Geral

Lula deve terminar mandato com quatro anos de déficit fiscal efetivo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve terminar o governo com déficit fiscal efetivo nos quatros anos do seu terceiro mandato na Presidência da República.

É o que sinalizam os dados oficiais mais recentes divulgados na proposta de Orçamento de 2025 e no quarto relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento deste ano.

Os dois documentos oficiais deram um panorama do que esperar para as contas do governo até o final de 2024 e na segunda metade do governo Lula 3.

Mesmo que o presidente cumpra as metas fiscais estabelecidas para 2024 (0%), 2025 (0%) e 2026 (superávit de 0,25%), o cenário é de déficits efetivos (sem descontos) até o fim do seu mandato. Os especialistas chamam de resultado fiscal cheio.

A Folha ouviu dois especialistas em contas públicas. Mansueto Almeida e Felipe Salto são categóricos em prever quatros anos de déficits no governo Lula.

A razão é o uso de margem de tolerância do arcabouço fiscal e o impacto das despesas com precatórios (sentenças judiciais) e créditos extraordinários que ficam fora do cálculo da meta fiscal.

Em 2025, serão R$ 44,1 bilhões de despesas com precatórios não computadas na meta fiscal. Para 2026, o valor estimado é de R$ 55,7 bilhões. Todas essas exceções à regra permitem ao governo cumprir a meta fiscal, mesmo com déficits seguidos.

Para 2024, o próprio governo prevê um déficit de R$ 68,8 bilhões, com R$ 40,5 bilhões fora das regras fiscais em 2024. Em 2025, a projeção é de um déficit efetivo de R$ 40,4 bilhões em contrapartida a um superávit de R$ 3,7 bilhões com os descontos da meta.

Além disso, o governo adotou uma estratégia de ajuste gradual das contas públicas com foco no piso da margem inferior da regra, o que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões neste ano. Essa margem de tolerância está estimada em R$ 31 bilhões em 2025 e R$ 32,9 bilhões em 2026.

“Nas próprias apresentações do governo, quando se coloca toda a despesa, tem déficit. Esse é o número que importa para a dívida pública”, diz Mansueto, economista-chefe do BTG e ex-secretário do Tesouro Nacional.

O time de Mansueto no BTG projeta um déficit efetivo de R$ 47,65 bilhões neste ano e de R$ 109,73 bilhões em 2025. “Em 2026, é déficit”, diz.

O ex-secretário do Tesouro ressalta o cenário mais desafiador com o ciclo de aumento de juros, que piorou as projeções de crescimento da dívida pública. As estimativas do BTG apontam que a dívida bruta já em 2025 vai ultrapassar o patamar de 80%, fechando o ano em 81,58% do PIB (Produto Interno Bruto).

“Vamos ter déficit primário todos os anos desse governo e, aí, a projeção de déficit nominal vai ficar em torno de 6% do PIB. É um nível de países que estão puxando os cabelos para fazer algum ajuste fiscal”, afirma ao citar a França. O déficit nominal apura a diferença entre as receitas e despesas públicas, incluindo os juros da dívida.

Na sua avaliação, para o Brasil almejar recuperar o grau de investimento pelas agências de classificação de risco, será preciso responder à pergunta: quando se espera ter um superávit suficiente para estabilizar a dívida e colocá-la na trajetória de queda?

“Hoje, não conseguimos responder a essa pergunta, porque para o arcabouço fiscal ficar de pé, como mostrou um relatório do Tesouro, vai ter que mexer na vinculação de saúde e educação ou mexer em algumas regras de crescimento de despesa obrigatória”, diz.

Segundo Mansueto, mesmo com crescimento do PIB em torno de 2%, o crescimento da dívida pública não se estabiliza e, com juros maiores, a dívida cresce mais rápido. Mansueto lembra que esse é um cenário diferente daquele quando o Brasil recebeu, em 2008, o grau de investimento pela agência de classificação de risco S&P.

Naquela época, havia uma sequência forte de queda da dívida porque o governo gerava superávits elevados, o que colocou a dívida por vários anos em trajetória de queda.

Ex-secretário de Fazenda de São Paulo, Felipe Salto diz que o governo não está entregando a meta prometida de déficit zero. “Eles [a equipe econômica] tinham prometido uma recuperação do resultado, de modo que chegassem num primário positivo entre 2025 e 2026. Isso não vai acontecer”, afirma Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.

A equipe da Warren projeta um déficit cheio (sem descontos) de R$ 69,2 bilhões (2024); R$ 108,7 bilhões (2025) e R$ 122,4 bilhões (2026). Salto antevê que o governo vai mudar a meta fiscal a partir do ano que vem. Segundo eles, as contas públicas só vão ficar no azul em 2031.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Déficit Fiscal Efetivo com Juros de 11%. Inflação, Desemprego, PIB, Balança Comercial, Salário Mínimo, Dólar, Crescimento, Política Internacional ….

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Economia

Ofensiva do setor privado eleva pressão sobre Motta por anulação do aumento do IOF e amplia crise

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Confederações que representam o setor privado brasileiro, do comércio à indústria, divulgaram ontem um documento criticando a decisão do governo de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O manifesto faz um apelo para que o Congresso “se debruce sobre o tema e avalie com responsabilidade a anulação do teor do decreto” do governo, apresentado na semana passada.

O texto afirma que “a decisão gera imprevisibilidade e aumenta os custos para produzir no país”, o que reforça a pressão de parlamentares da oposição sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para colocar em votação um decreto legislativo para anular a medida do Executivo. Tributaristas avaliam que alguns pontos da decisão do governo podem ser questionadas por empresas na Justiça.

As entidades empresariais signatárias do manifesto são a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).

O manifesto foi publicado na noite de ontem, no fim de um dia de alta tensão na relação entre o Executivo e o Legislativo. Quatro dias depois de o governo anunciar um aumento no IOF, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou ontem a medida ao dizer que o país “não precisa de mais imposto” e que vai discutir com líderes partidários, em reunião na próxima quinta-feira, pedidos da oposição para revogar o decreto do governo que prevê novas alíquotas de IOF.

Ele ainda rebateu declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, feitas em entrevista ao GLOBO publicada no domingo, na qual ele afirmou um ajuste das contas públicas “depende mais do Congresso” do que do Executivo.

Motta contra-atacou dizendo que “quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, e acrescentou que o governo “não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”.

Além da reação pública do presidente da Câmara, a oposição no Congresso apresentou ontem novos projetos de decreto legislativo (PDLs) para derrubar o aumento do IOF. Até agora, são sete propostas protocoladas por deputados de PL, Novo, União, MDB e Solidariedade, todos de oposição. Entre eles, Marcel Van Hattem (Novo-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG) e André Fernandes (PL-CE).

Reação à entrevista de Haddad

As declarações de Motta foram publicadas em suas redes sociais, no dia seguinte à entrevista em que Haddad responsabiliza o novo arranjo institucional — que chamou de “quase parlamentarismo” — pelas dificuldades do governo em avançar com medidas de ajuste fiscal.

Na quinta-feira, Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e outros integrantes da equipe econômica anunciaram um congelamento de gastos a ordem de R$ 31 bilhões e o aumento do IOF em algumas situações, como tomada de crédito para empresas, transações cambiais e gastos com cartões em compras internacionais.

Inicialmente, o governo previa arrecadar R$ 20 bilhões neste ano com as mudanças, que já estão em vigor. Mas, algumas horas depois do anúncio, no mesmo dia, o governo revogou o IOF que havia sido apresentado para aplicações em fundos nacionais fora do Brasil, para escapar da interpretação no mercado de que se tratava de uma tentativa de controle de saída de capital. Ou seja, retomou a alíquota zero para esse caso.

Nos outros, ficou mantido o IOF maior. Porém, o governo ainda não divulgou as estimativas de receita com as mudanças.

No manifesto publicado ontem, as entidades afirmam que o aumento do IOF vai elevar os custos das empresas e dos negócios com operações de crédito, câmbio e seguros em R$ 19,5 bilhões só este ano. Para 2026, elas preveem uma alta nos custos de R$ 39 bilhões.

O texto ressalta que “a medida encarece o crédito para as empresas, ao elevar a carga tributária do IOF sobre empréstimos em mais de 110% ao ano”. E prossegue nas críticas acrescentando que o aumento do IOF no câmbio, por exemplo, provocará impacto na importação de insumos e máquinas e equipamentos, tirando incentivos ao investimento privado e à “modernização do parque produtivo nacional”. O manifesto também critica a tributação sobre títulos de previdência privada VGBL.

No manifesto de ontem, as confederações afirmam que “iniciativas arrecadatórias, com aumento de impostos, impactam negativamente a construção de um ambiente econômico saudável. O IOF, aliás, é um imposto regulatório, e não arrecadatório. É preciso enfrentar os problemas crônicos do Orçamento para acabar com a contínua elevação de impostos. Construir um desenho institucional mais eficiente é a forma certa de garantir o equilíbrio fiscal, reduzir o enorme custo tributário que trava o crescimento do país e garantir previsibilidade para investidores.”

As entidades ressaltam que o Brasil “ostenta uma das maiores cargas tributárias do mundo” e que é preciso assegurar que o aumento da arrecadação se dê graças ao crescimento da economia, não com mais impostos. O texto conclui afirmando que “é hora de respeitar o contribuinte”.

O Globo

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Brasil

STF: em voto, Toffoli diz que redes sociais podem responder por conteúdos de usuários

Foto: Gustavo Moreno/STF

Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a julgar, nesta quinta-feira (5), a validade das regras que tratam da responsabilidade das plataformas digitais diante de conteúdos publicados por usuários.

A quarta sessão sobre o tema teve a conclusão do voto do ministro Dias Toffoli. O voto do outro relator, ministro Luiz Fux, será apresentado na semana que vem.

Toffoli defendeu que a norma atual — que exige ordem judicial para remoção de conteúdos de usuários — é inconstitucional.

  • Também concluiu que é necessário estabelecer que as plataformas devem remover conteúdos quando notificadas pelas vítimas do conteúdo irregular ou por seus advogados — sem a necessidade de uma decisão judicial.
  • Em conteúdos específicos, envolvendo crimes graves, as redes já deverão agir mesmo sem notificação

Voto de Toffoli

Na apresentação do voto nesta quinta, o ministro Dias Toffoli defendeu que, em casos de conteúdos ofensivos ou ilícitos, as plataformas digitais devem agir quando notificadas de forma extrajudicial — ou seja, já pela vítima ou seu advogado. Assim, não é necessário aguardar uma decisão judicial para agir.

  • A ideia é aplicar, a estas postagens, uma regra que já existe no Marco Civil da Internet para conteúdos com cenas de nudez ou imagens íntimas.

Desta forma, na prática, amplia-se a regra da notificação extrajudicial para outros conteúdos.

Toffoli estabeleceu ainda que, em algumas situações graves, as plataformas devem retirar o conteúdo mesmo sem a notificação extrajudicial.

