Finanças

QUAL A PALAVRA VALE? Caixa 2 não tem mesma gravidade de corrupção, diz Moro sobre pacote de leis; em 2017, o então juiz achava pior

O presidente Jair Bolsonaro voltou a conduzir a reunião do Conselho de Governo, a primeira dele após a internação. Imagem: Marcos Corrêa/PR

O ministro da Justiça, Sergio Moro, declarou hoje que o crime de caixa 2 não tem a mesma gravidade que o crime de corrupção. A fala foi dada a jornalistas ao comentar o pacote de leis anticrimes a ser entregue ainda à tarde ao Congresso Nacional.

Os três projetos do pacote anticorrupção foram assinados hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em solenidade no Palácio do Planalto com a presença de ministros e autoridades.

Moro cedeu ao pedido de políticos e decidiu desmembrar o projeto de lei que propõe criminalizar o crime de caixa 2 dos projetos que tratam de corrupção, crime organizado e crimes violentos.

Questionado se o governo não estaria cedendo às reclamações dos parlamentares – parte é investigada por supostos crimes eleitorais -, Moro confirmou que houve protestos quanto à intenção inicial dele e, por isso, o governo resolveu adotar uma “estratégia diferente”.

“O governo está sensível ao debate e nós queremos levar os projetos ao Congresso e convencer os parlamentares do acerto. Mas, também estamos abertos a sugestões. Houve uma reclamação por parte de alguns agentes políticos de que o caixa 2 é um crime grave, mas não tem a mesma gravidade que corrupção, que crime organizado e crimes violentos. Então, acabamos optando por colocar a criminalização à parte, mas que está sendo encaminhada ao mesmo momento”, declarou.

“Foi o governo ouvindo reclamações razoáveis dos parlamentares quanto a esse ponto e, simplesmente, adotando uma estratégia diferente”, complementou.

Ao ser indagado novamente sobre o assunto, Moro disse que caixa 2 não é igual à corrupção tecnicamente.

“Não, caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de corrupção e existe o crime de caixa 2. Os dois crimes são graves. Aí é uma questão técnica”, falou. “Explicar ao ouvinte que existe o crime de corrupção, previsto no artigo 307 do Código Penal e existe o caixa 2 que hoje está previsto no [artigo] 350 do Código Eleitoral, que é um crime que não está muito adequadamente tipificado.”

Em evento na Universidade de Harvard em abril de 2017, Moro chegou a defender que o caixa 2 é mais grave do que a corrupção para o enriquecimento ilícito. À época, considerou que o primeiro crime pode ser até mais nocivo que o segundo.

Em discurso na cerimônia, Moro afirmou haver um sério problema de insegurança no país e que as pessoas estão insatisfeitas com a falta de integridade e com o comportamento passado de alguns governantes.

“Então, foi preparado um pacote que trata de medidas muito pontuais, mas que nós entendemos muito eficazes contra a corrupção, o crime organizado e crimes violentos. […] Evidente que esse pacote, por si só, não pretende resolver todos esses problemas. Existem medidas executivas em andamento para que essas questões sejam devidamente resolvidas, mas esse pacote é importante por n motivos”, disse.

O ministro avaliou que o pacote ajudará o país a caminhar na “direção certa”, iniciar um círculo virtuoso e a reforçar o compromisso do presidente em ter postura firme contra o crime. Segundo ele, o governo federal tem de assumir o papel de liderança e mudança.

Embora seja uma das principais vitrines do governo e tenha sido uma promessa de campanha de Bolsonaro, a cerimônia foi promovida sem alarde, sendo fechada à imprensa e sem a transmissão das declarações dos que discursaram.

Procurada pelo UOL, a assessoria da Presidência confirmou que Bolsonaro discursou no evento, mas informou que não repassaria o áudio da fala porque “já houve muita informação” hoje.

