Política

Presidente eleito deverá negociar com 262 deputados para ter maioria

MontagemFoto:  O Globo / Fernando Donasci

Os 18 partidos que não são umbilicalmente ligados nem a Aécio Neves nem a Dilma Rousseff conseguiram nesta eleição aumentar ainda mais a sua força para o próximo ano, passando de 253 deputados para os 262 eleitos, e serão a base de sustentação de qualquer candidato que for eleito. Trata-se das legendas que integram o “centrão parlamentar”, e que estão abertos a conversar com tucanos e petistas: PMDB, PSD, PP, PR, PTB, PRB, PROS, PV, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PTC, PEN, PTdoB, PSL e PRTB. Estes partidos representam mais da metade da Câmara e, juntos, superam os 257 votos que formam a maioria simples, quórum exigido para a aprovação da maioria dos projetos de lei.

O único partido que se manterá na oposição independentemente de quem seja eleito, Dilma Rousseff ou Aécio Neves, é o PSOL, com cinco deputados. São pró-Dilma três partidos com representação no Congresso: PT, PDT e PCdoB, que somarão 99 deputados a partir do próximo ano. São os mesmos que, se Aécio for eleito, já prometem fazer oposição frontal ao tucano. São pró-Aécio, por sua vez, seis partidos: PSDB, DEM, PSB, SD, PSC e PPS, que reúnem 147 parlamentares, os mesmos que já se colocam na oposição à petista caso ela seja reeleita.

De 2010 para a eleição deste ano, Dilma reduziu o tamanho de sua base ideológica. PT, PDT, PCdoB e PSB somavam 145 votos, caindo agora para 99. A presidente perdeu no segundo turno os socialistas para Aécio, e os demais partidos do núcleo fiel de sua base — a começar pelo PT — elegeram menos deputados. O tucano ganhou base, com as adesões do Solidariedade, que saiu, em grande maioria, do PDT; e do PSB, ampliando sua força de 136 para 147 votos na Câmara caso seja eleito, independentemente de negociações.

Quatro anos de conflitos com o Congresso

Os outros 18 partidos precisam “ser levados” a fazer parte da base aliada. No caso de Dilma, ela sai em vantagem porque sua coligação à reeleição é integrada, entre outros, por seis partidos do centrão: PMDB, PSD, PP, PR, PROS e PRB, que elegeram 205 deputados. Esses votos, no entanto, não são automáticos, porque há dissidências — até mesmo o PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer. Foram quatro anos de conflitos sistemáticos entre o Palácio do Planalto e o Congresso.

Apesar de uma maioria numérica, há enorme contrariedade da maioria dos deputados da atual base aliada com o tratamento dispensado por Dilma. Habituados a uma relação direta e mais cortês com os ex-presidentes Lula (2003-2010) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), criticam o comportamento da presidente. Além de raramente recebê-los, quando ela o fez, foi em momentos de fragilidade política e de necessidade de aprovar algum projeto.

Se Aécio se eleger no próximo domingo, terá a tarefa de conversar com os partidos do centrão para trazê-los para seu governo e, neste caso, ideologia é o que menos importa. Pesa a favor do tucano o bom trânsito que tem no Congresso. Aécio foi deputado federal por 16 anos e presidiu a Câmara no governo Fernando Henrique.

Tanto Dilma quanto Aécio serão alvo do jogo do poder, que, muitas vezes, resvala para o jogo da corrupção. São os pedidos de nomeações de afilhados políticos para os milhares de cargos comissionados da estrutura do governo. Na opinião de parlamentares experientes, tanto Dilma quanto Aécio enfrentarão rodadas de pedidos e de muitas pressões.

Segundo políticos ouvidos pelo GLOBO, o Ministério de Minas e Energia é o alvo de maior cobiça, pelas estruturas paralelas que comanda. Algumas delas: Petrobras, Transpetro, Itaipu, além de todo o setor elétrico e de mineração. Foi em parte por este processo de indicações políticas que a Petrobras, a maior estatal do país, se vê hoje em meio a um escândalo de corrupção. Ironicamente, diante da devassa que enfrentou nos últimos meses, há entre os partidos do centrão menos interesse em ocupá-la, já que Polícia Federal e Ministério Público estão de lupa em cima dos contratos da estatal.

