Finanças

QUAL A PALAVRA VALE? Caixa 2 não tem mesma gravidade de corrupção, diz Moro sobre pacote de leis; em 2017, o então juiz achava pior

O presidente Jair Bolsonaro voltou a conduzir a reunião do Conselho de Governo, a primeira dele após a internação. Imagem: Marcos Corrêa/PR

O ministro da Justiça, Sergio Moro, declarou hoje que o crime de caixa 2 não tem a mesma gravidade que o crime de corrupção. A fala foi dada a jornalistas ao comentar o pacote de leis anticrimes a ser entregue ainda à tarde ao Congresso Nacional.

Os três projetos do pacote anticorrupção foram assinados hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em solenidade no Palácio do Planalto com a presença de ministros e autoridades.

Moro cedeu ao pedido de políticos e decidiu desmembrar o projeto de lei que propõe criminalizar o crime de caixa 2 dos projetos que tratam de corrupção, crime organizado e crimes violentos.

Questionado se o governo não estaria cedendo às reclamações dos parlamentares – parte é investigada por supostos crimes eleitorais -, Moro confirmou que houve protestos quanto à intenção inicial dele e, por isso, o governo resolveu adotar uma “estratégia diferente”.

“O governo está sensível ao debate e nós queremos levar os projetos ao Congresso e convencer os parlamentares do acerto. Mas, também estamos abertos a sugestões. Houve uma reclamação por parte de alguns agentes políticos de que o caixa 2 é um crime grave, mas não tem a mesma gravidade que corrupção, que crime organizado e crimes violentos. Então, acabamos optando por colocar a criminalização à parte, mas que está sendo encaminhada ao mesmo momento”, declarou.

“Foi o governo ouvindo reclamações razoáveis dos parlamentares quanto a esse ponto e, simplesmente, adotando uma estratégia diferente”, complementou.

Ao ser indagado novamente sobre o assunto, Moro disse que caixa 2 não é igual à corrupção tecnicamente.

“Não, caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de corrupção e existe o crime de caixa 2. Os dois crimes são graves. Aí é uma questão técnica”, falou. “Explicar ao ouvinte que existe o crime de corrupção, previsto no artigo 307 do Código Penal e existe o caixa 2 que hoje está previsto no [artigo] 350 do Código Eleitoral, que é um crime que não está muito adequadamente tipificado.”

Em evento na Universidade de Harvard em abril de 2017, Moro chegou a defender que o caixa 2 é mais grave do que a corrupção para o enriquecimento ilícito. À época, considerou que o primeiro crime pode ser até mais nocivo que o segundo.

Em discurso na cerimônia, Moro afirmou haver um sério problema de insegurança no país e que as pessoas estão insatisfeitas com a falta de integridade e com o comportamento passado de alguns governantes.

“Então, foi preparado um pacote que trata de medidas muito pontuais, mas que nós entendemos muito eficazes contra a corrupção, o crime organizado e crimes violentos. […] Evidente que esse pacote, por si só, não pretende resolver todos esses problemas. Existem medidas executivas em andamento para que essas questões sejam devidamente resolvidas, mas esse pacote é importante por n motivos”, disse.

O ministro avaliou que o pacote ajudará o país a caminhar na “direção certa”, iniciar um círculo virtuoso e a reforçar o compromisso do presidente em ter postura firme contra o crime. Segundo ele, o governo federal tem de assumir o papel de liderança e mudança.

Embora seja uma das principais vitrines do governo e tenha sido uma promessa de campanha de Bolsonaro, a cerimônia foi promovida sem alarde, sendo fechada à imprensa e sem a transmissão das declarações dos que discursaram.

Procurada pelo UOL, a assessoria da Presidência confirmou que Bolsonaro discursou no evento, mas informou que não repassaria o áudio da fala porque “já houve muita informação” hoje.

