Segurança

Segurança é prioridade, mas ninguém sabe como pagar e pouco chega ao Norte e ao Nordeste, que têm os maiores índices de violência

POR FOLHAPRESS

Os índices de violência do Brasil bateram níveis recordes, com 64 mil assassinatos em 2017, e a segurança pública se tornou tema central no debate eleitoral.

Em comum, em seus programas de governo os candidatos à Presidência da República puxam para o plano federal o problema da segurança e prometem aumentar investimentos. Não detalham, contudo, de onde sairão os recursos em um momento de restrição orçamentária.

segurança é a principal bandeira do líder das pesquisas Jair Bolsonaro (PSL), que propõe rever o Estatuto do Desarmamento ereduzir a maioridade penal para 16 anos —essas discussões competem ao Legislativo, o presidente pode apenas propor projeto de lei e articular sua aprovação. O plano é considerado raso por pesquisadores em segurança ouvidos pela Folha.

Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes, por sua vez, trazem planos de governo com estratégias mais detalhadas. Propõem a criação de protocolos nacionais para registro de dados de segurança e a criação de uma polícia para as fronteiras, respectivamente.

Geraldo Alckmin (PSDB) e João Amôedo (Novo) estipulam metas para a redução de homicídios, enquanto Fernando Haddad (PT) fala da atuação da Polícia Federal no combate ao crime organizado.

Os candidatos são uníssonos ao dizer que é preciso aumentar as ações de inteligência das forças de segurança, mesmo que o grosso desse trabalho seja de responsabilidade dos estados, como a gestão da Polícia Militar (que faz o policiamento ostensivo nas cidades) e da Polícia Civil (investigação de crimes).

Bolsonaro quer investir em equipamentos e inteligência; Haddad, construir um sistema de inteligência fundado em alta tecnologia. Ciro defende uma Escola Nacional de Segurança Pública; Marina também propõe implantar um sistema de inteligência e fala em aumentar o efetivo militar; Alckmin quer criar uma Guarda Nacional.

Em comum: não explicam de onde sairão os recursos. A Folhaquestionou as campanhas, mas os três candidatos mais bem classificados nas pesquisas não responderam.

Alckmin, em quarto lugar, respondeu que não virão recursos suplementares em 2019 e que é preciso gerir melhor as verbas disponíveis.

Marina, em quinto, disse apostar na retomada do crescimento do país e na priorização dos investimentos em segurança, educação e saúde.

Apesar da discussão sobre a esfera de responsabilidade, o governo federal tem ampliado a participação na área ao colocar as Forças Armadas para atuar na segurança pública em casos de crise, ao usar a Garantia da Lei e da Ordem (como no Rio Grande do Norte no começo do ano, durante greve da PM), com a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro e com a criação do SUSP (Sistema Único da Segurança Pública), subordinado ao novo Ministério da Segurança Pública.

Segundo dados do Fórum Brasileiro da Segurança Pública, o país gastou R$ 84,8 bilhões com segurança em 2017.

Os estados foram responsáveis por quase toda essa despesa (R$ 69,8 bilhões), enquanto a União gastou R$ 9,8 bilhões —os municípios financiaram o restante, cerca de R$ 5,2 bilhões.

Segundo Samira Bueno, mais de 80% dos gastos do governo federal em segurança vão para custeio das polícias federais e pagamento de diárias de agentes da Força Nacional. 

O pouco que sobra pode ser repassado aos estados por meio de convênios. Samira ressalta que, em geral, os recursos não chegam ao Norte e ao Nordeste, que têm os maiores índices de violência. 

“Historicamente o Sudeste tem ficado com a maior parte dos recursos, não obstante já serem os estados com maiores orçamentos. São estados que gastam bastante, mas não são os que mais precisam”, diz.

Para o economista Daniel Cerqueira, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e coordenador do Atlas da Violência, é com o financiamento que o governo federal pode induzir a adoção de políticas de segurança nos estados, condicionando a liberação de verbas.