— O melhor lugar para atuar no governo é a Petrobras, não tenha dúvida. Ela é atraente pelo volume de contratos, mas agora é para quem quer fazer trabalho sério. Os que têm intenção de fazer negócios, querem distância de indicações por lá no atual e num eventual novo governo — disse um experiente parlamentar, que tem atuação junto ao Planalto desde o governo José Sarney.

Outros órgãos “em baixa”, no momento, ou por serem alvos de investigação ou porque perderam orçamento nos últimos tempos, são DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes); Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), Furnas e Eletronorte. Essas três últimas perderam capacidade de investimento pela redução das tarifas de energia. O DNIT passou por uma faxina porque tinha se tornado um dos principais focos de corrupção no governo. Entretanto, há um oceano de cargos ligados aos 39 ministérios, além de diretorias nas estatais e companhias regionais que estão na mira dos parlamentares.

Eles já cobiçam os fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef). Visam também à Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), à Funasa (Fundação Nacional de Saúde), aos Correios, às companhias de docas estaduais, ao Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) e à Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Esses dois últimos formam a “indústria da seca” e foram apontados por deputados e presidentes de partidos como os mais cobiçados e os principais a serem negociados com Dilma ou Aécio.

Paralelamente à luta por cargos, vem a briga pela liberação das emendas dos deputados. Nos últimos governos, a verba invariavelmente era atrelada à votação de algum projeto de interesse do Executivo. E há ainda pleitos bem mais prosaicos, mas que são definidores sobre a fidelidade do deputado quando integra a base aliada. Um deles é o grau de prestígio dado ao deputado, pela capacidade de ser recebido pelos ministros, ter acesso ao poder e até viajar no avião presidencial quando o chefe do governo vai ao estado do parlamentar. A suposta falta de prestígio aos parlamentares é uma reclamação frequente na Câmara desde que Dilma assumiu.

O fortalecimento do Centrão, especialmente com o crescimento do número de partidos na Câmara, que passará a 28 legendas, terá outra consequência grave. Segundo os deputados, a votação da Reforma Política, já prometida pelos dois candidatos à Presidência, será extremamente difícil. Pontos como a cláusula de barreira (que restringe a liberação do fundo partidário e do tempo de TV a partidos que não atingirem um percentual mínimo de votos) e o fim das coligações proporcionais (para deputado e vereador) terão muitos opositores. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, apenas sete dessas 28 legendas atingiram 5% dos votos válidos: PT, PSDB, PMDB, PSB, PP, PSD e PR. Seriam superados por essa cláusula de barreira não só nanicos, mas partidos médios e históricos, como PTB, DEM, PDT e PV, e mais ideológicos, como o PSOL.

— Será um desafio para qualquer arquiteto político negociar com uma Câmara tão fragmentada e com um centrão parlamentar tão grande como este que foi eleito — avaliou um deputado ligado ao governo Dilma.

Dirigentes partidários avaliam que a cobrança das pessoas será maior agora, observando os movimentos do presidente que for eleito e o comportamento dos parlamentares.

— PT e PSDB estão sinalizando na campanha que terão uma postura diferente na relação com a Câmara. Seria bom instituir um novo sistema. Isso até pode acontecer e se viabilizar por um período, mas o modelo conhecido, o toma lá, da cá, volta rapidinho quando o presidente que for eleito mandar um projeto para ser votado em que há restrições na Casa — afirmou um presidente de partido.

O Globo

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Polícia

Operação da Polícia e Receita Federal mira tabacaria em Ponta Negra

Foto: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira (2), equipes da Polícia e da Receita Federal realizaram uma operação em Natal com foco na fiscalização de estabelecimentos comerciais. Um dos alvos foi uma tabacaria e uma loja de conveniência, localizada no bairro de Ponta Negra, zona Sul da capital potiguar.

Até o momento, as autoridades não divulgaram detalhes oficiais sobre o motivo específico da operação ou se houve apreensões. A movimentação de viaturas e agentes chamou a atenção de quem passava pela região.