Se não fizerem, estão sujeitas à responsabilidade objetiva — ou seja, respondem por danos independente de culpa da parte delas e precisam demonstrar, na Justiça, que não tiveram participação no caso.

Toffoli detalhou as situações em que, segundo ele, as plataformas devem responder de forma objetiva e independentemente de notificação.

São estes casos:

  • crimes contra o Estado Democrático de Direito;
  • atos de terrorismo ou preparatórios de terrorismo;
  • crime de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou à automutilação;
  • crime de racismo;
  • qualquer espécie de violência contra a criança, o adolescente e as pessoas vulneráveis
  • qualquer espécie de violência contra a mulher;
  • infração sanitária, por deixar de executar, dificultar ou opor-se à execução de medidas sanitárias em situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional;
  • tráfico de pessoas;
  • incitação ou ameaça da prática de atos de violência física ou sexual;
  • divulgação de fatos notoriamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que levem à incitação à violência física, à ameaça contra a vida ou a atos de violência contra grupos ou membros de grupos socialmente vulneráveis;
  • divulgação de fatos notoriamente inverídicos ou descontextualizados com potencial para causar danos ao equilíbrio do pleito ou à integridade do processo eleitoral.

Toffoli é o relator de um dos casos, portanto, foi o primeiro a ler o voto. Os demais ministros ainda precisarão apresentar suas manifestações sobre o tema e podem concordar ou divergir do relator.

Retomada do caso

Na sessão desta quinta-feira, Toffoli concluiu a apresentação do voto. Quando o relator falava sobre as formas de identificação de conteúdos e perfis inadequados, o ministro Alexandre de Moraes pediu a palavra.

Moraes declarou que as formas de identificação da atuação de robôs e humanos já existem. Citou como exemplo a situação em que um usuário tenta acessar uma página e o site exige cliques em certas imagens, para detectar a atuação humana.

Para Moraes, no entanto, falta “boa vontade” das empresas para colocar os dispositivos em prática.

“Para isso (a identificação de robôs) já existe. Por que não para os perfis inautênticos? Falta boa vontade. E falta boa vontade porque, na verdade, isso é o desenho do negócio”, argumentou.

“Ter mais robôs, mais ofensas, mais discursos de ódio, monetizar e ganhar mais dinheiro. Então nós temos que optar se nós vamos permitir um verdadeiro capitalismo selvagem nas redes ou se nós vamos colocar a constituição dentro das redes também”.

Responsabilidade por danos

Os ministros julgam dois recursos que discutem a possibilidade de que redes sociais sejam responsabilizadas por danos criados pelos conteúdos de usuários publicados nestas plataformas, mesmo sem terem recebido antes uma ordem judicial para a retirada das postagens irregulares.

Ou seja, a questão é saber se estes aplicativos podem ser condenados ao pagamento de indenização por danos morais por não terem retirado do ar postagens ofensivas, com discursos de ódio, fake news ou prejudiciais a terceiros, mesmo sem uma ordem prévia da Justiça neste sentido.

Marco Civil da Internet

🛜Os casos envolvem a aplicação de um trecho do Marco Civil da Internet. A lei, que entrou em vigor em 2014 funciona como uma espécie de Constituição para o uso da rede no Brasil – estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para usuários e empresas.

Em um de seus artigos, ela estabelece que as plataformas digitais só serão responsabilizadas por danos causados por conteúdos ofensivos se, depois de uma ordem judicial específica, não tomarem providências para retirar o material do ar.

A questão envolve como as plataformas devem agir diante de conteúdos criados por usuários que ofendem direitos, incitam o ódio ou disseminam desinformação.

A Corte deverá elaborar uma tese, a ser aplicada em processos sobre o mesmo tema nas instâncias inferiores da Justiça.

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, há pelo menos 345 casos com o mesmo conteúdo aguardando um desfecho no Supremo.

Fonte: g1

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Brasil

Após eleições e volta de Haddad a Brasília, mercado aguarda anúncio de cortes de gastos

Foto: Agência Brasil

Passado o segundo turno das eleições municipais, e com o retorno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos Estados Unidos nesta segunda-feira (28), o mercado financeiro aguarda propostas do governo para cortar gastos públicos.

A expectativa tem por base declarações da própria equipe econômica do governo.

Em meados de outubro, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o núcleo econômico do governo levaria ao Legislativo, após o período eleitoral, propostas para conter as despesas. “Chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos estruturais”, disse, na ocasião.

Antes de se tornarem públicas, entretanto, as medidas ainda têm de ser apresentadas, e aprovadas, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que tem demonstrado contrariedade em levar adiante ações que impactem a população mais pobre.

Há expectativa de que o ministro Fernando Haddad se encontre com o presidente da República até esta terça-feira (29). Nesta segunda, Lula se reuniu com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, crítica do corte de despesas.

Medidas para conter o forte crescimento dos gastos públicos têm sido cobradas por analistas desde o começo do governo.

Mas o coro se intensificou nos últimos meses — com o aumento da dívida pública e com o uso de artifícios por parte do governo, como gastos fora da meta fiscal e até mesmo do orçamento.

Ajuste ‘necessário e urgente’

De acordo com os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, em análise contida no boletim Macro de outubro da FGV Ibre, o ajuste nas contas públicas é “necessário e urgente”.

“Desde o final de 2022, o Brasil vem experimentando uma sensível deterioração fiscal, com forte aumento dos gastos e persistente elevação da dívida pública. Isso sem que sejam adotadas medidas capazes de dar resposta adequada aos riscos daí decorrentes”, diz o boletim.

“Pelo contrário, o que se viu foram sucessivas propostas de mais e novos gastos, como se o problema não existisse”, prosseguem os economistas.

Com a persistência do problema, eles avaliaram que o “risco fiscal” (relativo às contas) voltou ao centro das atenções dos agentes de mercado.

“E passou a fazer preço, como se diz, com a forte elevação da curva de juros e a desvalorização do real, mesmo com o ciclo monetário no Brasil [com alta de juros] indo na contramão do que se observa hoje nos EUA”, afirmaram.

Afirmam que a “piora do humor internacional”, com notícias negativas sobre as eleições nos Estados Unidos e sobre a economia chinesa, ajuda a explicar a piora na curva de juros e a alta do dólar.

Mas observaram que isso tem acontecido apesar de a agência de classificação de risco Moody’s ter elevado a nota de crédito soberano do Brasil (o que, em tese, deveria melhorar os indicadores).

“Mesmo com sinais de desaceleração do gasto e de menor estímulo fiscal, estamos vivenciando uma nova rodada de desconfiança dos agentes de mercado. Diversas manobras fiscais e a ausência de contenção de gastos abalam a credibilidade”, dizem os analistas, no texto.

Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, do FGV Ibre, concluíram que a “grande dúvida” é saber se haverá apoio político para tais medidas.

“Infelizmente, revisões sobre a regra de reajuste do salário mínimo e a desvinculação das aposentadorias, pensões e BPC do mínimo foram descartadas. E essas são medidas que dariam um impacto relevante na trajetória de gastos ao longo do tempo. Resta saber o que de fato será apresentado e aceito do ponto de vista político”, afirmaram.

Paralisia do Estado

Uma reforma estrutural dos gastos, além de conter a taxa de juros futura (que tem implicações nos empréstimos que os bancos fazem ao setor produtivo), também teria por objetivo impedir a limitação de políticas públicas.

O temor, confirmado pelo Tribunal de Contas da União, é que o espaço para gastos livres do governo acabe nos próximos anos e que isso gere paralisia do Estado.

A regra geral do arcabouço prevê que o aumento de algumas despesas do governo esteja atrelado ao crescimento das receitas. Além disso, a alta das despesas não pode ser maior do que 2,5% por ano acima da inflação.

Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governo. São eles:

  • aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo)
  • despesas em saúde e educação
  • emendas parlamentares (indexadas à arrecadação)

A lógica é que, sem o corte de gastos, o espaço para as despesas livres dos ministérios, conhecidos como “gastos discricionários”, terminará nos próximos anos.

Esse problema já foi enfrentado anteriormente, na época do teto de gastos, aprovado pelo governo Temer em 2017 e que vigorou até o ano passado.

Nos últimos anos da gestão Bolsonaro, houve falta de recursos para alguns gastos livres dos ministérios, como:

  • defesa agropecuária;
  • bolsas do CNPq e da Capes;
  • Pronatec;
  • emissão de passaportes;
  • programa Farmácia Popular;
  • bolsas para atletas
  • fiscalização ambiental e do trabalho, entre outros.

Em setembro, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou ao g1 que a revisão de gastos públicos vai ser o foco da área econômica em 2025.

Fonte: g1

Opinião dos leitores

  1. Esse maldito governo não corta um centavo da gastança desenfreada do governo com propinas, desvios etc… principalmente tendo milhões de otários para pagar essa conta…

    1. Tá com raiva do governo de Lula, tire as calças e pise em cima.

    2. Não precisa Ronald Gurgel, o próprio PT está fazendo isso, por isso o serrote que levou, partido zinco fraco e sem moral, só chegou onde está empurrado por alguém, tenho até pena de vcs idiotizados por um jogue com cara e comportamento de rato

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Geral

Período eleitoral de 2024 é o trimestre mais violento dos últimos cinco anos na política, diz estudo

Foto: reprodução

O terceiro trimestre de 2024, que inclui a reta final das pré-campanhas e a maior parte do período eleitoral das disputas municipais, registrou 323 casos de violência contra figuras da política brasileira. É o trimestre mais violento dos últimos cinco anos, segundo levantamento do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Unirio.

O estudo, cuja série histórica começou em 2019, revela uma escalada no número de casos em eleições municipais e indica como desafio urgente para a democracia do País, segundo analistas ouvidos pelo Estadão, o resgate da civilidade e do espírito republicano na disputa eleitoral.

Os números de julho, agosto e setembro superam os últimos três meses de 2020 — que incluem o período eleitoral daquele ano —, quando os pesquisadores catalogaram 236 casos. Neste ano, foram 242 considerando as mesmas categorias de pesquisa: violência física e psicológica. Os outros 81 casos foram tipificados como violência de natureza semiótica (como desqualificação e objetificação), econômica (roubo ou vandalismo) e sexual (assédio, importunação e ameaça de estupro), novas categorias no estudo. Com os dados deste último trimestre, 2024 chega à marca de 510 casos de violência política em todo o País.

“O aumento da violência na época de eleição era um dado esperado, mas acabamos batendo recordes que assinalam o agravamento deste cenário”, explica Miguel Carnevale, pesquisador do Observatório. “O ponto de partida para a resolução é retomar o debate cívico e fortalecer a presença institucional. Tivemos avanços, como leis para combater violência de gênero, criação de monitoramentos e trabalhos de combate à violência. Sem centralizar o debate sobre a questão no ambiente político, o problema tende a se cristalizar”.

