Comportamento

“Positividade tóxica pode ser pior que depressão”, alertam especialistas

FOTO: MARIA PONOMARIOVA/GETTY IMAGESMARIA PONOMARIOVA/GETTY IMAGES

Pode parecer contraditório, mas a positividade pode ser tóxica.

“Qualquer tentativa de escapar do negativo — evitá-lo, sufocá-lo ou silenciá-lo — falha. Evitar o sofrimento é uma forma de sofrimento”, escreveu o escritor americano Mark Manson em seu livro A Arte Sutil de Ligar o Foda-se.

É precisamente nisso que consiste a positividade tóxica ou positivismo extremo: impor a nós mesmos — ou aos outros — uma atitude falsamente positiva, generalizar um estado feliz e otimista seja qual for a situação, silenciar nossas emoções “negativas” ou as dos outros.

Já aconteceu de você contar algo negativo sobre sua vida para alguém e, em vez de ouvir e acolher, a pessoa dizer: “Mas pelo menos…” ou então “É só você pensar positivo”?

O psicólogo da saúde Antonio Rodellar, especialista em transtornos de ansiedade e hipnose clínica, prefere falar em “emoções desreguladas” do que “negativas”.

“A paleta de cores emocionais engloba emoções desreguladas, como tristeza, frustração, raiva, ansiedade ou inveja. Não podemos ignorar que, como seres humanos, temos aquela gama de emoções que têm uma utilidade e que nos dão informações sobre o que acontece no nosso meio e no nosso corpo”, explica Rodellar à BBC News Mundo.

Para a terapeuta e psicóloga britânica Sally Baker, “o problema com a positividade tóxica é que ela é uma negação de todos os aspectos emocionais que sentimos diante de qualquer situação que nos represente um desafio.”

“É desonesto em relação a quem somos permitir-nos apenas expressões positivas”, diz Baker. “Negar constantemente tudo o que é ‘negativo’ que sentimos em situações difíceis é exaustivo e não nos permite construir resiliência [a capacidade de nos adaptarmos a situações adversas].”

“Isso nos isola de nós mesmos, de nossas verdadeiras emoções. Nós nos escondemos atrás da positividade para manter outras pessoas longe de uma imagem que nos mostra imperfeitos.”

Psicologia positiva vs. positividade tóxica

Para entender a positividade tóxica, devemos primeiro diferenciá-la da psicologia positiva, um conceito que parece semelhante, mas é diferente.

“A psicologia positiva foi popularizada pelo psicólogo Martin Seligman, que trabalhou muito com os problemas da depressão e deu uma perspectiva diferente para lidar com diferentes problemas, situações ou patologias”, explica Rodellar.

Na década de 1990, Seligman, então presidente da Associação Psicológica Americana (APA), disse em uma conferência que a psicologia precisava dar um novo passo para estudar do ponto de vista científico tudo o que torna o ser humano feliz.

Em seu famoso livro The Optimistic Child (A Criança Otimista, sem edição no Brasil), o psicólogo americano explicou que o pessimista não nasce, mas é criado. “Aprendemos a ser pessimistas pelas circunstâncias da vida.”

No entanto, ele também disse que podemos lutar contra esse pessimismo e transformar nossos pensamentos negativos em mais positivos.

Mas isso não quer dizer que, se você se sente triste, tem que se concentrar em ser feliz. Na verdade, fazer isso provavelmente cairá na armadilha da positividade tóxica porque, para trabalhar as emoções negativas, você não pode ignorá-las. Primeiro você deve reconhecê-las e aceitá-las.

O segredo é não levar o positivismo ao extremo.

“O conceito de psicologia positiva ficou um pouco distorcido com o tempo”, diz Rodellar. “Focar nos aspectos positivos das diferentes situações que ocorrem na vida pode ser terapêutico e construtivo. O problema é que levado ao extremo pode gerar uma baixa capacidade de enfrentar situações negativas.”