A Receita e a Polícia seguem realizando diligências e novas informações devem ser divulgadas ao longo do dia.

Bnews Natal

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Política

Quaest: 88% dos deputados apoiam isenção do IR até R$ 5 mil

O presidente da Câmara do Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB,colocou na pauta de votação o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A inclusão do tema na pauta da Casa Baixa foi feita por Motta em seu perfil no X na noite de 3ª feira (24.jun). A movimentação tomou o Executivo de surpresa. Às pressas, os líderes do governo realizaram uma reunião no Palácio do Planalto na manhã desta 4ª feira (25.jun). | Sérgio Lima/Poder360 – 25.jun.2025

Foto: Reprodução

Pesquisa Genial/Quaest revela que 88% dos deputados federais são favoráveis à ampliação da faixa de isenção do IR (Imposto de Renda), principal bandeira legislativa do governo Lula (PT) em 2025. O levantamento foi divulgado nesta 4ª feira (2.jul.2025) e mostra que a proposta tem amplo apoio no Congresso, enquanto 70% dos congressistas rejeitam o fim da escala de trabalho 6 X 1 e a exclusão das verbas do Judiciário do limite de gastos.

A pesquisa foi realizada pela Quaest de 7 de maio a 30 de junho. Entrevistou 203 deputados federais, o que representa 40% do total da Câmara. A amostra contempla a divisão proporcional de partidos e regiões brasileiras, com margem de erro de 4,5 pontos percentuais.

O levantamento também revelou que 65% dos deputados acreditam que o governo Lula está no caminho certo, enquanto 35% avaliam que está na direção errada. Entre os congressistas da base governista, o índice de aprovação chega a 97%, contrastando com só 20% entre os deputados de oposição.

A ampliação da isenção do IR para contribuintes que recebem até R$ 5.000 mensais é considerada prioritária pelo Planalto. O governo pretende implementar a medida em 2026, ano eleitoral. Na semana passada, a Câmara aprovou a ampliação da faixa de isenção para quem ganha até 2 salários mínimos, e a proposta segue agora para análise do Senado.

Segundo cálculos do governo federal, a renúncia fiscal decorrente da medida será de R$ 3,29 bilhões em 2025. Para os anos seguintes, o impacto estimado é de R$ 5,34 bilhões em 2026 e R$ 5,73 bilhões em 2027.

Em março, o governo assinou a proposta para isentar contribuintes nessa faixa de renda, cumprindo uma promessa de campanha de Lula em um momento em que sua popularidade registra o menor índice de seus 3 mandatos.

O Planalto busca utilizar como bandeiras de gestão a taxação dos mais ricos prevista na proposta de aumento da isenção do IR, o fim da jornada 6 X 1 e o combate aos supersalários no funcionalismo público.

De acordo com o levantamento, 72% dos congressistas consideram que a economia brasileira melhorou nos últimos 6 meses, enquanto 28% avaliam que piorou. Entre os deputados da base, 95% veem melhora na economia, contra 39% dos oposicionistas.

Poder 360

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Política

“STF invade o espaço de outros poderes”, diz André Mendonça

Foto: Reprodução

“Sou minoria no Supremo hoje e entendo que, realmente, em algumas situações o Supremo está invadindo o espaço de outros Poderes — principalmente o Poder Legislativo — também na definição de políticas públicas, com o âmbito de discricionariedade que deveria ser administrativa, adentrando-se na discricionariedade da esfera judicial”, afirmou o ministro em entrevista ao portal Migalhas

Mendonça disse ainda que diverge da maioria da Corte em parte dos julgamentos recentes. “Então, tenho uma posição diferente hoje em alguns julgados. Não é sem razão que tenho sido vencido em algumas decisões nas quais entendo que caberia a outros Poderes, por definições prévias da própria Constituição, e não ao Supremo ou ao Judiciário.”

A manifestação ocorreu após o ministro votar contra a responsabilização das big techs por conteúdos gerados por terceiros nas redes sociais, no julgamento em que o STF analisou a constitucionalidade de trechos do Marco Civil da Internet. O resultado do julgamento foi de 8 a 3 pela ampliação da responsabilização civil das plataformas.

