Economia

PREVIDÊNCIA: Projeto de reforma de militares prevê economia de R$ 10 bilhões em dez anos

Para conseguir apertar as regras de aposentadoria das Forças Armadas, o governo federal precisou propor uma ampla reestruturação que inclui reajustes em salários de algumas patentes militares, criação e ampliação de gratificações e a extensão de um adicional de 10% a generais da reserva – que poderá beneficiar inclusive o time que está no comando do governo, como o vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros Augusto Heleno e Santos Cruz. O saldo final das mudanças será uma economia de R$ 10,45 bilhões em uma década – média de R$ 1 bilhão ao ano.

A proposta foi entregue nesta quarta-feira, 20, pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro – que é de carreira militar – ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nos últimos dias criticou o “timing” das Forças Armadas em propor a reestruturação da carreira. Para Maia, o País está quebrado e não há espaço nas contas para aumentos. Já Bolsonaro ressaltou que os militares tiveram “reforma mais profunda” no passado.

A equipe econômica prevê poupar R$ 97,3 bilhões em dez anos com a mudança nas regras de aposentadoria dos militares, mas parte desse impacto será anulado porque a reestruturação das carreiras custará R$ 86,85 bilhões no mesmo período. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que o projeto “faz justiça” com as Forças Armadas, que desde 2001 vinham sendo “preteridas”.

Em mais de três horas de entrevista, os militares que explicaram a proposta destacaram que a categoria tem especificidades e não passa por uma reestruturação há 19 anos. Um general – posto mais graduado – hoje ganha soldo (remuneração básica) de R$ 13,5 mil, enquanto quem está no início da carreira de auditor-fiscal da Receita, por exemplo, ganha mais de R$ 20 mil.

Perdas

A equipe econômica trabalhou nos últimos dias para barrar um prejuízo ainda maior, já que a proposta entregue pelo Ministério da Defesa previa gastos superiores à economia obtida com a reforma em R$ 10 bilhões na primeira década, como antecipou o Estado. Com os ajustes de última hora, o governo conseguiu garantir um saldo positivo desde o primeiro ano de implementação das mudanças.

O assessor especial do ministro da Defesa, general Eduardo Garrido, disse que a União “economiza muito com os militares” porque não paga hora-extra, adicional noturno, periculosidade, FGTS e cargos de confiança. Ele afirmou que as Forças Armadas não querem passar a receber esses benefícios, mas ponderou a necessidade de reestruturação das carreiras. Segundo o general, a avaliação das regras dos militares “com viés de curto prazo de se reduzir gastos a qualquer custo” não é sensata. “Ela é perigosa”, advertiu Garrido.

Déficit

O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, afirmou que as medidas vão reduzir o déficit da Previdência dos militares, que no ano passado foi de R$ 43,9 bilhões, mas disse não ter os números à mão para informar de quanto seria essa redução.

A proposta aumenta a alíquota previdenciária de 7,5% para 10,5% gradualmente até 2022 e eleva o tempo de atividade de 30 para 35 anos para os novos militares. Quem está na ativa pagará um “pedágio” de 17% sobre o tempo que falta hoje para a reserva. A proposta ainda restringe o rol de dependentes de pensão e plano de saúde.

A reestruturação, por sua vez, aumenta os adicionais concedidos por cursos de habilitação (o porcentual máximo passa de 30% para 73%) e cria um adicional de disponibilidade, que pode chegar a 32% do soldo. A ajuda de custo quando o militar vai para a reserva dobrou de 4 para 8 soldos. Essas mudanças devem representar aumento de 5% na folha salarial dos militares, que hoje é supera os R$ 80 bilhões.

Apesar de a equipe econômica ter garantido que não haveria reajustes, a proposta incluiu aumento nos soldos de algumas classes de militares, sobretudo para soldados, cabos e cadetes, que estão na base da carreira. A medida é uma estratégia para aplacar os ânimos desses militares, que vinham protestando em redes e grupos de WhatsApp contra o projeto que, na visão deles, privilegiava postos mais graduados.