“A psicologia positiva aplicada corretamente é uma prática muito útil, mas usada indiscriminadamente gera uma visão muito parcial da realidade e um sentimento de desamparo. Negar situações dolorosas e prejudiciais na vida é como ver a realidade com um só olho”, acrescenta Rodellar.

Como a positividade tóxica nos afeta?

Bloquear ou ignorar emoções “negativas” pode ter consequências para a saúde.

“Todas as emoções que reprimimos são somatizadas, expressas através do corpo, muitas vezes na forma de doença. Quando negamos uma emoção, ela encontrará uma forma alternativa de se expressar”, diz Rodellar.

“Suprimir as emoções afeta sua saúde. Se você esconder suas dificuldades mentais por trás de uma fachada de positividade, elas se refletirão de maneiras alternativas em seu corpo, de problemas de pele à síndrome do intestino irritável”, explica Sally Baker.

“Quando ignoramos nossas emoções negativas, nosso corpo aumenta o volume para chamar nossa atenção para esse problema. Suprimir as emoções nos esgota mental e fisicamente. Não é saudável e não é sustentável a longo prazo”, diz a terapeuta.

Uma segunda consequência, diz Rodellar, é que “quando nos concentramos apenas nas emoções positivas, obtemos uma versão mais ingênua ou infantil das situações que podem nos acontecer na vida, de modo que nos tornamos mais vulneráveis ​​aos momentos difíceis”.

Teresa Gutiérrez, psicopedagoga e especialista em neuropsicologia, considera que “o positivismo tóxico tem consequências psicológicas e psiquiátricas mais graves do que a depressão”.

“Pode levar a uma vida irreal que prejudica nossa saúde mental. Tanto positivismo não é positivo para ninguém. Se não houver frustração e fracasso, não aprendemos a desenvolver em nossas vidas”, disse ele à BBC Mundo.

‘É ok não estar bem’

O positivismo tóxico está na moda? Baker pensa que sim e atribui isso às redes sociais, “que nos obrigam a comparar nossas vidas com as vidas perfeitas que vemos online”.

“Há uma tendência constante nas redes sociais de nos mostrarmos perfeitos e felizes. Mas isso é desgastante e não é real.”

“Se houvesse mais honestidade sobre as vulnerabilidades, nos sentiríamos mais livres para experimentar todos os tipos de emoções. Somos humanos e devemos nos permitir sentir todo o espectro de emoções. É ok não estar bem. Não podemos ser positivos o tempo todo.”

Gutiérrez acredita que houve um aumento do positivismo tóxico “nos últimos anos”, mas principalmente durante a pandemia.

“Vivemos um momento atípico e estranho em que muita gente está sofrendo muito. Ansiedade, incerteza, frustração, medo… são sentimentos comuns. Porém, há um excesso de positivismo tóxico que é perigoso”, afirma a psicoterapeuta.

Rodellar diz que vê “uma certa tendência ao bem-estar rápido, de querer se sentir bem imediatamente, como um direito natural”.

“É muito bom pensar que tudo vai dar certo, mas isso não significa que todo o processo para que aconteça tenha que ser agradável. É mais realista dizer ‘isso também vai acontecer, mas vai passar’ quando estamos em um momento de bloqueio”, diz a psicóloga.

“Todas as emoções são como ondas: ganham intensidade e depois descem e tornam-se espuma, até desaparecer aos poucos. O problema é quando não as queremos sentir porque nos tornamos mais dóceis perante uma ‘onda’ que se aproxima”.

Validar em vez de ignorar

Os psicólogos concordam que o ideal — em termos gerais — é aceitar todas as emoções, em vez de suprimir aquelas que nos fazem mal.

Não se trata de não ser positivo, mas de validar como nos sentimos a cada momento mesmo quando não estamos bem.