Enquanto episódios que vão de soco a cadeirada aconteciam em frente às câmeras na corrida pela Prefeitura de São Paulo, casos no interior faziam o Estado chegar à soma de 58 ocorrências de violência política nos últimos três meses, incluindo 21 agressões físicas e três homicídios: foram mortos um vereador em Sandovalina, um ex-vereador em São Vicente e um candidato a vereador em Santo André. Logo atrás de São Paulo, o estado do Rio de Janeiro foi o que mais registrou casos, com 42. Depois, Ceará, com 23; Bahia, com 22; e Paraíba, com 21.

Maior número de ocorrências é de ameaças

O tipo de violência com maior número de ocorrências no levantamento é ameaça. Foram 80 de julho a setembro. “A gente se sente constrangido, humilhado, e (esse tipo de situação) gera muito medo, muito medo mesmo”, diz o candidato a prefeito Alysson da Saúde (PT), de Campo Florido (MG), que tenta a reeleição. Ele relatou à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral em agosto duas ameaças que sua chapa recebeu por WhatsApp durante o período eleitoral. Números não identificados exigiam o afastamento dele e de seu candidato a vice, Thales de Santi, da política. “Sai fora da política, depois não vai chorar o leite derramado”, dizia uma delas. A PF colhe depoimentos a respeito das ameaças.

A 370 km dali, em Carmo do Rio Branco (MG), o prefeito Filipe Carielo (PSD), que tenta a reeleição, relatou ter sido ameaçado com um facão no mês passado por um funcionário da prefeitura que se dizia insatisfeito por uma transferência de setor. O homem o acuou dentro de um bar, fazendo o candidato se esconder dentro do banheiro. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que investiga o caso. “Pessoas sem equilíbrio acabam partindo para a agressão, o que é inadmissível. É importante para a democracia que ela seja livre de violência”, disse Carielo.

Agressões físicas também estão no topo da lista de principais episódios de violência política, com 79 casos identificados. Em setembro, por exemplo, dois vereadores de grupos políticos adversários em São João do Arraial (PI), Cajé Rocha (MDB) e Jurandir Pontes (PT), trocaram socos no plenário da Câmara Municipal após discussão. No mesmo mês, em Sobral (CE), o ex-prefeito Veveu Arruda se envolveu em uma briga com moradores durante ato eleitoral de sua mulher, Izolda Cela (PSB), candidata a prefeita da cidade. Os dois casos foram filmados e viralizaram em redes sociais.

Violência política atinge quase todos os partidos

Atentado, desqualificação e homicídio fecham a lista de tipos de violência política com maior número de ocorrências neste trimestre. A Unirio mostra que a violência política atinge quase todos os partidos. Filiados de 25 das 29 siglas brasileiras estão entre as vítimas no período. Petistas aparecem em 38 ocorrências; MDB e do União Brasil têm 36 cada; PL, com 33; e PSD, com 23, vêm em seguida.

Autoridades reagiram à escalada de casos preocupantes no País. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou no último domingo a criação de um Observatório Permanente Contra a Violência Política para averiguar, relatar e estabelecer bases para o combate de casos do tipo.

“A política existe para que os conflitos sejam resolvidos pelo diálogo, dentro das instituições e à luz da lei. A violência é a negação da política e dos princípios da civilidade”, afirma o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Parte da responsabilidade vem da violência retórica. Em contextos políticos polarizados, temos uma visão de que um adversário não é visto como um adversário, mas sim um inimigo a ser eliminado”.

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

    1. Sai pra lá, mafrinha! Por que você não diz que a esquerda não quer perder o poder? Canalha!

    2. Quem é que, até hoje culpa Bolsonaro das queimadas? Bando de hipócritas! Perderam a boquinha por 4 anos, voltaram no tapetão.

    3. Toda a violência é praticada pela esquerda. A ideologia do ódio, da divisão.

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Religião

Jesus sofreu abuso sexual antes de ser crucificado, afirma teólogo

Imagem: The Flagellation of Christ; c. 1606/1607 – Caravaggio

Teólogo inglês defende a tese de que Jesus Cristo foi vítima de abuso sexual antes de ser crucificado. Relacionando os maus-tratos a prisioneiros da era romana e práticas de ditaduras latino-americanas, ele estuda a dimensão sexual da tortura e propõe nova postura das igrejas cristãs.

O inglês David Tombs, 57, nunca se esqueceu da lição aprendida em 1987 com o célebre professor e teólogo James Cone (1938-2018) em Nova York. “Não preste atenção somente às perguntas que são feitas. Olhe também para as perguntas que ninguém está fazendo.”

Radicado na Nova Zelândia, o também teólogo Tombs lida há 23 anos com duas dessas perguntas: o que significam os três momentos em que Jesus Cristo é publicamente despido, antes da crucificação? E por que isso importa?

Por séculos, as artes plásticas traduziram o desnudamento antes da execução como um aspecto lateral, que Jesus encarou serenamente ao subir à cruz que marcou o pensamento do Ocidente. Mesmo no violentíssimo “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson, esse episódio é neutralizado. É preciso voltar ao Evangelho de Marcos para captar os horrores da Via-Crúcis.

“Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado. E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência, e convocaram toda a coorte [unidade militar romana com 500 soldados]. E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele e, postos de joelhos, o adoraram. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes; e o levaram para fora a fim de o crucificarem” (Marcos 15:15-20, versão Almeida).

Para Tombs, tudo isso retrata que Cristo foi vítima de um abuso sexual: exposto em sua nudez, espancado e humilhado enquanto nu, em uma recreação sádica que contou com 500 soldados, entre participações diretas e olhares curiosos.

Professor de teologia e questões públicas na Universidade de Otago, em Dunedin, na Nova Zelândia, o anglicano Tombs publicou em 1999 seu primeiro artigo sobre o tema, intitulado “Crucificação, terrorismo de Estado e abuso sexual“. Hoje, não está mais sozinho: outros teólogos já abordam o aspecto sexualizado do martírio de Cristo.

Em 2021, Tombs editou um compêndio de artigos de teólogos ao lado das professoras Jayme Reaves e Rocío Figueroa, “When Did We See You Naked?” (quando foi que te vimos nu?, SCM Press, inédito no Brasil). Neste ano, o teólogo deve lançar um novo livro, em que consolida todo o seu pensamento.

“São dois aspectos: o primeiro é o que o texto realmente fala. Vejo a nudez forçada de Cristo como uma forma de violência sexual, o que justifica chamá-lo de vítima de abuso sexual. Embora muitas pessoas tenham dificuldade de chamar a nudez forçada de violência sexual, tendo a crer que elas estão sendo desnecessariamente resistentes ao que o texto afirma”, diz Tombs, por videochamada.

O segundo aspecto é menos direto na resposta, mas ainda relevante: o que pode ter ocorrido depois do desnudamento?

Não sabemos ao certo, mas podemos levantar uma questão que não é meramente especulativa nem leviana, porque temos evidências de maus-tratos a prisioneiros da era romana e também perspectivas trazidas pelo contexto de outras torturas modernas, na documentação das ditaduras em El Salvador, Brasil, Argentina, Chile, Sri Lanka e Abu Ghraib (prisão do Exército americano no Iraque), por exemplo.

A experiência latino-americana da tortura de Estado foi primordial para a pesquisa de Tombs. À época de seu doutorado em Londres, o teólogo graduado em Oxford estudava a Teologia da Libertação, que prosperou nos anos 1970 e 1980 pela América Latina para depois se tornar anátema do catolicismo mais conservador, sob a acusação de ser marxista e de forçar interpretações politizadas do texto bíblico. Para Tombs, tratava-se do contrário: o movimento tinha a virtude de buscar no texto bíblico o que poucos queriam ver.

O inglês esteve duas vezes em El Salvador para estudar a teologia de Jon Sobrino e outros pensadores em 1987, ainda na guerra civil, e em 1996, quatro anos após o fim do conflito.

O que realmente o impactou, contudo, foi ler em uma biblioteca londrina em 1997 o relato da refugiada salvadorenha Brenda Sánchez-Galán, que entrou ilegalmente nos EUA. Ela contou que, em 1983, uma colega do centro médico foi espancada e estuprada pelos soldados da ditadura, levada a uma praça perto de San Salvador e executada a tiros de metralhadora, em uma cena de bizarra conotação sexual.

“Fiquei chocado pelo fato de que tinha estudado aquilo e nunca tinha focado o tema da sexualidade. Comecei a tentar entender mais por que os soldados fazem isso com as pessoas. Li relatórios de tortura, de direitos humanos e de comissões da verdade e ficou absurdamente nítido para mim como o abuso sexual é comum na tortura, ainda que não seja a primeira coisa em que as pessoas pensam quando se fala de tortura.”

Reportagem completa na Folha de S. Paulo

Opinião dos leitores

  1. Eu realmente vou começar a filtrar os veículos de informação que enriquece meus conhecimentos. Será que vale a pena noticiar esse tipo de desinformação? Colhemos o que plantamos, sempre!

  2. Isso é falta de assunto e de quem não conhece Deus nem a Sua Palavra. Jesus foi oferecido em sacrifício a Deus como um cordeiro virgem, perfeito, puro, incontaminado para justificar os pecados de toda a humanidade.
    Minha é a vingança, diz o Senhor, para todos que dizem e fazem o mal.

  3. Esse louco não sabe o que diz tanto assunto do mundo pra ele falar e vem logo mexer com o nosso Senhor Jesus Cristo.

  4. Comentário besta para um personagem que nunca existiú sequer. Jesus é todo um invento literário, igual a Harry Potter ou os personagens da Marvel. Os primeiros relatos sobre a vida dele só começaram a aparecer 100 após o período relatado nos livros. Se quiserem entender bem como foi inventado o relato vejam o filme alemão Zeitgeist.

    1. O capeta bateu palmas para seu comentário! Ja ta com uma cadeira de fogo esperando por vc. O único caminho para nao sentar na citada cadeira é atraves deste que tu dizes que não existe e nem existiu.

    2. É uma pena que existe pessoas igual a você eu não sei o que você ainda faz nessa vida, deve ser uma pessoa vazia não esqueça que todos vam se ajoelhar diante do Senhor Jesus Cristo um dia e esse dia ta próximo.

  5. Absurdo !
    Após condenado em um dia para ser crucificado no outro subsequente, Jesus ficou numa cela – solitária -, sozinho, e com sede ( * sem água ).
    Esse tipo de registro deve ter sido realizado por ateu ou…

    1. Ignorante, o abuso sexual em questão é o fato de Jesus ter sido despido à força pelos centuriões. Como tem muito falso profeta com tendência a desvios sexuais de toda ordem, já estão levando pro lado do estupro. Realmente a ignorância é o maior flagelo da humanidade.

