Brasil

Procurador no TCU quer reavaliação de 240 presentes recebidos por Bolsonaro

Foto: Chandan Khanna/AFP

O Ministério Público no TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou, nesta sexta-feira (15), que a Presidência da República reavalie a incorporação ao acervo privado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de 240 presentes recebidos de autoridades estrangeiras.

A reavaliação, que ainda precisa do aval de ministros do tribunal, teria um prazo de 120 dias para ser concluída e valeria para os presentes recebidos de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.

O procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que assina o documento, ainda pede que a Presidência apure, por processo administrativo e no prazo de 180 dias, a existência de outros possíveis bens ofertados ao ex-presidente e à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no período.

A medida também alcançaria pessoas e agentes públicos que tenham feito parte da comitiva presidencial, ou representado Bolsonaro em eventos oficiais no Brasil ou no exterior.

Pela proposta, os bens mapeados devem ser recolhidos e registrados, com a posterior incorporação ao patrimônio da União ou ao acervo privado de Bolsonaro, conforme cada caso.

O Ministério Público também pede que o TCU esclareça que “itens de natureza personalíssima” são bens que se destinam ao uso próprio de quem recebeu e estabeleça uma diretriz para nortear a atuação da administração pública federal.

O pedido também prevê audiências com servidores que possam ter negligenciado suas funções ao permitir que presentes recebidos por Bolsonaro fossem incorporados, sem fundamentação jurídica, ao seu acervo privado.

O procurador ainda pede que seja recomendado à Presidência que promova estudos para aperfeiçoar a legislação que rege os acervos documentais privados de interesse público dos presidentes da República.

Segundo o órgão, estão relacionados à pessoa somente bens que, por suas próprias características, “são únicos ou se tornam únicos, possuindo alguma distinção que os relaciona intimamente a seus recebedores e a mais ninguém”.

Também diz que é permitida a aceitação de presentes ofertados aos agentes públicos por autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade ou em razão do exercício de funções diplomáticas. É vedada a aceitação de presentes de elevado valor comercial.

O documento lembra que a incorporação ao acervo privado dos presidentes da República ou de qualquer outra autoridade pública de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial, recebidos em missões oficiais e eventos diplomáticos ou doados por entes privados, “afronta os princípios da razoabilidade e da moralidade administrativa”.

Também foi concluído que não há critérios na distribuição dos presentes recebidos entre os acervos público e documental privado de interesse público de Bolsonaro, tanto que foram catalogadas como itens da mesma natureza camisas, quadros, vasos decorativos, porta-joias e esculturas.

O órgão ponderou que a inclusão de joias no conceito de bem de natureza personalíssima ou de consumo direto pelo recebedor destoa claramente dos princípios, “uma vez que joias possuem alto valor agregado, o que eleva seu preço”.

“Joia não é oferecida à pessoa física do presidente da República que ocupa o cargo, seja a pessoa A, B ou C, mas ao mandatário da nação, independentemente de quem ele seja. A joia é oferecida em nome da nação e para a nação, com o sentido de perpetuidade, daí o imperativo lógico de incorporação das joias ao patrimônio da União”, diz.

De acordo com o sistema de controle do acervo presidencial, Bolsonaro recebeu um total de 9.158 presentes de origens diversas no período.

Relatório preliminar da unidade técnica do tribunal constatou que ele levou irregularmente para o seu acervo privado 128 presentes.

Os técnicos do tribunal dizem que 111 destes itens não têm característica personalíssima ou de consumo direto, enquanto outros 17 presentes são de “elevado valor”. Por essas razões, todos esses itens deveriam ter sido entregues à União, avaliou a auditoria.

Dos itens ofertados por outros países, 55 foram deixados para o patrimônio público e 240 ficaram com Bolsonaro, incluindo as joias da Arábia Sauditaque colocaram o ex-presidente na mira da Polícia Federal e levaram o TCU a abrir a análise sobre os presentes.

A defesa do ex-presidente argumenta que ele tinha respaldo legal para ficar com os artigos de luxo.

A operação da Polícia Federal, em agosto passado, até agora ainda não se tornou uma denúncia (acusação formal).