“Seja mais honesto, mais autêntico, não tenha medo de expressar que está triste, deprimido ou ansioso. Reconheça que está mal e saiba que isso vai acontecer. Experimente essas emoções e aprenda com elas a ser mais resiliente”, explica Baker, que esclarece que essas dicas excluem pessoas com depressão clínica (um distúrbio grave que, na verdade, costuma piorar se não for tratado).

Stephanie Preston, professora de psicologia da Universidade de Michigan, nos EUA, acredita que a melhor maneira de validar as emoções é “apenas ouvi-las”.

“Quando alguém compartilha sentimentos negativos com você, em vez de correr para fazer essa pessoa se sentir melhor ou pensar mais positivamente (“Tudo vai ficar bem”), tente levar um segundo para refletir sobre seu desconforto ou medo e faça o possível para ouvir”, aconselha a especialista.

“Estar em uma situação emocionalmente difícil já faz as pessoas se sentirem sozinhas e isoladas. Quando outros tentam silenciar essas emoções, especialmente amigos e familiares, dói muito. Ouvir alguém que está sofrendo pode fazer uma grande diferença na vida da pessoa.”

Preston diz que diversos estudos mostram como o altruísmo beneficia e influencia positivamente a nossa própria saúde.

E se você é quem está mal, “o mais importante é fazer um exercício de consciência”, propõe Rodellar.

“Esteja atento à situação e à emoção que está vivenciando. Não negue que algo ruim está acontecendo, não olhe para o outro lado, mas não fique preso a essa emoção negativa.”

“As emoções são informações que temos que ler e entender para depois aplicar uma perspectiva construtiva e ver quais lições podemos aprender e como podemos gerar mudanças no futuro.”

Como aplicar isso na prática? Em vez de dizer “não pense nisso, seja positivo”, diga “me diz o que você está sentindo, eu te escuto”. Em vez de falar “poderia ser pior”, diga “sinto muito que está passando por isso”. Em de vez “não se preocupe, seja feliz”, diga “estou aqui para você”.

“Temos que assumir a responsabilidade por nossa própria felicidade a partir da psicologia construtiva”, diz Rodellar.

“Tudo bem olhar para o copo meio cheio, mas aceitando que pode haver situações em que o copo está meio vazio e, a partir daí, assumir a responsabilidade de como construímos nossas vidas”.

Para Baker, o que devemos lembrar é que “todas as nossas emoções são autênticas e reais, e todas elas são válidas”.

*Esta reportagem não é um artigo médico. Se tiver sintomas de depressão, perguntas ou precisar de orientação, consulte seu médico ou um psicólogo.

BBC

Opinião dos leitores

  1. O surpreendente efeito da positividade tóxica na saúde mental
    Lucía Blasco
    Da BBC News Mundo
    Necessário reproduzir o título e a autora da matéria!

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Acidente

VÍDEO: Veja como era vulcão em que brasileira Juliana Marins morreu

 

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O Brasil acompanhou com apreensão o resgate da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu uma queda durante trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, local que abriga o 2º vulcão mais alto do país, com 3.726 metros de altura. A caldeira está localizada na ilha de Lombok e é um destino popular entre turistas que visitam a região. Juliana foir esgatada sem vida, na manhã desta terça-feira (24).

Imagens da tentativa de resgate de Juliana mostram que o local é de difícil acesso e com condições climáticas instáveis, o que tem dificultado a chegada até o ponto em que a brasileira está.

A jovem, natural de Niterói, ficou no local desde as 19h de sexta-feira (horário de Brasília), correspondente às 5h de sábado no horário local.

O acidente aconteceu enquanto Juliana realizava um mochilão pela região. A queda deixou a publicitária em uma área de difícil acesso no terreno acidentado do Monte Rinjani, que mesmo em trilhas guiadas apresenta riscos para os caminhantes.

A região faz parte do chamado “Anel de Fogo”, linha de terremotos e erupções vulcânicas que circunda praticamente toda a orla do Pacífico.