  6. O achismo da turma imposto como se fosse verdade. Interpretação fútil, sem qualquer base. E BG ainda propaga isso.

    1. Ótimo. Você e os fanáticos fundamentalistas cristãos deveriam se mudar pro oriente médio e se submeter ao regime do ISA, Estado Islâmico, Resbolah… vá se informar e ler algo que preste antes de dizer merda. Mais um ignorante bolsonarista dizendo merda.

    1. É mesmo, Bento. Cite aqui os 10 mandamentos ou os 7 pecados capitais.

    2. Mas isso colocado na materia ta na biblia. E o ponto de vista esta correto. E antes de qualquer coisa sou de direita!

    1. Deve saber bem do livro do Apocalipse. O bolsonarismo está bem caracterizado nele.

  7. Um blog tão bem conceituado, mas de vez enquanto posta coisas sem tanta relevância, sem falar que tem tendencia politica, com postagens querendo tornar candidatos de sua preferencia que seja a preferencia do povo, como Bolsonaro… Ezequiel, tipo querendo botar de goela a dentro, também pesquisas sem lógica. Imparcialidade da mais credibilidade.

  8. Se Jesus Cristo voltasse hoje seria execrado pelos membros das famílias conservadoras de bem, seria chamado de bixa, maconheiro e comunista por ousar questionar os ricos e poderosos bolsonaristas que estão transformando este país inteiro num puteiro!

  9. Ultimamente BG tem preferido “causar” do que transmitir notícias relevantes. Acho um tiro no pé, mas ele deve saber o que está fazendo.

  10. Até que ponto chegarão os céticos ,a postura deles nesses últimos dias de escandalizar o nome de Cristo é notória
    Mais esquecem ou figem de que haverá um julgamento final e que suas teorias desprezíveis teriam peso sobre as suas próprias ações que pagarão diante do Cristo vivo

  11. Pior do que toda essa blasfêmia idiota, seja lá por qual pseudo imbecil psicopata foi escrita, é ter tem quem se dar ao tempo perdido de aceitar isso como verdadeiro.💩💩👌👌💀💀👹👹😈😈

    1. Blasfemar é colocar imagem de pessoas nas escrituras sagradas como fizeram esses pastores safados, isso sim é blafemar! O que o Estado fez com Jesus através dos covardes centuriões foram tantas atrocidades que se indignar com essa hipótese mais parede ignorância ou hipocrisia.

  12. Se Jesus voltasse hoje, a seita bostanarista xingaria ele novamente!
    Bastava ele (Jesus) defender algum menos favorecido.

    1. Possilga, olha a convulsão e a sarna, vamos estrovenga de fechadura, anda.

    2. Hoje esse idiota se superou com as asneira que comenta aqui.Peça licença e vá cagar seu imbecil.

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Polícia

Polícia investiga se morte de ex-sinhazinha do Boi Garantido foi causada por overdose de cetamina

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Amazonas está investigando se a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, foi causada por overdose de cetamina, droga usada durante os rituais do grupo religioso “Pai, Mãe, Vida”, organizado pela família Cardoso. A mãe, o irmão e duas funcionárias da família, suspeitos de liderarem esse grupo, foram presos na quinta-feira (30).

Djidja foi encontrada morta por volta das 6h de terça (28). Logo após a confirmação da morte da empresária, uma familiar da vítima chegou a dizer em uma rede social que a casa em que a família morava, onde o corpo foi encontrado, teria se tornado uma “cracolândia”, e que já teriam tentado internar Djidja, mas eram impedidos pela mãe dela.

De acordo com as investigações, o corpo da ex-sinhazinha teria sido encontrado pelos policiais com sinais de overdose e sinais da utilização da substância injetável. Ainda no dia da morte de Djidja, na casa dela, a polícia encontrou frascos de cetamina enterrados no quintal, além de caixas da droga, seringas, frascos, bula e cartelas de remédios na lixeira da propriedade.

Agora, segundo a polícia, as investigações tem como objetivo identificar as suspeitas de que a empresária teria morrido em decorrência de uma overdose causada pelo uso uso excessivo da droga cetamina e se isso teria acontecido durante um dos rituais.

A Polícia Civil do Amazonas aguarda o resultado do exame de necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve sair em até 30 dias.

A morte da empresária está sendo investigada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Prisões

Após a morte de Djidja, na quarta-feira (29), a Justiça do Amazonas expediu cinco mandados de prisão preventiva, que resultou na prisão de quatros membros do grupo religioso suspeito de fornecer e distribuir cetamina. No primeiro momento, na tarde de quinta (30), foram presos:

  • Cleusimar Cardoso, de 53 anos, mãe da ex-sinhazinha;
  • Ademar Cardoso, de 29 anos, irmão de Djidja;
  • Verônica da Costa, de 30 anos, gerente da rede de salões de beleza “Belle Femme,” que pertence à família.

Os três foram presos no momento em que deixavam a casa onde a Djidja foi encontrada morta. No local, a polícia apreendeu materiais como seringas, anestésicos, medicamentos de uso controlado, frascos de cetamina, além de computadores e uma mala que devem ser periciados.

Os três presos foram levados para o 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), mas não foram ouvidos durante a noite. A defesa alegou que os clientes estavam sob efeito de drogas e por isso não tinham condições de falar em depoimento.

Em entrevista, o titular do 1° Distrito Integrado de Polícia, delegado Cícero Túlio, que comanda a operação, a mãe de Djidja, Cleusimar, foi encontrada com duas ampolas escondidas nas partes íntimas durante revista ao chegar na delegacia.

Horas depois, na noite de quinta (30), Claudiele Santos da Silva, que trabalhava como maquiadora no salão da família, se entregou na sede do 1º DIP, acompanhada de um advogado.

Marlisson Vasconcelos Dantas, o quinto investigado, que atuava como cabeleireiro da rede Belle Femme , já é considerado foragido e está sendo procurado. O advogado dele informou que Marlisson deve se entregar ainda nesta sexta-feira (31).

Já na manhã desta sexta-feira, a polícia fez novas buscas e apreendeu cetamina, ampolas e seringas em salões de beleza da família Cardoso. Uma clínica veterinária, na Zona Oeste, também foi alvo da operação. O local supostamente fazia a venda da droga, sem a observância das exigências legais e retenção de receituário, segundo as investigações.

Os quatros suspeitos passaram por audiência de custódia na manhã desta sexta (31), segundo a polícia, e ficará a disposição da Justiça.

Como atuava o grupo religioso

Djidja, a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso. — Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com informações apuradas pela Rede Amazônica, a polícia identificou a existência do grupo “Pai, Mãe, Vida”, que promovia o uso e comercialização de cetamina, em Manaus. A substância é um anestésico de uso humano e veterinário que se tornou uma droga ilícita na década de 1980.

O grupo religioso foi fundado pela mãe e o irmão da ex-sinhazinha do Garantido. Eles contavam com a colaboração dos funcionários da rede de salões de beleza, Verônica, Claudiele e Marlisson, que segundo a polícia, ficavam encarregados de persuadir outros funcionários e pessoas próximas à família a se associarem ao grupo, onde a cetamina era usada.

Além disso, os líderes do grupo induziam os seguidores a acreditar que, ao usarem compulsivamente, a droga, poderiam transcender para outra dimensão e alcançar um plano superior, onde encontrariam a salvação.

As investigações indicam, ainda, que algumas vítimas do grupo foram submetidas a violência sexual e aborto.

O grupo responderá por tráfico de drogas, associação para o tráfico, por colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros, falsificação, corrpção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrngimento ilegal.

A ex-sinhazinha também era alvo da investigação e com a repercussão da morte dela, a Polícia Civil desencadeou a operação para prender os outros suspeitos de envolvimento na organização criminosa.

Fonte: g1

 

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Geral

Pressão aumenta e Lula já cogita demitir Lupi, dizem auxiliares do presidente

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já admitem como real a possibilidade de demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi, em meio à crise provocada por descontos em benefícios do INSS sem a autorização dos aposentados e pensionistas.

Em conversas, o presidente tem demonstrado irritação com o desempenho de Lupi no enfrentamento do problema.

No Palácio do Planalto, a avaliação é que após uma semana de deflagração da crise no INSS, o ministro não conseguiu oferecer soluções para a contenção dos problemas que abalaram a reputação do governo em um momento de recuperação de popularidade do presidente.

Na terça-feira (29), em audiência na Câmara, Lupi defendeu que o INSS não deveria intermediar as relações entre associações para aposentados e beneficiários do instituto. “É mais cômodo [para as associações] o desconto em folha do que ter que ir atrás do aposentado todo mês”, disse.

Para o ministro, nem o credenciamento das entidades associativas deveria ficar com o INSS. “Não sei ainda como encaminhar isso. É uma opinião pessoal. Vou discutir internamente para ver se é opinião majoritária no governo”, explicou.

Um dos exemplos da atual situação de Lupi está no fato de ele não ter apresentado um substituto para o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que deixou o cargo após ordem de Lula.

Nesta quarta-feira (30), Lula nomeou o procurador Gilberto Waller Júnior como novo presidente da instituição por indicação do ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) e apoio do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho.

A informação de que Lula nomearia diretamente o novo presidente, sem a intermediação de Lupi, já havia sido anunciada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, nesta quarta.

Em mais uma demonstração de descontentamento com Lupi, Lula deu carta branca para que Waller adote medidas saneadoras, incluindo mudanças na estrutura do INSS. Pesou para a escolha o perfil técnico, descrito como de “xerife”, do novo presidente da instituição.

Ao longo da semana, colaboradores do presidente foram acumulando críticas a Lupi, desde a manutenção de integrantes da velha estrutura do INSS à resistência a exonerar Stefanutto.

Na manhã da quarta, auxiliares do presidente falavam em sobrevida para o ministro. Mas o cenário mudou. Embora Lupi tenha se defendido com firmeza ao falar à Câmara dos Deputados, integrantes do governo reconhecem um problema administrativo na conduta do ministro e afirmam que hoje uma demissão seria uma decisão política, em resposta a uma omissão do chefe da pasta.

Na audiência, Lupi listou as medidas que tomou sobre o assunto desde que assumiu o cargo, como um pedido de auditoria sobre o assunto e mudanças nas regras de concessão, com a exigência de biometria. As ações, no entanto, não foram capazes de conter o problema.

No entanto, como mostrou a Folha, o governo só tomou medidas para conter o aumento de descontos irregulares após auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), que investigou o tema em 2023.

Auxiliares do presidente têm repetido que não houve, até o momento, provas de envolvimento do ministro no esquema nacional de descontos não autorizados. Lembram ainda que ele é presidente licenciado do PDT, mas o desgaste sofrido com a eclosão da crise fez com que interlocutores do presidente tratem como possível sua exoneração.

A sobrevivência do ministro no governo depende das conversas que o presidente teria a partir desta quarta-feira (30) com os envolvidos nas investigações. Nenhuma audiência constava da agenda oficial, mas o presidente está coletando dados para a tomada de sua decisão.