Além disso, diz ele, é importante que o governo capacite os estados e crie protocolos nacionais de atuação. “Cada estado fala uma linguagem, classifica as coisas de forma diferente. Tem que haver um sistema padrão.”

“O governo federal não conseguiu divulgar nenhum dado de segurança até hoje. Nos Estados Unidos, em 1929, eles criaram o UCR [sistema de dados de criminalidade do FBI]. Não tinha nem Excel na época! Estamos 89 anos atrasados”, diz Cerqueira, que destaca o SUSP como uma boa iniciativa, “que ainda é um protocolo de intenções, mas se o próximo presidente seguir, estará na direção correta.”

O SUSP é uma iniciativa do governo Temer que entrou em vigor em julho deste ano. O programa prevê a criação de sistemas de compartilhamento de informação entre as forças policiais e entre os estados, além da criação de um banco de dados nacional sobre criminalidade, nos mesmos moldes do Datasus (do Sistema Único de Saúde).

A lei que criou o SUSP, já aprovada no Congresso, restringe o acesso a recursos e parcerias com a União a estados que não enviarem informações sobre criminalidade, assim como aos que não elaborarem em dois anos um plano de segurança pública.

O professor da UFPE (Universidade federal de Pernambuco) José Luiz Ratton, criador do programa pernambucano de redução de homicídios que em seus primeiros anos fez despencar o número de mortes no estado, destaca que as propostas dos presidenciáveis têm focado o plano policial. “Isso é reflexo do debate da construção de políticas públicas”, afirma.

Ele diz que é preciso que o governo federal atue permanentemente em conjunto com os estados e elogia um ponto em comum nos programas de Haddad, Alckmin, Marina e Ciro, o controle na circulação de armas, que, diz ele, “são os vetores da violência no país”.

“A solução para segurança pública no Brasil não pode ser episódica, não pode ser reativa a casos de maior visibilidade de um crime ou outro. Deve colocar em prática soluções estruturais. Este país não pode matar 64 mil pessoas por ano, jovens, pobres, homens e mulheres negras, e ficar indiferente para isso.”

Opinião dos leitores

  1. Todos os políticos que pleiteiam cargos públicos têm como plataforma de campanha dizer que vai lutar pela Saúde Educação e Segurança e quando se elegem acho que tem uma crise de memória e nada fazem.
    A população brasileira tá cansada de ouvir essas promessas mentirosas e ridículas desses políticos que querem se perpetuar em seus mandatos com salários altíssimos, fora as mordomias e ainda tiram dinheiro da população que poderia ser revertido em ações de saúde educação e segurança.
    O que se verifica nos programas e debates é o sujo falando do mal lavado. Todos querem chegar ao poder massacrando os seus adversários.
    Isto é a politica brasileira – vergonha – estamos sem opção.

  2. Quando me lembro a devolução de dinheiro ao governo federal na gestão de Rosalba, que até um General teve como Secretário de Segurança, fico mais convicto que a falta de recursos não foi assim o pior dos motivos dos baixos investimentos em sistemas de segurança melhor. Pois basta vermos a quantidade enorme de policiais cedidos pra tudo quanto é órgão que possuem orçamentos próprios superavitários e podem contratar seguranças privados; principalmente para Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e Ministério Público; percebo que o maior problema é de Gestão responsável que reduza os desvios de finalidade, a corrupção e a incompetência por uso indevido e falta de planejamento estratégico para investir em inteligência dentro e fora da tropa, afim de expurgar os tumores que existem dentro das corporações (bandidos fardados) e valorizar os bons policiais, com suas promoções, gratificações, condições de trabalho, modernização dos seus equipamentos, etc.
    Como se vê, não é preciso ser especialista pra vermos os furos em nossas políticas públicas voltadas para as áreas sociais. Basta boa vontade e coragem.