UOL

O Globo, em abril de 2017:  Nos EUA, Moro diz que Caixa 2 é pior do que corrupção

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, afirmou neste sábado em uma palestra para estudantes brasileiros na Universidade de Harvard, que a corrupção para financiamento de campanha é pior que o desvio de recursos para o enriquecimento ilícito. Ele defendeu o projeto elaborado pelo Ministério Público Federal por acreditar que a atual tipificação do Caixa 2, que trata do caso de forma semelhante à falsificação, como inadequada.

– Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral. Para mim a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na suíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível. Eu não estou me referindo a nenhuma campanha eleitoral específica, estou falando em geral.

Ele afirmou que a tipificação imperfeita do Caixa 2 impede uma pena mais justa, que segundo ele não precisa ser tão elevada quanto à de corrupção. Moro afirmou que defende as punições propostas pelo MPF, ou seja, prisão de dois a cinco anos. Dentro do pacote de 10 medidas anti-corrupção enviadas pelo MInistério Público Federal ao congresso, ele também defendeu como uma das primordiais a que tipifica o crime de enriquecimento ilícito de servidores públicos.

– Na Lava-Jato conseguimos ter as provas da corrupção nos casos de enriquecimento ilítico dos ex-diretores da Petrobras que já foram condenados, mas muitas vezes a condenação não ocorre por falta de provas – explicou o juiz.

Aplaudido de pé em diversos momentos, Moro afirmou no evento, onde foi entrevistado pelo também juiz federal Erik Navarro, que a Lava-Jato teve sucesso que não foi obtido por outras operações por uma série de fatores, como o amadurecimento da democracia, sorte, preparo e até mesmo a experiência anterior do Mensalão e algumas mudanças legais que favoreceram a investigação.

Questionado, ele disse que não se encontrou no evento com a ex-presidente Dilma Rousseff em Harvard – ela discursou duas horas antes dele. Ele também preferiu não comentar a frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou há alguns dias que está “ansioso” para encontrar o juiz, em depoimento marcado para o começo de maio. Moro afirmou que é favorável a recuperação das empresas que cometeram ilícitos, desde que elas colaborem e mudem suas atitudes.

– Odeio e o pecado e não o pecador, todos tem chances de se reabilitar – disse ele, que afirmou que a Lava-Jato mostrou um casos “sistêmico de corrupção no Brasil, mas disse que é difícil afirmar se este é o maior caso de corrupção do país, pois muitos não foram julgados.

No final de sua palestra, acompanhada por personalidades que palestraram no evento, como Gilberto Gil, O jogador Kaká, o procurador Deltan Dallagnon, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal e o empresário João Paulo Lemann, um dos patrocinadores do evento, Moro ainda defendeu uma modernização do foro privilegiado e tentou passar otimismo sobre o futuro do país. Questionado se defende a descriminalização das drogas, o juiz admitiu que o atual modelo de combate ao tráfico é questionável. Segundo ele, faltam dados para ter informações mais detalhadas sobre a mudança na legislação, mais deixou a porta aberta:

– O trafico de drogas é um desafio no mundo inteiro e embora haja controvérsias sobre a eficácia do enfrentamento de drogas neste momento, as alternativas também são questionáveis porque não se sabe exatamente o resultado da descriminalização das drogas. Mas a descriminalização da maconha resolve o problema? Não sei, porque em casos criminais que passaram na minha mão, pegávamos grandes traficantes afirmando que não traficavam maconha porque perdiam dinheiro. Então não resolverá exatamente o problema – relatou, antes de ponderar – Talvez seja o caso de algum experimentalismo, mas tenho muitas duvidas a respeito – disse.

 

Opinião dos leitores

  1. “Não, caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de corrupção e existe o crime de caixa 2. Os dois crimes são graves. Aí é uma questão técnica”, falou. “Explicar ao ouvinte que existe o crime de corrupção, previsto no artigo 307 do Código Penal e existe o caixa 2 que hoje está previsto no [artigo] 350 do Código Eleitoral, que é um crime que não está muito adequadamente tipificado.”

