Acidente

‘Piloto foi hábil’, diz ministro sobre queda de avião no RN; entenda como foi ejeção da aeronave

Foto: Reprodução

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o piloto do caça F-5M, que caiu na tarde desta terça-feira (22) em Parnamirim (RN), na região metropolitana de Natal, foi “hábil” ao levar a aeronave para um campo aberto e ter se ejetado. “O piloto foi hábil. Conseguiu, mesmo com fogo já no avião, desviar da área que tinha casas e caiu numa área sem residência. O piloto conseguiu se ejetar e, graças a Deus, não tivemos vítima”, afirmou o ministro.

O Corpo de Bombeiros foi acionado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para conter as chamas na vegetação provocadas pelo querosene da aeronave. O piloto foi resgatado e socorrido pela Brigada de Salvamento em bom estado de saúde. O militar foi levado ao Hospital da Base Aérea de Natal para exames complementares e, segundo Múcio, o oficial entrou em contato com o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.

“O piloto ligou imediatamente, logo que ele chegou na base, foi recolhido. Ligou para o brigadeiro Damasceno, que é o comandante. Está bem, não teve nada. Vamos agora verificar o que houve com o avião”, completou. O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais da cidade de Parnamirim. Antes da queda, a aeronave foi gravada por populares pegando fogo na parte traseira. Outros aviões foram vistos em treinamento na região.

Está previsto para o período de 3 e 15 de novembro o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). O objetivo é promover um treinamento conjunto em cenários de conflito e a troca de experiências entre os países participantes. Trata-se do maior treinamento de guerra da América Latina, com a participação também da Marinha e do Exército.

A edição de 2024 vai reunir 16 países, entre eles: Brasil, África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Equador, França, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, Suécia e Uruguai. Estarão envolvidos mais de 2 mil militares e cerca de 50 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras. Ainda não há confirmação se a aeronave fazia parte dessa operação.

O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.

Como funciona o sistema de ejeção do avião que caiu no RN

Pouco antes da queda do caça da Força Aérea Brasileira (FAB) próximo à Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, o piloto direcionou a aeronave, um F-5M, para uma área inabitada, acionou o sistema de ejeção e conseguiu abandonar o avião em segurança.

O sistema de ejeção é simples e rápido, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão. “O objetivo é criar energia suficiente para o piloto se afastar cerca de 60 metros da aeronave, distância segura para que ele não seja atingido pela cauda, por exemplo”, diz o professor Valmar Gama, diretor de programas e tecnologia da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo).

Essa energia pode ser criada de duas formas:

  • No sistema explosivo, o piloto aciona um compartilhamento localizado embaixo do banco que explode e empurra o assento para cima – a cadeira é fixa em um trilho vertical.
  • No sistema balístico, a cadeira é ejetada por foguetes laterais que fazem sua sustentação.

Atualmente, as aeronaves usam uma combinação dos dois sistemas – explosivo e balístico – para garantir a segurança da ejeção, explica Gama. “A ejeção funciona, inclusive, com o avião parado e ao nível do solo”, explica.

Existe outro dispositivo que facilita a “fuga” do piloto. A cadeira possui duas hastes (ou chifres) no encosto que são capazes de quebrar a redoma de proteção da aeronave – se ela não se abrir automaticamente.

Fora da aeronave, quando ainda está no ar, o piloto é protegido por um sistema com três paraquedas. O primeiro é acionado automaticamente. “Já fora da aeronave é acionado o paraquedas e o piloto é também separado do assento”, diz o especialista Roberto Peterka.

Fonte: CNN

Opinião dos leitores

  1. Hábil com uma sucata voadora desgovernada. O Brasil hoje é uma aeronave desgovernada , pilotada por um ladrão reciclado !

  2. ESSE AI O VAI APOSENTAR OU VAI PRA RUA. FOI DERRUBAR A SUCATA DE LULA. VAI PRA RUA OU APOSENTADO. APOSTA 100MIL. SO ESPERAR A POEIRA BAIXAR

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Política

Centrão cobra fatura da PEC para Lula e pede ministérios com orçamento de R$ 70,6 bilhões em 2023

Foto: Cleia Viana/Agência Câmara

O Centrão vai cobrar do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ministérios com orçamentos vistosos como contrapartida pelo apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara. O União Brasil, por exemplo, apresentará uma fatura pedindo Minas e Energia e Desenvolvimento Regional, que mudará de nome. Além disso, quer o controle da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), autarquia que até agora recebeu os maiores recursos do orçamento secreto. Já o PSD quer o Ministério da Infraestrutura.

O apetite por esses cargos tem motivo. Juntos, os três ministérios (Minas e Energia, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura) terão cerca de R$ 70,6 bilhões para gastar no ano que vem, valor que pode aumentar após a aprovação da PEC, com a redistribuição da verba do orçamento secreto. Só a Codevasf, por exemplo, ficará com um montante de R$ 3,5 bilhões, aproximadamente. No governo Lula, a estrutura de Desenvolvimento Regional será absorvida por Cidades e Integração Nacional. De olho nesse rateio, o Centrão deseja a pasta que mantiver a Codevasf sob seu guarda-chuva.

Disputam internamente a indicação do União Brasil para a cadeira de Minas e Energia o líder da bancada na Câmara, Elmar Nascimento (BA), relator da PEC da Transição, e o deputado Celso Sabino (PA). Os dois são muito próximos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O pedido do Senado é para a senadora eleita Professora Dorinha (União-TO).

O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) é cotado para comandar Infraestrutura. Homem da confiança do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Silveira não foi reeleito. Atuou como relator da PEC da Transição no Senado e ajudou o governo a angariar votos. Antes, fez campanha para Lula em Minas. O PSD não se encaixa como Centrão raiz, mas orbita em torno desse bloco.

O PP de Lira tenta manter o domínio sobre o Ministério da Saúde, tradicional feudo polítido do partido, mas Lula decidiu entregar a pasta para a socióloga Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz. A montagem do ministério atrasou porque o presidente eleito procura acomodar indicações de quem o apoiou na campanha e interesses do Centrão. O Ministério de Cidades, a ser recriado, estava até agora prometido para o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), aliado do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

Na prática, o Centrão concordou em aprovar a PEC da Transição, apresentada pela equipe de Lula, em troca de uma nova divisão das verbas do orçamento secreto, mecanismo derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além do aumento das emendas individuais obrigatórias, reservadas a deputados e senadores, R$, 9,85 bilhões serão destinados pelo relator-geral do Orçamento aos ministérios.

O grupo de Lira pleiteia os cargos para ter o controle desses recursos, desta vez ocupando cadeiras da Esplanada dos Minsitérios.

O assunto foi discutido em uma reunião da bancada do União Brasil na Câmara, nesta terça-feira, 20, dia da votação do primeiro turno da PEC. A proposta concede a Lula autorização para gastar R$ 168 bilhões para pagamento de programas como Bolsa Família e aumento do salário mínimo.

Integrantes do União agiram com outros deputados do Centrão com o objetivo de adiar para esta quarta-feira, 21, o segundo turno da votação da PEC e a análise de uma proposta que pode dificultar o caminho do futuro governo para revogar o teto de gastos e mudar a âncora fiscal no próximo ano. A ideia é pressionar Lula por nomeações na reta final da votação.

A decisão do presidente eleito determinará a boa vontade do partido com o novo governo a partir de agora, conforme recado passado por líderes do União à cúpula do PT.

 

O texto-base da PEC foi aprovado em primeiro turno por 331 votos a 168. Dos 53 deputados do União, 48 votaram favoravelmente à proposta. As indicações da legenda, porém, ainda esbarram em interesses de outros partidos. O Ministério de Minas e Energia, por exemplo, também é disputado pelo MDB, que vive um impasse sobre os nomes a indicar.

Estadão

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Política

Com poder centralizado, articulação com Congresso depende de Lula

Reprodução

A reforma tributária e o pacote de corte de gastos, pautas consideradas prioritárias para o governo, foram aprovadas no Congresso com intervenção pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista chega à metade de seu 3º mandato com uma articulação enfraquecida, na qual o Executivo é cada vez mais dependente de sua figura.

No ano passado, a impressão no Congresso era a de que não havia mais confiança nos interlocutores indicados pelo presidente, como os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil). Sendo assim, quando o chefe do Executivo precisou sair de cena, as negociações no Legislativo também andaram de lado.

Ainda em junho de 2023, Lula já recebia o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no Palácio da Alvorada para discutir a reforma tributária, aprovada no fim daquele ano. A regulamentação do tema foi finalizada em 2024. Apesar das conversas diretas entre os presidentes, a aprovação ficou como uma vitória política do deputado alagoano.

INTERVENÇÕES DE LULA

Em 2024, sempre que algum tema chegava a um impasse no Congresso, era Lula quem entrava em cena para negociar diretamente com Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, para destravar o andamento da pauta.