Os advogados de Bolsonaro têm dito que jamais houve a intenção dele de “se apropriar de algo que não lhe pertencia” e que os procedimentos seguiram regras previstas em lei e decreto, que abriam até a possibilidade de deixar itens à venda ou como herança.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Ome,o nine morre de inveja de Bolsonaro te tudo,imagine agora com o perfume kkkkk,
    Em pensar que Bolsonaro dorme ao lado de uma princesa e ele dorme ao lado de uma bruxa deve ser bem dolorido pra ele.

  2. Ótimo, assim se de proceder para separar o público do privado, deve ter lei regulamento isso, resta saber se vão estender aos demais presidentes, se direcionar apenas a bolsonaro fica evidente a perseguição, o que não vai adiantar, se prenderem a gente vota em quem ele mandar kkkkkk.

  3. Já perceberam que a história do golpe não vai dar em nada Já voltaram a questão das joias, logo voltarão a rediscutir a baleia, a carteira de vacina, o assai da Val e por aí vai.

  4. Alguém sabe pra qual hospital o Bozo vai correr amanhã?
    Pq se não “adoecer” amanhã…na 2a feira tem:
    toc, toc, toc

  5. Fica essa zona cinzenta do que é presente personalíssimo e o que não é.
    Havia uma regulamentação, acho que do TCU, dizendo que se não tivesse valor historiográfico, documental ou artístico, poderia ser considerado como personalíssimo. Sobre as tais joias, essas tinham esse caráter. Além do que, foram devolvidas. Do que se sabe, Bolsonaro não deu nenhuma contrapartida pelo presente, como algum favorecimento em licitação. Se é que, para esses sauditas, aquilo vale menos do que aqueles anéis que vinham de brinde de chiclete.

    1. O sapo de 09-dedos nunca foi denunciado por esse tcu, na época deveriam estarem cegos, surdos e mudos. Dois pesos e duas medidas.

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Política

VÍDEO: Allyson acusa RN de “calote” por dívida de R$ 10,8 milhões e Cadu devolve com dívida de R$ 50 milhões

Imagens: Reprodução/Instagram

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, não poupou críticas nesta segunda-feira (8). Ele denunciou que o Governo do Estado deixou de repassar R$ 10,8 milhões nas últimas duas semanas, incluindo valores de Fundeb, ICMS, IPVA e multas de trânsito. Para Allyson, a falta de pagamento é um “calote” e lembrou: “é do município, não é favor”.

Segundo a prefeitura, os valores atrasados são: ICMS – R$ 3,75 milhões; Fundeb – R$ 2,24 milhões; IPVA – R$ 1,19 milhão; e multas (Renainf) – R$ 3,65 milhões. O atraso compromete salários de professores, manutenção de serviços e despesas básicas da administração, deixando a cidade no sufoco.

Do outro lado, o secretário estadual da Fazenda e pré-candidato ao Governo, Cadu Xavier, rebateu a acusação. Ele garantiu que todos os municípios vão receber os repasses de ICMS e Fundeb até quarta-feira (10), incluindo os atrasados, mas não perdoou: lembrou que a Prefeitura de Mossoró deve mais de R$ 50 milhões à Caern e cobrou responsabilidade fiscal.

Em tom irônico, Cadu completou: “Prefeito, economiza mais um pouquinho de papel e combustível para ver se consegue botar a conta d’água em dia”.

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Política

Dino aciona PF contra uso suspeito de emendas Pix: 72 milhões sob investigação

Foto: Divulgação

O ministro do STF Flávio Dino ordenou, nesta segunda-feira (8), que a Polícia Federal investigue um quadro generalizado de irregularidades em emendas Pix em 19 municípios e no estado de Santa Catarina. A decisão vem após auditoria da CGU apontar falhas graves, falta de transparência e indícios de crimes na execução de R$ 72,3 milhões em recursos federais.

O relatório da Controladoria-Geral da União revelou que nenhum dos 20 entes federados analisados cumpriu as exigências legais. Entre os problemas estão superfaturamento, pagamento por serviços não realizados e descumprimento dos planos de trabalho. Dino alertou que a situação demonstra uma “grave afronta às decisões do STF” e um padrão de ilegalidades no uso de bilhões do Orçamento da União.