Paulo Capelli – Metrópoles 

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Brasil

Quaest: para 69%, governo dá menos atenção aos parlamentares do que deveria

Foto: Reprodução 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá menos atenção aos parlamentares do que deveria para a maioria dos deputados federais, segundo pesquisa Genial/Quaestdivulgada nesta quarta-feira (2).

São 69% os que consideram que a atenção é menor do que deveria ser. Para 3% o chefe do Executivo dá mais atenção. Outros 22% consideram que a devida atenção é dada. Não sabe ou não respondeu fica em 6%.

A pesquisa ouviu 203 deputados federais, entre os dias 7 de maio de 30 de junho, on-line e presencialmente. A margem de erro estimada é de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.

CNN

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Trânsito

STTU alerta para pontos de alagamento após as chuvas em Natal. Confira

Foto: Reprodução 

A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) de Natal informou que continua o monitoramento das ruas da cidade acompanhando a situação das vias após as recentes chuvas. No início da manhã desta quarta-feira (2), a secretaria enviou um boletim divulgando os pontos transitáveis e intransitáveis.

De acordo com o último levantamento feito às 7h, foram observados 9 locais com maior quantidade de acúmulo de água, sendo 7 pontos considerados transitáveis e 2 pontos intransitáveis.

Confira abaixo:

Pontos Intransitáveis:

  1. AV Pte Sarmento x Av dos Canindés (em frente ao Mercado da Av 4)
  2. Av. dos Xavantes ( em frente à Lagoa de Captação )

Pontos Transitáveis:

  1. Av. Nevaldo Rocha (entre a linha férrea e a Av. Cel Estevam)
  2. 2 Av. Ayrton Senna com Av. das Alagoas
  3. Av. Interventor Mário Câmara (entre Jerônimo Câmara e Capitão Mor Gouveia)
  4. Av. Cap. Mor Gouveia com rua Adolfo Gordo
  5. Av. da Integração (próximo a BR 101)
  6. Av.Solange Nunes (em frente à Unimetais)
  7. Av. Cel. Estevam (próximo a Sucavel)

Semáforos apagados:
● Av. Cel. Estevam com Rua Brasília ( Agentes no local)
● Av. Cel. Estevam com Rua Segundo Wanderley
● Av. Cel. Estevam ( Lateral da Igreja São Pedro)
● Rua Pte. José Bento com Av. Cel. Estevam

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Geral

PT promove encontro com influenciadores mirando apoio à “taxação BBB”

Foto: Reprodução

O PT (Partido dos Trabalhadores) realiza nesta quarta-feira (2) um encontro virtual com influenciadores que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião será via Zoom, às 17h (horário de Brasília).

O tema será focado na campanha “taxação BBB” –bilionários, bancos e bets e outras iniciativas de comunicação do partido. Além disso, também serão discutidas “dicas jurídicas” para os influenciadores digitais.

Participam o presidente interino do PT, Humberto Costa (PT-PE), o deputado Jilmar Tatto (PT-SP), o estrategista da campanha presidencial do PT em 2018 Otávio Antunes, e o representante do grupo Prerrogativas Marco Aurélio Carvalho.

“TAXAÇÃO BBB”

O governo do presidente Lula tem enfrentado resistência no Congresso em relação à taxação dos mais ricos para compensar a isenção do IR para os rendimentos de até R$ 5.000, promessa de campanha do petista. A previsão é que o projeto seja analisado na Câmara e no Senado no 2º semestre.

Recentemente, o presidente e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) sofreram derrota no Legislativo. O Congresso derrubou uma MP (Medida Provisória) que aumentava impostos e um decreto que revogava parte do reajuste do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Nas redes sociais, a “Taxação BBB” tem sido a estratégia do governo para defender o novo imposto de renda e intensificar o discurso de enfrentamento entre pobres e ricos. O mote é um dos preferidos de Lula: os pobres pagam muitos impostos, os ricos quase nada.

Lula, Sidônio Palmeira, responsável pela Secom (Secretaria de Comunicação), PT e a esquerda acreditam que a melhor fórmula para ganhar as eleições em 2026 é aprofundar a divisão na sociedade, promovendo o confronto de pobres contra ricos. Alguns marqueteiros acreditam que essa pode ser uma estratégia errada.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Melhor resposta para esse tipo de “encontro” do governo: A revista britânica Economist aplicou o Xeque-mate de ouro em Lula.