O projeto de lei ainda garante que os oficiais generais das três forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) que estão na reserva e na ativa poderão incorporar ao soldo a gratificação de 10% de “representação”. Essa parcela é dada aos generais que ocupam cargos de comando de organizações militares e viagens de instrução. Hoje, os oficiais generais perdem essa gratificação quando deixam os comandos ou entram para a reserva. Veja quais foram as principais mudanças anunciadas.

Reestruturação

– Efetivo

Como é: 36 mil, sendo mais da metade temporários.

Como fica: redução de 10% em 10 anos.

– Adicional para cursos de qualificação

Como é: Altos Estudos Categoria I: 30% / Altos Estudos Categoria II: 25% / Aperfeiçoamento: 20% / Especialização: 16% / Formação: 12%.

Como fica: Altos Estudos Categoria I: 73% / Altos Estudos Categoria II: 68% / Aperfeiçoamento: 45% / Especialização: 26% / Formação: 12%.

– Adicional de disponibilidade

Como é: não existe.

Como fica: Vão receber um adicional por estarem disponíveis para deslocamentos que varia de 5% (praças) a 32% (coronel).

– Bônus para ir para reserva

Como é hoje: 4 vezes o valor do salário.

Como fica: 8 vezes o valor do salário.

Aposentadoria

– Alíquotas

Como é: 7,5% sobre o rendimento bruto (pensionistas, alunos de cursos de formação, cabos e solados não pagam).

Como fica: sobe gradualmente até atingir 10,5% em 2022 (todos os beneficiários vão pagar).

– Tempo de serviço

Como é: 30 anos.

Como fica: 35 anos (transição para os que estão na ativa vai ser de 17% da quantidade de anos que falta para se aposentar).

– Idade limite para ir para reserva

Como é: 44 a 60 anos de acordo com o posto ou graduação.

Como fica: 50 a 70 anos.

ESTADÃO CONTEÚDO

Opinião dos leitores

  1. Querem estuprar o trabalhador , pelo amor de Deus, isso é uma farra, não tem outro nome. O cara vai pra reserva e tem que receber um bônus equivalente a 8 salários, em que país do mundo existe isso?? Defender um adicional de 73% pq vai fazer um Curso de Altos Estudos, insano.

  2. Militar hoje com 50 anos já está coçando o saco e querem manter issso. Pela reforma todos os civis ganharão no máximo o teto do INSS como aoosentadoria(5,8 mil). Vai ficar muito bonito um cabo ter uma aposentadoria igual a de um Ministro do Supremo ou do STJ. O Congresso tem q acabar com essa esperteza dos generais. Essa reforma fracassou ontem, pode escrever.

  3. Ou seja, a conta PESADA vai cair no lombo dos servidores públicos civis e dos trabalhadores da iniciativa privada. E ainda tem trouxas que aplaudem essa aberração.

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Política

Metade dos depoentes na CPMI do INSS foi amparada por habeas corpus

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Quase três meses após ser instalada, a CPMI do INSS enfrenta dificuldades para obter esclarecimentos de testemunhas que chegam amparadas por habeas corpus concedidos pelo STF. Dos 27 depoentes ouvidos até agora, 14 compareceram com o recurso em mãos, garantindo o direito ao silêncio, a evitar perguntas específicas ou até mesmo a não comparecer — algo que, segundo o presidente da comissão, senador Carlos Viana, tem esvaziado a capacidade investigativa do colegiado.

A frustração aumentou após novas operações da Polícia Federal revelarem que parte dos investigados continuava atuando mesmo após recorrer ao habeas corpus. Cinco depoentes já foram presos ao longo da CPMI, entre eles o empresário conhecido como “Careca do INSS”, que voltou a ser alvo de mandado de prisão na última quinta-feira (13). Outros envolvidos também foram detidos, incluindo ex-dirigentes do INSS e nomes ligados à Conafer, entidade acusada de operar uma planilha mensal de propina que chegaria a R$ 250 mil para beneficiar dirigentes.