  3. Haddad ganhando, ja sabemos que esse numero vai subir.. afinal, durante 13 anos a uniao pouco investiu em segurança. E como os Estados dependem da Uniao, refletiu no processo. Ou seja, melhor colocar grades nos comercios pra sobreviver.. e reduzir custos. vai ter muito desemprego.

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Geral

VÍDEO: Lula diz que temor de corrupção faz países ricos evitarem enviar recursos para governos de países pobres

O presidente Lula disse nesta quarta-feira (17) que temor de corrupção faz países ricos evitarem enviar recursos para governos de países pobres. “Dão dinheiro para uma ONG deles”, completou.

“Foi assim no Haiti. 15 anos atrás, o único país que deu dinheiro vivo para o Haiti foi o Brasil, que deu US$ 40 milhões. Ninguém deu”, afirmou o presidente.

Metrópoles

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Trânsito

Desvio na BR-304 não ficará pronto dentro de prazo dito por ministro, admite Dnit; confira rotas alternativas

Foto: Roberta Trindade/TV Tropical

O desvio que está sendo construído na BR-304, no trecho onde a ponte foi destruída em Lajes, não ficará pronto dentro do prazo. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Norte (Dnit-RN) admitiu a dificuldade em concluir o serviço nos 15 dias anunciados pelo ministro dos Transportes, Renan Filho.

Em nota, o departamento afirmou que “em virtude da forte incidência de chuvas na região, o cronograma pode ser revisto. O DNIT ressalta que está demandando todos os esforços para que a construção do desvio seja concluída até o final deste mês”. Nessa terça-feira (16), o trecho voltou a ficar completamente alagado.

A ponte caiu no dia 31 de março, Domingo de Páscoa, após as fortes chuvas que caíram na região. Na ocasião, cerca de 100 veículos e algumas pessoas ficaram ilhadas em trechos da BR-304. No dia 03 de abril, o ministro decretou emergência para agilizar a construção do desvio e da nova ponte no trecho.

“Em 15 dias estaremos com o desvio pronto. E vou ao Rio Grande do Norte junto com a governadora para inaugurá-lo. Nos próximos 15 dias, quero me preparar aqui para já anunciar o cronograma da construção emergencial da ponte, para que possamos restabelecer a BR-304 o mais rápido possível, de uma vez por todas, para o povo potiguar”, disse o ministro na oportunidade.

Confira as rotas alternativas

Sentido Natal – Mossoró: 

Rota 1:  BR 226, seguindo por Currais Novos e Jucurutu (via Florânia), até Triunfo Potiguar, pela RN 233 até Açu, acessando A BR 304, em direção a Mossoró.
Rota 2:  BR 406 até Macau, seguindo pela RN118, acessando a BR 304 (acesso no km 118, após o ponto de interdição), em direção a Mossoró.

Mossoró – Natal: 

Rota 3: Saindo pela BR 304 e acessando a RN 118 (acesso a Ipanguaçu), no sentido Macau- pegar BR 406, em direção a Natal.
Rota 4: BR 304, acessar RN 118 (acesso a São Rafael), via Jucurutu para BR 226
Rota 5: Sair pela BR 110 e pegar a BR 226 até Natal
Rota 6: Acesso ao município de Santana do Matos está ocorrendo através da BR 226, via Jucurutu. Trecho da RN 041, entre a cidade de Santana do Matos e a BR 304 está interditado desde a noite de ontem, quando a cheia de um rio danificou a cabeceira de uma ponte e abriu uma cratera da via estadual.

Portal da Tropical

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Geral

Laudo do IML não conclui se idoso chegou morto ao banco no Rio de Janeiro

Foto: reprodução

Um laudo de necrópsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) não conseguiu concluir se o idoso Paulo Roberto Braga morreu antes ou depois de chegar ao banco, onde foi levado em uma cadeira de rodas para sacar um empréstimo por Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, parente do idoso. O caso aconteceu na tarde da última terça-feira (16) em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

O perito do Instituto Médico Legal (IML) responsável pelo laudo diz que o óbito pode ter ocorrido entre 11h30 e 14h30, mas que não tem elementos seguros para dizer, do ponto de vista técnico e científico, que a vítima morreu no trajeto para a agência.

