Matéria do ESTADÂO mostra o momento delicado que o potiguar Rogério Marinho atravessa no governo Bolsonaro. Após a reportagem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia saiu em defesa do ex-deputado.
Segue reportagem:
Após ganhar espaço e confiança por seu papel crucial na articulação pela reforma que mudou o sistema de aposentadoria no Brasil, o secretário especial de Previdência e Trabalho Rogério Marinho se tornou personagem central de embates dentro do governo. Também virou “para-raios” de disputas paroquiais deflagradas num Congresso que começa a testar o terreno para a escolha de seus próximos presidentes.
Braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes, no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, Marinho chegou a ser cotado para coordenar a articulação com o Congresso para a votação da reforma tributária, mas hoje vive um inferno astral.
As críticas generalizadas à decisão de taxar o seguro-desemprego e, agora, mais recentemente, à crise provocada pelas filas no INSS, órgão vinculado à sua secretaria, alimentaram o desconforto.
Por trás do desgaste está a disputa de lideranças partidárias pela vaga de Rodrigo Maia no comando da Câmara dos Deputados, a partir de 2021, e as eleições municipais deste ano. Um quadro que pode atrapalhar o andamento das reformas, principalmente, a administrativa e a tributária. “A janela para aprovação é pequena. No máximo até junho”, reconhece um auxiliar de Guedes.
Batizada de RH do serviço público, a reforma administrativa tem o apoio de Maia, mas enfrenta a pressão das grandes corporações dos servidores públicos, que podem ganhar força às vésperas da campanha eleitoral nos municípios. Já PECs de reformas fiscais estão mais encaminhadas e com chances de serem aprovadas, porém com alcance mais enxuto, avaliam assessores econômicos.
Deputado federal por 16 anos, período em que relatou a mudança mais profunda na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Marinho migrou de poder e, como secretário especial de Previdência e Trabalho, tentou levar adiante sua pauta trabalhista sob a bandeira de geração de empregos. Acabou atropelando colegas dentro da própria equipe econômica e se indispondo com congressistas, perdendo parte do bom trânsito que lhe era garantido graças à experiência com o Parlamento. Procurado, Marinho não se pronunciou.
Até a promulgação da Previdência, o secretário atuou como um habilidoso negociador durante a tramitação da primeira – e também espinhosa – reforma da administração Bolsonaro. Seu papel de articulador foi tão bem sucedido que transbordou para outras áreas, à medida que a equipe econômica encontrava dificuldades no diálogo com os deputados e traçava planos para outras reformas e também era formada por muitos neófitos no trato político. Não à toa, virou alvo de brincadeiras de auxiliares, que o chamavam de “assessor de tudo”.
Programa Verde Amarelo
A virada para o secretário se deu quando, em novembro de 2019, apresentou o Programa Verde Amarelo, como foi batizado o conjunto de medidas de estímulo ao emprego. Passou por cima de outras áreas do Ministério da Economia que alertavam contra a medida, pelo custo elevado e o risco de baixa efetividade.
Nos dias seguintes, depois do envio da MP do programa ao Congresso, em reação, lideranças da Câmara ficaram dias sem atender os contatos do secretário. “Não sabíamos que a MP viria desse tamanho, agora, que se vire”, contou um deles.
O mal-estar causado foi tão grande que outros secretários mudaram o tratamento em relação a Marinho, garantem fontes. Colegas de dentro do Ministério da Economia também passaram a tratar o secretário especial de Previdência e Trabalho de forma protocolar
O desgaste aumentou depois que a Instituição Fiscal Independente (IFI) publicou estudo com críticas à MP Verde Amarelo. O golpe maior veio dias depois, quando foi revelado que estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) apontava um custo bem maior.
Técnicos contam que Guedes deixou o seu auxiliar sozinho na defesa da taxação do seguro desemprego para bancar a desoneração da folha das empresas, uma promessa de campanha. Um quadro semelhante que ocorreu com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na defesa da fixação do limite de 8% ao ano de juros para o cheque especial.