UOL

O Globo, em abril de 2017:  Nos EUA, Moro diz que Caixa 2 é pior do que corrupção

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, afirmou neste sábado em uma palestra para estudantes brasileiros na Universidade de Harvard, que a corrupção para financiamento de campanha é pior que o desvio de recursos para o enriquecimento ilícito. Ele defendeu o projeto elaborado pelo Ministério Público Federal por acreditar que a atual tipificação do Caixa 2, que trata do caso de forma semelhante à falsificação, como inadequada.

– Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral. Para mim a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na suíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível. Eu não estou me referindo a nenhuma campanha eleitoral específica, estou falando em geral.

Ele afirmou que a tipificação imperfeita do Caixa 2 impede uma pena mais justa, que segundo ele não precisa ser tão elevada quanto à de corrupção. Moro afirmou que defende as punições propostas pelo MPF, ou seja, prisão de dois a cinco anos. Dentro do pacote de 10 medidas anti-corrupção enviadas pelo MInistério Público Federal ao congresso, ele também defendeu como uma das primordiais a que tipifica o crime de enriquecimento ilícito de servidores públicos.

– Na Lava-Jato conseguimos ter as provas da corrupção nos casos de enriquecimento ilítico dos ex-diretores da Petrobras que já foram condenados, mas muitas vezes a condenação não ocorre por falta de provas – explicou o juiz.

Aplaudido de pé em diversos momentos, Moro afirmou no evento, onde foi entrevistado pelo também juiz federal Erik Navarro, que a Lava-Jato teve sucesso que não foi obtido por outras operações por uma série de fatores, como o amadurecimento da democracia, sorte, preparo e até mesmo a experiência anterior do Mensalão e algumas mudanças legais que favoreceram a investigação.

Questionado, ele disse que não se encontrou no evento com a ex-presidente Dilma Rousseff em Harvard – ela discursou duas horas antes dele. Ele também preferiu não comentar a frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou há alguns dias que está “ansioso” para encontrar o juiz, em depoimento marcado para o começo de maio. Moro afirmou que é favorável a recuperação das empresas que cometeram ilícitos, desde que elas colaborem e mudem suas atitudes.

– Odeio e o pecado e não o pecador, todos tem chances de se reabilitar – disse ele, que afirmou que a Lava-Jato mostrou um casos “sistêmico de corrupção no Brasil, mas disse que é difícil afirmar se este é o maior caso de corrupção do país, pois muitos não foram julgados.

No final de sua palestra, acompanhada por personalidades que palestraram no evento, como Gilberto Gil, O jogador Kaká, o procurador Deltan Dallagnon, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal e o empresário João Paulo Lemann, um dos patrocinadores do evento, Moro ainda defendeu uma modernização do foro privilegiado e tentou passar otimismo sobre o futuro do país. Questionado se defende a descriminalização das drogas, o juiz admitiu que o atual modelo de combate ao tráfico é questionável. Segundo ele, faltam dados para ter informações mais detalhadas sobre a mudança na legislação, mais deixou a porta aberta:

– O trafico de drogas é um desafio no mundo inteiro e embora haja controvérsias sobre a eficácia do enfrentamento de drogas neste momento, as alternativas também são questionáveis porque não se sabe exatamente o resultado da descriminalização das drogas. Mas a descriminalização da maconha resolve o problema? Não sei, porque em casos criminais que passaram na minha mão, pegávamos grandes traficantes afirmando que não traficavam maconha porque perdiam dinheiro. Então não resolverá exatamente o problema – relatou, antes de ponderar – Talvez seja o caso de algum experimentalismo, mas tenho muitas duvidas a respeito – disse.

 

Opinião dos leitores

  1. “Não, caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de corrupção e existe o crime de caixa 2. Os dois crimes são graves. Aí é uma questão técnica”, falou. “Explicar ao ouvinte que existe o crime de corrupção, previsto no artigo 307 do Código Penal e existe o caixa 2 que hoje está previsto no [artigo] 350 do Código Eleitoral, que é um crime que não está muito adequadamente tipificado.”