A morte, ainda segundo o laudo necroscópico, pode ter sido causada por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca, compatível com a de um homem previamente doente.

Os peritos aguardam ainda resultados de exames toxicológicos para determinar se houve algum fator externo envolvido na morte, como alguma droga ingerida por Paulo, indicando um homicídio.

O caso

Os vídeos viralizaram nas redes sociais e mostram a mulher carregando o suposto tio em uma cadeira de rodas, tentando fazer ele assinar um documento para concretizar o saque de um empréstimo no valor de R$ 17 mil.

Nas imagens, é possível notar que os funcionários da agência bancária, ao desconfiarem do estado de saúde do homem, passaram a filmar a cena.

No vídeo, a mulher simula uma conversa com o tio e tenta, sem sucesso, fazer o parente segurar a caneta. “Se o senhor não assinar, não tem como, eu não posso assinar pelo senhor.”

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fábio Luiz da Silva Souza, foi constatado que quando chegou na agência bancária para fazer o empréstimo, o homem já estava morto há algum tempo.

CNN Brasil

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Educação

UFRN vai discutir calendário acadêmico somente após fim da greve

Foto: Igor Jácome/G1

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) confirmou, em publicação no seu site nesta quarta-feira (17), que mudanças no calendário acadêmico só vão ocorrer após o fim da greve. Ainda segundo a Instituição, os Colegiados Superiores decidirão sobre o tema.

O comunicado de deflagração de greve foi recebido pelo reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, também nesta quarta-feira. A categoria decidiu pela suspensão por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (22)

A decisão veio após um plebiscito, onde 1.820 dos 2.396 docentes aptos a votar participaram. A consulta registrou 62,52% de votos favoráveis e 34,06% de votos contrários à deflagração da greve, com 3,40% de abstenções. O resultado foi formalizado em ata pela comissão responsável pelo plebiscito, na terça-feira (16).

Daniel Diniz contou que, no dia 12 de abril, em audiência com a Presidência da República, as instituições de ensino reforçaram a necessidade urgente de recomposição do orçamento, de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos e docentes, bem como de investimentos na assistência estudantil.

Além da recomposição do orçamento das Ifes, o Adurn-Sindicato tem como reivindicação o reajuste salarial linear para os servidores públicos federais de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025, e 7,06% em 2026, totalizando 22,8%, e a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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Geral

PEC DO QUINQUÊNIO: Comissão do Senado aprova PEC que turbina salário de juízes e promotores

Senadores reunidos na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) a proposta que turbina os salários de juízes, membros do Ministério Público, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos, a chamada PEC do Quinquênio.

A proposta foi aprovada por 18 votos a 7 e depende, agora, de avaliação pelo plenário do Senado. Segundo o relator e o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o Senado deve promover uma sessão de debates antes da votação.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos —na advocacia, por exemplo— poderá ser usada na contagem de tempo.

A PEC original tratava apenas de juízes e membros do Ministério Público, mas o relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), incluiu defensores públicos; membros da advocacia da União, dos estados e do Distrito Federal; e delegados da Polícia Federal.

Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o Ministério da Fazenda estima impacto de R$ 42 bilhões por ano nas contas públicas, a depender do número de carreiras incluídas.

Apresentada em 2013, a PEC do Quinquênio voltou a ser alvo de articulação em 2022 durante a presidência de Luiz Fux no STF (Supremo Tribunal Federal) e recebeu apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é advogado.

Pacheco tentou aprovar o penduricalho no fim do governo Jair Bolsonaro (PL), mas adiou a votação a pedido da equipe de Lula (PT), então recém-eleito. A PEC acabou arquivada ao final da legislatura, mas foi reapresentada pelo senador em março do ano passado.