O Monte Rinjani está localizado no arquipélago das Ilhas Menores da Sonda, que inclui Bali, Sumbawa, Flores, Sumba e Timor. Sua caldeira mede 6 por 8,5 quilômetros e abriga o lago Segara Anak, também conhecido como Anak Laut ou Filho do Mar, situado a aproximadamente 2.000 metros acima do nível do mar.

Em 2018, o Monte Rinjani foi reconhecido pela Unesco como Geoparque Global. A última erupção do vulcão ocorreu em 2016, quando o cone vulcânico Barujari, dentro da caldeira, expeliu cinzas que forçaram o fechamento do espaço aéreo regional e do Parque Nacional.

Também em 2018, mais de 680 pessoas ficaram isoladas na montanha após um terremoto de magnitude 6.4 na escala Richter, necessitando resgate por especialistas em terra e helicópteros.

96 FM

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Luto

Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia é encontrada morta após 4 dias

Foto: Reprodução

As equipes de resgate na Indonésia encontraram a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, nesta terça-feira (24). A brasileira foi encontrada sem vida após 4 dias desaparecida.

 

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Relembre caso
Juliana, natural de Niterói (RJ) e dançarina profissional de pole dance, fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e visitou países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Uma amiga descreveu que ela estava “vivendo um sonho de viajar pela Ásia”.

O acidente ocorreu na última sexta-feira (20), quando Juliana tropeçou, escorregou e caiu a cerca de 300 metros da trilha. Turistas avistaram a situação cerca de três horas depois e alertaram a família pelas redes sociais, enviando localização exata, fotos e vídeos, incluindo imagens de drone.

Desde então, uma campanha pelas redes sociais mobilizou socorristas e governos para resgatar a jovem. Porém, após quatro dias de buscas, a jovem foi encontrada morta.

CNN

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Geral

VOCÊ SABIA? A partir de R$ 120/mensal, famílias potiguares estão curtindo parques aquáticos e ainda concorrem a prêmios todo mês!

Fotos: Divulgação

Imagine oferecer à sua família acesso a parques aquáticos, hospedagens na praia e na fazenda, além de participar de um Show de Prêmios mensal com sorteio de smartphones e até moto 0km – tudo isso por apenas R$ 120 por mês, para até 4 pessoas.

Essa é a proposta do ServClub, clube potiguar com 22 anos de história e três unidades de lazer completas: em São Gonçalo do Amarante, Macaíba e na paradisíaca Camurupim.

E a grande novidade é que o tradicional Show de Prêmios agora é online, mensal e oficial, baseado na Loteria Federal, diretamente pelo app do clube. O associado participa automaticamente, sem burocracia, desde que esteja com a mensalidade em dia.

Além disso, o clube oferece planos especiais para servidores públicos, com desconto direto no contracheque. Qualidade, economia e prêmios — uma combinação perfeita para quem valoriza lazer com inteligência.

Saiba como se associar: showdepremios.servclub.com.br

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Brasil

STF dá início a acareação entre Mauro Cid e Braga Netto

Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta terça-feira (24) a acareação entre o ex-ministro Walter Braga Netto e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

A audiência tem o objetivo de esclarecer versões contraditórias em seus depoimentos no âmbito da ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. O procedimento está sendo realizado a portas fechadas na sala de audiências do STF.

A sessão está sendo conduzida presencialmente pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. O ministro Luiz Fux também está acompanhando a audiência de forma presencial.

No mesmo dia, também está marcada a acareação entre Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e réu no processo, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército e testemunha na ação penal.

A acareação é um procedimento em que as partes envolvidas apresentam suas versões dos fatos frente a frente, com o objetivo de esclarecer a verdade.

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, tanto nas acareações quanto nos interrogatórios, o réu tem o direito de não se autoincriminar, ou seja, não é obrigado a dizer a verdade. Já a testemunha possui o dever legal de falar a verdade.

CNN

Opinião dos leitores

    1. É isso que acontece, quando se tem um bocado de comandantes amarelões. Agora é aguentar as chibatadas vindo de um grupo de malas. LULADRAO deve tá morrendo de rir numa hora dessas.