Foi o caso da reunião de 9 de dezembro de 2024, quando o petista e os 2 congressistas conversavam sobre o pacote de cortes de gastos e as indicações para agências reguladoras no Palácio do Planalto. O encontro foi interrompido para que Lula, com fortes dores de cabeça, fosse levado ao hospital Sírio-Libanês em Brasília para exames.

Depois disso, o petista foi submetido a cirurgias na cabeça, ficando internado em São Paulo. A aprovação dos cortes, entretanto, só foi finalizada com o retorno de Lula a Brasília. As indicações às agências reguladoras ficaram só para 2025.

Em 26 de dezembro, 1 dia depois do Natal, o presidente recebeu Lira no Alvorada para debater o impasse das emendas com bloqueios consecutivos dos pagamentos por Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal). Havia especulações de que estaria fazendo jogo combinado com Dino, seu indicado para a Corte.

Ao longo do ano passado, Lula ainda teve reuniões com Lira para discutir sua sucessão na Câmara dos Deputados. Dez dias antes, os 2 se encontraram para discutir novamente as emendas, em capítulos mais iniciais da novela entre o Congresso, Executivo e o Supremo.

Já com Pacheco, Lula teve encontro em 10 de julho para debater a desoneração da folha de pagamentos, que acabou com uma derrota parcial do governo, com a manutenção do benefício para 17 setores até 2027. Outra conversa sobre o tema foi feita com Lula no mês de agosto.

Em 20 daquele mês, conversaram sobre emendas e a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central.

LULA ISOLADO

Apesar das reuniões com Lula e Pacheco terem se intensificado em 2024, há uma reclamação também crescente no Congresso em relação ao petista: falta de acesso.

Como já mostrou o Poder360, quem deseja conversar com o presidente à noite e em fins de semana tem de passar pelo crivo da primeira-dama Janja da Silva. Sem ter um aparelho celular próprio, o chefe do Executivo conta com o auxílio da mulher para fazer e receber ligações.

A necessidade de sempre ter de passar por Janja antes de chegar a Lula é alvo de reclamações de ministros e congressistas, que se sentem constrangidos.

Há a lembrança na cúpula do Legislativo de que o petista, em mandatos anteriores, realizava churrascos e encontros descontraídos com deputados e senadores na Granja do Torto, sua residência de campo. Atualmente, é muito mais difícil para que algum congressista tenha uma conversa direta com o petista.

Alguns usam o espaço de eventos públicos no Planalto para terem seus minutos ao pé do ouvido de Lula. Com os crescentes problemas de saúde, entretanto, essas oportunidades rarearam.

Lula delega essas conversas a seus ministros, orientando-os a receber todo tipo de congressista. Mas esse caminho não tem sido efetivo. O Legislativo critica que suas demandas aos ministérios não surtem o efeito pretendido porque os pedidos não se resolvem sem o aval do presidente.

Ou seja, ao mesmo tempo que o presidente está mais inacessível, ele centraliza a maioria das decisões relativas ao governo. Neste cenário, se algo prejudicar a participação de Lula no dia a dia do Executivo, o Planalto terá problemas em aprovar qualquer coisa no Congresso.

Poder 360

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Política

Governo vai ‘lutar’ no Senado para incluir armas na lista do ‘imposto do pecado’, diz Haddad

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que o governo vai atuar junto ao Senado Federal para incluir armas de fogo na lista do Imposto seletivo, o chamado “imposto do pecado”, a taxa extra para itens prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

— Vamos lutar no Senado para um volte com o imposto seletivo às armas — disse o ministro.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou a favor da inclusão das armas no Imposto Seletivo. No projeto aprovado na Câmara, itens como cigarro, refrigerante, mineração, petróleo e carro elétrico serão sobretaxados. Alckmin elogiou a inclusão da carne na cesta básica, isenta de imposto, mas criticou o fato de armas terem ficado de fora do “imposto do pecado”.

— Eu sempre entendo que você deve beneficiar mais a população mais pobre através do Imposto de Renda. O imposto de Renda deve ser sempre o fator mais importante de justiça de natureza tributária. Você colocar comida na cesta básica não é ruim. O ruim é você tirar do seletivo arma — afirmou Alckmin nesta sexta-feira durante evento do Sebrae sobre o Brasil Mais Produtivo.

Na votação da Reforma Tributária na Câmara, foi derrubado um destaque do PSOL que pedia a inclusão formal do setor na taxação adicional. Assim, na prática, as armas terão imposto reduzido em relação ao que é cobrado hoje. De uma carga tributária atualmente em torno de 80%, elas seguiriam a alíquota-padrão, estimada em 26,5%.

Ao ser perguntado sobre a inclusão da carne na cesta básica, isenta de impostos, Haddad evitou dizer quem apadrinhou a proposta – o governo ou a oposição, sobretudo o PL, que foi contra a reforma, mas apresentou o destaque para zerar o imposto do produto.

A carne não foi o único item incluído de última hora na cesta básica. Entraram também na lista de produtos isentos de impostos queijos, como muçarela, prato e minas, o que não constava no texto original, e sal. Além disso, outros produtos alimentícios tiveram sua alíquota reduzida, como salmão e atum.

Embora o presidente Lula tenha defendido publicamente que proteínas animais tivessem impostos zerados, a Fazenda sustentava que o aumento do alcance do mecanismo de devolução de impostos aos mais pobres — conhecido como “cashback” — poderia trazer ganhos mais relevantes à essa parcela da população.

Em evento realizado nesta sexta-feira pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Haddad também comentou que todas as exceções prejudicam o projeto da Reforma.

Segundo o ministro, se desconsiderados os itens com imposto zerado, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) poderia cair a 21%. Atualmente, esse percentual é estimado em 26,5%.

Com o novo sistema de regras, cinco impostos — PIS, Cofins, IPI, ISS e ICMS — gradualmente serão substituídos pelos futuros Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que juntos formam o IVA.

— A Fazenda manda aquilo (o projeto) que tecnicamente é mais responsável, e toda exceção, de certa maneira, acaba prejudicando a Reforma Tributária. Temos três formas de diminuir a alíquota-padrão. Uma é não ter exceção. (Com isso) A alíquota padrão seria de 21%. A segunda é combater a sonegação. Digitalizando o sistema, tornando mais transparente, fazendo IVA não cumulativo. E a terceira é o que a OCDE fez. Para diminuir o imposto sobre o consumo, aumentou o imposto sobre a renda, que é uma coisa que estará na mão do Congresso fazer nos dois próximos anos.

Haddad ressaltou ainda que atualmente não há incidência de PIS/Cofins sobre as carnes. Como alguns estados cobram impostos estaduais sobre esses produtos, disse, o embate sobre incluir ou não proteínas animais no rol de itens desonerados seria de natureza federativa.

— A União não cobra PIS/Cofins de carne, mas os estados cobram um pouquinho. A questão verdadeira era a federativa, se os estados iam passar a não cobrar ou não.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Depois de tantos bandidos e traficantes terem acesso a armas no governo de Bolsonaro, tem que colocar imposto alto mesmo!

  2. Reforma do aumento de impostos, apelidada como reforma tributária.
    Esse Addad Andrade zé do taxão, vai ficar marcado como o ministro da taxaçao.
    Governo fraco, podendo aliviar a carga dos burros, vai aumentar o peso.
    Faz o L.
    Faz o L.

  3. Querem sugar tudo que podem e que não podem do povo antes do presidente sair… acho que é o medo dele não repor a corrupção que não conseguiu fazer nos últimos 6 anos antes de voltar ao poder. Vamos ver até quando o país aguenta… os empresários já estão com a corda no pescoço. O desemprego aumentando.

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Política

Equipe de Lula adia PEC da Transição após críticas e avalia deixar Auxílio fora do teto por 4 anos

Foto: Wilton Junior/Estadão

O senador Rodolfo Rodrigues (Rede-AM) disse, nesta sexta-feira, 11, que o texto final da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição deve ser apresentado na semana que vem, depois da repercussão negativa do mercado à opção de retirar todo gasto social do teto de forma permanente. A ideia, segundo o senador, é que a proposta seja apresentada na próxima quarta-feira, 16, após o feriado de Proclamação da República.

Randolfe confirmou que a ideia do governo eleito é retirar da regra que atrela o crescimento das despesas à inflação todo o Bolsa Família, que prevê gastos de R$ 175 bilhões em 2023 porque inclui um bônus de R$ 150 por criança de até seis anos. Com isso, R$ 105 bilhões previstos no Orçamento do ano que vem para bancar o programa social poderão ser destinados a outras áreas, como recomposição do Farmácia Popular, a retomada de programas do Ministério da Saúde e investimentos do Ministério da Educação que foram descontinuados, além de obras públicas que estão paralisadas.

O mercado já tinha reagido mal à ideia do governo eleito de retirar todo o gasto social do teto de gastos, sem apresentar nenhuma outra regra de controle de despesas, pelo risco de afetar a trajetória de sustentabilidade da dívida pública. Ontem, a Bolsa caiu 3,35% e o dólar subiu 4,14% depois de o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva criticar a “tal da testabilidade fiscal”, ao defender que é preciso colocar a questão social à frente de temas que interessam, segundo ele, apenas o mercado financeiro.