    Agora olhem a chamada "QUAL A PALAVRA VALE? Caixa 2 não tem mesma gravidade de corrupção, diz Moro sobre pacote de leis; em 2017, o então juiz achava pior"

    Ele disse que "tecnicamente" o caixa 2 não tem gravidade… judicialmente, realmente não tem gravidade… Corrupção vc responde criminalmente e caixa 2 eleitoralmente!!

    Mas eles invertem a noticia, de forma tendenciosa… Impressionante com a imprensa joga contra ao Brasil!!

    Se eu fosse Bolsonaro, acionava a PF para investigar, investidores ligados a imprensa… Derrubar esse cartel de investidores que usam a imprensa para derrubar o mercado e se beneficiar…

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Política

Após rompimento político em Parnamirim, José Agripino se pronuncia e lamenta afastamento entre prefeita e vice

Foto: Reprodução

O senador e presidente estadual do União Brasil, José Agripino, divulgou nota nesta terça-feira (26) lamentando o afastamento político entre a prefeita de Parnamirim, Professora Nilda, e a vice-prefeita Kátia Pires.

No comunicado, Agripino afirmou que, do ponto de vista pessoal, lamenta “e muito” o distanciamento entre as duas gestoras, destacando que lutou pela vitória eleitoral da chapa. Politicamente, ele ressaltou que Kátia e Carol Pires continuam com a confiança do União Brasil para conduzir os rumos do partido no município.

O posicionamento ocorre após a prefeita Nilda se pronunciar oficialmente, em publicação nas redes sociais, sobre o rompimento. A gestora disse ter sido surpreendida pelos acontecimentos, mas assegurou que segue firme à frente da administração municipal.

Na nota, Nilda destacou que aprendeu a fazer política baseada na “confiança, respeito e lealdade com quem não solta nossa mão”. A prefeita reforçou ainda que o afastamento não compromete sua relação com o União Brasil nem com José Agripino, a quem declarou respeito e admiração.

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Brasil

VÍDEO: Família de sindicato do irmão de Lula fez casa de 519 m²

O Sindnapi é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) no âmbito da Operação Farra do INSS, escândalo revelado por uma série de reportagens do Metrópoles. Desde agosto de 2023, a entidade tem como vice-presidente o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A propriedade da família Inocentini possui cerca de 11 mil metros quadrados e fica em um condomínio rural situado na região de Campo Largo, em Jarinu. O imóvel foi adquirido em 22 de agosto de 2022 por Inocentini, sua esposa e uma filha, por R$ 540 mil — valor que, corrigido, equivale hoje a R$ 615,8 mil. O contrato de compra e venda, registrado em cartório, indica pagamento por meio de duas transferências bancárias.

As obras começaram logo após a aquisição. Na imagem de satélite de 1º de julho de 2022, o sítio ainda mantinha sua configuração original, com apenas uma casa de 103,6 m² e uma casa de caseiro de 68,2 m². Já no registro de 31 de agosto do mesmo ano, é possível identificar o início das construções.

Segundo os documentos do imóvel arquivados em cartório, as intervenções foram extensas. Além da nova residência principal de 519 m², a família fez as seguintes obras:

  • Piscina de 36,9 m²;
  • Casa de caseiro de 65 m²;
  • Salão de festas familiar de 101 m²;
  • Depósito de ferramentas de 21,8 m²;
  • Ampliação da casa principal em 28,7 m²;
  • Ampliação da casa de caseiro em 30,8 m².

Após as obras, a área construída total chegou a 984,08 m². Em agosto de 2023, João Batista Inocentini faleceu, e o sítio passou a ser propriedade de sua esposa, Neuza, e das três filhas do casal — entre elas a advogada previdenciária Tonia Galleti, diretora jurídica do Sindnapi.