A volta da PEC à agenda do Senado desagradou ao governo. Mesmo que a aprovação seja acompanhada do avanço do projeto que combate os supersalários, o gasto adicional com o penduricalho mais que anulará qualquer economia obtida.

Wagner expôs uma série de argumentos contrários à PEC na sessão desta quarta e disse que o quinquênio pode provocar um “tsunami” nas contas da União e dos estados.

O senador afirmou que a política é ruim do ponto de vista de gestão por conceder aumento automaticamente, sem considerar o desempenho do servidor público, e destacou que o alegado orçamento próprio do Judiciário é apenas um orçamento previsto —com recursos públicos.

“É um tsunami do ponto de vista das chamadas carreiras jurídicas. Isso vai ter impacto nos 26 estados e no Distrito Federal. Não me digam que isso está restrito, não ficará restrito. A pressão sobre os governadores será imensa, até porque há similitude entre o salário de desembargadores e ministros do Supremo.”

Um estudo do CLP (Centro de Liderança Pública) afirma que o pagamento do quinquênio apenas para juízes e membros do Ministério Público terá impacto de R$ 1,8 bilhão por ano nas contas públicas. Cerca de 32 mil pessoas seriam beneficiadas.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto chegará a R$ 9,9 bilhões anuais no caixa da União —sem considerar o gasto nos estados.

Questionado pela Folha na semana passada, Pacheco disse que a PEC do Quinquênio “constitui valorização, por tempo de magistratura, em razão das especificidades da carreira”, e reforçou que a proposta está “está associada” ao projeto de lei que tenta barrar os supersalários.

O projeto que limita os supersalários está parado na CCJ do Senado desde 2021, sem perspectiva de votação. Gomes, que também é relator do texto, disse à reportagem que é “politicamente difícil” avançar com os dois temas ao mesmo tempo.

“É isso que a gente está tentando [votar os dois]. Agora, não vai acontecer [como a dupla] Chitãozinho & Xororó [votação em conjunto]. A tramitação é diferente, mas o objetivo é que uma economia institucional seja feita”, afirmou o senador.

Folhapress

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Política

Moraes visita o Senado e diz que “éramos felizes” quando não havia redes sociais

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em meio ao embate entre o empresário Elon Musk e Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes disse que o mundo era mais feliz antes das redes sociais.

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Política

PARNAMIRIM: O desconforto é grande com a candidatura de SALATIEL

Imagem: reprodução/TV Tropical

O clima não é bom para o candidato da situação em Parnamirim

Passados quase 30 dias da oficialização e do lançamento da pré-candidatura do comunicador Salatiel de Souza a prefeito de Parnamirim, com o apoio do grupo do prefeito Rosano Taveira, ninguém pega em lanças para defender seu projeto político, apesar de pontuar bem em algumas pesquisas.

A falta de sintonia entre secretários, cargos comissionados e parceiros políticos para começar a caminhada em favor do candidato de Taveira é quase total.

A rejeição ao nome do comunicador não é alta e visivel somente nas redes sociais mas também nos círculos internos do governismo parnamirinense.

O prefeito Rosano Taveira e seu grupo vão ter muito trabalho para unir as pessoas que atuam na gestão municipal em torno do projeto.

E não estou falando de Katia Pires e Wolney França, que mantém suas respectivas pré-candidaturas pelo União Brasil e PSDB.

Estou falando das pessoas que fazem parte da administração do Município mesmo e do círculo mais próximo ao prefeito.

O nome do prefeito é Rosano Taveira, mais nesse momento no caso de Salatiel, podemos chamá-lo de Hércules…. Tamanho é o desafio.

Se puxarmos para os grupos ideológicos, mesmo no PL de Bolsonaro e Rogério Marinho, tem direitista com os olhos revirados vendo Salatiel sendo o representante do segmento.