O senador afirmou que o mau humor do mercado ocorrido ontem, após as declarações de Lula, foi contaminado pela “inflação descontrola e segura pelo governo Bolsonaro”, que saiu ontem.

Segundo Randolfe, o melhor cenário prevê que o texto seja aprovado no Senado na semana seguinte, de 21 de novembro, para que o texto siga para a Câmara e possa ser ao plenário da Casa e aprovado até a data limite de 17 de dezembro.

“Estou apresentando o cenário ideal. Existem as contingências, que serão resolvidas. Não acredito que não exista sensibilidade de colegas parlamentares quererem impedir 19 milhões de brasileiros de receberem R$ 600 por mês, sendo que esses brasileiros estão passando fome hoje”, afirmou a jornalistas.

Randolfe disse que o valor previsto para o pagamento já foi “precificado” pelo mercado financeiro, fosse qual fosse governo eleito. “Quem está assumindo o governo da República não é um desconhecido. É um presidente que governo esse País durante oito anos, que fez a maior redução da relação dívida-PIB da história, que promoveu um superávit de 4,6%. Não é um estranho.”

O senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT-PI), designado por Lula para coordenar diálogos e movimentos em torno do orçamento para 2023, afirmou hoje que, após as agendas de ontem, devido a algumas sugestões apresentadas pela Câmara e Senado, o time da transição sentiu a necessidade de voltar a conversar com Lula.

“Desde o início encontramos muito boa vontade dos líderes e parlamentares das duas casas e a PEC da Transição é trabalhada com muito entendimento.

Assim, acertamos seguir dialogando e, na quarta-feira, após o feriado, um texto final da PEC da Transição e também sobre adequações do Projeto de Lei Orçamentária com o relator, Senador Marcelo Castro”, declarou.

Dias afirmou que o esforço é chegar a um acordo com a Câmara e o Senado, evitando alterações em uma das casas, que possam levar à atrasos na votação, porque o texto teria de voltar a ser avaliado. “É legítimo na regra democrática, mas poderia causar atraso na votação, e temos um tempo bem curto até o final do ano Legislativo”, disse.

Segundo o senador, as duas metas centrais “foram abraçadas” por líderes e parlamentares da Câmara e do Senado: “colocar o povo e, especialmente, o povo mais pobre no orçamento e também garantir capacidade de investimentos para ajudar no crescimento econômico, criando um ambiente de confiança para mais investimentos privados do que já é previsto, e gerar mais emprego e mais renda. E como fazer isto com muita responsabilidade fiscal e social.”

Estadão Conteúdo

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Polícia

Ataque em Aracruz: duas vítimas recebem alta, duas seguem em estado grave, e adolescente tem quadro ‘muito grave’

Foto: Reprodução/TV Gazeta

Duas mulheres, que estão entre as 13 pessoas feridas no ataque a escolas em Aracruz, receberam alta nesta segunda-feira (28) do Hospital Filantrópico São Camilo, no mesmo município.

Outras mulheres com idades entre 45 e 52 anos permanecem em estado grave e a adolescente de 14 anos, baleada na cabeça, está entubada e em estado muito grave. No fim de semana, o pai da vítima disse que não conseguia acreditar que a filha era uma das vítimas.

As informações são do boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) às 10h10 desta segunda-feira.

Uma outra mulher de 58 anos segue internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue) com quadro clínico estável.

Na manhã do domingo eram quatro vítimas em estado grave. O menino de 11 anos, que estava em estado grave, apresentou melhora, foi transferido para uma unidade semi-intensiva e seu estado clínico permanece estável.

O atirador de 16 anos invadiu e disparou tiros em uma escola estadual e um colégio particular na mesma rua na sexta-feira (25) deixando uma aluna de 12 anos e quatro professoras mortas. De acordo com a Polícia Civil, o assassino vai responder, até o momento, por ato infracional análogo a três homicídios e a 10 tentativas de homicídio qualificadas.

Investigações

A secretaria da Segurança Público do Espírito Santo disse, nesta segunda-feira (28), que as armas do pai, policial militar, usadas no ataque ficavam guardadas e que o atirador aproveitava o tempo que ficava sozinho em casa para aprender a manuseá-las.

A Polícia Militar informou que instaura um processo administrativo contra o pai para apurar como o adolescente teve acesso às armas usadas no ataque as escolas.

“Está sendo instaurado hoje [dia 28] um procedimento administrativo para apurar as circunstâncias na qual o autor teve acesso às duas armas dele, uma da corporação e uma de registro pessoal, além das balas.”, informou o ️comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus.

De acordo com a polícia, as investigações preliminares mostram que o atirador não teria escolhido as vítimas, mas feito disparos aleatórios.

“Ele disse que escolheu aleatoriamente as vítimas, como a primeira sala era a dos professores, foi a sala que ele teve acesos mais fácil”, conta o delegado.

O telefone e o computador do assassino estão sendo analisados. Segundo a polícia, o atirador era simpatizante de ideias nazistas, mas não está confirmado se participava de grupos.

Vítimas

As vítimas são a estudante Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria da Penha Pereira de Melo Banhos de 48 anos, Cybelle Passos Bezerra, de 45 anos e Flávia Amboss Merçon Leonardo.

Os corpos de Selena e Maria da Penha foram enterrados no início da tarde de sábado. Já a família de Cybelle preferiu que o corpo dela fosse cremado e levado para Pernambuco, onde a família mora. A professora Flávia morreu neste sábado (26) e foi enterrada neste domingo (27).

O ataque

Os disparos aconteceram por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti e em uma escola particular que fica na mesma via, em Praia de Coqueiral, a 22 km do centro do município. Aracruz, onde o ataque aconteceu, fica a 85 km ao norte da capital.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o assassino invadiu a escola estadual com uma pistola .40 e um revólver, fez vários disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois, foi até a sala dos professores e fez novos disparos. Na unidade, duas professoras foram mortas. A terceira professora morreu no hospital.

Na sequência, o atirador deixou o local em um carro e seguiu para a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica na região, onde uma menina morreu. Após o segundo ataque, o assassino fugiu em um carro. Ele foi apreendido ainda na tarde de sexta em um das casas da família.

G1 

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Geral

Nova York proíbe lojas de animais de vender cães, gatos e coelhos

Foto: Sarah Naomi Lewkowicz / New York Times

As lojas de animais no estado de Nova York serão em breve proibidas de vender cães, gatos e coelhos devido a uma norma legislativa destinada a impedir a comercialização de bichos criados em instalações com condições desumanas. A medida foi tomada após denúncias de grupos de direitos dos animais.

A legislação assinada pela governadora Kathy Hochul na quinta-feira significa que Nova York se juntará a vários outros estados, incluindo Califórnia e Illinois, que decretaram proibições semelhantes destinadas a reprimir criadores comerciais, às vezes chamados de fábricas de filhotes.

Ao proibir a venda de animais nas cerca de 80 pet shops de Nova York, as autoridades esperam interromper o fluxo de bichos de estimação de criadores comerciais que, segundo os críticos, criam cães e gatos que são maltratados e às vezes adoecem antes de serem vendidos aos consumidores, que se deparam com problemas veterinários imprevistos.

— Acabar com as fábricas de filhotes no estado de Nova York significa o triunfo da compaixão sobre os males inerentes a uma indústria cruel que busca lucros submetendo animais inocentes a tratamento bárbaro — disse a deputada Linda Rosenthal, democrata que patrocinou a legislação na Assembleia estadual.

A legislação gerou um conflito apaixonado na capital estadual, Albany, entre os defensores dos direitos dos animais e a indústria das pet shops, que se opôs veementemente ao projeto de lei, argumentando que isso os tiraria do mercado. A indústria argumentou que a proibição também levaria a uma cadeia de consequências não intencionais que tornaria mais difícil para os nova-iorquinos obter um animal de estimação e poderia criar um mercado clandestino de animais de estimação.

Uma coalizão de proprietários de lojas de animais — People United to Protect Pet Integrity (Pessoas Unidas para Proteger a Integridade dos Animais, ou PUPPI, na sigla em inglês — disse que a proibição total prejudicaria injustamente lojas de animais responsáveis ​​que vendem filhotes criados com cuidado e faria pouco para fechar instalações comerciais de criação, a maioria das quais está fora do estado.

A indústria argumentou que a maioria dos criadores comerciais criava animais de estimação de forma humana, mas que os grupos de direitos dos animais estavam destacando os maus empresários, alguns dos quais foram alvo de ações judiciais e investigações, para demonizar todo o setor de criação.

— Ao acabar com as lojas de animais locais licenciadas e regulamentadas, você removerá as pessoas que protegem a saúde dos animais e garantem uma nova família aos animais de estimação — disse Jessica Selmer, presidente da PUPPI, depois de não conseguir convencer a governadora Hochul a vetar o projeto de lei.