Além da investigação da PF, o ministro determinou que a CGU apresente, em até 30 dias, planos de auditoria para emendas parlamentares de todo o país referentes a 2026. A AGU, por sua vez, terá 60 dias para entregar o primeiro relatório sobre indícios de irregularidades. Dino citou ainda que processos em andamento envolvem órgãos como Codevasf, DNOCs, secretarias estaduais e municipais, empresas e ONGs.

O ministro também reforçou regras de transparência para emendas de bancada e de comissão usadas na saúde. Agora, só será permitido o pagamento de pessoal mediante divulgação mensal de valores e servidores remunerados, em contas específicas e rastreáveis. A medida segue após o Congresso autorizar, em novembro, que essas emendas financiem despesas de pessoal — um passo que deixou o TCU de cabelo em pé.

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Política

VÍDEO: Tarcísio fecha com Bolsonaro e promete apoio total a Flávio: “Lealdade é inegociável”

Foto: Paulo Guereta/Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou claro nesta segunda-feira (8) que segue firme ao lado de Jair Bolsonaro e que vai apoiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na corrida presidencial de 2026. Depois de ser cogitado como possível substituto do ex-presidente, Tarcísio afirmou que a decisão de Bolsonaro é “respeitada” e que sua lealdade ao líder da direita “não se negocia”.

Segundo o governador, ele e Flávio conversaram na última sexta-feira, quando o senador confirmou a pré-candidatura. Tarcísio afirmou que o filho mais velho de Bolsonaro poderá contar com seu suporte e lembrou que a oposição reúne outros nomes fortes, como Romeu Zema e Ronaldo Caiado, reforçando o bloco que pretende derrotar o PT nas urnas.

Tarcísio disse que Flávio assume uma “grande responsabilidade”: discutir o futuro do país e enfrentar problemas como desigualdade, crise fiscal e a perda de liderança nacional. Para ele, será preciso construir um projeto consistente e, principalmente, “afastar o que está aí, que não deu certo”, em referência direta ao governo Lula.

Assista:

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Política

Flávio crava na CNN: “Meu plano econômico é retomar a gestão Bolsonaro” e começa a montar time com ex-ministros

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já acelerou os preparativos da pré-campanha presidencial e começou a recrutar ex-ministros e ex-secretários do governo Jair Bolsonaro, com foco total na economia. A CNN apurou que Paulo Guedes, o “posto Ipiranga” da gestão passada, tem sido consultado com frequência — sinal claro de que o projeto é retomar a agenda econômica bolsonarista a partir de 2027.

Em entrevista ao canal, Flávio foi direto: pretende dar continuidade ao que funcionou na economia entre 2019 e 2022. Ele destacou que conversa apenas com quem “iniciou o caminho do Brasil para a prosperidade”, numa referência às mudanças feitas no período Bolsonaro, como a reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central e o superministério da Economia comandado por Guedes.

O pré-candidato lembra que, apesar da pandemia, o governo Bolsonaro criou o auxílio emergencial — que chegou a R$ 600 para os mais vulneráveis — e liberou recursos para sustentar empregos e empresas.

O período também registrou inflação alta, com o IPCA chegando a 10%, em um cenário global pressionado, mas que hoje é usado como munição política pelos adversários.

 

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Política

Brasil lava as mãos sobre Maduro e Amorim compara possível ação dos EUA a “novo Vietnã”

Foto: Reprodução

O governo Lula decidiu ficar de fora da pressão internacional contra o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o assessor especial Celso Amorim afirmou que o Brasil não vai pedir, nem sugerir, que Maduro deixe o poder. Segundo ele, qualquer renúncia teria de partir “exclusivamente” do próprio venezuelano — posição que reforça o alinhamento histórico do PT aos regimes autoritários da região.

Amorim ainda criticou a possibilidade de intervenção dos Estados Unidos, dizendo que isso poderia transformar a América do Sul em uma “zona de guerra” e gerar um conflito comparável ao Vietnã. A fala ignora o colapso humanitário causado pelo chavismo, que já jogou milhões de venezuelanos em fuga pelo continente, inclusive rumo ao Brasil.

Questionado sobre um eventual asilo para Maduro, Amorim não descartou a possibilidade de que o ditador possa escolher o Brasil como rota de fuga, embora tenha dito que não queria “incentivar” especulações. Ele citou que o asilo político é uma “instituição latino-americana”, usada por figuras de “direita e esquerda”. Outros possíveis destinos seriam Rússia, Turquia e Catar — todos regimes alinhados a autocratas mundo afora.