A proliferação de habeas corpus levou parlamentares a elaborar um projeto que amplia os poderes das comissões de inquérito. O texto sugere permitir que CPIs contestem decisões judiciais — inclusive HCs — e prevê multa para depoentes que faltarem sem justificativa. A proposta surge após casos de convocados que não compareceram graças ao aval do STF, como o empresário Maurício Camisotti, apontado como peça-chave no esquema de fraudes e atualmente preso, e sua esposa, Cecília Montalvão Simões.

Apesar das resistências, a CPMI segue insistindo em ouvir investigados considerados estratégicos. Integrantes do colegiado, inclusive, cogitam ir até a sede da Polícia Federal para colher o depoimento de Camisotti. A defesa do empresário nega qualquer envolvimento com irregularidades e afirma que ele não negocia delação premiada.

Com informações da CNN Brasil

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Política

Indicação de Messias ao STF esbarra na força política de Pacheco, dizem ministros de Lula

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ministros próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que a nomeação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para o Supremo Tribunal Federal depende diretamente da disposição do senador Rodrigo Pacheco. Favorito entre seus pares para ocupar a vaga deixada pela aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, Pacheco conta com o apoio declarado de Davi Alcolumbre, hoje no comando do Senado — um alinhamento que pressiona o Planalto e complica o avanço de Messias.

A avaliação interna é de que, mesmo com a insistência de Lula em bancar seu AGU, o clima no Senado é hostil. Cálculos de articuladores do governo indicam que a oposição já reúne cerca de 32 votos e precisaria apenas de nove adesões para impor uma derrota inédita ao presidente, em um processo de votação secreta e em um momento em que parte do Centrão busca limitar o poder do petista antes de 2026. A leitura entre ministros é de que, pela primeira vez, um indicado ao STF poderia ser preterido em favor de um ex-presidente da própria Casa Legislativa.

Auxiliares do Planalto apontam que o tempo joga contra Messias. Quanto mais a decisão é adiada, mais espaço ganha a articulação de adversários no Senado. A proximidade do fim do ano legislativo, somada à pauta carregada pelo Orçamento, deixa a janela de votação ainda mais estreita. No cenário “menos pior” para o governo, Pacheco e Alcolumbre apenas não atuariam contra o AGU — mas, mesmo sem sabotagem explícita, a aprovação seria considerada difícil.

Entre senadores ligados à cúpula do Senado, o entendimento é de que esta é uma vaga “inesperada” e que Lula deveria dividir o peso da escolha com o Legislativo. O presidente tenta atrair Pacheco oferecendo apoio a uma eventual candidatura ao governo de Minas em 2026, mas aliados do mineiro afirmam que ele demonstra pouco interesse em continuar na vida pública. Para esses interlocutores, Pacheco teria legitimidade para ocupar a cadeira no STF por ter enfrentado Bolsonaro sem a proteção institucional que outros ainda preservam — argumento que reforça o dilema político do Planalto.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Filha mais velha de Lula é internada após mal-estar no fim de semana

Foto: Divulgação

Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha mais velha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi internada em um hospital de Niterói (RJ) após passar mal no fim de semana. Ela apresentou um desconforto na região do peito e foi encaminhada para avaliação na ala de cardiologia, onde permanece em observação.

Segundo pessoas próximas à família, Lurian sofreu um abalo emocional no sábado (15), o que teria desencadeado o mal-estar. Apesar do susto, ela está consciente, conversa normalmente com familiares e segue acompanhada por uma cardiologista responsável pelo caso.