O governo terá que avaliar o fluxo de informações recebidas pelo ministro e o ritmo de respostas dadas por sua pasta. Um colaborador do presidente lembra que Lupi não era a sua primeira escolha para o cargo, mas, sim, o secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz.

Aliados do presidente enfatizam que a investigação foi uma iniciativa do governo Lula, bem como a adoção de providências para ressarcimento de eventuais vítimas do esquema.

No dia 23 de abril, a PF e a CGU realizaram a operação Sem Desconto, para combater a suposta fraude em descontos de aposentadorias e pensões. Entre 2019 e 2024, a soma dos valores descontados de benefícios do INSS por diversas associações chega a R$ 6,3 bilhões, mas ainda será apurado qual porcentagem foi feita de forma ilegal, segundo as investigações.

Segundo a PF, com um único alvo, foram apreendidos vários carros, como uma Ferrari e um Rolls Royce, avaliados em mais de R$ 15 milhões. Com outro, US$ 200 mil e, com um segundo, US$ 150 mil. Também foram apreendidas joias e quadros.

As investigações focaram entidades de classe, como associações e sindicatos, que formalizaram Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS.

Esses acordos permitem que elas realizem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários do INSS, desde que autorizados pelos aposentados e pensionistas.

Uma auditoria feita pela CGU identificou que muitas não tinham estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam aos beneficiários, como descontos em academias, convênios com planos de saúde e auxílio funerário.

Também verificou que 72% não tinham entregue a documentação completa ao INSS. Onze foram alvo de medidas judiciais.

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. 👉👉👉SENADORES QUE VOTARAM CONTRA A MP 871:

    Nome Partido UF
    Angelo Coronel PSD BA
    Eliziane Gama CIDADANIA MA
    Humberto Costa PT PE
    Jaques Wagner PT BA
    Otto Alencar PSD BA
    Paulo Paim PT RS
    Paulo Rocha PT PA
    Randolfe Rodrigues REDE AP
    Renan Calheiros MDB AL
    Rogério Carvalho PT SE
    Veneziano Vital do Rêgo PSB PB
    Zenaide Maia PROS RN
    🚨TALVEZ A HISTÓRIA HOJE FOSSE OUTRA, NÉ? FICA A REFLEXÃO E OBSERVE BEM OS NOMES ACIMA E VEJAM SE TEM ALGUMA COISA A VER. MUITO ESQUERDISTA, NÃO?

    1. Vamos gravar esses nomes, imprimir e guardar junto do Título de eleitor

    1. É condizente e sabia de todos os esquemas, era para ter caído imediatamente.

  2. FAZ O L & L “DUPLO”, JUMENTOS! LULA E LUPI, FAZ DE ❤️. TUDO A VER COM CORRUPÇÃO. 🫏🫏🫏

    1. Concordo com você, Valter, o Lula além de ser um analfabeto, é um cara que está odiado por 90% dos, não sei porque essa pessoa não já foi expulso do Brasil e tirado dele o que é mais importante que é o Pais.

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Educação

Enem 2024 tem recuo nas notas de áreas exigidas em formações com melhores salários

Foto: Rafael Garcia/Agência Globo

Embora tenha mostrado um aumento de três pontos na média nacional das notas, o resultado do Enem 2024 divulgado ontem pelo Ministério da Educação teve recuos em Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, áreas exigidas em formações melhor remuneradas no mercado de trabalho. As notas de Linguagens e Redação registraram um aumento de 12 e 15 pontos, respectivamente. Mas o número de redações nota mil foi 80% menor do que no ano passado — a variação foi de 60 casos para 12.

Um levantamento com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) indicou um leve avanço nas médias nacionais entre os anos de 2019 e 2022. Nos últimos dois anos, a tendência foi de estagnação ou recuo por áreas de conhecimento. O Inep prevê entregar ao MEC em março um estudo específico sobre o desempenho dos alunos em cada área no exame do ano passado, apontando as razões para as notas. Os resultados também serão usados para orientar políticas públicas da pasta.

Ao comentar os resultados, o ministro da Educação, Camilo Santana, reconheceu a queda do desempenho na maior parte das áreas, mas ressaltou o aumento da média geral, apesar da participação de mais alunos. Em 2024, mais de 4,3 milhões de alunos se inscreveram para o Enem, com uma presença de 73,5%. Em 2023, foram 3,9 milhões de inscritos e 71,9% de presença.

— Quando ampliamos o número de alunos que participam do Enem, a expectativa é que essa média diminua. Foi positivo ampliar em quase 900 mil novos inscritos e aumentar a média geral.

Mas para Katia Smole, diretora do Instituto Reúna e ex-secretária de Educação Básica do MEC, o resultado mostra que as redes de ensino podem não estar conseguindo preparar os alunos para as áreas de maior empregabilidade e remuneração, comprometendo o potencial de desenvolvimento econômico e social do país.

— A queda no desempenho nas disciplinas que são a base de carreiras como engenharia, tecnologia, saúde e ciências naturais pode indicar desafios estruturais no ensino dessas áreas. Como a falta de professores especializados, metodologias pouco atraentes ou defasagens acumuladas na trajetória escolar — analisa.

A especialista afirmou que os resultados podem ter sido influenciados pela pandemia da Covid-19. Mas ainda não refletem possíveis consequências da implementação das mudanças no Novo Ensino Médio.

O ministro já mostrou preocupação em fazer com que a educação brasileira “conecte os estudantes ao mercado de trabalho desde cedo”, como definiu em um post no Instagram em que divulgou uma entrevista que deu à Voz do Brasil em 26 de dezembro. “A formação para o trabalho é hoje a grande demanda da juventude brasileira”, afirmou Camilo na publicação.

O total de 12 redações nota mil no ano passado foi o menor em ao menos uma década. O Sudeste e o Nordeste concentraram o maior número de notas máximas. Ceará, Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo tiveram um inscrito cada, enquanto no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, dois estudantes tiraram mil, em cada estado. No Centro-Oeste, Goiás e Distrito Federal tiveram um estudante cada.

O Nordeste teve maior concentração de alunos da rede pública com notas entre 980 e mil na redação. Foram 929 estudantes. Em segundo lugar, ficou o Sudeste, com 858 alunos. O Sul, registrou 208; Norte, 174 e Centro-Oeste, 139.

O estudo intensivo e a repetição de exercícios foram fatores apontados por duas estudantes que se destacaram no exame no ano passado: a niteroiense Ana Galucio, de 17 anos, que tirou a nota máxima em Matemática (962) e Sabrina Aymumi Shimizu, de 18 anos, moradora de Araçatuba que foi a única nota mil em redação no Estado de São Paulo.

Ana lembra que fez muitos exercícios com auxílio de professores do ensino médio. Com a ajuda deles, criou também o hábito de cronometrar a resolução correta das questões.

— Eu era muito lenta nas questões. Estipulava alguns minutos e tinha que resolver o problema naquele tempo. Também fazia mais de um simulado por semana. Isso me ajudava a ficar menos nervosa a cada exercício que fazia — conta Ana, que disse não ter “chutado” nenhum resposta, tirou 940 na redação e quer estudar Medicina na Unirio.

Querendo cursar Engenharia de Produção, Aymumi também defendeu o treinamento intensivo ao comentar o bom resultado com o tema da redação (”Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”):

— Estava familiarizada com os temas de racismo e herança cultural. Consegui fluir bem graças aos diversos simulados que tivemos no último ano — afirma.

Professora de Sabrina, Sthéfani Jorge Silva avalia que a redução no número de redações nota mil é derivado excesso de uso de telas e redução da carga de leitura entre os jovens.

— Com a internet, as informações chegam muito mastigadas. Os alunos não se aprofundam tanto nas problemáticas sociais da atualidade — diz Sthéfani.

Ela ressalvou que a simples aplicação do modelo de redação ensinado em cursinhos não é o caminho para uma nota máxima.

— O modelo é um atalho para que um aluno tenha um caminho. Não para o estudante decorar e tentar encaixar o tema da redação de qualquer jeito — explica.

O Globo

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Política

Senado aprova texto-base de projeto que limita ICMS sobre combustíveis, conta de luz, comunicações e transportes

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O Senado aprovou nesta segunda-feira (13), por 65 votos a 12, o texto-base do projeto que limita as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, um tributo estadual) incidentes sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

A proposta tem origem na Câmara, onde foi aprovada no mês passado com o objetivo de reduzir os preços, principalmente, dos combustíveis e da conta de luz em ano eleitoral. Os sucessivos reajustes nesses itens contribuem para o aumento da inflação, o que afeta negativamente a popularidade do governo.

Foram 65 votos favoráveis ao texto-base, contra 12 votos contrários e zero abstenções. Os senadores agora vão analisar sugestões de mudanças ao texto aprovado.

O projeto define que combustíveis — assim como energia, transportes coletivos, gás natural e comunicações — são bens essenciais e indispensáveis. Com isso, os governos estaduais não podem cobrar o ICMS sobre estes itens acima do teto estabelecido pelo texto, de 17%.

Opinião dos leitores

  1. Depois de 4 anos uma coisa positiva, isso se a Petrobrás(governo federal) com sua usura não engolir essa redução numa lapada só. Aí não baixará e nada.

  2. 🇧🇷O governo está fazendo o seu papel que é o de manter o país estável para o bem estar da nação, trocou vários gestores na Petrobras e não está dando certo então como os cofres estão cheios devido a arrecadações recordes do governo federal, porque não utilizá-los para o bem do povo. Vai até o fim do ano .porque o seu 1º mandato termina. Será para benefício de todos a baixa dos impostos dos combustíveis, luz, transportes, os produtos certamente irão estabilizar e todos nós seremos beneficiados, e podem ter certeza que o governo tem uma estratégia para dar continuidade para esta medida.
    Os urubus esquerdopatas antipatriotas continuarão criticando o único governo que não aumentou impostos dizendo que é um ato eleitoreiro e que ano que vem os preços irão disparar, aguardem carniças, este é o melhor governo que tivemos , vem superando seca, enchentes , pandemia e guerra.

  3. 17% é imoral ainda.
    Nem quem trabalha, comercializa esses produtos tem essa margem.
    O governo com isso, acaba sendo sócio do empresário.
    Isso é uma vergonha.
    Bastava 3% ou 4% no máximo no valor desses produdos e combustíveis.

    1. Enquanto você acha essa redução “imoral” onde estava sua indignação quando a ESQUERDA VOTAVA CONTRA a REDUÇÃO, querendo a manutenção dos 27%?
      São pessoas metidas a isentões como você que vem esperando o candidato acima do bem e do mal, o mundo ideal, o mundo perfeito e não vota, contribuindo diretamente para deixa a esquerda sendo eleita com o mínimo de votos.

  4. Melhor ir nessa, do que cair no conto do seboso de nove dedos, muitos caíram, inclusive ex petistas históricos (ver Google), cair de novo e levar a do burro.

