O ser humano vive da evolução. E acho que todos podem evoluir durante esse processo”, declarou.
Além de Tabata, votaram a favor da reforma e estão suspensos os deputados Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG). Ao todo, partidos de oposição entregaram 19 votos a favor da reforma – além dos oito votos do PDT, houve 11 dissidentes do PSB.
O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), afirmou que vai substituir os deputados suspensos das comissões de que fazem parte na Casa. “Nas mais importantes, nós deveremos, sim, fazer substituições, para que os deputados que ocupem esses espaços nessas comissões sigam, evidentemente, a orientação do partido”, disse. Segundo o líder, Tabata e Silvia Cristina já foram substituídas nos cargos de vice-líder do partido na Câmara.
Tabata não comentou a suspensão. Após votar a favor da reforma, ela disse: “A reforma que votamos não pertence mais ao governo. Ela sofreu diversas alterações feitas por esse mesmo Congresso. O sim que digo à reforma não é sim ao governo e também não é um não a decisões partidárias. Meu voto é um voto de consciência”.
A comissão de ética do partido afirmou nesta quarta que os oito parlamentares suspensos terão amplo espaço de defesa. Depois, um relatório será encaminhado à executiva nacional da legenda, que, por sua vez, levará o parecer ao diretório nacional.
Suspenso, o pedetista Alex Santana afirmou ao Estadão/Broadcast que manterá o posicionamento pró-reforma na votação do segundo turno. “Estamos perdendo a oportunidade de oxigenar o partido, a oportunidade de fazer uma discussão da pluralidade que temos hoje. (A suspensão) É uma decisão que poderia ter sido melhor trabalhada internamente.”
Os outros deputados suspensos não se manifestaram.
Estadão Conteúdo
BESTEIRA!! TODO MUNDO GANHOU UMA PONTINHA AÍ…..!!! A POLITICA DO TOMA LÁ, DA CÁ CONTINUA TODO MUNDO SABE…!!!! HIPOCRISIA DO DIABO!! A NAO SER QUE SEJA MUITO BURRO, BABAO OU CHUPA OVO!!!!
Esse é o partido de Carlos Eduardo. Contra a reforma??
Esses decidentes do PDT, o caminho certo é o partido do filiado Senador Álvaro Dias.
Suspensão de fachada, para inglês ver. Nenhum dos 19 deputados será expulso do famigerado "socialismo moreno".
O PDT nunca se pautou pela ética, nem mesmo no tempo de Leonel Brizola.
E não será agora, sob a batuta enlameada de Carlos Lupi, que o partido terá ombridade de abrir mão de recursos do famigerado Fundo Partidário.