De Josias de Souza:
Para os deputados que aderiram ao PSD, o partido de Gilberto Kassab, a fidelidade partidária é um compromisso facultativo.
Por ora, a ata de fundação da nova legenda carrega as assinaturas de 31 deputados federais. Mais da metade já passou por pelo menos três legendas. Deve-se a constatação à repórter Silvia Amorim. Ela recolheu no portal da Câmara os dados que recheiam a notícia. Dois correlegionários de Kassab, os deputados Junji Abe (SP) e Silas Câmara (AM) já envergaram as cores de nada menos que sete legendas.
Junji já foi do PDS, que virou PFL. Migrou para o PL. Deu saudade. Voltou para o PFL. Mudou-se para o PSDB. Foi ao DEM (ex-PFL). Agora, é PSD. Silas foi do PL. Mudou-se para o PFL. Pulou: PTB. Saltou: PAN. Embora negue, a Câmara informa que passou também pelo PMDB. Eleito pelo PSC, é agora PSD. O perfil dos partidários de Kassab justifica a atmosfera de zombaria que rodeia a nova legenda. Deveria se chamar PDB. Apelidado de “Partido Da Boquinha”, vitou PSD. Agora é “Partido Sem Decência”, faz troça o ‘demo’ ACM Neto (BA). Assim caminha a rotina dos partidos brasileiros, uma brincadeira financiada pelo déficit público.
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