Programa em risco
Isolado, Marinho virou alvo de corporações e também de parlamentares que, por circunstâncias políticas, passaram a atacar seu programa de estímulo ao emprego. A disputa acirrada pela sucessão na presidência do Senado e, sobretudo, da Câmara tem levado ao que é classificado nos bastidores do governo como “necessidade de aceno político”. Mesmo congressistas ligados a setores empresariais acabam se posicionando contra a medida, menos por convicção e mais para angariar votos rumo às vagas hoje ocupadas por Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia.
Marinho já chegou a se descrever para interlocutores como o que não fala, mas realiza. Porém, costuma dizer também que o sucesso transforma uma pessoa em alvo.
Se antes era o “assessor de tudo”, agora se coloca distante de qualquer articulação pelas reformas tributária ou administrativa. Quer concluir o que começou na agenda trabalhista e avalia ter uma tarefa a cumprir. Uma futura retomada da vida política não está completamente descartada, mas qualquer cálculo nessa direção só será feito após as eleições municipais de 2020.
ESTADÃO CONTEÚDO
Esses aí não se elege mais nem pra síndico de condomínio aqui no RN, perdeu a eleição pra deputado e de presente ganhou cargo do presidente fascista pra colocar seu projeto anti povo, anti pobre e trabalhador a todo vapor.
Governo criou o processo digital no INSS de rebolo, sem nem ao menos treinar os poucos servidores que ainda restam no Instituto. As antigas concessões eram mais rápidas, não chegavam nem a 30 dias.
Criaram um tal de GET que causou esse represamento gigantesco. E agora vão convocar milicos da reserva que de nada entendem da complexidade que é o INSS. Uma lástima.
Matéria vindo do Estadão até a vírgula perde credibilidade.
Rogério Marinho continua firme e forte em seus propósitos e no governo Federal.
Os motivos encontrados pelo Estadão é lixo pura fofoca de jornaleco.
Quem prejudicou os trabalhadores em tudo não poderia esperar outra coisa que não fosse o ostracismo.Essa reforma trabalhista não serviu para nada,e a da previdência muito menos aínda.
Discordo totalmente da matéria, tendenciosa e com finalidade apenas política de desgastar Rogério Marinho.
Vc não está falando a verdade. Isso se chama inveja de quem trabalha!!
graças, se fu#$%!
Acho é pouco, esse exterminador dos trabalhadores brasileiros, vai pagar tudo que fez com os trabalhadores e aposentados.
a unica pessoa que exterminou trabalho e empresas (que geravam trabalho) foi Dilma… E lula começou o desmonte no final do governo dele.
Análise totalmente errada e tendenciosa na tentativa de desestabilizar o secretário. Quem transita por BSB sabe que isso é mentira.
Passada a onda da merdocracia neoliberal, neofascista, o destino desse imundo será o ostracismo.
Bem feito para esse traidor do trabalhador, que ele se acabe pra sempre.
Fátima tb será tachada de traidora após impor a reforma da previdência aqui no estado?
ACHO É POUCO!
Isolado só para colunista do ESTADÃO, no governo vai muito bem.
Obrigado!
Alguém avise aí pra essa colunista que o congresso ta voltando só agora.
Esses deputados inoperanres estão de férias.
Excelente trabalho prestado por Rogerio Marinho. Sem reformas, o destino do Brasil era o abismo deixado pelo PT.
Usou, chupou joga o bagaço fora, ou coisa bem pregada…?
Vai ter uma vaga para síndico da favela três Rios na Baixa do Tranqueiro, o concorrente não muito simpático, o convite está feito para esse senhor.
Mas tem rápido…. e agora para onde ele vai?
Pagando pelos malefícios a classe trabalhadora
Explique exatamente quais foram, ou vc só repete o que ouve sem pensar muito?