A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que, para cada grupo de mil habitantes, exista um médico. O Rio Grande do Norte possui, cadastrado no Conselho Federal de Medicina (CFM), 4.604 profissionais. Efetuada a divisão do número de médicos pela população potiguar, que é de 3,2 milhões de habitantes, a razão é de 1,43 médico por cada mil habitantes. Não fosse a ineficiente distribuição espacial desses profissionais e o reduzido número de especialistas localmente, o montante seria suficiente para atender – conforme parâmetros da OMS – os moradores do estado papa-jerimum.
Entretanto, com 74,09% da população médica instalada na capital, o sertanejo morador dos mais longínquos recônditos não tem a quem recorrer na hora da agonia. Isto porque, existem 1.193 médicos no interior para atender uma população de aproximadamente 2,4 milhões de pessoas. Para os moradores de Natal, há à disposição 3.411 profissionais formados em Medicina. No Brasil como um todo, existem dois médicos para cada grupo de 1.000 habitantes. Os dados comprovam que o Rio Grande do Norte está abaixo da média nacional.
A falta de infraestrutura nas unidades de saúde da maioria dos municípios não atrai médicos especialistas. Além disso, o número dos especializados que atuam no Rio Grande do Norte é um dos menores do país, com 1.852 profissionais com algum título de especialização. A massiva maioria se concentra na capital. Um complicador a mais para quem depende do sistema público de saúde no interior.
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