Até a última atualização, o presidente Lula ainda não havia comentado publicamente o episódio. A expectativa é que Lurian permaneça em monitoramento até que haja estabilidade completa do quadro e liberação médica.

Com informações do G1

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Geral

COP30 entra na segunda semana com baixa adesão financeira e impasse entre países

Foto: Alex Ferro/COP30

A COP30 inicia sua segunda semana em Belém ainda distante das metas de financiamento climático defendidas pela presidência brasileira. Até agora, governos e instituições anunciaram cerca de US$ 300 bilhões — o equivalente a apenas 23% do montante considerado necessário para sustentar ações globais na próxima década. O cenário expõe o impasse entre nações ricas e países em desenvolvimento, especialmente porque os maiores aportes ainda não vieram de Estados, mas de bancos multilaterais.

Dez grandes bancos de desenvolvimento surgem como os principais responsáveis por alimentar o caixa da conferência neste momento, reunindo a promessa de aproximadamente R$ 1,6 trilhão em recursos até 2030. Desse total, US$ 185 bilhões devem ser direcionados a países em desenvolvimento, incluindo nações que abrigam florestas tropicais. Para essa parcela, os próprios bancos devem aportar US$ 120 bilhões, enquanto outros US$ 65 bilhões deverão ser atraídos do mercado privado por meio de operações estruturadas.

As economias desenvolvidas também estão no radar das instituições multilaterais, que anunciaram mais US$ 115 bilhões para esse grupo. A divisão prevê US$ 50 bilhões saindo diretamente dos bancos e o restante sendo captado junto ao setor privado. O movimento reforça a tentativa das entidades de puxar investidores para o financiamento climático por meio de instrumentos inovadores, como títulos de adaptação, certificados sustentáveis compatíveis com regras islâmicas e novos mecanismos de garantia e mitigação de riscos.

Apesar das cifras, representantes dos bancos defendem que a transição verde não depende apenas de dinheiro, mas de estratégia. Para eles, a aplicação dos recursos precisa priorizar regiões e populações em maior vulnerabilidade — como pequenos Estados insulares ameaçados pelo avanço do nível do mar. Sem que os países mais ricos assumam compromissos mais robustos, a conferência entra na reta final ainda pressionada por lacunas financeiras e pela necessidade de fechar acordos até o fim dos trabalhos.

Com informações da CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Confrontos em Mãe Luiza levam escolas a suspenderem aulas nesta segunda (17)

 

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Vídeo: Via Certa Natal

A direção de uma das escolas do bairro de Mãe Luiza confirmou, por meio de áudio encaminhado à comunidade, que as aulas desta segunda-feira (17) estão suspensas. A decisão ocorre em meio à escalada de tensão provocada por novos confrontos entre facções na região.

Outras unidades de ensino também optaram por não abrir as portas, adotando a mesma medida de precaução diante do clima de insegurança. As escolas informaram que só retomarão as atividades quando houver garantia de segurança para alunos, professores e funcionários.

Com informações do Via Certa Natal

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Geral

TCE reverte posição e valida contas de Fátima Bezerra relativas a 2019

Foto: Adriano Abreu

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte mudou de entendimento e decidiu aprovar as contas do primeiro ano da gestão Fátima Bezerra. A virada ocorreu após o voto-vista do conselheiro George Soares, que contrariou o parecer inicial do relator Gilberto Jales — autor da recomendação pela rejeição. Com a nova orientação, o placar fechou em 4 a 2 pela aprovação, durante sessão realizada na sexta-feira (14).

George Soares apresentou uma análise divergente ao concluir que as falhas apontadas no processo não representaram danos ao erário nem violação relevante à Lei de Responsabilidade Fiscal. Para ele, tratavam-se de impropriedades formais que poderiam ser registradas com ressalvas, sem comprometer o julgamento favorável. O voto dele foi acompanhado pelos conselheiros Paulo Roberto Alves, Antonio Ed Souza Santana e Francisco Potiguar Cavalcanti Júnior.

