Pesquisa amostral divulgada hoje (24) pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) revelou que 60% dos jovens brasileiros são favoráveis ao aumento dos investimentos do país na ciência. Segundo os dados, 34% defendem manter os atuais valores. Apenas 5% acham que repasses às pesquisas científicas devem ser reduzidos.
O INCT-CPTC é um dos centros de pesquisa vinculados ao programa dos INCTs, criado em 2008 e conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Nesse estudo, foi investigado o que os jovens brasileiros pensam sobre ciência, tecnologia e inovação.
A apresentação dos resultados do levantamento foi realizada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Ao todo, foram ouvidas 2.206 pessoas com idade entre 15 e 24 anos, em todas as regiões do país. As entrevistas foram realizadas em março e abril deste ano, em visitas domiciliares. A margem de erro é de 2%.
A pesquisa também mostrou que, para 69% dos jovens, a ciência traz muitos benefícios. Para 27%, alguns benefícios e para 4%, poucos benefícios. Os entrevistados foram ainda instruídos, diante de uma lista, a apontar categorias nas quais depositaria mais confiança. Nos primeiros lugares, ficaram professores (50%), médicos (37,2%) e cientistas de universidades ou institutos públicos (36,7%).
Os entrevistados podiam citar mais de uma categoria. De acordo com o sociólogo Yurij Castelfranchi, um dos coordenadores da pesquisa, os números mostram que aquelas relacionadas com a ciência gozam geralmente de mais confiabilidade em relação às outras que constavam na lista apresentada: jornalistas (24,2%), religiosos (14,9%), representantes de organizações de defesa do meio ambiente (11,5%), artistas (4,8%) e políticos (2,5%). Particularmente, os cientistas que trabalham para empresas foram citados por 9,1%.
Também foi feita a pergunta de forma invertida, isto é, em quais categorias o entrevistado confiaria menos. Os cientistas de universidades públicas são apontados por apenas 1,6%. De outro lado, políticos (81,3%), artistas (35,1%), jornalistas (25,6%) e religiosos (22,9%) são os mais citados. “Isso é muito relevante. Às vezes, há uma sensação de que a população tem uma visão negativa dos cientistas. Isso não é real. A maioria dos jovens acha que os cientistas que trabalham em instituições públicas estão entre as fontes mais confiáveis que eles podem ter”, assinala Yurij Castelfranchi.
Agência Brasil
Não sei porquê esse número tão expressivo querem gastos com pesquisas, melhor lutar por pesquisa que tragam resultados práticos pra sociedade, a sociedade tem usufruído muito pouco, ou quase nada dos seus resultados.
E ainda tem os desvios das verbas destinadas a esse fim. Muito cuidado com esse discurso de pedir dinheiro. Dinheiro é "mercadoria" escassa e o nosso Brasil tem MUITAS carências.