    Agora olhem a chamada "QUAL A PALAVRA VALE? Caixa 2 não tem mesma gravidade de corrupção, diz Moro sobre pacote de leis; em 2017, o então juiz achava pior"

    Ele disse que "tecnicamente" o caixa 2 não tem gravidade… judicialmente, realmente não tem gravidade… Corrupção vc responde criminalmente e caixa 2 eleitoralmente!!

    Mas eles invertem a noticia, de forma tendenciosa… Impressionante com a imprensa joga contra ao Brasil!!

    Se eu fosse Bolsonaro, acionava a PF para investigar, investidores ligados a imprensa… Derrubar esse cartel de investidores que usam a imprensa para derrubar o mercado e se beneficiar…

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Política

VÍDEO: Allyson acusa RN de “calote” por dívida de R$ 10,8 milhões e Cadu devolve com dívida de R$ 50 milhões

Imagens: Reprodução/Instagram

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, não poupou críticas nesta segunda-feira (8). Ele denunciou que o Governo do Estado deixou de repassar R$ 10,8 milhões nas últimas duas semanas, incluindo valores de Fundeb, ICMS, IPVA e multas de trânsito. Para Allyson, a falta de pagamento é um “calote” e lembrou: “é do município, não é favor”.

Segundo a prefeitura, os valores atrasados são: ICMS – R$ 3,75 milhões; Fundeb – R$ 2,24 milhões; IPVA – R$ 1,19 milhão; e multas (Renainf) – R$ 3,65 milhões. O atraso compromete salários de professores, manutenção de serviços e despesas básicas da administração, deixando a cidade no sufoco.

Do outro lado, o secretário estadual da Fazenda e pré-candidato ao Governo, Cadu Xavier, rebateu a acusação. Ele garantiu que todos os municípios vão receber os repasses de ICMS e Fundeb até quarta-feira (10), incluindo os atrasados, mas não perdoou: lembrou que a Prefeitura de Mossoró deve mais de R$ 50 milhões à Caern e cobrou responsabilidade fiscal.

Em tom irônico, Cadu completou: “Prefeito, economiza mais um pouquinho de papel e combustível para ver se consegue botar a conta d’água em dia”.

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Política

Dino aciona PF contra uso suspeito de emendas Pix: 72 milhões sob investigação

Foto: Divulgação

O ministro do STF Flávio Dino ordenou, nesta segunda-feira (8), que a Polícia Federal investigue um quadro generalizado de irregularidades em emendas Pix em 19 municípios e no estado de Santa Catarina. A decisão vem após auditoria da CGU apontar falhas graves, falta de transparência e indícios de crimes na execução de R$ 72,3 milhões em recursos federais.

O relatório da Controladoria-Geral da União revelou que nenhum dos 20 entes federados analisados cumpriu as exigências legais. Entre os problemas estão superfaturamento, pagamento por serviços não realizados e descumprimento dos planos de trabalho. Dino alertou que a situação demonstra uma “grave afronta às decisões do STF” e um padrão de ilegalidades no uso de bilhões do Orçamento da União.

Além da investigação da PF, o ministro determinou que a CGU apresente, em até 30 dias, planos de auditoria para emendas parlamentares de todo o país referentes a 2026. A AGU, por sua vez, terá 60 dias para entregar o primeiro relatório sobre indícios de irregularidades. Dino citou ainda que processos em andamento envolvem órgãos como Codevasf, DNOCs, secretarias estaduais e municipais, empresas e ONGs.

O ministro também reforçou regras de transparência para emendas de bancada e de comissão usadas na saúde. Agora, só será permitido o pagamento de pessoal mediante divulgação mensal de valores e servidores remunerados, em contas específicas e rastreáveis. A medida segue após o Congresso autorizar, em novembro, que essas emendas financiem despesas de pessoal — um passo que deixou o TCU de cabelo em pé.

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Política

VÍDEO: Tarcísio fecha com Bolsonaro e promete apoio total a Flávio: “Lealdade é inegociável”

Foto: Paulo Guereta/Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou claro nesta segunda-feira (8) que segue firme ao lado de Jair Bolsonaro e que vai apoiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na corrida presidencial de 2026. Depois de ser cogitado como possível substituto do ex-presidente, Tarcísio afirmou que a decisão de Bolsonaro é “respeitada” e que sua lealdade ao líder da direita “não se negocia”.