Apesar da reviravolta, o relator Gilberto Jales manteve a posição contrária à aprovação, sendo seguido apenas por Renato Costa Dias. Já o presidente da Corte, Carlos Thompson Costa Fernandes, não votou, como determina o regimento. Entre os pontos questionados no relatório rejeitado pela maioria estavam reajustes concedidos em 2019, que, segundo a Corte, acabaram se mostrando obrigatórios ou sem impacto estrutural.

A Corte também tratou de temas como o atraso na avaliação atuarial da previdência estadual e os gastos com pessoal. O voto vencedor destacou que o governo havia adotado medidas de contenção e que problemas pontuais foram corrigidos posteriormente, afastando risco ao equilíbrio fiscal.

Com informações da Tribuna do Norte

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Geral

Empresário ligado a ex-nora de Lula vendeu a prefeituras livros por 35 vezes o valor que pagou

Tabela com dados de compra e venda de livros fornecidos pela Life Educacional a prefeituras. Foto: Reprodução/processo judicial

A Life Tecnologia Educacional, empresa de materiais didáticos, fechou contratos de R$ 111 milhões com as prefeituras de Sumaré, Hortolândia, Morungaba e Limeira, no interior de São Paulo, e em alguns casos vendeu livros escolares até 35 vezes mais caro do que pagou.

O dono da empresa, André Gonçalves Mariano, foi preso na quinta-feira, 13, na Operação Coffee Break por suspeita de corrupção. Procurada pelo Estadão, a defesa não se manifestou.

A Polícia Federal afirma ter encontrado indícios de pagamento de propinas a agentes públicos e a lobistas com influência política, entre eles uma ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-sócio do filho do petista.

Também foram presos o vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César, o secretário de Educação da cidade, Fernando Gomes de Moraes, o secretário de Educação de Sumaré, José Aparecido Ribeiro Marin, e dois doleiros.

O advogado Ralph Tórtima Filho, que representa Cafu, informou que pediu acesso às investigações para se manifestar.

A Polícia Federal afirma que a Life Educacional teve um lucro “exorbitante” com as licitações. “O superfaturamento é evidente“, diz a investigação.

Os investigadores encontraram um padrão nos contratos: a empresa comprou livros por R$ 1 a R$ 5 e revendeu para as prefeituras por até R$ 80 cada.

Em um dos contratos, em dezembro de 2021, a Life Educacional vendeu 2.264 unidades do livro A garota que queria mudar o mundo por R$ 41,50. Os exemplares foram comprados por R$ 2,56 cada, ou seja, o preço de revenda foi 16 vezes maior do que o de compra. Além disso, a empresa só comprou os livros dois dias depois de efetivar a venda ao município.

“O que se conclui da análise ‘fria’ das notas fiscais é que a Life Tecnologia teria lucrado pelo menos 50 milhões de reais com a venda de livros a essas prefeituras”, sintetiza a PF no relatório da investigação.

A Polícia Federal afirma que a empresa “nunca demonstrou ter porte para o volume financeiro dos contratos”.

Os contratos teriam sido obtidos a partir do direcionamento de licitações em conluio com agentes públicos no que a PF descreve como uma “rede complexa” de corrupção, fraudes e tráfico de influência.

“Mariano mantém uma ampla rede de contatos, que se espalha por um grande número de municípios paulistas, alcançando também outros Estados”, detalha a PF.

A investigação aponta que o empresário estaria buscando contatos para articular contratações com outras prefeituras, órgãos públicos, como a Petrobras e o Denatran, e até com outros países, como Angola, em uma tentativa de expandir o esquema.

Blog Fausto Macedo – Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Imagina o presidente sendo PT e o vice, PSB! Aí vem Cafu César, Edson Araújo e outras figurinhas carimbadas. Tem como o Brasil ir pra frente?