Após dias de negociações a portas fechadas neste mês, a governadora finalmente concordou em apoiar o projeto de lei, embora com algumas mudanças destinadas a amenizar o baque econômico nas lojas de animais, famosas por suas atraentes vitrines de filhotes vendidos por milhares de dólares.

A implementação da proibição, por exemplo, foi adiada até dezembro de 2024. A legislação revisada também permite que as pet shops cobrem aluguel de abrigos de animais que as usam como espaço para sediar eventos de adoção de animais resgatados.

As pessoas ainda terão permissão para comprar os animais diretamente dos criadores, uma tentativa de permitir que possíveis donos de animais busquem criadores responsáveis. Mas parte da intenção da legislação é incentivar as pessoas a adotar animais de estimação de abrigos e organizações de resgate, que dizem estar transbordando de cachorros, muitos dos quais foram abandonados por pessoas que adotaram animais de estimação durante a pandemia da Covid-19.

— Esses animais são seres vivos e amorosos que devem ser tratados com respeito, e não como uma lata de sopa a ser arrancada da prateleira — disse o senador estadual Michael Gianaris, um democrata do Queens que patrocinou a legislação. — Esta lei salvará inúmeros animais do abuso nas mãos de horríveis fábricas de filhotes e estou emocionado que agora seja promulgada — finalizou.

O Globo

 

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Política

Líderes entram em acordo, e novo marco fiscal será votado nesta terça-feira (22)

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Os líderes partidários da Câmara dos Deputados entraram em acordo para a votação do novo marco fiscal ainda nesta terça-feira (22). Mais cedo, representantes das principais legendas se reuniram para debater as alterações do texto feitas no Senado.

Segundo o relator Cláudio Cajado (PP-BA), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal devem permanecer fora do limite fiscal, como havia decidido o Senado.

O novo marco fiscal vai substituir o teto de gastos e é uma das pautas prioritárias da equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em linhas gerais, a regra vai limitar o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores.

Em um momento de maior crescimento da economia, a despesa não pode crescer mais que 2,5% ao ano acima da inflação. Quando há contração econômica, o gasto não pode ser maior que 0,6% ao ano acima da inflação.

A proposta foi aprovada pela Câmara em maio deste ano, mas sofreu alterações no Senado. Por isso, precisa passar por uma nova análise dos deputados. Ao comentar o consenso entre os líderes na Câmara, o deputado Alex Manente (Cidadania-SP) afirmou que há interesse em votar o texto “rapidamente”.

Fundeb e Fundo do DF

“Houve um entendimento de que o arcabouço precisa ser votado rapidamente. A tendência é que seja votado hoje no plenário. Mas a tendência é de que, dos pontos que foram aprovados no Senado, permaneçam [com as mudanças] Fundeb e Fundo do DF”, disse.

Veja os pontos que os deputados vão analisar

Os senadores apresentaram quase 70 sugestões de mudança em relação ao texto que veio da Câmara e chegaram a se reunir na tarde desta terça-feira para tentar novas articulações. No entanto, o relator no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), aceitou quatro emendas durante a votação na comissão especial:

• Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF): foi retirado do limite de gastos. O fundo é uma verba que o governo federal repassa ao DF para ajudar no custeio da segurança pública, da saúde e da educação da capital. Na proposta original enviada pelo governo, o FCDF estava fora da nova regra fiscal; no entanto, o relator do projeto na Câmara, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), previu que o fundo passasse a ser vinculado à inflação, e não às receitas da União, como é atualmente. As perdas, segundo o governo do DF, chegariam a R$ 87 bilhões em dez anos;

• recursos para a educação: o relatório que foi aprovado na Câmara previa que o complemento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) também seria balizado pela nova regra fiscal. No entanto, Omar Aziz restabelece no relatório os recursos do fundo à regra original, como foi proposto pelo governo. “A complementação do Fundeb é essencial para garantir no país inteiro a remuneração dos professores e demais profissionais da escola básica, a coluna vertebral da educação no país”, justificou;

• despesas para ciência, tecnologia e inovação: Aziz acatou uma emenda apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) para também excluir dos limites individualizados as despesas com ciência, tecnologia e inovação. Segundo o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), essa foi uma sugestão dos senadores, e não do governo. A mudança não havia sido antecipada por Aziz durante a reunião de líderes da última semana, mas foi acordada com Cajado;

• privatização de empresas estatais: o relator também acatou uma emenda do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) que inclui a permissão de alienação de ativos e a privatização de empresas estatais ao conjunto de medidas de ajuste fiscal.

“Somente na União são 187 empresas estatais, que podem ser objeto de desestatização, e há também a possibilidade de gerir melhor os ativos e assim obter receitas públicas”, justificou o parlamentar.

R7, por Hellen Leite

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Geral

MACONHA: 72% dos brasileiros são contrários à legalização geral; uso medicinal conta com 76% de apoio, diz pesquisa Datafolha

Foto: @crystalweed/Unsplash

Quase três quartos (72%) dos brasileiros se dizem contrários à legalização da maconha para uso geral, incluído o recreativo. Parece haver aí uma mudança significativa em relação a outra pesquisa Datafolha, de 2018, quando 66% declararam que fumar maconha deveria continuar proibido.

O instituto entrevistou desta vez 2.016 maiores de 16 anos, nos dias 12 e 13 de setembro, em 139 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

As formulações das perguntas são diferentes, o que dificulta comparação direta para concluir, com segurança, que aumentou a parcela da população contrária à legalização. “Fumar”, afinal, poderia ser interpretado como descriminalização só do porte e não da venda da cânabis.

A legalização do emprego da maconha como remédio, de resto, conta com amplo apoio dos entrevistados: 76% são a favor, e 22% contra. Há 1% de indiferentes e 2% sem opinião (a soma de percentuais ultrapassa cem, em certos casos, por força de arredondamentos).

Uso medicinal

Mero 1% da população amostrada pelo Datafolha afirma estar usando no momento algum medicamento à base de cânabis, e 2% já o fizeram. Ou seja, 97% nunca recorreram a preparados com canabidiol (CBD), tetra-hidrocanabinol (THC) e outros componentes da planta psicoativa, que vêm sendo receitados para condições como certos tipos de epilepsia.

Apesar disso, é alto o grau de informação relatado a respeito da maconha medicinal. Um total de 85% declarou ter certo conhecimento sobre o assunto, com 32% dizendo estar bem informados, 42% mais ou menos e 11% mal informados. Outros 13% afirmaram desconhecer o tema completamente, e 2% preferiram não opinar.

Em coerência com o elevado apoio à maconha medicinal, 2 de 3 brasileiros (67%) defendem autorizar o plantio de cânabis para produzir remédios no Brasil. Embora esses medicamentos já estejam à venda por aqui, depois de licenciados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a partir de 2015, o cultivo para obter matéria-prima de uso farmacológico segue proibido por lei.

Existem apenas decisões judiciais, algumas delas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizando o plantio. As contempladas são em geral associações de pacientes e familiares, que ganham processos movidos com base no direito constitucional à saúde.

Uso recreativo

O Datafolha perguntou, em relação mais direta com o uso recreativo, se os entrevistados eram a favor ou contra descriminalizar o porte de pequenas quantidades de maconha. Ou seja, deixar de tratar como delitos e de aplicar penas a quem é flagrado com volumes para consumo pessoal.

Hoje a lei não fixa critério quantitativo para isso, e, como resultado, magistrados terminam condenando vários usuários à prisão como traficantes. De 2005 a 2022, aumentou de 14% para 30% a proporção de encarcerados por tráfico.

Informados de que o Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando um caso que pode descriminalizar a posse de pequenas quantidades de maconha, 61% disseram ao Datafolha ser contrários a deixar de considerar o porte como crime. Só 36% apoiam a proposta, que contava cinco votos favoráveis de ministros quando o julgamento foi paralisado há um mês.

Só os brasileiros mais ricos, com renda superior a dez salários mínimos, apoiam majoritariamente (55%) a descriminalização da posse. Outro contingente que chega perto disso são os jovens de 16 a 24 anos, com 50%.

Entre os que têm renda menor que dois salários mínimos, menos de um terço (32%) se declara a favor da descriminalização. Entre evangélicos, a parcela é menor ainda: 27%.

A fronteira divisória, aí, é claramente moral, ou ideológica. Dos entrevistados que declararam voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 45% se disseram a favor de descriminalizar pequenas quantidades, contra 23% entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL); os contrários a isso são, respectivamente, 52% e 75% —maioria contra a descriminalização, nos dois casos.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Daqui a pouco começarão as propagandas. Heróis de filmes, galãs das novela das oito, todos usando um cigarro de maconha para parecer legal. Fizeram isso com o cigarro de tabaco há algumas décadas, e fazem isso com álcool até hoje. Em todo filme, os heróis, galãs relaxam com uísque, vinho ou cerveja.