  5. Em entrevista ao podcast Podpah na quinta-feira (3), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) errou ao afirmar que os governos do seu partido acabaram com a fome no Brasil em 2012. Pesquisa divulgada na época pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que ao menos 7,2 milhões de pessoas (3,6% da população) estavam em situação de insegurança alimentar grave, categoria em que a fome se enquadra.

    O petista também citou informação falsa ao dizer que, em seu governo, o Brasil nunca deixou de ser convidado para reuniões do G8, grupo das oito maiores economias do mundo. O país não foi chamado para cúpulas em 2004 e 2010. Tampouco procede, como afirmou o ex-presidente, que as gestões do PT não reajustaram os preços da gasolina.

    1. O Brasil saiu do mapa da fome. Isso não quer dizer, zerou, mas estasticamente é considerado fora. Assim como quando atingiu o plano emprego , nao quer dizer que não havia desemprego, mas dentro do que é estabelecido, estatisticamente, como plano. A mesma coisa quando se diz que um teste é confiável, não quer dizer que não tem erros, mas que tem uma margem segura que permite ser confiável. Se suas fonts estiverem certas, hoje temos 33 milhões de pessoas passando fome e mais de 100 milhões em insegurança alimentar. Percebeu como nos phudemos?

    1. Era o que queria saber. Senadores que são contra o povo. Já que não há perda para o governo com a redução. Visto que será compensado pelo Governo Federal.

    1. Faz o seguinte, se a gasolina baixar só até passar as eleições, tu continua pagando o mesmo preço se vc tá achando ruim.

    2. Exatamente. Aliás, já há um aumento engatilhado no preço dos combustíveis para a semana que vem …

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Polícia

Congressista dos EUA pergunta em carta a Moraes sobre censura

Foto: Andressa Anholete / STF

O presidente da subcomissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, o deputado Chris Smith (Republicanos), pediu nesta 6ª feira (21.jun.2024) que o ministro do STF Alexandre de Moraes se manifeste a respeito da suposta censura e abusos do Judiciário no Brasil.

O congressista, que é pró-Trump, presidiu uma sessão temática em maio de 2024, intitulada “Brasil: a crise da democracia, liberdade e do Estado de Direito?”. Ouviu testemunhas a respeito da atuação do Supremo no banimento de perfis e conteúdos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Agora, Smith quer ouvir o parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal a respeito de supostos excessos e abuso de poder. Dentre os pedidos, ele pede o esclarecimento a respeito de ordens judiciais e investigação de autoridades por publicações nas redes sociais.

A carta pede que Moraes responda em até 10 dias úteis. O magistrado não é obrigado a responder. O Poder360 procurou o Supremo para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da carta do político norte-americano.

O Poder360 procurou o Supremo para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da carta do político norte-americano. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Corte respondeu que nem ela e nem Moraes vão comentar.

Segundo o deputado norte-americano, os depoimentos “críveis e substanciais” dados na oitiva levantaram graves preocupações a respeito da democracia brasileira.

Eis a íntegra da tradução da carta de Chris Smith:

“Prezado Ministro Alexandre de Moraes: “Escrevo-lhe na condição de integrante do Congresso e Presidente da Subcomissão de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais.

“Em 7 de maio, presidi uma audiência pública da subcomissão intitulada ‘Brasil: Uma Crise de Democracia, Liberdade e Estado de Direito?’. O objetivo desta audiência foi discutir os alarmantes relatos de violações generalizadas dos direitos humanos cometidas por autoridades brasileiras, incluindo má conduta judicial, perseguição à oposição política, supressão da liberdade de expressão e silenciamento da mídia de oposição. Os depoimentos dados na audiência forneceram fatos e evidências críveis e substanciais sobre esses problemas, e traçaram um quadro profundamente perturbador do estado da democ.

“Devido à gravidade do assunto, e para garantir que as relações entre os Estados Unidos e o Brasil sejam conduzidas com base em informações precisas, solicito respeitosamente que o senhor forneça esclarecimentos sobre os seguintes assuntos:

1 – “Existem atualmente jornalistas ou outros indivíduos cujo conteúdo está sujeito à censura prévia por sua ordem, incluindo, mas não se limitando a medidas como bloqueio de contas em redes sociais, remoção de sites ou conteúdo online, ou quaisquer outras ações que impeçam a publicação ou livre disseminação de informações?;

2 – “O senhor tem conhecimento da emissão de quaisquer ordens que tenham resultado no fechamento ou suspensão das operações de veículos de comunicação no Brasil? Da mesma forma, o senhor tem conhecimento de quaisquer ações tomadas por uma entidade governamental que tenham dificultado jornalistas de exercer suas funções profissionais, como o congelamento de seus ativos financeiros ou a imposição de restrições às suas liberdades civis, incluindo ordens de prisão ou o cancelamento de seus passaportes?

3 – “Algum integrante do Congresso brasileiro foi processado, investigado ou sujeito a medidas preventivas, como congelamento de bens ou restrições de viagem, devido a opiniões expressas ou ações tomadas no curso do exercício de suas funções legislativas?

4 – “Em suas investigações e processos contra civis, o senhor observou o devido processo legal, incluindo fazer as devidas notificações e citações em casos de indivíduos residentes nos Estados Unidos?

5 – “O senhor tem conhecimento de alguma instância de repressão transnacional, incluindo o uso de agências dos EUA ou organizações internacionais operando nos EUA, como a Interpol, para assediar indivíduos atualmente em território dos EUA e sob jurisdição dos EUA? Em 21 de maio, a Comissão de Justiça (equivalente à CCJ da Câmara) enviou uma carta ao Diretor do FBI afirmando que o Comitê Judiciário havia encontrado evidências de que, agindo em nome do governo brasileiro, o FBI havia contatado 2 residentes dos EUA, um dos quais era um jornalista alvo de ordens de censura emitidas por tribunais brasileiros. Por favor, compartilhe qualquer informação que o senhor tenha sobre este e outros casos.

6 – “O senhor solicitou dados ou emitiu ordens contra empresas ou indivíduos que não estão sob sua jurisdição geográfica, incluindo empresas ou indivíduos sob a jurisdição dos Estados Unidos?

7 – “O senhor exigiu que empresas ou indivíduos dos EUA cumprissem ordens cuja legalidade é questionável sob a lei brasileira, incluindo ordens que ameaçam empresas ou indivíduos dos EUA com ações legais contra seus funcionários, com multas ou com bloqueio, proibição e/ou desconexão deles no Brasil?

“Solicito respeitosamente que o senhor forneça uma resposta dentro de 10 dias úteis, pois estou atualmente trabalhando em uma legislação relacionada a este assunto com outros integrantes da Câmara.

“Como o senhor deve saber, tive o prazer e o privilégio de viajar para o seu país, de conhecer e trabalhar em questões de direitos humanos e estado de direito com muitos brasileiros e brasileiros-americanos, e permaneço profundamente comprometido em fortalecer a relação entre os EUA e o Brasil.

“Atenciosamente, “CHRISTOPHER H. SMITH”

Leia abaixo a carta de Chris Smith, em inglês:

 

 

Fonte: Poder 360

 

Opinião dos leitores

  1. Acho bonito os gadriotas, digo patriotas acharem bonito um “deputadozin chinfrin” dos “states” tentando lacrar contra uma autoridade brasileira… Haja patriotismo!

  2. Ou seja!!
    Intimado a prestar esclarecimentos.
    Quem diria heim?
    Desde que o mundo é mundo que as pessoas falam que um dia da caça, outro do caçador.
    Penso que essa novela vai ser escrita em vários capítulos.
    Vamos aguardar os desdobramentos.

  3. Boa, quero ver o Xandão queimar a careca, existem autoridades em outros países de olho no que acontece no BR…

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Geral

Com estoque crítico, Hemonorte convoca doadores de sangue no RN

Divulgação

O Hemonorte está com um estoque de bolsas de sangue considerado crítico. A situação é “extremamente preocupante”, segundo o diretor-geral da unidade Rodrigo Vilar. O estoque que era para ser de 800 bolsas neste período do ano está na casa das 100 bolsas e a demanda é crescente. Há insuficiência de todos os tipos sanguíneos e o Hemonorte tenta sensibilizar a população para as doações tendo em vista o mês de janeiro, que é um período historicamente de alta demanda.

De acordo com o Hemonorte, devido a baixa no banco de sangue, a distribuição de bolsas precisou ser limitada a casos de urgência e emergência. A medida prejudica a realização de procedimentos eletivos, diz Rodrigo Vilar. “A gente manteve uma entrada mais ou menos regular de doadores, porém a demanda do Estado de um modo geral cresceu demais. A gente está vivendo um período de muito consumo de sangue sem crescimento do número de doadores. Dezembro era um período que a gente conseguia se preparar para janeiro, que é um período de baixa por causa das férias”, comenta o diretor.

Para se ter uma ideia, atualmente Natal tem uma demanda de aproximadamente 200 bolsas por dia, mas o número de doadores não ultrapassa a casa dos 130. “Todo dia a gente tem um déficit. A gente está sem saber o que mais fazer para chamar, convocar a população para que faça sua doação antes do período de festas e depois também porque o sistema de saúde não para, a necessidade da população não diminui porque as pessoas estão de férias. A gente conta com a solidariedade das pessoas para evitar esse sufoco que estamos passando”, complementa.

Maior doador de sangue do Rio Grande do Norte, Flávio Celestino completou 31 anos como doador em 2022 e convoca os potiguares a se solidarizarem com a causa. “É um gesto muito importante que todos deveriam fazer, faço isso há muitos anos e é sempre uma alegria poder contribuir com o próximo. Acho que ajudei um pouco a salvar algumas vidas, isso não tem preço. Já doei neste mês e no próximo irei doar novamente. É um hábito que tenho de doar todos os meses”, afirma Flávio Celestino.

No mês passado, o Hemonorte chegou a fazer uma campanha durante a Semana Nacional do Doador de Sangue e promoveu uma série de ações, mas os resultados ficaram abaixo do esperado. A esperança, diz Rodrigo Vilar, é que o fim de ano possa sensibilizar a população. “É importante demais mesmo que as pessoas busquem fazer esse gesto. A gente sabe o que está saindo, mas o que está entrando não está sendo suficiente, então pedimos encarecidamente pela solidariedade das pessoas”, comenta.

Os interessados em doar sangue podem se dirigir à sede do Hemonorte localizado na Avenida Alexandrino de Alencar, 1800, Tirol, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 18h ou no espaço Hemonorte no Partage Shopping, que funciona de segunda a sexta das 8h às 11h30 e das 13h às 17h.

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação.   