Enquanto isso, Lula mantém distância pública do aliado. O petista, que em 2023 chamou a ditadura venezuelana de “narrativa”, agora evita até mencionar Maduro. Analistas apontam que receber o ditador no Brasil, a menos de um ano das eleições municipais, seria um desastre político para o governo, reforçando o desgaste de Lula com a opinião pública e alimentando o discurso da oposição de que o PT apoia regimes autoritários.

Opinião dos leitores

  1. Eleição fraudada na Venezuela.
    Isso não está golpe?
    Esperar que o ditador saia por conta própria?

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Política

União Brasil expulsa ministro de Lula: Sabino cai por “infidelidade” e diz que segue de cabeça erguida

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O União Brasil bateu o martelo nesta segunda-feira (8) e expulsou o ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária. A cúpula da sigla não engoliu o fato de Sabino, deputado federal licenciado, ter ignorado a ordem do partido para deixar o governo Lula em setembro — e decidiu arrancá-lo de vez dos seus quadros.

A expulsão já tinha aval do Conselho de Ética do partido. Desde outubro, Sabino estava praticamente fora do jogo: afastado das decisões internas e destituído do comando do diretório regional do União Brasil no Pará. A sanção agora apenas oficializa o rompimento.

Sabino ainda não comentou a decisão desta segunda. Em entrevista no mês passado, porém, garantiu estar “de consciência tranquila”, dizendo que não cometeu erro algum ao contrariar a orientação para romper com o governo petista. “Não devo nada para ninguém e sigo de cabeça erguida”, afirmou à época.

A queda do ministro aprofunda o desgaste entre o União Brasil e o Palácio do Planalto, revelando mais um capítulo da instabilidade da base de apoio de Lula — que já sofre para segurar aliados e entregar votos no Congresso.

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Saúde

HAPVIDA solta nota e diz que denuncia da família de paciente sobre alimentação e assistência não procede

Foto: Reprodução

O Hapvida soltou nota nesta segunda-feira (8) negando as denúncias feitas pela família de uma idosa de 88 anos internada em uma das unidades do plano em Natal. Parentes procuraram o Blog do BG no domingo (7) relatando alimentação servida no chão, falta de soro por mais de 12 horas, ausência de analgésicos mesmo com dor, sangramento sem revisão médica por 48 horas e refeições inadequadas para a intolerância à lactose da paciente.

Imagem enviada por familiares da idosa de 88 anos. | Foto: Cedida

A empresa afirma que “não reconhece” nenhuma das situações denunciadas e garante que o hospital possui áreas adequadas para alimentação, além de assistência contínua, equipe de enfermagem presente e visitas médicas regulares.

Segundo a nota, não houve falha no atendimento e o quadro descrito pela família “não procede”.

O Hapvida diz ainda que está em contato com os familiares para “acolher, escutar e prestar esclarecimentos”, reforçando o discurso de compromisso com segurança, respeito e cuidado aos usuários.

A família, por sua vez, segue cobrando providências imediatas da direção e dos órgãos de fiscalização diante do que classifica como “condições indignas e insalubres”.

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Política

Alerj peita Moraes e aprova soltura de Bacellar, preso por vazar operação da PF

Foto: Alerj

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu, nesta segunda-feira (8), derrubar a prisão do próprio presidente da Casa, Rodrigo Bacellar. Mesmo sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, a maioria dos deputados votou pela revogação da detenção, em votação aberta e com quórum mínimo garantido. O placar terminou em 42 a 21, com duas abstenções. Agora, a caneta final é do Supremo Tribunal STF.

A decisão confirmou o que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia aprovado mais cedo, por 4 a 3, e será enviada ao Diário Oficial antes de seguir para o STF. Bacellar foi preso preventivamente pela Polícia Federal na semana passada, acusado de vazar informações sigilosas para ajudar o ex-deputado TH Joias, também preso.

A sessão foi tensa. Um bate-boca interrompeu os trabalhos por mais de 20 minutos, depois que a deputada Dani Monteiro chamou o dia de “triste para o Parlamento”, desrespeitando o acordo que limitava os discursos. Parlamentares reagiram na hora, e o PSOL acusou a “tropa do Bacellar” de tentar calar a oposição.