João Batista Inocentini começou sua via como metalúrgico e conheceu Lula. Quando ele faleceu, o petista publicou nota no site do Palácio do Planalto lamentando a morte. “Defensor dos direitos dos aposentados, (Inocentini) atuou de forma incansável pelo aprimoramento de políticas públicas voltadas para essa categoria”, diz a mensagem.

No Congresso, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Farra do INSS terá sua primeira reunião nesta terça-feira (26). Há requerimentos de quebra de sigilo para o Sindnapi e de convocação de seus dirigentes, inclusive Frei Chico, mas ainda não há pedidos de quebra do sigilo fiscal dessas pessoas.

Explosão de descontos no sindicato do irmão de Lula

A aquisição do sítio e as benfeitorias realizadas coincidem com a escalada de valores arrecadados pelo Sindnapi por meio de descontos automáticos nos benefícios de aposentados. Entre 2020 e 2024, a arrecadação da entidade saltou de R$ 23,3 milhões para R$ 154,7 milhões — alta de 564%, segundo dados do Portal da Transparência.

Como revelado pela coluna, famílias de dirigentes do sindicato recebiam uma espécie de comissão sempre que havia descontos nas mensalidades. Os repasses eram feitos à empresa Gestora Eficiente LTDA, pertencente ao marido de Tonia Inocentini Galleti e à decoradora Daugliese Giacomasi Souza, esposa do sindicalista Milton Baptista de Souza, o Milton Cavalo. Após a morte de Inocentini, Cavalo assumiu a presidência do Sindnapi.

O aumento de filiações ao sindicato ocorreu após um acordo com o banco Bmg. Há centenas de relatos, tanto na internet quanto em processos judiciais, de aposentados que tiveram dados usados sem autorização para permitir os descontos, após solicitarem empréstimos consignados ao banco.

Nesse mesmo período, Milton Cavalo também ergueu uma casa de grande porte no interior paulista. Batizada de “Recanto Double Horse”, a propriedade em Ibiúna fica a 72 quilômetros, em linha reta, do sítio da família Inocentini. Entre maio de 2021 e maio de 2023, foi construída ali uma residência de 360 m² com piscina. Embora o Sindnapi tenha confirmado que o local pertence a Cavalo, o imóvel não está registrado em nome dele nem de familiares.

Sindnapi nega irregularidades

Metrópoles

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Brasil

Dez anos depois, RN registra queda na malha aérea enquanto vizinhos avançam

Foto: Reprodução

Dez anos após atingir seu maior número de voos domésticos, o Rio Grande do Norte apresenta retração na malha aérea. Segundo levantamento da ForwardKeys, a pedido da Panrotas, o estado soma 7.599 voos em 2025, número inferior ao registrado em 2015 e também menor que os estados vizinhos.

A Paraíba, por exemplo, alcançou 7.186 voos, apresentando crescimento em relação a anos anteriores. Já Alagoas teve desempenho ainda mais expressivo, com 9.672 voos; o dado chama ainda mais atenção quando se considera que a Paraíba e Alagoas, estados com território menor que o do Rio Grande do Norte, apresentaram avanços na malha aérea ao longo dos últimos dez anos, ao contrário do RN que registrou retração.

No panorama nacional, o Brasil ainda não recuperou o nível de voos do período pré-pandemia. Em 2019, foram 799.788 voos domésticos, contra 784.969 em 2025. O auge foi em 2015, quando o País somou 916.739 operações.

Apesar da queda no número de voos, a oferta de assentos mostra recuperação. Neste ano, já são 126,5 milhões de assentos disponíveis, número próximo ao recorde histórico de 2015, que foi de 128,5 milhões.

Enquanto São Paulo lidera com mais de 257 mil voos e concentra um terço da malha aérea nacional, Estados do Nordeste como Pernambuco, Alagoas e Paraíba avançam no cenário pós-pandemia. O Rio Grande do Norte, no entanto, segue na contramão, com números menores que há dez anos

Opinião dos leitores

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Política

Lula cobrará ministros por “casa arrumada” antes do período eleitoral

Foto:  Marcelo Camargo

Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem mais ouvir do que falar na reunião ministerial desta terça-feira (26).