    TEM QUE PROIBIR PROPAGANDA DE QUALQUER DROGA, LEGAL ou ILEGAL. Usa quem quer, mas sem estímulo ao consumo. Se for boa mesmo, precisa de propaganda?

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Geral

17 ministros de Lula integram conselhos de empresas e fundações; maioria é do PT e remuneração extra pode chegar a R$ 36 mil

Foto: Ricardo Stuckert

Quase metade dos 38 ministros do governo Lula (PT) ocupam cargos em conselhos de empresas e fundações e acumulam salários. A maioria deles é filiada ou ligada ao PT.

Pelo menos 17 ministros (45% do total) têm funções em conselhos administrativos ou fiscais de empresas e fundações privadas e públicas. As indicações geralmente são das próprias pastas que comandam ou do governo federal. O levantamento foi feito até o final de fevereiro por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).

Dos 17 nomes, 12 são filiados ou têm ligação direta com o Partido dos Trabalhadores. Outros três indicados compõem a base e apenas dois são do chamado centrão.

Procurada, a Secom (Secretaria de Comunicação) indicou que as indicações respeitam a legislação vigente. A remuneração extra pode chegar a R$ 36 mil.

Maioria petista

Os ministros ocupam cargos em conselhos de entidades públicas, mistas e privadas. As atividades geralmente envolvem reuniões mensais, com carga horária variada.

Só três dos indicados são de outro partido que não o PT: Alexandre Silveira (PSD), de Minas e Energia; Carlos Lupi (PDT), da Previdência Social; e Juscelino Filho (União Brasil), das Comunicações. Em entrevista, Anielle Franco (Igualdade Racial) sinalizou que vai se filiar ao PT para concorrer como vice à Prefeitura do Rio na chapa de Eduardo Paes (PSD).

Ministro acumulador de conselhos

Vinicius Carvalho, da CGU (Controladoria-Geral da União), ex-filiado ao PT, participa de dois conselhos. Lupi e Esther Dweck (PT), de Gestão e Inovação, também chegaram a acumular duas funções, mas deixaram o conselho fiscal do Sesc no ano passado.

Veja a relação

Alexandre Padilha (PT), Secretaria de Relações Institucionais: Conselho Fiscal do Sesc
Alexandre Silveira (PSD), Minas e Energia: Conselho de Administração da Itaipu Binacional
Anielle Franco, Igualdade Racial: Conselho de Administração Tupy S.A.
Camilo Santana (PT), Educação: Conselho Fiscal do Senac
Carlos Lupi (PDT), Previdência Social: Conselho de Administração Tupy S.A.
Esther Dweck (PT), Gestão e Inovação: Conselho de Administração Itaipu Binacional
Fernando Haddad (PT), Fazenda: Conselho de Administração Itaipu Binacional
Jorge Messias, AGU: Conselho de Administração Brasilprev Seguros e Previdência S.A.
José Múcio, Defesa: Conselho de Administração Companhia
Juscelino Filho (União Brasil), Comunicações: Conselho Deliberativo da Sistel
Luiz Marinho (PT), Trabalho e Emprego: Conselho Fiscal do Sesc
Márcio Macêdo (PT ), Secretaria-Geral: Conselho Fiscal do Senac
Mauro Vieira, Relações Exteriores: Conselho de Administração Itaipu Binacional
Paulo Pimenta (PT), Secom: Conselho Fiscal do Senac
Rui Costa (PT), Casa Civil: Conselho de Administração Itaipu Binacional
Silvio Almeida, Direitos Humanos e Cidadania: Conselho de Administração da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro – CEG
Vinícius Carvalho, CGU: Conselho Fiscal da Brasilcap Capitalização S.A. e Conselho de Administração da Tupy S.A..

Ex-ministro da Justiça, Flávio Dino (então PSB) também integrava o conselho fiscal do Senac. Com sua indicação ao STF, ele foi substituído em dezembro por Márcio Macêdo.

A participação de ministros em conselhos é prática comum adotada pelos governos desde a ditadura militar. Instituições mistas, como Itaipu e Sesc, geralmente têm o titular da pasta à qual estão ligadas como representante do governo.

As indicações são usadas geralmente para garantir posições do governo junto a instituições-chave, além de ter um ganho extra para os ministros. Em Itaipu, por exemplo, dos sete conselheiros do lado brasileiro, cinco são ministros de Estado e uma é a ex-tesoureira do PT Gleide Oliveira. A empresa atualmente é copresidida pelo deputado federal Enio Verri (PT-PR).

A Secom preferiu não comentar sobre a maioria dos indicados estar ligada ao partido do presidente. Ao UOL a secretaria apenas reforçou que “requisitos e vedações” para indicação de conselheiros estão previstos na Lei das Estatais e no Decreto nº 8.945, de 2016, assinado por Michel Temer (MDB), que trata de empresas públicas e de capital misto.

O Ministério da Saúde, de Nísia Trindade, foi o único a não responder. Por LAI, o pedido foi prorrogado e, depois, ignorado. A reportagem também não teve resposta por email. Não foi encontrado, contudo, registro da participação da ministra em conselhos.

UOL

Opinião dos leitores

    1. Kkkk faz o L os corruptos voltaram isso é uma vergonha esse pária mundial chamdo Lula da Silva, com esse partido das trevas vão destruir o Brasil.

  1. Ah, Era pra colocar bolsonarista? Ah tá. Quem gosta de trabalhar com adversários é acima de tudo gado, que não tem inteligência? Quem? Quem? O pior que a maioria é Boi que é diferente de touro.kkkkkkkk

    1. Tá tudo dominado!
      Foi pra isso que eu fiz o L

      E está apenas começando

    2. Bom era na época do ex presidente que os militares acumulavam cargos e ele fez um decreto pra furar o teto constitucional…

    3. Raciocínio que exclui terceiras opções. Todo jumento solta um kkkk pra reforçar a sua jumetalidade.

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Educação

Servidores da UFRN aprovam greve a partir de quinta-feira (14)

Foto: Divulgação

Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) devem entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (14). A deliberação da categoria aconteceu nesta segunda-feira (11), no auditório da UFRN, e faz parte de uma mobilização nacional que envolve pelo menos 50 universidades e institutos federais de ensino. Nesta segunda-feira, servidores da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) de Mossoró também entraram em greve.

Segundo informações do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação no Ensino Superior (Sintest-RN), o Governo Federal não atendeu ao plano de reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). A proposta enviada pelo Executivo seria de 9%, distribuído entre 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Os servidores apontam que o reajuste não está de acordo com os aumentos salariais concedidos a outras categorias.

“Temos uma contraproposta a ser apresentada ao governo, que consiste em três pontos fundamentais: o primeiro deles é a recomposição salarial das perdas acumuladas do Governo Temer aos dias atuais acrescidas das projeções para 2025 e 2026. Isso dá algo em torno de 31%. Estamos indicando e sugerindo o parcelamento desse valor em três exercícios fiscais, que seria 2024, 2025 e 2026. O Governo apresentou pra gente reajuste zero em 2024 e 9% dividido em 2025 e 2025. Não aceitamos isso. A outra questão é a equiparação, que no nosso caso são três, assistência saúde suplementar, auxílio alimentação e auxílio creche, aos que são gozados pelos do Legislativo e Judiciário. Queremos também algum tipo de ajuda que alcance os aposentados”, explica Viktor Gruska, diretor de comunicação do Sintest-RN.

O diretor explica ainda que os servidores federais querem da União um “revogaço”, que seria a revogação de uma série de decretos e instruções normativas editadas nos últimos dois governos que segundo eles, “prejudicam os servidores”.

“Por exemplo: a principal delas é o arquivamento da PEC 32, reforma administrativa. Temos também a liberação para o exercício do mandato sindical, um instituto que existia mas foi extinto, e solicitamos também a revogação de duas instruções normativas que consideramos tentativas de coibir o exercício do direito de greve”, explicou Viktor Gruska, diretor de comunicação do Sintest-RN.

Segundo o Sintest, são representados pelo sindicato pelo menos 2.900 servidores em toda a UFRN, que envolve ainda as unidades de Caicó, Currais Novos e Macaíba. No caso da universidade, a greve será de maneira geral, com apenas os serviços essenciais respeitando o percentual mínimo de 30%, como os casos dos servidores nos hospitais universitários (cerca de 600 no RN) e de seguranças que fazem parte do quadro da UFRN, haja vista que a maioria desses profissionais atualmente são terceirizados.

As ações previstas estão sob orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que apoia a deflagração de greve caso não houvesse contraproposta que contemplasse as reivindicações da categoria.

“Essa greve segue o calendário apontado pela Fasubra, que representa os técnicos administrativos em educação em todo o Brasil. Já temos 54 universidades federais que aprovaram o indicativo de greve e mais 4 institutos federais que também aprovaram esse indicativo”, acrescenta Viktor Gruska.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se pronunciou sobre a situação. A instituição afirmou que reconhece a necessidade da reestruturação e valorização do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), motivo pelo qual “tem apoiado as representações sindicais junto ao Governo Federal, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes)”. A Reitoria também reforçou que recebeu o comunicado da deflagração de greve aprovada nesta segunda-feira.

