O prefeito de Ceará-Mirim, delegado Peixoto (PR), resolveu habilitar-se junto ao seu eleitorado, através do endurecimento do diálogo com o governo Robinson Faria. Sendo pressionado pelos cidadãos do seu município, Peixoto tirou a cessão do terreno que seria utilizado para construir o novo presídio. Além do apoio da população, ele conta também com uma frente de prefeitos que atuam em bloco para barrar a instalação do equipamento público de segurança na região.
O governo Robinson Faria tem pressa. Isto porque a crise do sistema carcerário é de conhecimento público. Há um defícit de 4 mil vagas no sistema prisional. Os apenados estão soltos no interior do presídios em decorrência do último motim em que os presos quebraram às dependências internas, principalmente, de Alcaçuz.
A queda de braço também não pode durar muito porque há um fato concreto: a administração Robinson Faria terá de iniciar a construção até o fim de maio, segundo os trâmites estabelecidos em parceria com o governo federal.
A situação segue complicada. Mas há aí a errada associação entre presídio e insegurança. Na verdade, pode acontecer justamente o contrário. Além dos empregos, o equipamento levará policiais e outras forças de segurança para a região. As fugas só ocorrerão, se existir má administração. Do contrário, será um bom negócio para o município.
Ocorre que é mais fácil instigar o medo já instalado, até para Peixoto aparecer como um batalhador em defesa dos interesses de Ceará-Mirim e, com isso, sair da crise política em que se encontra; do que estabelecer um diálogo mais reflexivo.
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Daniel Menezes, O Potiguar
Já que o prefeito se quebrou na doação do terreno, o governo do Estado deveria n esta penitenciária no terreno da antiga escola agrícola de Ceará Mirim, que foi desativada e está sendo dilapidada pelos sem terra e é de propriedade do Governo do Estado.
Este valioso terreno está abandonado nas margens da BR 406 e em uma área privilegiadíssima em Ceará Mirim.