Um dos objetivos do chefe do Executivo é cobrar uma “arrumação da casa” antes da movimentação de desincompatibilização eleitoral. Em abril, vários ministros devem deixar o governo para disputar as eleições.

Diferente de outros encontros, o Palácio do Planalto não pediu uma preparação de apresentações de prestação de contas do time ao presidente da República.

Com exceção de ministros palacianos e do titular da Fazenda, Fernando Haddad, outros ministros não devem ter falas durante o encontro.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também deve falar sobre as reações do governo ao tarifaço aplicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país.

O chefe da Casa Civil, Rui Costa, preparou uma apresentação com dados do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e detalhamentos sobre programas como o da reforma de moradias e auxílio gás.

A proposta da reunião é que os ministros se engajem em ideais que mostram que o governo cuida da população e tenham dados na ponta da língua.

O ministro da Secom, Sidônio Palmeira, deve apresentar dados internos de pesquisas sobre a percepção do governo para dar direcionamentos de discurso

CNN

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Geral

Prefeito Felipe Menezes anuncia programação oficial da 29ª ExpoLajes em Lajes/RN

Foto: Divulgação

A cidade de Lajes (RN) receberá, entre os dias 29 e 31 de agosto, a 29ª ExpoLajes, no Parque de Exposições Deputado Nélio Dias. O evento, promovido pela Prefeitura de Lajes com apoio do Governo do Estado, é considerado a maior feira agropecuária do RN e reunirá shows musicais, torneios, exposições de animais, agricultura familiar, palestras, oficinas e mostra folclórica, movimentando a economia local e regional.

Segundo o prefeito Felipe Menezes, a ExpoLajes vai muito além da festa: “Esse é um evento que fortalece nossa cultura, fomenta negócios e garante renda para muitas famílias. A ExpoLajes é, sem dúvida, um dos motores do desenvolvimento econômico de Lajes”, ressaltou.

A exposição de animais será organizada pela Associação Norte Rio-grandense de Criadores de Ovinos e Caprinos (ANCOC) e reunirá os melhores rebanhos do estado, com animais de elite e genética de excelência. A credibilidade do evento ficou evidente já no anúncio da venda das baias: as 80 disponibilizadas foram esgotadas em apenas 20 minutos, comprovando a grande procura e a relevância da feira para os criadores.

A programação contará ainda com grandes apresentações musicais de Pedin & Edvan, Junior Viana, Valério Costa, Amanda & Ruama, Lagosta Bronzeada, Raynel Guedes e Roberto do Acordeon. Além da música, a festa terá momentos marcantes, como o Torneio Leiteiro e os Julgamentos de Caprinos, Ovinos e Agricultura Familiar, que este ano distribuirão R$ 56 mil em prêmios, atraindo produtores de toda a região. Outro destaque será a Mostra Folclórica, no dia 30 de agosto, às 17h, com apresentações culturais das escolas do município e o grande encerramento do FliLajes dentro da programação oficial.

Em sua 29ª edição, a ExpoLajes reafirma o papel de Lajes como referência na ovinocaprinocultura do Rio Grande do Norte, consolidando-se como um dos maiores eventos agropecuários do estado.

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Acidente

Tragédia: Jovem é ‘sugado’ por hélice de lancha e morre na Lagoa do Bonfim

Foto: Reprodução

Um jovem de Assú perdeu a vida na noite de domingo (24), após um grave acidente na Lagoa do Bonfim, em Nísia Floresta, região Metropolitana de Natal. A vítima foi identificada como Matheus, que participava de uma festa no local.

De acordo com informações repassadas ao Focoelho pelo pai da vitima, Matheus estava em uma lancha, ao atracar a embarcação, no momento em que os motores foram desligados, Matheus decidiu pular na água. No entanto, a hélice ainda estava em movimento e acabou sugando o jovem, provocando um profundo ferimento em sua perna, que se estendia da coxa até a panturrilha.