Segundo o governador, ele e Flávio conversaram na última sexta-feira, quando o senador confirmou a pré-candidatura. Tarcísio afirmou que o filho mais velho de Bolsonaro poderá contar com seu suporte e lembrou que a oposição reúne outros nomes fortes, como Romeu Zema e Ronaldo Caiado, reforçando o bloco que pretende derrotar o PT nas urnas.

Tarcísio disse que Flávio assume uma “grande responsabilidade”: discutir o futuro do país e enfrentar problemas como desigualdade, crise fiscal e a perda de liderança nacional. Para ele, será preciso construir um projeto consistente e, principalmente, “afastar o que está aí, que não deu certo”, em referência direta ao governo Lula.

Assista:

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Política

Flávio crava na CNN: “Meu plano econômico é retomar a gestão Bolsonaro” e começa a montar time com ex-ministros

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já acelerou os preparativos da pré-campanha presidencial e começou a recrutar ex-ministros e ex-secretários do governo Jair Bolsonaro, com foco total na economia. A CNN apurou que Paulo Guedes, o “posto Ipiranga” da gestão passada, tem sido consultado com frequência — sinal claro de que o projeto é retomar a agenda econômica bolsonarista a partir de 2027.

Em entrevista ao canal, Flávio foi direto: pretende dar continuidade ao que funcionou na economia entre 2019 e 2022. Ele destacou que conversa apenas com quem “iniciou o caminho do Brasil para a prosperidade”, numa referência às mudanças feitas no período Bolsonaro, como a reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central e o superministério da Economia comandado por Guedes.

O pré-candidato lembra que, apesar da pandemia, o governo Bolsonaro criou o auxílio emergencial — que chegou a R$ 600 para os mais vulneráveis — e liberou recursos para sustentar empregos e empresas.

O período também registrou inflação alta, com o IPCA chegando a 10%, em um cenário global pressionado, mas que hoje é usado como munição política pelos adversários.

 

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Política

Brasil lava as mãos sobre Maduro e Amorim compara possível ação dos EUA a “novo Vietnã”

Foto: Reprodução

O governo Lula decidiu ficar de fora da pressão internacional contra o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o assessor especial Celso Amorim afirmou que o Brasil não vai pedir, nem sugerir, que Maduro deixe o poder. Segundo ele, qualquer renúncia teria de partir “exclusivamente” do próprio venezuelano — posição que reforça o alinhamento histórico do PT aos regimes autoritários da região.

Amorim ainda criticou a possibilidade de intervenção dos Estados Unidos, dizendo que isso poderia transformar a América do Sul em uma “zona de guerra” e gerar um conflito comparável ao Vietnã. A fala ignora o colapso humanitário causado pelo chavismo, que já jogou milhões de venezuelanos em fuga pelo continente, inclusive rumo ao Brasil.

Questionado sobre um eventual asilo para Maduro, Amorim não descartou a possibilidade de que o ditador possa escolher o Brasil como rota de fuga, embora tenha dito que não queria “incentivar” especulações. Ele citou que o asilo político é uma “instituição latino-americana”, usada por figuras de “direita e esquerda”. Outros possíveis destinos seriam Rússia, Turquia e Catar — todos regimes alinhados a autocratas mundo afora.

Enquanto isso, Lula mantém distância pública do aliado. O petista, que em 2023 chamou a ditadura venezuelana de “narrativa”, agora evita até mencionar Maduro. Analistas apontam que receber o ditador no Brasil, a menos de um ano das eleições municipais, seria um desastre político para o governo, reforçando o desgaste de Lula com a opinião pública e alimentando o discurso da oposição de que o PT apoia regimes autoritários.