Requisitos para doar sangue

  • Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal);
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;
  • Apresentar documento de identificação com foto (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe), serão aceitos documentos digitais com foto;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
  • Estar alimentado. Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas;
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres;
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

 

Entenda a tabela de doação de sangue

Sangue tipo A+              

Doa para: AB+ e A+      

Recebe de: A+, A-, O+ e O-;

Sangue tipo A-

Doa para: A+, A-, AB+ e AB-     

Recebe de: A- e O-

Sangue tipo B+

Doa para: B+ e AB+      

Recebe de: B+, B-, O+ e O-

Sangue tipo B-

Doa para: B+, B-, AB+ e AB-    

Recebe de: B- e O-

Sangue tipo AB+           

Doa para: AB+

Recebe de: A+, B+, O+, AB+, A-

Tribuna do Norte

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Política

Após série de derrotas, Lula tem pela frente novas votações de interesse no Congresso; veja quais

Foto: Brenno Carvalho

Após novas derrotas, o governo ainda tem pela frente uma lista extensa de projetos que são de seu interesse no Congresso. Além de matérias vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como na Lei Geral dos Esportes, parlamentares devem ainda analisar projetos fundamentais da pauta econômica, como a regulamentação da reforma tributária.

A última sessão do Congresso expôs mais uma vez os problemas da articulação política e elevou a pressão por mudanças na estratégia de relação com os parlamentares. Aliados defendem uma postura mais incisiva e que alcance um número maior de pautas, já que há uma crítica de que os esforços hoje estão concentrados somente na agenda econômica, onde ainda tem desafios pela frente.

O principal deles será avançar antes das eleições municipais com a aprovação da regulamentação da reforma tributária do consumo, que cria o Imposto de Valor Agregado (IVA) dual, com uma parte federal, a CBS (que reúne PIS, Cofins e IPI), e outra de Estados e municípios, o IBS, que une ICMS e ISS.

O projeto de regulamentação define os regimes diferenciados, os produtos que vão fazer parte da cesta básica, com alíquota zerada, o funcionamento do “cashback” para as famílias mais pobres e os produtos que serão tributados com o “Imposto do Pecado” devido os malefícios à saúde e ao meio-ambiente, entre muitos outros tópicos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, inovou ao indicar um grupo para analisar a matéria, em vez de apenas um relator. Ainda que Lira tenha interesse na aprovação, o Executivo terá de trabalhar para evitar mudanças, para manter a alíquota de referência. No projeto entregue pelo Ministério da Fazenda, a alíquota média é de 26,5%.

Além disso, o governo terá de trabalhar para evitar manobras no orçamento de 2025. Já está no Congresso, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, que, em tese, tem de ser aprovado antes do recesso parlamentar do meio do ano. Na área econômica, também são de interesse do governo projetos que tratam do devedor contumaz, da regulamentação do mercado de carbono e de inteligência artificial.

Outras medidas:

Veto à gratuidade do despacho de bagagens: de junho de 2022, quando Bolsonaro decidiu barrar a volta do transporte gratuito da bagagem nos voos domésticos e internacionais. O benefício tinha sido incluído na votação da medida provisória (MP) que flexibiliza as regras da aviação civil, batizada de Voo Simples. O Ministério de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, quer manter o veto de Bolsonaro. O entendimento é que o despacho gratuito encarece o preço das passagens e faz com que muitos passageiros que não usam a franquia paguem por isso de forma desnecessária.

Prorrogação da cota de minorias em serviços públicos: O projeto, que é prioridade da pauta social, renova por mais 25 anos a reserva de vagas para negros em concursos públicos. Além de aumentar a cota de 20% para 30%, o texto também inclui outras minorias, como quilombolas e indígenas. A matéria já foi aprovada pelo Senado, mas ainda tem de passar pela Câmara. A principal preocupação é o prazo, já que a lei atual perde vigência no início de junho, em um ano em que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva promove uma série de concursos públicos.

Vetos à Lei Geral do Esporte: A lei que consolida a regulamentação da prática desportiva no país foi sancionada com vetos em junho. Entre os itens que serão analisados pelos parlamentares estão trechos que tratam da compensação de atletas em contratos de trabalho e da criação de uma Autoridade Nacional para Prevenção e Combate à Violência e à Discriminação no Esporte.

Política nacional do Ensino Médio: a Câmara aprovou o texto de autoria do Executivo em março deste ano e, agora, a proposta tramita no Senado. O projeto de lei que estabelece mudanças para o Novo Ensino Médio foi aprovado pelos deputados após um acordo entre o ministro Camilo Santana e o relator da matéria, o deputado Mendonça Filho (União-PE).

PEC do “quinquênio”: A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê um novo benefício salarial para juízes e promotores preocupa o governo. Estudos sobre o texto de autoria do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apontam que o impacto para os cofres públicos pode ser de R$ 1,8 bilhão, nos levantamentos mais conservadores, a até R$ 42 bilhões por ano.

Vetos à lei que recriou o programa Minha Casa Minha Vida: de julho de 2023, a lei foi sancionada com 11 vetos, entre eles o que prevê a contratação do seguro de danos estruturais pelas construtoras e o que obriga as distribuidoras a comprar o excedente de energia produzida pelos paineis solares instalados nas casas populares

Vetos à lei dos agrotóxicos: Sancionada em dezembro do ano passado, a lei estabelece prazos para a autorização dos defensivos agrícolas. O governo sofre forte pressão da bancada ruralista, uma das principais forças do parlamento, pela derrubada dos vetos. Os parlamentares já derrubaram o trecho que centralizava no Ministério da Agricultura a coordenação de reanálises de riscos e alterações nos produtos já registrados, o que excluía a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Mas há ainda outros pontos a serem apreciados, como os que tratam sobre as embalagens dos produtos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Nada que uma ‘segurada’ nas emenda$ que não resolva rapidinho…eh qd o filho chora e a mãe não escuta… hehehe

    1. Ou menino lindo..kkkkkkkk guguinha inteligente e sabido, segurada em dinheiro das emendas, piada, deu foi tudo e nem isso funcionou, e pegue reunião.

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Geral

Médica presa por sequestrar bebê disse que enxoval achado no carro dela era presente para empregada doméstica, diz polícia

Foto: Reprodução/Polícia Militar e Acervo pessoal

A médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, suspeita de sequestrar uma recém-nascida em um hospital de Uberlândia (MG), tinha um enxoval infantil dentro do próprio carro quando foi presa em Itumbiara, no sul goiano. Para a Polícia Civil, ela justificou que o enxoval era um presente para sua empregada doméstica, que está grávida.

A polícia informou que desconfia da justificativa, pois a funcionária de Cláudia está grávida de um menino e os itens encontrados no carro são para uma bebê do sexo feminino, como a que foi sequestrada. Segundo o delegado Anderson Pelágio, o enxoval e toda a dinâmica do crime demonstram que a investigada premeditou toda sua ação.

“Ela comprou vários apetrechos para a bebê, como fralda e carrinho, o que dá informações de que ela premeditava os fatos. Ela não demonstrou motivação ou se iria ficar, registrar a bebê no nome dela ou passar para uma terceira pessoa”, disse Pelágio entrevista à TV Anhanguera.

Por ligação, o advogado Vladimir Rezende disse ao g1 que Cláudia está grávida, mas a Polícia Civil diz que é mentiraO advogado também explicou que a médica faz acompanhamento psiquiátrico há alguns meses por conta da morte da mãe e toma medicamentos controlados. Para a defesa, por conta da suposta gravidez, Cláudia precisou mudar a medicação e teve um surto.

“Com a alteração dos medicamentos, ela deu um surto, um surto psicótico. Nossa defesa vai ser essa, porque realmente é o que aconteceu”, afirmou.

Segundo a polícia, a recém-nascida foi sequestrada na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, na noite de terça-feira (23); veja abaixo detalhes de como a suspeita agiu. Na manhã desta quarta (24), a médica foi presa no Jardim Morumbi, em Itumbiara, quando chegava em casa.

Cláudia foi autuada em flagrante por sequestro qualificado e, no momento em que era levada para a delegacia, justificou que está doente e faz uso de remédio controlado. Em depoimento, oficialmente, ela ficou em silêncio.

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) disse que iniciou uma apuração interna sobre as circunstâncias e colabora com a investigação da polícia. Segundo o hospital, a médica usou o crachá da universidade, que também informou estar apurando a responsabilidade e que adotará “as tratativas cabíveis”.

Gravidez da médica

Por ligação, o advogado Vladimir Rezende disse ao g1 que Cláudia está grávida. Segundo ele, a médica teve sangramentos no momento da prisão.

“Ela (a médica) está fazendo exames, porque está com sangramentos, uma suspeita de que está abortando”, afirmou o advogado Vladimir Rezende.

Cláudia passou por exame de corpo de delito no Hospital Municipal Modesto de Carvalho. O delegado Anderson Pelágio diz que, durante o procedimento, os médicos descartaram a gravidez.

O advogado não informou o sexo do bebê que Cláudia espera e nem de quantas semanas ela está grávida.

Sequestro de bebê

A bebê nasceu por volta das 20h, de cesárea. O pai, o motorista Édson Ferreira, contou como foi a ação: “Ela era muito bem articulada. Entrou, mexeu nos peitos da minha esposa para ver se tinha leite. Disse que era pediatra e que ia levar a bebê para se alimentar. Minutos depois, eu vi que a minha menina não voltava, e aí percebemos que ela tinha sido levada”, contou.

Segundo a Polícia Civil, a médica se aproveitou do fato de ser concursada no hospital, apresentou o crachá e entrou. Com isso, se apresentou como pediatra aos pais e pegou a bebê, que tinha nascido havia apenas três horas.

A mulher saiu da porta do hospital com a bebê e fugiu em um carro vermelho. Segundo a polícia, quando os pais notaram a demora da recém-nascida ser devolvida à mãe, o sistema de segurança do hospital foi acionado, mas a médica já havia fugido.

Um vídeo mostra a ação da mulher, do momento em que ela chega ao hospital com roupa de profissional de saúde e máscara cobrindo o rosto até a sua saída, carregando a criança.

Entenda ponto a ponto do vídeo que mostra a ação da mulher:

  • Câmeras registraram o momento em que a falsa pediatra chegou de carro em frente ao HC-UFU, às 23h18;
  • Ela desce do veículo usando jaleco, touca, máscara, luvas de borracha e uma mochila amarela nas costas;
  • A mulher caminha até o hospital e retorna 37 minutos depois;
  • Às 23h55, a falsa pediatra passa novamente pelas câmeras de monitoramento, já carregando a recém-nascida em um dos braços;
  • Ela entra pelo banco do motorista e sai logo em seguida.

Prisão

De acordo com o delegado Anderson Pelágio, assim que a Polícia Civil de Goiás recebeu as informações preliminares sobre o sequestro, identificou o endereço da suspeita e foi até a casa dela. Lá, encontraram a empregada doméstica cuidando da recém-nascida, já que a médica não estava em casa.

Parte da equipe resgatou a bebê e a levou imediatamente ao hospital. “Nós já conseguimos recuperar essa vítima, levá-la até o hospital aqui da cidade para ver as condições físicas dela, até porque há poucas horas ela havia nascido”, explicou o delegado.