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Geral

QFC SAF vence Mossoró e garante acesso à elite do Campeonato Potiguar 2026

Foto: Steferson Alcaniz

Em uma tarde histórica no Estádio Edgar Montenegro, em Assu, o QFC SAF bateu o Mossoró por 2 a 0, com gols de Diego Costa, aos 24 minutos do segundo tempo, e João Victor, aos 44 do segundo tempo, e carimbou o tão sonhado acesso à 1ª divisão do Campeonato Potiguar para 2026.

A vitória coroou uma temporada de superação e de trabalho para o QFC, sob o comando do técnico João Paulo, que conquistou a oitava vitória em oito jogos realizados. Este resultado marca um momento de virada para a SAF, consolidando o projeto esportivo e social.

A última rodada está marcada para o próximo domingo (23), às 15h, no Estádio Francisco Ribeiro, em Parnamirim. O duelo será contra o Baraúnas e valerá o título da Segundona.

Confira a campanha do QFC SAF:

Univap 0 x 3 QFC
QFC 3 x 1 Baraúnas
Alecrim 0 x 2 QFC
QFC 2 x 0 Potyguar Seridoense
Visão Celeste 0 x 5 QFC
QFC 2 x 0 Mossoró
QFC 5 x 1 Potyguar Seridoense
Mossoró 0 x 2 QFC

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Geral

Com Pix, empresas e consumidores economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos

Foto: Divulgação/Banco Central do Brasil

O Pix já proporcionou R$ 117 bilhões em economia direta para consumidores e empresas desde sua criação. Somente entre janeiro e setembro de 2025, a economia chegou a R$ 38,3 bilhões, ultrapassando o total registrado em todo o ano de 2024 (R$ 33 bilhões).

Segundo levantamento do Movimento Brasil Competitivo (MBC), o avanço é puxado por dois fatores: a forte redução no uso de TEDs e a migração acelerada das transações de pessoas para empresas (P2B) para o Pix, que tem custo bem menor que o débito.

A economia anual vem crescendo de forma consistente:

  • 2021: R$ 11,9 bilhões

  • 2022: R$ 18,2 bilhões

  • 2023: R$ 24,6 bilhões

  • 2025 (até setembro): R$ 38,3 bilhões — já perto do potencial máximo anual, estimado em R$ 40,1 bilhões, previsto originalmente apenas para 2030.

O MBC destaca que o ritmo acelerado mostra a força da adoção do Pix, mas também indica uma possível estabilização dos ganhos provenientes da substituição dos meios tradicionais.

Cada operação via Pix representa, em média, uma economia de R$ 0,60 para o sistema financeiro.

O cálculo compara quanto o país gastaria se TEDs e débitos continuassem predominantes, usando dados do Banco Central e séries acumuladas em 12 meses. O estudo foi liderado pelo economista Rodolpho Tobler, do MBC.

Com informações de R7

Opinião dos leitores

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Geral

Governo Lula gastou $ 344 mil em evento de Janja com estilistas em Paris

Foto: divulgação

O Ministério da Indústria e Comércio informou que o evento “Brasil, Criativo por Natureza”, realizado em junho de 2025 no Café de l’Homme, em Paris, custou R$ 344.462,40. A resposta foi enviada após requerimento do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), segundo o portal Metrópoles.

Organizado pela ApexBrasil, vinculada ao ministério comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o desfile integrou a missão oficial do governo à França e contou com a presença da primeira-dama Janja. Cinco estilistas brasileiras apresentaram coleções para Janja e para a primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

O evento também incluiu uma “experiência sensorial” gastronômica com menu da chef Morena Leite, amiga de Janja e já conhecida por representar a culinária brasileira em ações diplomáticas.

Segundo o ministério, além do custo específico do desfile, toda a missão à França somou R$ 2.153.239,34. O presidente Lula estava em Paris no mesmo período, mas não participou do evento.

Com informações de Metrópoles e Poder 360

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