BG

Opinião dos leitores

  1. Não consigo aceitar essa atitude do Senador Rogério Marinho depôs de uma eleição fácil defendendo a direita e a seriedade na política ele vem querendo empurrar de goela abaixo dos eleitores do Bolsonarismo um forasteiro fixa suja. Eu sou patriota, fora fixa suja

  2. A ARROGÂNCIA de Taveira, é o que mais IMPACTA (contribui) para o seu alto grau de rejeição. Quem Taveira indicar como candidato, será derrotado. Fora Taveira.

  3. Entregar Parnamirim nas mãos de Salatiel é a pior obra de Taveira, uma mistura de Micarla com Maluf.

    1. Salatiel é o melhor nome, para a oposição pois com ele a Professora NILDA vence por W.O

    2. Estamos em apuros e dos grandes.

      Fátima consegue ser pior que todas as gestões anteriores e até pior que ela mesma, e é professora.

      Vem a Nilda que não tem perfil e muito menos qualidade para governar, além de ser PT que é um lixo.

      Imagina Fátima no Estado, Nathalia Lixo Malvides em Natala e a Nilda em Parnamirim, pronto fechou o caixão e o povo que vai sofrer ainda mais.

      Além de um bandido na República. Estamos bem prontos para esquecer de tudo que poderia melhorar para a população.

      Salatiel pode até não ser o cara ideal, mas não é PT, isto importa e muito. Mas há quem defenda o caos que já existe no país, no estado e ainda apoiam criar o caos elegendo PT em Natal e Parnamirim

  4. Eu voto em Parnamirim, sou de direita e não voto em Salatiel. Ele já se envolveu em corrupção e a gente não pode se enganar.
    Ele já mostrou o que é quando foi vereador em Natal.

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Política

Senado aprova isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (17), em votação simbólica, o projeto de lei sobre a isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos.

Opinião dos leitores

    1. Satãnaro, ainda em 2018, prometeu isenção até 5 salários mínimos.
      Reajustou: 0 (zero)

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Geral

PGR se manifesta a favor de queixa-crime apresentada ao STF por Jair Bolsonaro contra André Janones

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados/Edesio Ferreira/EM/D.A Press

A PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma manifestação na qual defende que a Corte receba a queixa-crime apresentada por Jair Bolsonaro contra o deputado André Janones por calúnia e injúria após o parlamentar fazer postagens chamando o ex-presidente de “assassino”, “ladrãozinho de joias”, “miliciano ladrão de joias”, dentre outros.

Agora, o caso será analisado pela relatora, ministra Cármen Lúcia. “No caso, ao tratar o querelante por miliciano, ladrão de joias, bandido fujão e assassino e mencionar que ele matou milhares de pessoas na pandemia, o querelado, em tese, ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da imunidade parlamentar material. O contexto parece completamente estranho ao debate político, associando-se apenas à intenção de atingir a pessoa contra quem as palavras foram dirigidas. Nessas condições, o Ministério Público Federal opina pelo recebimento da queixa-crime”, disse a PGR.

Segundo a PGR, a liberdade de expressão é direito individual de índole constitucional, porém, sem caráter absoluto. Não se presta, por isso, como escudo para a prática de infrações penais.

“Assim também a imunidade parlamentar material, cujo objetivo é assegurar o livre exercício da função pública, permitindo aos congressistas, no desempenho de seus cargos ou em razão deles, exprimir de forma livre quaisquer opiniões, palavras e votos”, disse.

Em janeiro desde ano, a ministra Cármen Lúcia solicitou saber o interesse dos dois na realização da audiência de conciliação em ação e não houve desejo das partes. O R7 entrou em contato com o parlamentar e aguarda manifestação.

R7

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Geral

Sicredi cresce 23,2% em ativos

Instituição financeira cooperativa manteve o ritmo de evolução e alcançou R$ 324,5 bilhões em ativos totais em 2023

Com atualmente 2,7 mil agências distribuídas em mais de duas mil cidades em todo o país, o Sicredi seguiu em ritmo forte de expansão em 2023, apresentando crescimento significativo em todos os seus principais indicadores. Os ativos da instituição financeira cooperativa totalizaram R$ 324,5 bilhões, aumento de 23,2%. Nos últimos cinco anos, o acrescimento dos ativos anos supera os 240%.