Fonte: g1

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Geral

Apenas em maio, Barroso foi a seis eventos patrocinados por empresas com processo no STF

Foto: Antonio Augusto/STF

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, participou em maio de seis eventos organizados ou financiados por empresários com interesses em processos que correm no tribunal.

A intensificação das agendas do ministro levanta discussões sobre a proximidade de juízes com partes envolvidas em ações no Supremo. A corte tem defendido a presença dos ministros nos eventos sob o argumento de manter diálogo com todos.

Em nota, o STF afirmou que Barroso conversa com advogados, indígenas, empresários rurais, jornalistas e outros segmentos da sociedade. No início desta semana, ele visitou o Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga (AL).

“Em eventos de empresários, por exemplo, há inclusive interesses contrários por parte deles em relação ao STF. Dialogar com as partes de um processo não gera conflito de interesses.”

As discussões sobre a participação de ministros do Supremo em eventos privados de empresas com interesses em processos na corte foram retomadas após Barroso participar de um jantar beneficente promovido pelo CEO do iFood, Diego Barreto, em maio.

Um dos vídeos gravados no evento mostra o presidente do STF cantando ao microfone ao lado do empresário, em um dos momentos de descontração do jantar.

O evento foi realizado para a arrecadação de recursos da iniciativa privada em apoio a programa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de ação afirmativa para ingresso na magistratura, por meio do qual são oferecidas bolsas a candidatos negros e indígenas.

“No Brasil existem duas grandes categorias de pessoas: as que fazem alguma coisa e as que têm razão. Portanto, a gente tem que continuar fazendo e deixar parado as que têm razão e precisam vender jornal falando bobagem”, disse o ministro dias depois.

Diego Barreto, CEO do iFood, afirmou, em nota enviada à Folha, “que o jantar beneficente foi uma iniciativa pessoal”, organizada a pedido dos líderes do Programa de Ação Afirmativa para Ingresso na Magistratura, criado em 2024 pelo CNJ e a Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, e conta com o apoio de diversas empresas.

“Contou com a presença de 60 participantes, entre eles magistrados, jornalistas, educadores, ONGs, estudantes, juristas, startups e outros apoiadores do Programa”, disse no comunicado.

O iFood é um dos interessados em uma ação no Supremo que discute a existência de vínculo empregatício entre motoristas de aplicativo e a empresa administradora da plataforma digital.

O caso chegou ao STF como um recurso apresentado pela Uber. A empresa diz existir mais de 10 mil processos sobre o tema na Justiça do Trabalho. O processo no Supremo teria o objetivo de definir uma interpretação que sirva para todos os casos.

A agenda de eventos privados de Barroso ficou cheia em maio por causa de uma viagem a Nova York, nos Estados Unidos, na semana do dia 12. Foram três compromissos em território norte-americano.

Um deles, organizado pelo jornal Valor Econômico, tinha como patrocinador master a JBS, dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Os dois não estavam entre os palestrantes, mas Wesley acompanhou o evento. A empresa, maior processadora de carne do mundo, tem ações no Supremo sobre temas diversos.

Boa parte dos processos surgiu como desdobramento da Operação Lava Jato. A empresa foi implicada na investigação da força-tarefa de Curitiba.

Em um dos processos no Supremo, o ministro Dias Toffoli suspendeu o pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões aplicada à empresa no acordo de leniência firmado com a CGU (Controladoria-Geral da União) no âmbito da Operação Greenfield, de 2017.

Em outro caso, Toffoli decidiu trancar na última semana um inquérito da Polícia Federal que investigava suposto crime de difamação cometido pelo diretor jurídico da empresa contra o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Procurada, a JBS não se manifestou.

O presidente do Supremo ainda participou de eventos organizados pela Lide Brasil e pela revista Veja, em Nova York. Os dois eventos somam 30 patrocinadores e apoiadores, entre eles dois também com processos no Supremo.

A lista de eventos com participação de Barroso em maio contou com duas palestras feitas pelo ministro, em Brasília, sobre inteligência artificial. O presidente do Supremo lançou um livro no último ano sobre o tema.

Uma das cerimônias ocorreu no início do mês na casa de Fernando Cavalcanti, então vice-presidente da Nelson Wilians Advogados. O advogado foi afastado do cargo no fim do mês passado. O grupo representa dezenas de clientes no Supremo.

O evento contou com a participação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e políticos e empresários envolvidos na política local de Brasília, sem grande relevância nacional.

O escritório de advocacia é parte ativa em ao menos sete processos em tramitação no STF —todos são reclamações que pedem a derrubada de decisões da Justiça do Trabalho reconhecendo vínculo empregatício entre ex-funcionários e a empresa.

A Nelson Wilians Advogados recebeu decisões favoráveis em todos os processos. Em nota, o escritório disse que não organizou nem financiou o evento, promovido pela revista GPS na casa do empresário. “Iniciativas de natureza pessoal não se confundem com a atuação institucional do escritório”, disse.

O último evento foi organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), na segunda-feira (26). A confederação está envolvida em cerca de 30 processos no Supremo.

Em uma das ações, ela pede que o tribunal derrube uma regra que estabelece cobrança adicional a empresas para financiar aposentadoria especial de empregados que tiveram a saúde prejudicada pelo ruído excessivo no ambiente de trabalho.

A CNI disse, em nota, que diversas autoridades foram chamadas para a cerimônia em comemoração ao Dia da Indústria.

“O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, foi convidado a dar uma palestra sobre Inteligência Artificial, tema de interesse da sociedade em geral, no evento do Dia da Indústria, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília, no último dia 26”, afirmou.

Folhapress

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Geral

Fraudes no INSS: entidades pagaram R$ 110 mi a empresas de consignado

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

Planilhas e quebras de sigilo obtidas em investigações sobre o esquema bilionário de fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que entidades envolvidas na farra dos descontos indevidos pagaram pelo menos R$ 110 milhões a empresários e empresas que operam crédito consignado.

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023 que embasaram a megaoperação da Polícia Federal (PF) deflagrada em abril deste ano, contra desvios que podem chegar a R$ 6,3 bilhões. O caso culminou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Segundo as investigações, associações suspeitas de fraudarem filiações de aposentados para cobrar mensalidade firmaram contratos com empresas de crédito consignado para captação de novos filiados. Na prática, elas ganhavam um percentual dos descontos de cada associado que conseguiam filiar ao vender os empréstimos, que também são deduzidos da folha de pagamento.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), feita em 2023, identificou centenas de milhares de descontos associativos realizados próximos de datas de empréstimos consignados. Até agora, 12 entre mais de 30 entidades envolvidas são alvo de processo. Segundo o INSS, 9 milhões de aposentados sofreram descontos e serão notificados nesta semana para o início do plano de ressarcimento.

Elo com os consignados

  • A associação que mantém maior vínculo com esses empresários é a Amar Brasil Clube de Benefícios, que tem como presidente o aposentado Américo Monte. A entidade faturou R$ 324 milhões desde que firmou seu acordo junto ao INSS, em 2022, com o diretor Edson Yamada, na gestão do ex-ministro da Previdência José Carlos de Oliveira (PSD).
  • Monte é pai de Américo Monte Jr, que é dono de empresas de crédito consignado. Como mostrou o Metrópoles, o filho já foi investigado após um funcionário dizer que dentro de suas empresas havia um esquema de falsificação de assinaturas de aposentados para empréstimos fraudulentos.
  • O funcionário em questão prometeu mostrar um vídeo de Micaela Magalhães, neta de Monte e filha de Monte Jr, ensinando como fraudar assinaturas. O inquérito foi arquivado após o funcionário dizer que perdeu o celular onde havia salvo o vídeo.
  • A Amar Brasil repassou R$ 25 milhões somente para uma empresa de Américo Monte Jr. Outras empresas receberam R$ 54 milhões da entidade.
  • Outras entidades ligadas ao crédito consignado são a Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), a União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Unsbras ou Unabrasil) e o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), que faturaram R$ 580 milhões com descontos desde que firmaram seus acordos com o INSS, nos governos Lula e Bolsonaro.
  • Todas elas são ligadas ao empresário Maurício Camisotti, do ramo de seguros e planos de saúde, e têm em seus quadros parentes e funcionários — o que inclui uma faxineira — de empresas dele.
  • A quebra de sigilo da PF na Operação Sem Desconto, de abril, revelou que pelo menos R$ 15 milhões foram pagos por entidades ligadas a Camisotti a empresas de Hebert Menocchi, um ex-gerente do BMG.

Como era o acordo com as entidades

O Metrópoles obteve duas planilhas da Cebap e da Ambec que mostram pagamentos a essas empresas de R$ 6,8 milhões e R$ 8 milhões, respectivamente. Contratos com esses grupos mostram como era o acordo com as entidades.

A cláusula de remuneração previa que 100% da primeira mensalidade descontada do aposentado pelas entidades e 21% de todas as demais contribuições mensais seriam repassados às empresas que operam os consignados e faziam as filiações dos segurados.

O TCU já havia descoberto uma relação entre os empréstimos consignados e aumento dos descontos de mensalidade associativa, que triplicaram entre 2023 e 2024, chegando a R$ 2 bilhões no período de um ano.

Segundo o levantamento do órgão, 482 mil filiações foram feitas em datas próximas do início de contratos de empréstimos consignados dos aposentados, somente entre janeiro e outubro de 2023.

“Considerando o universo de 2.024.953 novas associações no período, foram 23,84% das novas associações com datas próximas a empréstimo, correspondente a R$ 74.646.229,06 em descontos associativos de janeiro a outubro de 2023”, afirmou a auditoria.

O órgão, no entanto, considerou à época que “a despeito dessas proximidades de datas, não se pode afirmar que são vendas casadas não permitidas legalmente”.

Na última quinta-feira (8/5), o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, determinou o bloqueio de novos descontos de empréstimo consignado para todos os segurados, independentemente da data de concessão do benefício.

A decisão segue uma série de determinações feitas pelo TCU, em junho de 2024, que visava coibir fraudes relacionadas a descontos indevidos contra aposentados e pensionistas.

Na última semana, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) divulgou um vídeo no qual afirma que o escândalo do INSS envolve empréstimos consignados e chega a R$ 90 bilhões.

A CGU rebateu a afirmação do parlamentar, dizendo que o valor se refere ao volume total de empréstimo consignado realizado em um ano e que a investigação conjunta com a PF mira R$ 6,3 bilhões de descontos de mensalidade associativa sobre aposentadorias.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Estamos lascados, todo mundo agora que fez consignado, mesmos os autorizados vão falar que sofreu golpe e vai receber o NOSSO dinheiro de volta. Pq nós é que vamos pagar a conta.

  2. Se o judiciário fosse uma instituição séria, suspenderia imediatamente todos os tipos de descontos nos benefícios pagos pelo INSS.

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