  2. Querem taxar agora quem produz no Brasil.
    Governo de merda esse…
    Pra quem não sabe essa porcaria de governo já aumentou, já taxou ou criou impostos 24 vezes.
    Arrecadação trilionaria e mesmo assim, o governo dos pobres quer mais, isso é uma vergonha.

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Mundo

Trump diz que Israel concordou com cessar-fogo de 60 dias em Gaza

Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Israel aceitou os termos para um novo cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo líder norte-americano nesta terça-feira (1º/7), na rede social Truth.

Em janeiro deste ano, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mediação de Catar, EUA e Egito. A expectativa era que o plano de paz fosse implementado em três fases. Na primeira delas, ocorreu a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos.

A segunda fase do cessar-fogo seria negociada a partir de março, mas foi suspensa, pois o governo de Israel não cumpriu o que havia sido acordado e exigiu uma extensão da primeira etapa e a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza. Com isso, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza.

De acordo com o presidente norte-americano, uma “longa e produtiva reunião” entre representantes dos EUA e de Israel aconteceu horas antes do anúncio. A proposta ainda deve ser apresentada por mediadores do Qatar e Egito, que também participam das discussões, ao Hamas.

“Israel concordou com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias, durante o qual trabalharemos com todas as partes para pôr fim à guerra”, escreveu Trump. “Os catarianos e egípcios, que trabalham arduamente para ajudar a trazer a paz, apresentarão essa proposta final. Espero, para o bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque a situação não vai melhorar — SÓ VAI PIORAR. Agradeço a atenção dispensada a este assunto!”.

Até o momento, os termos da nova trégua entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza ainda não foram divulgados. Os dois lados envolvidos na guerra, que já matou mais de 55 mil pessoas no enclave palestino desde 2023, também não se pronunciaram sobre o cessar-fogo anunciado por Trump.

A possível pausa no conflito surge dias antes de Benjamin Netanyahu viajar aos EUA, onde deve ser recebido por Trump para discutir a guerra em Gaza e um possível acordo. O encontro entre os líderes está previsto para acontecer na próxima segunda-feira (7/7), na Casa Branca.

Enquanto um novo cessar-fogo não entra em vigor, as operações israelenses na Faixa de Gaza continuam escalando. No último deles, 33 palestinos morreram após um ataque aérea em uma cafeteria localizada em uma praia do enclave palestino.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Nesse período de cessar-fogo só favorece aos terroristas, é tempo suficiente para se armarem, situação complicada.

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Geral

Quaest: Relação do governo com Congresso é negativa para 51% dos deputados

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional é negativa para mais da metade dos deputados federais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (2).

São 51% que veem negativamente a relação. Para 30% é regular. Já 18% consideram positiva. Não soube ou não respondeu ficou em 1%.

A pesquisa ouviu 203 deputados federais, entre os dias 7 de maio de 30 de junho, on-line e presencialmente. A margem de erro estimada é de 4,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Avaliação da relação do governo Lula com o Congresso

  • Negativo: 51% (43% em maio de 2024)
  • Positivo: 18% (22% em maio de 2024)
  • Regular: 30% (33% em maio de 2024)
  • Não sabe/não respondeu: 1% (2% em maio de 2024)

Governo, independente, oposição

O maior percentual negativo da relação entre Executivo e Legislativo fica entre os deputados de oposição, seguido de perto pelos independentes. Já entre os governistas, a maioria considera positiva.

Governo

  • Negativo: 19% (18% em maio de 2024)
  • Positivo: 42% (46% em maio de 2024)
  • Regular: 39% (37% em maio de 2024)

Independentes

  • Negativo: 65% (45% em maio de 2024)
  • Positivo: 4% (5% em maio de 2024)
  • Regular: 29% (36% em maio de 2024)

Oposição

  • Negativo: 78% (71% em maio de 2024)
  • Positivo: 0% (2% em maio de 2024)
  • Regular: 22% (25% em maio de 2024)

CNN

Opinião dos leitores

  1. Foto de três destruidores do Brasil. O Pais esta dilacerado com a ação desses individuos desqualificados. IMPECHEAMENT Já.