Bacellar é suspeito de avisar TH Joias sobre operações da Justiça. Segundo as investigações, o ex-deputado atuava em parceria com o crime organizado no Complexo do Alemão, negociando drogas, fuzis e até armas antidrones. Um dos deputados, Rafael Picciani, se absteve da votação por conflito de interesse, já que também é citado em apurações do STF.

Opinião dos leitores

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Geral

Flexibilização de uso de armas abriu caminho para desvio de pistolas, diz estudo

Foto: Polícia Federal

Um estudo do Instituto Sou da Paz afirmou que a liberação da pistola 9 mm em 2019 — durante o governo Bolsonaro — aumentou a presença desse calibre nas mãos do crime, especialmente no Sudeste. Segundo o relatório, as apreensões desse tipo de arma mais que dobraram entre 2018 e 2023, saltando de 2.995 para 6.568 unidades. O levantamento reúne dados de SP, RJ, MG e ES.

No período analisado, a 9 mm deixou de ser um calibre raro e virou o segundo mais apreendido do país, representando quase 19% das armas industriais retiradas das ruas. O Sou da Paz associa o avanço ao aumento de compras por CACs, permitido em 2019. O instituto fala em dois tipos de desvio: o “de boa-fé”, quando a arma legal é roubada, e o “de má-fé”, quando alguém compra para entregar ao crime — ambas situações facilitadas por regras frouxas e pouca fiscalização.

O relatório também cita medidas adotadas pelo governo Lula, como o recadastramento nacional de armas e a volta da restrição da 9 mm às forças de segurança. Desde 2023, a fiscalização dos CACs passou do Exército para a Polícia Federal. Mesmo assim, apenas seis estados contam com delegacias especializadas no combate ao tráfico de armas, um gargalo que continua abrindo espaço para o mercado ilegal.

O estudo ainda aponta um dado preocupante: as apreensões de armamento pesado — fuzis, metralhadoras e submetralhadoras — cresceram 55,8% no Sudeste. O Rio de Janeiro segue isolado na liderança, com 3.076 fuzis tomados do crime, mais que o dobro das apreensões registradas nos outros três estados somados.

Opinião dos leitores

  1. O Instituto Sou da Paz recebeu R$ 12,8 milhões em 2022. Desse valor, dois terços vieram de fora do Brasil. Em valores absolutos, a receita quase dobrou em uma década: em 2012, o valor fora de R$ 6,8 milhões.

    Dentre os financiadores do Sou da Paz estão o Itaú, a Gol, e o governo do Estado de São Paulo — além da onipresente Open Society, da Fundação Ford e da Fundação OAK, todas com sede no exterior. A diretora-executiva do Sou da Paz, a advogada e socióloga Carolina Ricardo, foi Consultora do Banco Mundial e do Banco Internacional de Desenvolvimento. 👺São pagos pra acompanhar as pautas da esquerda. 💩💩💩

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Política

CAIÇARA DO RIO DO VENTO: Gestão Ceiça Lisboa entrega maior recuperação viária da história da Serra da Gameleira e Pião

Foto: Divulgação

A gestão da prefeita Ceiça Lisboa está promovendo um marco histórico na mobilidade rural de Caiçara do Rio do Vento: pela primeira vez, os acessos das estradas vicinais da Serra da Gameleira e da comunidade do Pião estão sendo totalmente recuperados. Ao todo, 17 km de vias foram revitalizados, garantindo mais segurança, visibilidade e qualidade de vida para a população.

Com um investimento superior a R$ 700 mil, a obra representa a maior intervenção já realizada nessas localidades, beneficiando agricultores, famílias, estudantes e todos que dependem diariamente desse trajeto para se conectar à sede do município.

Foto: Divulgação

A ação facilita o escoamento da produção rural, melhora o transporte escolar e reforça o desenvolvimento das comunidades da serra, que aguardavam há décadas por melhorias estruturais.

“É a sensação de um sonho se realizando. Esta obra vai trazer mais qualidade de vida e segurança para todos que trafegam por aqui. A última obra realizada nessa serra foi ainda na década de 80, quando meu pai, Etevaldo Lisboa, era prefeito e fez o calçamento da serra. Hoje, estamos podendo alargar todo aquele acesso, garantindo um caminho mais seguro e estruturado para nosso povo.” Destacou a prefeita.

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