Com a maioria das grandes cidades potiguares fora da situação mais crítica da pandemia do novo coronavírus, o Governo do Rio Grande do Norte inicia a terceira fase da reabertura gradual da economia nesta quarta-feira, 5. A última fase da reabertura acontece no momento em que 1,6 milhão de pessoas, residentes das maiores cidades potiguares estão dentro de uma zona de contágio considerada “segura” pelo Comitê Científico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) por ter uma taxa de transmissão do vírus abaixo de 1. Por terem mais habitantes, essas localidades exercem maior influência sobre a curva estadual de novos casos da covid-19. Entretanto, outros 1,8 milhão de pessoas ainda residem em áreas com taxa acima de 1.
A última fase é autorizada pelo Governo do Estado no momento em que a pandemia passa a ter uma situação diversa no Rio Grande do Norte. Enquanto o pico da infecção – considerada a pior fase – já passou na maioria das grandes cidades, os municípios do interior e que ainda não haviam atingido o topo do número de casos confirmados começam a ter uma taxa de transmissibilidade mais elevada do novo coronavírus.
A taxa de transmissibilidade significa quantas pessoas, em média, um infectado contamina. Apenas 24 cidades, dentre elas Natal, Mossoró, Macaíba e Ceará-Mirim, estão numa zona segura de contágio, considerada quando a taxa é abaixo de 1. Essas cidades possuem, juntas, 1,6 milhão de 3,4 milhões de habitantes do Rio Grande do Norte conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as grandes cidades, a exceção é São Gonçalo do Amarante, considerada uma zona perigosa por ter taxa de 5. Outras cidades importantes, como Parnamirim, Caicó e Extremoz, estão “em risco” por terem uma taxa de transmissão entre 1,03 e 2. Elas possuem, respectivamente, taxas de 1,18 e 1,24. Os cálculos estão disponíveis na plataforma Covid-19, elaborada pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN).
Diante das diferentes situações da pandemia no Rio Grande do Norte, o governo estadual passou a discutir a possibilidade de tratar a pandemia de forma regionalizada. Isto é, orientar medidas específicas para as diferentes regiões do Estado a partir da situação epidemiológica específica. Isso foi adotado em outras unidades federativas brasileiras, como São Paulo. Entretanto, ainda não há uma decisão oficial quanto a essa mudança.
A Sesap/RN considera que cidades como Natal e Mossoró, mais fortemente atingidas pelo novo coronavírus, passaram pelo pico da pandemia e que agora é a vez de outras cidades chegarem a essa outra fase. Entretanto, os cientistas não descartam que as grandes cidades possam ter novo aumento de casos por dia, chamado de “segunda onda”, se não houver responsabilidade na retomada das atividades.
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TRIBUNA DO NORTE
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