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Política

Emídio Júnior e Styvenson Valentim ouvem comerciantes sobre efeitos positivos do desassoreamento do Rio Jundiaí

Foto: Divulgação 

O prefeito Emídio Júnior e o senador Styvenson Valentim caminharam no comércio do Centro de Macaíba, nesta segunda-feira (23), e ouviram relatos bastante positivos de comerciantes sobre os efeitos já sentidos das obras de desassoreamento do Rio Jundiaí. O município não registrou problemas de alagamento no centro comercial com as chuvas que caíram nos últimos dias, provocando alagamentos em outras cidades, e que em outros tempos traziam problemas e prejuízos.

“Há exatos um ano estávamos todos mobilizados devido a mais uma grande enchente na nossa cidade. E hoje, ver o rio com seu curso natural recuperado e ouvir os relatos dos comerciantes nos deixa felizes por saber que nossa gestão está fazendo história”, afirmou o prefeito Emídio.

O desassoreamento e limpeza do Rio Jundiaí consistem na recuperação do leito do manancial, visando a redução dos riscos de enchentes. O serviço está sendo possível graças a uma emenda do senador Styvenson Valentim no valor de R$ 2 milhões e contrapartida do município. Paralelamente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) está adotando as providências para a micro drenagem da Avenida Jundiaí, no entorno da Rodoviária, cujos recursos também estão confirmados pelo senador Styvenson Valentim.

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Geral

Sindipostos RN repudia suspensão e redução da fiscalização da ANP e alerta para os riscos ao mercado e à sociedade

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos RN) manifesta profunda preocupação com a decisão anunciada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de suspender o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis durante todo o mês de julho e reduzir o alcance da pesquisa semanal de preços. Os motivos são a queda de mais de 80% no orçamento discricionário da agência, considerando o período entre 2013 e 2024 e, ainda, o bloqueio de R$ 71 milhões e contingenciamento de outros R$ 27,7 milhões em recursos autorizados para despesas discricionárias em 2025.

Este quadro preocupante representa significativo risco de retrocesso no combate às práticas ilícitas, abrindo espaço para que agentes desonestos intensifiquem a adulteração de combustíveis, a sonegação fiscal e, assustadoramente, o uso de postos como fachadas para lavagem de dinheiro e operações do crime organizado, conforme já vem sendo amplamente divulgado pela imprensa.

Dados que reforçam essa urgência:
• Estima-se que mais de 900 postos em pelo menos 22 estados apresentem indícios de controle por organizações criminosas, segundo matéria veiculada pela Folha de São Paulo em sua edição do dia 21 de abril deste ano.
• Segundo o Instituto Combustível Legal, fraudes tributárias no setor equivalem a cerca de R$ 29 bilhões por ano, sendo R$ 14 bilhões somente em sonegação e lavagem de dinheiro.

Essas práticas não apenas prejudicam o consumidor, que arca com combustíveis de baixa qualidade e riscos operacionais, mas também impõem concorrência desleal aos revendedores que cumprem rigorosamente todas as exigências legais e técnicas. Ao mesmo tempo, fragilizam a arrecadação tributária e colocam em xeque a segurança jurídica e econômica do segmento.

O Sindipostos RN reafirma seu compromisso com a revenda responsável e transparente, que segue todos os parâmetros técnicos, fiscais e ambientais do setor. Sempre defendemos, e continuaremos a defender, um mercado competitivo saudável e ético, sob a égide da lei. Acreditamos que o fortalecimento das ações de fiscalização é condição sine qua non para garantir um mercado livre, competitivo e seguro, em benefício de toda a sociedade potiguar e brasileira.