O comunicado será enviado para a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp) realizar os encaminhamentos junto à representação sindical durante o período de paralisação.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. A UFRN e todas instituições de ensino do país são PTista PEtralha e cúmplices de LulaLADRÃO… fizeram o L e agora se LASQUEM 👹👺😈😡🤮💩!

  2. Alguns acham que isso prejudica o governo e ele só tem a perder, triste engano, o governo só ganha com isso, o caos é o objetivo, o governo evita o gasto do dinheiro que vai para os “projetos obscuros” e mantém as universidades “inoperantes”, sem cumprir o papel dela que é de educar e formar o cidadão, os sindicatos fazem parte da manobra, tudo consentido pelo pai. Com isso só termos ignorantes, analfabetos funcionais e profissionais de péssimo nível que são a base da esquerda, não se iludam, quanto pior melhor para os psicopatas de plantão.

  3. Enquanto isso o rasgo de dinheiro em grande em viagens internacionais, verdadeira lua-de-mel mundo afora. Vão passear em todos os países às custas dos miseráveis brasileiros. Muito merecido. Tomara que não consigam 1% de aumento.

  4. Olé olé olé olá, bota pra torar, o povo pobre do nordeste que não entra na universidade, não precisa dela, Santos, Imparcial, Manoel F, Pixuleco, Gustavo Mafra, todos analfabetos, vamos nos reunir na BR, tem que ter protesto, por sinal, a globo querida já está descendo o cadete e volta e meia tem uma briga dos comentaristas, todos luletes.

  5. Quem consegue manter uma vida digna recebendo o mesmo salário por 7 anos? Tudo sobe de preço: combustível, energia elétrica, gás, remédios, planos de saúde, aluguel, iptu, comida… todo ano, tudo que permite que alguém viva custa mais caro. Como é que alguém fica 7 anos sem aumento no salário e consegue ficar calado vendo o governo conceder reajustes para outros trabalhadores que são empregados do mesmo patrão? Para que o serviço prestado pelos servidores públicos tenha qualidade é necessário MEDIR a produtividade deles e VALORIZAR a carreira, oferecendo incentivos para que permaneçam no cargo. Tem muita gente descansada no serviço público, é verdade, mas tem MUITA gente disposta, que quer fazer do país um lugar melhor. Produtividade medida e incentivo à carreira. Agora, fazer de conta que uma parte dos servidores não existem, presidente Lula, é sacana e incompatível com um governo que se diz pró-trabalhador. Você está se igualando ao governo do presidente anterior. Olha o vexame.

    1. Esse canalha nunca na vida vai ser um Bolsonaro. Pra se igualar ao Lula tem que roubar, puxar cana, mentir muito. Isso Bolsonaro nunca fez.

    2. Ambrósio, só espera um tempinho pra tu ver a cana grande que Bolsonaro vai puxar kkkkk

  6. Nada disso senhores!
    Fizemos o L pra isso. Todos sabíamos o que o Governo do “Love” iria fazer.

    Agora é pegar a bandeira vermelha e ir pra paulista gritar: Lula lá 🤫🤫🤫

    Essa conta é de vocês!!!
    Parabéns

    1. Isto é apenas o começo, aguarde que ainda tem mais.
      PT! PT é PT principalmente qdo está no poder a história é outra.

  7. Até que enfim abriram os olhos, e viram quem é efetivamente esse governo de LULADRAO. Muitos ainda acreditam nesse bandido, porém os professores e funcionários da ufrn são referência nas posições que tomam, por isso a estranheza de ainda estarem acreditando em LULADRAO e na sua quadrilha. Parabéns aos funcionários e ao sindicato que mostrou-se a frente de muitos cupinchas apoiadores de LULADRAO.

  8. Ué! A PETEZADA e a gang dos professores doutrinados pela esquerda para lavar o cérebro dos estudantes e colocar na mente deles que bom é ser esquerdista, comunista e socialista! Agora estão confrontando papai DESCONDENADO ? Kkkkk

  9. O mais interessante é que os funcionários fecham os banheiros do Centro de Convivência, deixando em apuros os frequentadores e cliente das Agências Bancárias lá existentes.

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Economia

RN tem uma das menores capacidades de pagamento do País, diz Secretaria do Tesouro Nacional; índice mede endividamento, poupança corrente e liquidez

Foto: reprodução/Ministério da Fazenda

O Rio Grande do Norte é um dos estados com pior capacidade de pagamento do País. Em um ranking feito pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com ano base 2022 e que emite notas de A a D, a nota do RN é a C, o mesmo índice desde 2018. O estado segue com nota baixa em relação à Capacidade de Pagamento (Capag), índice do Ministério da Fazenda que mede indicadores de endividamento, poupança corrente e índice de liquidez. Segundo especialistas, a nota reflete a grave crise fiscal do Estado, com altas despesas financeiras com pessoal e arrecadação comprometida. Em nível de Nordeste e Brasil, o RN fica ao lado de Pernambuco, Maranhão, Goiás e Amapá com nota C. Com nota D, aparecem Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Segundo a STN, apenas estados que possuem notas A e B estão aptos a receberem garantia da União para novos empréstimos. O objetivo da classificação é verificar se um novo endividamento representa risco de crédito para o Tesouro Nacional. Mesmo com esse impeditivo, a TRIBUNA DO NORTE apurou que o Estado segue fazendo empréstimos com garantias da União por força de uma decisão judicial que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). No final de novembro, o Estado anunciou novo convênio com o Banco Mundial no final de novembro para empréstimo de US$ 180 milhões (R$ 881 milhões na cotação da época).

A metodologia do cálculo da CAPAG é composta por três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez, que avaliam o grau de solvência, a relação entre receitas e despesa correntes e a situação de caixa para verificar a saúde fiscal do estado ou município.

O índice de Endividamento (DC) do Estado, segundo a STN, foi de 34,5%, o quarto menor entre 23 estados presentes. Em 2021, esse índice no RN era de 39,5%. Já a Poupança Corrente (PC) possui índice de 95,5%, maior do Brasil. No ano passado, esse dado era de 97,0%. O Índice de Liquidez (IL) do Estado não aparece no relatório, porque segundo a STN, “não há liquidez calculada para os estados do Maranhão e do Rio Grande do Norte porque o denominador desse indicador (disponibilidade de caixa bruta de recursos não vinculados) foi igual a zero. Em 2021, o relatório apontou que esse índice era de 19474,1%.

Número de estados com boas notas cai para 19 em 2023

Em 2023, as análises da capacidade de pagamento (Capag) de 19 estados foram classificadas pelo Tesouro Nacional com notas A e B, que permitem que o ente receba garantia da União para contratação de novos empréstimos, contra 21 no ano anterior. As informações estão no Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, divulgado no começo de dezembro.

Segundo a STN, a redução é explicada pela piora da Capag dos estados de Pernambuco e Goiás, que passaram de B em 2022 para C em 2023 e deixaram de ser elegíveis para receber operações de crédito com a garantia da União. A nota de Goiás foi revista para baixo em razão dos efeitos da suspensão de dívidas do Regime de Recuperação Fiscal.

Além de Pernambuco e Goiás, não são elegíveis para receber garantias da União em 2023 os Estados do Amapá (nota C), do Maranhão (nota C), de Minas Gerais (nota D), do Rio de Janeiro (nota D), do Rio Grande do Norte (nota C) e do Rio Grande do Sul (nota D).

No ano, cinco estados receberam o conceito máximo A, indicativo da melhor situação fiscal, contra sete em 2022. Além dos estados do Espírito Santo, do Mato Grosso, da Paraíba e de Rondônia, que repetiram em 2023 a nota máxima, foi classificada como A a situação fiscal da Bahia. Por outro lado, Mato Grosso do Sul, Pará e Roraima diminuíram suas notas de A para B.

Opinião dos leitores

  1. Até eu não sei o que essa mulher fez de bom para o nosso estado e o que é mais triste, se candidatar para o Senado corre o risco de ganhar, infelizmente

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Economia

Reforma tributária tem ao menos 75 pontos a serem regulamentados

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A reforma tributária promulgada em dezembro pelo Congresso Nacional precisa de leis complementares para que possa ser implementada. Há ao menos 75 pontos a serem regulamentados por deputados e senadores. O levantamento foi feito pelo Vieira Rezende Advogados a pedido do Poder360.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará as leis complementares que vão regulamentar a reforma assim que o Congresso retornar do recesso, em fevereiro. A expectativa é que sejam discutidas e aprovadas no 1º semestre de 2024, já que este ano há eleições municipais e o Congresso deve ficar esvaziado no 2º semestre ao menos até o 1º turno do pleito, em outubro.

A reforma promove mudanças estruturantes no sistema tributário brasileiro e, por isso, terá um período de transição federativa de 50 anos. As mudanças começam a ser implementadas, na prática, em 2027.