Testemunhas relataram que Matheus conseguiu retornar à superfície e chegou a avisar que havia se ferido. Rapidamente, ele foi retirado da água, mas o corte era grave e causou intensa perda de sangue. Mesmo após tentativas de reanimação e o socorro imediato para a UPA, o jovem não resistiu aos ferimentos e faleceu por volta das 18h25.

O caso gerou comoção entre familiares e amigos do jovem assuense.

Com informações do Focoelho.com

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Saúde

Rafael Motta está estável e segue em coma induzido em hospital de SP

Foto: Reprodução

O ex-deputado federal Rafael Motta permanece internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após sofrer um acidente de kitesurf.

De acordo com boletim médico divulgado nesta terça-feira (26), Motta deu entrada na unidade com lesão brônquica já tratada em Natal, além de fraturas na coluna, esterno e antebraço.

O paciente está intubado e em coma induzido, sob acompanhamento contínuo da equipe multiprofissional. Apesar da gravidade dos ferimentos, o quadro clínico é considerado estável.

A equipe médica informou que novos boletins serão divulgados conforme a evolução do caso.

Opinião dos leitores

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Polícia

VÍDEO: Polícia Civil desarticula grupo especializado em estelionatos e clonagem de cartões em Natal

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD/Natal), deflagrou a Operação Êxodo com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em estelionatos e falsificação de documentos.

As investigações tiveram início em junho de 2023, quando a DEFD/Natal prendeu em flagrante um dos integrantes do grupo, que aplicava golpe em um estabelecimento comercial no bairro Lagoa Nova, em Natal. No decorrer do inquérito, foi constatado que o grupo era especializado na clonagem de cartões de crédito, realizando compras em estabelecimentos e depois contestando as transações junto às instituições financeiras, gerando prejuízos aos comerciantes.

A operação recebeu o nome de Êxodo em referência ao histórico dos investigados, que já respondiam por crimes como roubo, tráfico de drogas e apropriação indébita, mas que passaram a se dedicar à prática de estelionatos.

 

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Geral

Trump mostra interesse em dialogar ao evitar citar Lula, diz analista

Foto: Kevin Lamarque/Reuters

A conferência anual do Americas Society/Council of the Americas estava marcada há alguns meses para, a exemplo de outros anos, discutir a importância do comércio bilateral de Brasil e Estados Unidos. Neste ano, com as relações abaladas pela sobretaxa de 50% do segundo sobre o primeiro, o encontro ganhou outro peso.

“É um momento delicado na relação bilateral, está difícil mesmo. Mas acho que tem um forte interesse em explorar como seria um plano de saída, uma estratégia para tentar, se não resolver, talvez melhorar as condições de negócios entre os dois países”, diz Brian Winter, vice-presidente executivo da entidade que representa empresas com atuação em toda a América Latina.

Na avaliação dele, apesar do tensionamento causado pela imposição do tarifaço, o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, dá sinais de estar aberto ao diálogo com o Brasil. Um desses indicativos vem do fato de o americano não citar nominalmente o brasileiro ao ser referir ao país.

“Em todas as postagens do presidente Trump, ao longo dos últimos meses, ele praticamente não mencionou o presidente Lula. O foco dele tem sido o ministro Alexandre de Moraes. Eu acho que isso é intencional e mostra o interesse em dialogar, em poupar talvez esse canal para eventualmente dialogar”, afirma.

“Acho que essa omissão [em citar] o presidente Lula, de poupar ele da retórica, indica a possibilidade de algum tipo de diálogo.”

A leitura sobre as intenções de Trump deve ser vistas com ressalva, diz Winter. “Todos nós viramos psicanalistas de Donald Trump ao longo dos últimos dez anos tentando interpretar as mensagens do presidente”, avalia. “Eu posso afirmar que tem interesse, em Washington, de dialogar com o governo brasileiro. Pode não ser hoje, mas eles querem ver algum tipo de diálogo.”