Opinião dos leitores

  1. Eleição fraudada na Venezuela.
    Isso não está golpe?
    Esperar que o ditador saia por conta própria?

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Política

União Brasil expulsa ministro de Lula: Sabino cai por “infidelidade” e diz que segue de cabeça erguida

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O União Brasil bateu o martelo nesta segunda-feira (8) e expulsou o ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária. A cúpula da sigla não engoliu o fato de Sabino, deputado federal licenciado, ter ignorado a ordem do partido para deixar o governo Lula em setembro — e decidiu arrancá-lo de vez dos seus quadros.

A expulsão já tinha aval do Conselho de Ética do partido. Desde outubro, Sabino estava praticamente fora do jogo: afastado das decisões internas e destituído do comando do diretório regional do União Brasil no Pará. A sanção agora apenas oficializa o rompimento.

Sabino ainda não comentou a decisão desta segunda. Em entrevista no mês passado, porém, garantiu estar “de consciência tranquila”, dizendo que não cometeu erro algum ao contrariar a orientação para romper com o governo petista. “Não devo nada para ninguém e sigo de cabeça erguida”, afirmou à época.

A queda do ministro aprofunda o desgaste entre o União Brasil e o Palácio do Planalto, revelando mais um capítulo da instabilidade da base de apoio de Lula — que já sofre para segurar aliados e entregar votos no Congresso.

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Saúde

HAPVIDA solta nota e diz que denuncia da família de paciente sobre alimentação e assistência não procede

Foto: Reprodução

O Hapvida soltou nota nesta segunda-feira (8) negando as denúncias feitas pela família de uma idosa de 88 anos internada em uma das unidades do plano em Natal. Parentes procuraram o Blog do BG no domingo (7) relatando alimentação servida no chão, falta de soro por mais de 12 horas, ausência de analgésicos mesmo com dor, sangramento sem revisão médica por 48 horas e refeições inadequadas para a intolerância à lactose da paciente.

Imagem enviada por familiares da idosa de 88 anos. | Foto: Cedida

A empresa afirma que “não reconhece” nenhuma das situações denunciadas e garante que o hospital possui áreas adequadas para alimentação, além de assistência contínua, equipe de enfermagem presente e visitas médicas regulares.

Segundo a nota, não houve falha no atendimento e o quadro descrito pela família “não procede”.

O Hapvida diz ainda que está em contato com os familiares para “acolher, escutar e prestar esclarecimentos”, reforçando o discurso de compromisso com segurança, respeito e cuidado aos usuários.

A família, por sua vez, segue cobrando providências imediatas da direção e dos órgãos de fiscalização diante do que classifica como “condições indignas e insalubres”.

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Política

Alerj peita Moraes e aprova soltura de Bacellar, preso por vazar operação da PF

Foto: Alerj

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu, nesta segunda-feira (8), derrubar a prisão do próprio presidente da Casa, Rodrigo Bacellar. Mesmo sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, a maioria dos deputados votou pela revogação da detenção, em votação aberta e com quórum mínimo garantido. O placar terminou em 42 a 21, com duas abstenções. Agora, a caneta final é do Supremo Tribunal STF.

A decisão confirmou o que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia aprovado mais cedo, por 4 a 3, e será enviada ao Diário Oficial antes de seguir para o STF. Bacellar foi preso preventivamente pela Polícia Federal na semana passada, acusado de vazar informações sigilosas para ajudar o ex-deputado TH Joias, também preso.

A sessão foi tensa. Um bate-boca interrompeu os trabalhos por mais de 20 minutos, depois que a deputada Dani Monteiro chamou o dia de “triste para o Parlamento”, desrespeitando o acordo que limitava os discursos. Parlamentares reagiram na hora, e o PSOL acusou a “tropa do Bacellar” de tentar calar a oposição.

Bacellar é suspeito de avisar TH Joias sobre operações da Justiça. Segundo as investigações, o ex-deputado atuava em parceria com o crime organizado no Complexo do Alemão, negociando drogas, fuzis e até armas antidrones. Um dos deputados, Rafael Picciani, se absteve da votação por conflito de interesse, já que também é citado em apurações do STF.