Os tópicos a serem definidos vão muito além só das definições das alíquotas. Um dos principais pontos a serem definidos por lei complementar são as normas sobre a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. Há também os regimes especiais ou simplificados no caso dos impostos previstos.

Além disso, caberá às leis complementares a instituição e regulamentação do imposto seletivo, incidente sobre produção, extração, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Ou seja, definir quais serão os produtos e como será aplicado o imposto.

Nesta mesma lei complementar deverá ser discutido o IBS (imposto sobre bens e serviços) e a CBS (contribuição sobre bens e serviços). Entre os pontos a serem definidos estão o cashback, que reembolsará parte do imposto a pessoas de baixa renda, e os critérios para a definição do destino da operação.

Eis a lista completa dos pontos a serem definidos dentro da discussão dos 2 impostos:

  • o estabelecimento de quais serão as operações consideradas de uso e consumo;
  • a definição das regras para determinação de fixação da alíquota de referência do imposto e da contribuição;
  • as regras para a distribuição do produto da arrecadação do imposto e da contribuição, disciplinando, entre outros aspectos: a sua forma de cálculo, o tratamento em relação às operações em que o imposto não seja recolhido tempestivamente, as regras de distribuição aplicáveis aos regimes favorecidos, específicos e diferenciados de tributação;
  • o regime de compensação do imposto e da contribuição, podendo estabelecer hipóteses em que o aproveitamento do crédito ficará condicionado à verificação do efetivo recolhimento do imposto incidente sobre a operação com bens materiais ou imateriais, inclusive direitos, ou com serviços, desde que o adquirente possa efetuar o recolhimento do imposto incidente nas suas aquisições de bens ou serviços;
  • a forma e o prazo para ressarcimento de créditos acumulados pelo contribuinte;
  • critérios para a definição do destino da operação, que poderá ser, inclusive, o local da entrega, da disponibilização ou da localização do bem, o da prestação ou da disponibilização do serviço ou o do domicílio ou da localização do adquirente ou destinatário do bem ou serviço, admitidas diferenciações em razão das características da operação;
  • a forma de desoneração da aquisição de bens de capital pelos contribuintes, que poderá ser implementada por meio de: crédito integral e imediato do imposto, diferimento ou redução em 100% das alíquotas do imposto;
  • as hipóteses de diferimento e desoneração do imposto e da contribuição aplicáveis aos regimes aduaneiros especiais e às zonas de processamento de exportação;
  • o processo administrativo fiscal do imposto e da contribuição;
  • as hipóteses de devolução do imposto e da contribuição a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de reduzir as desigualdades de renda;
  • os critérios para as obrigações tributárias acessórias, visando à sua simplificação;
  • o valor adicionado a ser pago aos Municípios como produto da arrecadação compartilhado do imposto.

Lista completa na reportagem do Poder 360

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Política

Lula se reúne nesta segunda com equipe econômica para fechar pacote de revisão de gastos

Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá, nesta segunda-feira (25), com integrantes da equipe econômica para fechar os detalhes do pacote de revisão de gastos. A expectativa é de anúncio ainda no mesmo dia ou na terça-feira (26). Uma das pastas que será atingida é o Ministério da Defesa, com o fim de diversos benefícios dados aos militares do país.

A reunião está prevista para ocorrer por volta de 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília, e deve contar com a presença dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Rui Cosa (Casa Civil), entre outros.

A matéria será enviada ao Congresso via projeto de lei complementar e PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e diz respeito às peças orçamentárias dos próximos anos, sendo não aplicável em 2024.

Segundo Haddad, será passado ao presidente a minuta dos atos que já foram definidos pela Casa Civil. “Vamos bater com ele a redação de um ou outro detalhe, inclusive o acordo que foi feito com a Defesa. Nós vamos bater com ele a redação e, no fim da reunião, estaremos prontos para divulgar. Aí, se faremos isso na própria segunda ou terça, é uma decisão que a Comunicação vai tomar”, disse Haddad.

O ministro da Fazenda adiantou algumas medidas aos presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além dos líderes dos partidos da base aliada. Haddad não informou, até o momento, o número total do impacto das propostas, mas argumentou que são suficientes para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal.

“O arcabouço fiscal é uma regra que é excelente para nós mirarmos o equilíbrio orçamentário e trabalhar nossa trajetória da dívida pública, retomada em algum momento da queda de juros, em algum momento do futuro próximo, para que nós tenhamos tranquilidade de continuar crescendo com a inflação dentro da meta, mirando o centro, que é isso que nós queremos. Então, até terça-feira, a gente tem uma definição”, pontuou Haddad.

Entre as áreas que serão atingidas pelo bloqueio de recursos está o Ministério da Defesa, comandado pelo ministro José Múcio Monteiro. Fontes da pasta apontam que os benefícios a serem cortados incluem morte ficta (militar expulso ou excluído e, mesmo assim, a família segue recebendo o salário), fundo de saúde, transferência de pensão e idade mínima de transferência para a reserva remunerada.

No caso específico dos militares, o corte deve girar em torno dos R$ 2 bilhões. “É difícil fazer o cálculo porque os dados não ficam disponíveis para o Planejamento e para a Gestão, conforme a folha dos servidores. Mas o impacto é um pouco superior a isso, mas essa é a ordem de grandeza”, comentou Haddad.

Bloqueios em 2024

Na última semana, o governo anunciou o bloqueio de R$ 6 billhões em gastos do Orçamento de 2024 para cumprir com o limite de despesas primárias, exigido pelo arcabouço fiscal. O valor do corte foi informado no relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre (setembro e outubro). Com a medida, o bloqueio total feito pela gestão supera os R$ 19 bilhões.

Um dos motivos que exige o novo corte, segundo a equipe econômica, é o aumento dos gastos com benefícios previdenciários, que cresceram quase R$ 7,7 bilhões no bimestre analisado, sendo R$ 7,2 bilhões em benefícios normais, R$ 336,5 milhões em sentenças e R$ 101,6 milhões na estimativa da Comprev (Compensação Previdenciária).

O relatório publicado nesta sexta diz que “o detalhamento, por órgão, do bloqueio no valor total de R$ 19,3 bilhões constará de anexo ao Decreto de Programação Orçamentária e Financeira a ser publicado no próximo dia 29/11″. “Após a publicação do decreto, os órgãos terão até o dia 6/12 para indicar as programações a serem bloqueadas”, disse o governo

Esse bloqueio nada tem a ver com o pacote de revisão de gastos. Isso porque o congelamento dos R$ 6 bilhões vale para o Orçamento de 2024, enquanto as outras medidas serão aplicadas para os próximos anos – 2025 e 2026.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Agora sim, vai haver outra reunião na próxima semana, deveriam deixar as próximas reuniões para o próximo ano, né não?!

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Economia

Auditores apontam necessidade da recomposição de alíquota do ICMS no RN

Foto: Divulgação

O Sindicato dos Auditores Fiscais do Rio Grande do Norte emitiu uma nota, nesta segunda-feira (11), alertando sobre a necessidade da recomposição da alíquota de 20% do ICMS, a partir de 2025. Segundo a entidade que representa os servidores de carreira do Fisco Estadual, a arrecadação já insuficiente para manter o custeio e os investimentos no Estado, pode ficar ainda mais comprometida com a entrada em vigor da Reforma Tributária.

No texto, o SINDIFERN destaca que a Reforma Tributária, aprovada pelo Congresso Nacional pela Emenda Constitucional 132/2023, prevê que a distribuição da arrecadação aos estados será feita de acordo com a participação proporcional à receita média de cada ente federativo entre 2019 e 2026, devendo ser considerada, no caso dos estados, a arrecadação do ICMS após o repasse aos municípios. Isso significa que quanto menor a alíquota e a arrecadação do Estado, menos ele receberá no futuro com a nova regra tributária.

Leia a nota na íntegra:

O Sindicato dos Auditores Fiscais vem a público esclarecer à sociedade Norteriograndese, de forma técnica e sem qualquer comprometimento com viés político, sobre a necessidade de recomposição da alíquota do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços.

É fato que o Estado do Rio Grande do Norte vem passando há anos por uma série de dificuldades de equilíbrio das contas públicas, com receitas menores que as despesas, o que já resultou em atrasos salariais, precariedade em serviços públicos, trava em investimentos e dificuldades no próprio custeio da máquina. Por maior que seja o esforço dos Governos e do Fisco, para atrair novos investimentos, gerar desenvolvimento e incrementar as receitas próprias, o Rio Grande do Norte está ficando atrás dos demais estados da Região Nordeste.

Some-se a isso, as perdas da arrecadação acarretadas pelas Leis Complementares 192/22 e 194/22 que reduziu alíquotas sobre combustíveis, energia e telecom, o que provocou um impacto negativo significativo à arrecadação própria dos entes, provocando desequilíbrio fiscal e socioeconômico nos Estados. A recomposição das receitas com a alíquota de 20% é portanto necessária para o RN se recuperar.