Winter vê como possível um caminho de diálogo que tenha outros pontos de partida, trazendo à conversa temas que também são de interesse dos Estados Unidos, como o tratamento dispensado às big techs, a exploração de minerais críticos e terras raras e uma ajuda do Brasil no enfrentamento do que ele considera ser um desafio imigratório envolvendo cidadãos venezuelanos e haitianos.

Esse diálogo esteve muito perto de começar, mas foi prejudicado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve ser novamente contaminado caso ele seja preso, algo que pode acontecer já no mês de setembro.

Se isso se confirmar, avalia Winter, outras medidas sancionadoras podem afetar o Brasil. Trump citou a situação judicial de Bolsonaro e citou mais de uma vez em entrevistas e publicações em redes sociais o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, está nos Estados Unidos e tem trabalhado por sanções ao país como forma de pressionar o judiciário brasileiro por uma anistia no processo que julga a participação de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Essa atenção dedicada, por Trump, ao ministro Moraes diferencia o Brasil e outros parceiros comerciais cujas relações com os Estados Unidos estão abaladas por tarifas protecionistas. Ainda assim, o vice-presidente do Council of the Americas, o caso do México merece observação.

“Nós achávamos, em algum momento, também que a relação entre a Claudia Sheinbaum, a presidente do México, e Donald Trump seria quase impossível”, diz.

Os problemas nas relações entre ambos eram muitos. As questões imigratórias, o déficit comercial. Trump chegou a ameaçar o país vizinho de uma ação militar para enfrentar cartéis de drogas. “Ela fez um equilíbrio difícil entre uma clara mensagem sobre a soberania nacional mexicana, mas também de entender os interesses dos Estados Unidos e tentar atender onde foi possível.”

Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia, é outro lembrado por ele, depois da desastrosa reunião na Casa Branca em fevereiro. “Parecia que a relação tinha acabado. Mas não acabou.”

“Ela [Claudia Sheinbaum] conseguiu e acho que outros líderes do mundo também conseguiram. E é um caminho. Pelo amor de Deus, não é fácil, mas também não é impossível.”

Winter será, nesta terça (26), o anfitrião da conferência do Council of The Americas em São Paulo, realizado com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da qual participarão representantes de grandes empresas brasileiras e americanas com negócios lá e cá.

“Em tempos difíceis, o setor privado sempre precisa fazer o papel para dar ênfase na importância da relação bilateral”, diz o jornalista e analista político. Ele lembra que pelo menos 7.000 empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. As multinacionais e empresas americanas têm US$ 90 milhões em estoque de investimentos diretos. “É muito dinheiro, inclusive para a economia americana.”

Na avaliação dele, é importante também que fique clara a importância do Brasil para o Sul Global, não apenas no sentido comercial. “Acho que o governo [americano], a Casa Branca, reconhece essa importância e por isso a preocupação sobre temas como as big techs, por exemplo. Não é só o mercado brasileiro que tem peso aí. Eles sabem que o Brasil tem essa capacidade de ser um trendsetter em várias coisas.”

Nas discussões na Fiesp nesta terça estão previstas as participações do ministro Mauro Viera, das Relações Exteriores, e de Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, deve participar por videoconferência.

Da iniciativa privada, participarão de uma mesa sobre investimentos e integração Landon Loomis, presidente da Boeing para América Latina e Caribe, Jennifer Prescott, diretora de Políticas Públicas da AWS (Amazon Web Services), Alejandro Anderlic, direitor de Relações Governamentais e Exteriores para América Latina na Salesforce, Juliana Villano, diretora de Relações Institucionais da Embraer e Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

Brian Winter discutirá as perspectivas dos Estados Unidos sobre a Relação Bilateral com o diplomata Tom A. Shannon Jr, ex-embaixador dos EUA no Brasil e ex-subsecretário de Estado para Assuntos Políticos.