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Geral

Flexibilização de uso de armas abriu caminho para desvio de pistolas, diz estudo

Foto: Polícia Federal

Um estudo do Instituto Sou da Paz afirmou que a liberação da pistola 9 mm em 2019 — durante o governo Bolsonaro — aumentou a presença desse calibre nas mãos do crime, especialmente no Sudeste. Segundo o relatório, as apreensões desse tipo de arma mais que dobraram entre 2018 e 2023, saltando de 2.995 para 6.568 unidades. O levantamento reúne dados de SP, RJ, MG e ES.

No período analisado, a 9 mm deixou de ser um calibre raro e virou o segundo mais apreendido do país, representando quase 19% das armas industriais retiradas das ruas. O Sou da Paz associa o avanço ao aumento de compras por CACs, permitido em 2019. O instituto fala em dois tipos de desvio: o “de boa-fé”, quando a arma legal é roubada, e o “de má-fé”, quando alguém compra para entregar ao crime — ambas situações facilitadas por regras frouxas e pouca fiscalização.

O relatório também cita medidas adotadas pelo governo Lula, como o recadastramento nacional de armas e a volta da restrição da 9 mm às forças de segurança. Desde 2023, a fiscalização dos CACs passou do Exército para a Polícia Federal. Mesmo assim, apenas seis estados contam com delegacias especializadas no combate ao tráfico de armas, um gargalo que continua abrindo espaço para o mercado ilegal.

O estudo ainda aponta um dado preocupante: as apreensões de armamento pesado — fuzis, metralhadoras e submetralhadoras — cresceram 55,8% no Sudeste. O Rio de Janeiro segue isolado na liderança, com 3.076 fuzis tomados do crime, mais que o dobro das apreensões registradas nos outros três estados somados.

Opinião dos leitores

  1. O Instituto Sou da Paz recebeu R$ 12,8 milhões em 2022. Desse valor, dois terços vieram de fora do Brasil. Em valores absolutos, a receita quase dobrou em uma década: em 2012, o valor fora de R$ 6,8 milhões.

    Dentre os financiadores do Sou da Paz estão o Itaú, a Gol, e o governo do Estado de São Paulo — além da onipresente Open Society, da Fundação Ford e da Fundação OAK, todas com sede no exterior. A diretora-executiva do Sou da Paz, a advogada e socióloga Carolina Ricardo, foi Consultora do Banco Mundial e do Banco Internacional de Desenvolvimento. 👺São pagos pra acompanhar as pautas da esquerda. 💩💩💩

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Política

CAIÇARA DO RIO DO VENTO: Gestão Ceiça Lisboa entrega maior recuperação viária da história da Serra da Gameleira e Pião

Foto: Divulgação

A gestão da prefeita Ceiça Lisboa está promovendo um marco histórico na mobilidade rural de Caiçara do Rio do Vento: pela primeira vez, os acessos das estradas vicinais da Serra da Gameleira e da comunidade do Pião estão sendo totalmente recuperados. Ao todo, 17 km de vias foram revitalizados, garantindo mais segurança, visibilidade e qualidade de vida para a população.

Com um investimento superior a R$ 700 mil, a obra representa a maior intervenção já realizada nessas localidades, beneficiando agricultores, famílias, estudantes e todos que dependem diariamente desse trajeto para se conectar à sede do município.

Foto: Divulgação

A ação facilita o escoamento da produção rural, melhora o transporte escolar e reforça o desenvolvimento das comunidades da serra, que aguardavam há décadas por melhorias estruturais.

“É a sensação de um sonho se realizando. Esta obra vai trazer mais qualidade de vida e segurança para todos que trafegam por aqui. A última obra realizada nessa serra foi ainda na década de 80, quando meu pai, Etevaldo Lisboa, era prefeito e fez o calçamento da serra. Hoje, estamos podendo alargar todo aquele acesso, garantindo um caminho mais seguro e estruturado para nosso povo.” Destacou a prefeita.

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