Indicador importante para mensurar o fomento do Sicredi às atividades econômicas de seus associados, a carteira de crédito registrou ampliação de 21,4%, chegando a R$ 210,5 bilhões. O recorte da carteira agro, que considera as operações de crédito rural, direcionados e a CPR, foi de R$ 83,4 bilhões, 24,2% a mais que em 2022. O saldo mantém o Sicredi como a segunda maior instituição financeira em concessão de crédito para o público agro no Brasil.

Já a carteira de crédito para pessoas jurídicas fechou 2023 em R$ 66,3 bilhões, aumento de 20,2% no ano. O saldo da carteira para pessoas físicas atingiu saldo de R$ 60,7 bilhões, alta de 19,1%. No ano passado, vale ressaltar, o Sicredi foi o principal agente repassador de recursos do BNDES, no total de R$ 8,2 bilhões (52% a mais que em 2022) em operações para pessoas físicas e jurídicas de micro, pequeno e médio porte, além de produtores rurais. A taxa de inadimplência registrada em dezembro foi de 2%, inferior à média verificada no Sistema Financeiro Nacional no mesmo período que foi de 3,2%.

“Temos o interesse genuíno em apoiar o crescimento dos nossos associados, sejam eles pessoas físicas, pessoas jurídicas ou produtores rurais. Por isso, somos movidos por conhecer de perto e valorizar as histórias de cada um e das regiões onde atuamos, criando relacionamentos que promovem o desenvolvimento e geram prosperidade”, explica César Bochi, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi.

O resultado líquido do Sicredi em 2023 foi de R$ 6,9 bilhões, um aumento de 16,5% em relação a 2022. A partir deste resultado, R$ 2,9 bilhões serão distribuídos diretamente aos associados em conta corrente, poupança ou capital social. Esta distribuição é um dos diferenciais do modelo de negócio do Sicredi, feita por cada uma das 104 cooperativas de crédito da instituição.

Além do valor distribuído diretamente aos associados a partir do resultado líquido, R$ 344,7 milhões foram direcionados para o Fundo Social Sicredi que investe em projetos voltados ao desenvolvimento social e para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES), que tem como finalidade apoiar associados, colaboradores e a comunidade em geral. Como as cooperativas de crédito não visam o lucro, o restante do resultado é direcionado para obrigações como Reserva Legal (R$ 3,4 bilhões) e Reserva de Expansão (R$ 145,7 milhões).

O patrimônio líquido registrado foi de R$ 37 bilhões, representando uma elevação de 22,4%. Já em depósitos totais e captações, no ano passado, houve um crescimento de 23,7%, chegando a R$ 229,7 bilhões, que incluem depósitos à vista e a prazo, interfinanceiros e poupança, além de captação em LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e Letras Financeiras.

Relacionamento próximo – Após a consolidação da sua presença em todos os estados brasileiros no ano de 2022, o Sicredi deu continuidade à expansão da sua rede de atendimento físico. Somente no último ano, foram 224 novas agências e 162 novas cidades com atendimento presencial. Atualmente, o Sicredi tem mais de 2,7 mil agências em dois mil municípios, sendo que em mais de 200 deles é a única instituição financeira fisicamente presente.

Indicador de benefício econômico – O desempenho das cooperativas de crédito no Brasil também é medido por índice de benefícios econômicos, com base em metodologia do Banco Central (BC). No ano passado, o Sicredi atingiu ainda um marco significativo de R$ 23,5 bilhões de Benefício Econômico Total (BET) aos seus associados, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. O valor representou uma economia média de R$ 3.119,91 para cada um dos seus 7,5 milhões de associados em 2023.

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