Hoje, temos a menor alíquota da Região (18%). Num estado já pobre, com baixa capacidade de investimentos e endividamento, essa redução que gera menor arrecadação que os demais entes da federação deixam o RN numa situação dramática. Sem falar que o consumidor que compra pela internet não consegue um desconto maior, mesmo com alíquota menor, ficando os 2% para o outro Estado, visto que nos outros Estados as empresas continuam pagando mais ICMS. O prejuízo nesse caso, fica apenas para o nosso Estado.

Essa situação pode ficar ainda pior nos próximos anos, depois de implementada a Reforma Tributária aprovada no Congresso Nacional, que prevê um novo modelo de distribuição da arrecadação dos impostos. A mudança estabelece que o rateio da arrecadação do novo imposto sobre consumo, o IBS, vai levar em conta o que foi recolhido pelos estados entre 2019 e 2026. Ou seja, se o RN mantiver a menor alíquota do Nordeste e não aumentar a arrecadação, também teremos o menor repasse do país. Isso é desastroso.

É fato que ninguém gosta de pagar mais imposto. Mas os serviços públicos como segurança, saúde, educação, saneamento, iluminação, infraestrutura viária, transporte e etc dependem desses recursos. Por isso, o Governo do RN encaminhou um projeto de lei para recompor e readequar as alíquotas, suas formas de cobrança e novos mecanismos de controle dos gastos públicos e proteção às pessoas em situação de vulnerabilidade.

Do ponto de vista técnico, o Fisco reconhece o esforço da administração pública e aprova a iniciativa. Esperamos que a sociedade, os poderes constituídos, a classe produtiva e os parlamentares na Assembleia Legislativa compreendam a necessidade dessa recomposição. Não se trata de um Governo, mas da “sobrevivência” de um Estado e seus serviços públicos ofertados à população.

Opinião dos leitores

  1. Não daria p/melhorar a gestão de gastos? Que tal um enxugamento da máquina? Extinguir e unificar umas secretarias não essenciais…só uma sugestão…

  2. Deixar a alíquota do Elefantinho em 18% é fazer com que ele fique fora da média de distribuição de alíquotas prevista na Reforma Tributária! É um perigo muito grande para o Estado e para os municípios já que o imposto é distribuído para estes entes! Espero que os deputados do RN se sensibilizem com um projeto de Estado e não, de governo!

  3. Claro. Como é que vai dar aumento para eles mesmos. Salários de 60 mil, limitados pelo teto constitucional.

  4. Engraçado que só vemos aumento de impostos e corte de serviço essenciais, mas nada de cortar custos no alto escalão, o que vemos é só eles aumentando o próprio salário.

  5. Na casa de qualquer ser humano responsável quando se gasta mais do que deveria, corta-se os gastos. Pra todo governo de esquerda a primeira solução é aumentar impostos. Psicopatas, o pobre já está sufocado com a inflação! Acordem!

  6. Quem garante que com aumento da alíquota haverá aumento da arrecadação?
    Quem você prefere que administre seu dinheiro, você o Fátima Bezerra?

  7. Só a esquerdalha dominado a já desgraçada política e administração púbica do RN. Pior só seria se Natalia Boavida tivesse ganhado aqui para a prefeitura.

  8. Ninguém fala em redução de despesas, ninguém abre mão de seus privilégios. Mais uma vês a ineficiência do Estado vai para o sacrifício do Povo

  9. Até agora os empresários do RN não explicaram a razão que tudo no RN é mais caro que a Paraìba. Vou citar alguns exemplos: Gasolina PB 5,79 (icms 23,5%) Gasolina no RN 6,59 (ICMS 18%). Arroz na PB 4,29, Arroz no RN 5,30. Café 250g PB 7,99 (ICMS 20%) CAfé 250g RN 10,99 (iCMS 18%) Ninguém explicou isso até agora

  10. Essa nota me deixa curioso e pensativo. PORQUE A NOTA? nao se reclama de pendurricalhos, de aumentos acima da media, nao se reclama do baixo salario da maioria dos servidores, na se reclama de propfessores fora de sala de aula. POR QUE?

  11. Isso se chama, legislar em causa própria, a casta mais alta do funcionalismo estadual, deveria ter vergonha de querer que a sociedade continue a bancar os seus benefícios, devariam ter vergonha disso e solicitar corte e gastos desse desgoverno incompetente.

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Educação

Servidores e professores do IFRN decidem encerrar greve após acordo com Governo Lula

Foto: Reprodução

Servidores técnicos-administrativos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) decidiram nesta quinta-feira (20) encerrar a greve da categoria, que começou no dia 3 de abril. A decisão aconteceu em assembleia do Sinasefe, sindicato da categoria, em Natal.

Dos 891 votantes, 528 foram favoráveis à aceitação da última proposta do Governo Federal. Outros 328 foram contrários e 35 se abstiveram.

Na assembleia, porém, a categoria condicionou o fim da greve à assinatura do acordo com o governo e também apontaram que deve constar no documento as propostas que foram apresentadas pela gestão federal na última mesa de negociação. Segundo eles, os pontos ainda não constam no texto enviado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

O principal impasse para o fim da greve até então era a recusa do governo em conceder reajuste salarial ainda em 2024. A categoria concordou em não ter o aumento, mas conseguiu avanços na reestruturação das carreiras.

A proposta do governo contempla os seguintes pontos:

Técnicos-administrativos:

  • Malha remuneratória com 19 padrões de vencimento e 12 meses de interstício para a progressão;
  • Aceleração por capacitação que ocorrerá a cada 5 anos, com a discussão sobre critérios e regras relacionadas à transição para as/os atuais integrantes ocorrendo na CNSC-MEC;
  • Fim da Correlação Indireta do Incentivo à Qualificação (IQ) – Todo Incentivo à Qualificação terá o percentual da correlação direta, com o fim da diminuição os percentuais que ocorre pela correlação indireta;
  • Aumento do STEP – O step, hoje em 3,9%, aumentará para 4,0%, em janeiro de 2025 e 4,1%, em abril de 2026;
  • Reajuste no piso de referência do PCCTAE – 9% de reajuste no piso do Nível de Classificação E, em janeiro de 2025, e 5% de reajuste no piso do Nível de Classificação E, em abril de 2026; (colocar o mês de abril);
  • Reconhecimento dos Saberes e Competências (RSC) – o RSC será implantado para os integrantes do PCCTAE em abril de 2026, com a elaboração das regras e normativas sendo elaboradas e aprovadas no âmbito da CNSC-MEC;
  • Correlação remuneratória dos Níveis de Classificação A, B, C, D com o Nível E

a) Nível de Classificação A – 36%;
b) Nível de Classificação B – 40%;
c) Nível de Classificação C – 50%;
d) Nível de Classificação D – 61%.

Para ser encaminhado no MEC através da criação de Grupo de Trabalho: Reposição da greve por trabalho represado; jornada de 30h para os TAES; revogação dos decretos que impedem e suspendem a contratação de certos cargos; e inclusão no PCCTAE de jornadas específicas garantidas por lei (assistente social, jornalista, interprete de libras).

Professores:

  • Elevação do reajuste linear oferecido até 2026 de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026;
  • Elevação de steps de 4% para 5% até 2026 (com exceção de Adjunto/DI e DIII-I, que passa de 5% para 6% até 2026);
  • Elevação do valor salarial para ingressantes na carreira docente (MS e EBTT);
  • Proposta de revisão da IN nº 66/2022;
  • Revogação da Portaria nº 983/2020;
  • Isonomia entre docentes da carreira EBTT e do Magistério Superior, no que tange ao controle de frequência, com a alteração do decreto nº 1590/1996;
  • Suspensão de recursos judiciais pelo MEC frente a decisão que conferiram o RSC para aposentado(a)s;
  • Recomposição parcial do orçamento das instituições federais;
  • Conquista de 5600 bolsas permanência para estudantes indígenas e quilombolas;
  • Implementação do reajuste de benefícios (auxíilio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche), apesar de ainda não haver equiparação com os benefícios dos demais poderes;
  • Início da Mesa Setorial Permanente de Negociação do MEC;
  • Retomada da participação de entidades sindicais no Conselho Permanente de RSC.

Ao final da Assembleia, Shilton Roque, membro do Comando de Greve, convidou novamente os/as servidores/as do IFRN a participarem de um ato unificado que acontecerá amanhã (21/06), em frente ao Campus Central do IFRN na Av. Sen. Salgado Filho, a partir das 8h00.

Fonte: Portal 98Fm

Opinião dos leitores

  1. que noticia triste, tava tao bom a greve, essa greve prejudica nao. O ensino sucateado desse jeito que professor nao sabe nem dar aula direito e que o aluno ainda precisa ir ler livro, é melhor a greve mesmo e ficar estudando em casa, é menos cansativo, se tem mais qualidade de vida

    1. QUE ACORDO? ESTÃO TODOS CALADINHOS COM O RABO ENTRE AS PERNAS. IRUUUUUU

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