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Geral

Líder da frente ruralista critica Plano Safra de Lula: ‘Peça de marketing’

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Divulgação

Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) criticou, nesta terça, o Plano Safra lançado pelo governo Lula para a safra 2025/2026.

Segundo o parlamentar, o pacote de crédito “é mais uma peça de marketing do que uma política efetiva”, pois, em sua visão, o valor anunciado de 516,2 bilhões de reais para a agricultura empresarial contém distorções e omissões que comprometem a transparência do programa e impõem custos sem precedentes ao setor produtivo.

“O governo anuncia um plano de 516 bilhões de reais, mas só tem controle real sobre 22% disso. O restante é dinheiro dos bancos, a juros de mercado, muitas vezes acima de 2% ao mês. Não se pode vender isso como apoio estatal ao agro”, diz Lupion.

Lupion ressaltou que os recursos ofertados para investimento na agricultura empresarial recuaram 5,4% para R$ 101,5 bilhões e que o montante geral para a agricultura familiar aumentou apenas 1,5%, para R$ 516,2 bilhões.

“Além disso, a subvenção foi 17,5% menor, alcançando R$ 13,5 bilhões em recursos para equalizar as taxas de juros”, apontou o presidente da bancada agropecuária.

VEJA – Radar

Opinião dos leitores

  1. O bom é que agora é que o Brasil vende bico de codorna e rabo de asa de galinha 💩💩💩💩💩

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Geral

Lula aguarda aval da Justiça para visitar Cristina Kirchner em prisão domiciliar

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O apartamento D no segundo andar do prédio 1.111, situado na rua San José, bairro de Constitución, em Buenos Aires, pode ser palco de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, a quem o petista pretende visitar para prestar “solidariedade”, durante viagem curta ao país que se inicia nesta quarta-feira, dia 2. Ela cumpre pena de prisão domiciliar por corrupção desde o mês passado.

Nos últimos dias, a diplomacia brasileira tentou minimizar a expectativa pela visita, que pode gerar mais atritos com o presidente Javier Milei, crítico de Cristina e do próprio Lula, e trazer desgaste doméstico no Brasil.

Embora a visita ainda não conste da programação oficial da viagem de Lula a Buenos Aires, os preparativos foram tomados para que ocorra. Segundo o jornal Clarín, a defesa da ex-presidente atendeu à exigência dos juízes e formalizou um pedido nesta terça-feira, dia 1º, para que Lula possa realizar a visita na residência de Cristina. Carlos Beraldi, advogado dela, não retornou contatos do Estadão sobre o tema.

‘Menção de solidariedade’

A intenção de Lula visitar Cristina foi divulgada inicialmente pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Integrantes do governo confirmaram que o presidente deseja vê-la. Lula e Cristina já conversaram por telefone após a condenação, e o petista manifestou apoio a ela. A ex-presidente chorou no telefonema, relatou Lula.

O petista quer retribuir o apoio recebido quando também foi condenado e preso na Operação Lava Jato. Cristina não o visitou na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba (PR), mas manifestou-se em defesa de Lula. Então candidato favorito e companheiro de chapa dela, Alberto Fernández, foi até a PF antes de vencer a eleição de 2019.

Conforme a decisão do Tribunal Oral Federal Criminal 2, a ex-presidente recebeu o benefício da prisão domiciliar, mas ficou sujeita a cumprir normas de conduta. Ela deve, por exemplo, abster-se de comportamentos que possam perturbar a tranquilidade do bairro ou alterar a convivência pacífica dos moradores.

A ex-presidente tem apostado numa estratégia narrativa de defesa que espelha a campanha petista “Lula livre”. A palavra de ordem é “Cristina Libre”.

Militantes peronistas usam uma tornozeleira com flores para simbolizar a tornozeleira eletrônica que monitora os passos da ex-presidente.

InfoMoney

Opinião dos leitores

    1. Gastando dinheiro da Nação Brasileira para visitar uma condenada pela justiça, tomara que o judiciario Argentino não permita.

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