Sindipostos RN

Opinião dos leitores

  1. Os “manos” parceiros agradecem, e os consumidores que se explodam juntos com seus veículos…

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Acidente

Tragédia em João Câmara: bebê de 1 ano morre após fogão cair sobre ela em casa

Foto: Reprodução 

Uma noite que deveria ser de celebração terminou em tragédia no assentamento Cajá, no município de João Câmara, no interior do Rio Grande do Norte. Uma bebê de apenas um ano de idade morreu após ser atingida por um fogão dentro da própria casa.

Segundo relatos da família, a criança estava brincando na cozinha quando se aproximou do fogão, abriu a porta do forno e tentou subir, se apoiando na estrutura. O peso fez o eletrodoméstico tombar, atingindo a menina.

Desesperados, os familiares a socorreram imediatamente para o Hospital Regional de João Câmara, mas a bebê não resistiu aos ferimentos.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), onde será realizado o exame para identificar oficialmente a causa da morte.

O caso gerou grande comoção na comunidade. Amigos e vizinhos prestaram solidariedade à família nas redes sociais. A tragédia reforça o alerta sobre os riscos silenciosos de acidentes domésticos com crianças pequenas.

Portal da Tropical

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Cidades

Trecho da Avenida Rodrigues Alves será interditado para execução de serviços de poda

Foto: Divulgação 

A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) está realizando, nesta terça-feira (24), um trabalho de poda preventiva no bairro do Tirol, em Natal. A ação acontece no trecho compreendido entre a Avenida Rodrigues Alves e a Rua Maxaranguape, com interdição da via até às 16h30. A iniciativa tem como objetivo garantir a segurança de pedestres, motoristas e da rede elétrica, além de preservar a saúde das árvores da região. A Semsur informa que os serviços devem continuar pela Rua Maxaranguape até esta quarta-feira (25), respeitando o cronograma estabelecido pela secretaria.

Durante a execução dos trabalhos, o trecho afetado permanecerá interditado para o tráfego de veículos, e a secretaria solicita a compreensão da população pelos transtornos momentâneos causados pela operação. Somente em 2025, a Semsur já realizou mais de 5.500 ações de poda preventiva em diversas regiões da cidade, como parte do seu compromisso com a manutenção da arborização urbana e a segurança pública.

A população também tem papel importante nesse cuidado. Ao perceber sinais de risco como inclinação acentuada, galhos quebrados, fendas no tronco, presença de cupins, formigueiros ou raízes expostas, o cidadão deve acionar a Semsur, que realiza vistoria técnica e define a melhor medida a ser tomada. Já em casos de queda de árvore, o protocolo é acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros; se houver risco ou dano à rede elétrica, a COSERN deve ser informada.

Para solicitar serviços de poda ou retirada de árvores, a população pode entrar em contato com o Departamento de Paisagismo da Semsur pelos telefones (84) 3133-5166 e (84) 3232-9845, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, pelo e-mail [email protected] ou presencialmente na Rua Princesa Isabel, nº 799, no bairro da Cidade Alta.

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Política

Paraná Pesquisas: Lula empata com Bolsonaro e Michelle no primeiro turno

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria com Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, ambos do PL, em eventuais cenários de primeiro turno nas eleições de 2026. É o que indica levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (24).

Foram ouvidas 2.020 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 18 e 22 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa avaliou seis possíveis cenários para o pleito do ano que vem. Confira a seguir em detalhes os quadros apresentados:

Cenário 1

  • Jair Bolsonaro (PL): 37,2%
  • Lula (PT): 32,8%
  • Ciro Gomes (PDT): 10,3%
  • Ratinho Jr (PSD): 4,6%
  • Ronaldo Caiado (União): 2,9%
  • Helder Barbalho (MDB): 0,7%
  • Nenhum/Branco/Nulo: 6,7%
  • Não sabe/Não opinou: 4,8%

Cenário 2

  • Lula (PT): 33,5%
  • Michelle Bolsonaro (PL): 30,2%
  • Ciro Gomes (PDT): 11,5%
  • Ratinho Jr (PSD): 5,7%
  • Ronaldo Caiado (União): 4,6%
  • Helder Barbalho (MDB): 0,9%
  • Nenhum/Branco/Nulo: 8,0%
  • Não sabe/Não opinou: 5,4%
  • Cenário 3