Folha de S.Paulo

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Geral

Partidos do Centrão e PL são os mais afetados pelo bloqueio de Dino a emendas Pix

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Parlamentares do PL e de partidos do Centrão são os mais afetados pela trava na liberação de emendas Pix provocada, em sua maioria, pelo descumprimento de critérios ligados a transparência e rastreabilidade. Levantamento feito pelo GLOBO a partir de dados da plataforma Transfere.gov mostra que, do total de 525 pedidos de transferências especiais bloqueadas — que somam cerca de R$ 306 milhões — mais da metade (358) foi protocolada pela sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro e por legendas como União Brasil, PP, Republicanos, PSD e MDB.

A lista é encabeçada pelo PL, que tem a maior bancada no Congresso, e registra 132 pedidos de transferências Pix impedidas até o momento por restrições técnicas ligadas à falta de planos de trabalho para o uso das verbas. A sigla também registra máxima de até nove encaminhamentos negados feitos por uma só parlamentar, a deputada Detinha (PL-MA), mulher do também deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA). No ano passado, o parlamentar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito de um esquema de desvio de recursos de emendas enviadas para prefeituras do interior de seu estado.

Em seguida ao PL, aparece o União Brasil, com 58 pedidos de encaminhamento de recursos bloqueados. Junto ao PP, que contabilizou 49 emendas Pix travadas, o partido planeja o desembarque do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o final deste ano. A demora para o acesso ao Orçamento deste ano é um dos pontos de divergências que levaram ao afastamento do partido do comando do Executivo.

MDB e PSD reclamam

A cobrança também tem vindo de legendas como o MDB e o PSD, que, mesmo compondo a base do governo no Congresso, tiveram 53 e 40 direcionamentos de recursos barrados, respectivamente. As travas atingem ainda o PT, partido do presidente, que teve 50 pedidos de recursos bloqueados até agora.

Entre os parlamentares, prevalece a percepção de que os fatores que impedem o direcionamento dos recursos estão relacionados às novas exigências feitas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde o ano passado, o magistrado tem suspendido repasses em função do descumprimento de critérios de transparência. Os recursos passaram a ser liberados apenas mediante à disponibilização de detalhes sobre o uso e após a abertura de uma conta bancária específica para o encaminhamento da verba.

Em função disso, no último domingo, Dino deu um prazo de dez dias para o Tribunal de Contas da União (TCU) detalhar um total de R$ 694,6 milhões em emendas Pix referentes ao intervalo de 2020 a 2024 que não tiveram o plano de trabalho apresentado. Na decisão, o magistrado também determinou o envio desses dados para a Polícia Federal, buscando a instauração de inquéritos que investiguem possíveis irregularidades. Dino afirma que há “situação de parcial descumprimento de decisão judicial” pela não apresentação desses planos. O ministro reforçou que é de competência do TCU a fiscalização dessas emendas, mas que isso não impede a cooperação dos tribunais de contas estaduais na apreciação das prestações de contas. Essa colaboração pode se concretizar, cita o ministro, mediante a celebração de parcerias entre o TCU e as áreas técnicas dos TCEs .

Como mostrou o GLOBO, as travas impostas aos envios de recursos pelo descumprimento de critérios de transparência correspondem a um dos fatores que levaram ao atraso da liberação de R$ 7,3 bilhões previstos para este ano para emendas Pix — valor que, até o fim da semana, não havia sido pago. Parte de interlocutores de Lula também atribui a lentidão nas liberações à demora na votação do Orçamento, aprovado somente em maio, atrasando no cronograma de pagamentos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa doença tem tratamento, e está na constituição Federal,, nesses casos tem que pressionar pela prescrição, principalmente para que se resolva esse erro cometido contra o povo.

  2. O bloqueio das emendas Pix, não passa da concentração de poder, eles fazem o contrário do que Bolsonaro dizia e fazia “mais Brasil, menos Brasília”. Entendeu ou precisa desenhar?

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