    • Lula (PT): 34,0%
    • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 24,3%
    • Ciro Gomes (PDT): 13,5%
    • Ratinho Jr (PSD): 6,9%
    • Ronaldo Caiado (União): 4,3%
    • Helder Barbalho (MDB): 1,0%
    • Nenhum/Branco/Nulo: 10,5%
    • Não sabe/Não opinou: 5,6%
    • CENÁRIO 4
      • Lula (PT): 33,8%
      • Eduardo Bolsonaro (PL): 21,3%
      • Ciro Gomes (PDT): 13,2%
      • Ratinho Jr (PSD): 8,5%
      • Ronaldo Caiado (União): 5,5%
      • Helder Barbalho (MDB): 1,1%
      • Nenhum/Branco/Nulo: 10,8%
      • Não sabe/Não opinou: 5,7%

      Cenário 5

      • Lula (PT): 33,8%
      • Flávio Bolsonaro (PL): 20,4%
      • Ciro Gomes (PDT): 13,8%
      • Ratinho Jr (PSD): 9,0%
      • Ronaldo Caiado (União): 5,8%
      • Helder Barbalho (MDB): 1,1%
      • Nenhum/Branco/Nulo: 10,3%
      • Não sabe/Não opinou: 5,9%

      Cenário 6

    • Lula (PT): 34,2%
    • Ciro Gomes (PDT): 15,0%
    • Ratinho Jr (PSD): 13,9%
    • Ronaldo Caiado (União): 7,1%
    • Rogério Marinho (PL): 6,8%
    • Helder Barbalho (MDB): 1,2%
    • Nenhum/Branco/Nulo: 15,5%
    • Não sabe/Não opinou: 6,4%
    • CNN

Opinião dos leitores

  1. A micheque ganha e aí vem outra pandemia e mata mais uns 700 mil. Aí estará ótimo. Aí desaparece umas joiazinhas e também estará excelente.

    1. O que alguém com pretensões políticas tem a ganhar matando o seu próprio povo?

    2. O ruim é que não conseguiram provar né??
      Deixa te falar!!!
      Enfia na tua cabeça de uma vez por todas, o ladrão condenado em uma, duas, três instâncias tu sabe muito bem quem é não se faça de idiota.
      E o INSS o que tú tens a dizer??
      Agora já vou logo adiantando, foi só essa vez viu que perdi meu tempo contigo tá??
      Não discuto política com jumentos.
      Xau!!!

  2. 🇧🇷 Já começou a preparação das mídias lixo, informando mentiras para enganar a população sobre sua popularidade , todos nós sabemos que é zero , ele nunca aparece nas ruas, só em ambiente fechado porque sabe que vai ser hostilizado, os eleitores que dormem nas urnas que participaram desta pesquisa 🇧🇷

  3. Mentira da porra!!!! Um cara sem credibilidade nenhuma, sem popularidade, chegar a empatar? Isso é piada. Todos nós sabemos como ele ganhou.

  4. Em todos os cenários Ciro Gomes perde. Kkkkkkkk ô multiverso difícil para a família Gomes.

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Trânsito

Cruzamento da Av. Ayrton Senna com Av. das Alagoas continua intransitável

Foto: Reprodução 

A Secretaria de Mobilidade Urbana informou nesta terça-feira (24) que um cruzamento da cidade segue intransitável devido à ocorrências das chuvas: Av. das Alagoas com Av. Ayrton Senna.

De acordo com a STTU, inspetores e agentes de Mobilidade estão monitorando a área. Motoristas devem buscar rotas alternativas e redobrar a atenção ao transitar nas proximidades.

A secretaria também informou que a situação está sendo acompanhada e novas atualizações serão divulgadas assim que houver liberação da via.

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