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SEM BIG BANG. Um dos maiores físicos do Brasil acredita que o Universo não teve começo e nem fim; sempre existiu, e pulsa em ciclos

Foto: Reprodução/Super Interessante

No Budismo, o Universo é eterno, sem começo ou fim. Existem apenas ciclos de criação e destruição, chamados mahākalpa. Cada mahākalpa tem quatro subdivisões temporais, os kalpas. No primeiro kalpa, o mundo nasce, e semideuses reluzentes com 80 mil anos de vida cruzam os céus. O segundo kalpa, em que nós vivemos, é imperfeito, com decadência, guerra e miséria. O terceiro estágio é a dissolução do cosmos em fogo. E o quarto é o vazio absoluto – um interlúdio. É então que o vento primordial planta a semente do próximo mahākalpa.

Trata-se de uma cosmologia cíclica, típica das religiões do subcontinente indiano. Ela é bem diferente da criação na concepção judaico-cristã, em que Deus faz o mundo, vê que ele é bom e deixa o reality show rolar – sem data de validade. Todas as etnias têm uma cosmologia, que se apresenta em um desses dois tipos: ou o Universo é eterno e cíclico, ou emergiu em um instante único.

Essa dicotomia básica se mantém viva entre os cosmólogos – físicos que investigam a estrutura e a história do cosmos. A maioria deles advoga que o Universo teve um início definido, num estado denso e quente, e vem se expandindo desde então (o Modelo Cosmológico Padrão, popularmente chamado de Big Bang). Mas um grupo divergente propõe que o Universo infla e esvazia como um balão – e que a fase de expansão atual, em que as galáxias estão se afastando umas das outras, foi precedida por uma fase de contração. Um mahākalpa anterior ao nosso.

Um dos maiores estudiosos de universos cíclicos trabalha em um escritório no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no bairro carioca da Urca. Mário Novello nasceu no Rio de Janeiro em 1942, filho de imigrantes italianos da província da Calábria. Aos 12 anos, ganhou do pai o livro O Universo e o Sr. Einstein, de Lincoln Barnett. E decidiu que dedicaria a vida à cosmologia – ainda que a palavra sequer existisse na época. “Meu pai riu e falou: bom, compete a você fazer isso. Acabou que aconteceu mesmo.”

Novello cursou física na Faculdade Nacional de Filosofia (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ) com alguns professores lendários – como José Leite Lopes, especialista em partículas que se doutorou em Princeton orientado por Wolfgang Pauli. Leite, diga-se, foi um dos fundadores do CBPF, onde Mário começou a estagiar durante a graduação. Era um lugar bem frequentado: às vezes, César Lattes, um dos descobridores da partícula subatômica méson pi, fazia uma visita.

Em 1968, com o decreto do AI-5, Leite Lopes foi cassado pela Ditadura Militar. Preocupado com os rumos da ciência nacional sob a opressão do regime, ele recomendou a seu pupilo que fosse fazer doutorado na Universidade de Genebra, na Suíça, com Josef-Maria Jauch. Foi então que Novello saiu do mundo das partículas subatômicas – área de especialização de seu mentor brasileiro – e começou a se envolver com o estudo do cosmos, seu objetivo desde a adolescência.

Em 1979, já com uma carreira sólida, Novello publica um modelo pioneiro de Universo com boucing, isto é: um Universo como o proposto pelo Budismo – que de tempos em tempos entra em colapso, atinge um tamanho minúsculo e volta a se expandir, reciclando seu conteúdo de matéria e energia. Nessa visão, não há Big Bang: o Universo não precisa ser criado, porque ele sempre existiu. É um debate esotérico, que deve ser explicado com calma. Se o Universo se expande, como pode ele se contrair? O que exatamente é o Big Bang? Houve algo antes dele? Para entender a obra de Novello, é preciso mergulhar na física do século 20. Vamos nessa.

A origem

Imagine que a Terra e todos os astros desapareceram. Só resta você, flutuando no vácuo escuro. Mas ainda é possível ir para cima e para baixo, para frente e para trás. Percorrer as três dimensões. Esse é o espaço em sua forma bruta, e na visão de Newton ele era algo estático: um mero cenário em que a realidade se desenrola. Foi só quando Einstein publicou a Relatividade Geral, em 1915, que isso mudou. As novas equações abriram espaço para uma percepção bizarra: a de que o espaço em si – o tecido do Universo – pode se contrair ou se expandir. Albert, conservador, se negou a acreditar nesse enche-e-esvazia. Por isso, em 1917, ele bolou a constante cosmológica: um número que força as equações a descrever um Universo estático, condizente com o preconceito vigente.

Outros físicos tiveram a mente mais aberta. Em 1922, o russo Alexander Friedmann sacou que a constante cosmológica era um adendo desnecessário, e resolveu as equações de Einstein de maneira a gerar um Universo em expansão. Cinco anos depois, em 1927, o padre belga Georges Lemaître (que, apesar da carreira eclesiástica, tinha doutorado no MIT) refez o trabalho sem saber da obra do colega russo. Einstein odiou. “Seus cálculos estão corretos, mas sua física é abominável”, disse. Ou seja: não é porque uma conta deu certo que ela descreve o mundo como ele é.

Einstein estava certíssimo. O problema é que a conta errada, neste caso, era a dele. A prova cabal veio em 1929, quando Edwin Hubble observou que a maioria das galáxias visíveis estão se afastando de nós. Aquelas que estão duas vezes mais longe se afastam duas vezes mais rápido, as que estão três vezes mais longe se afastam três vezes mais rápido. Isso ocorre porque – adivinhe só – o Universo em si está mesmo se expandindo, o que aumenta a distância de qualquer ponto em relação a qualquer outro ponto. É como colar moedas na superfície de um balão murcho e então enchê-lo. Da perspectiva de qualquer uma das moedas, as demais moedas vão se afastar. Afinal, é a borracha embaixo delas que estica.

Uma consequência peculiar de um Universo em expansão é que, se ele fica cada vez maior no futuro, é porque ele foi menor no passado. E menor significa mais apertado, quente e denso. Usando um número chamado constante de Hubble – a taxa de separação das galáxias –, dá para fazer engenharia reversa com as equações da Relatividade e concluir que houve um momento em que todas as galáxias coexistiam em um “ponto” só. Esse “ponto” é tão pequeno que não possui dimensão alguma. É uma singularidade, que Lemaître chamou de “átomo primordial”.

O astrônomo Fred Hoyle zombou da ideia na TV, chamando-a de “teoria do Big Bang”. O tiro saiu pela culatra, e o nome ficou. Depois, nos anos 1960, teoremas dos britânicos Stephen Hawking e Roger Penrose confirmaram que, dadas certas condições, as singularidades não são uma aberração: elas podem existir no arcabouço de Einstein. Na mesma época, em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson descobriram uma interferência misteriosa em uma antena de rádio causada por resquícios de radiação que, depois descobriu-se, eram uma relíquia dessa época primordial, quente e densa. As evidências favoráveis ao Big Bang se acumularam. Mas ele precisava de ajustes.

Os balões aqui atrás são o Universo. Na cosmologia hegemônica do Big Bang, eles nunca vão parar de inflar: o destino do cosmos é se expandir para sempre. (Felipe Del Rio/Superinteressante)

Inflados e quicantes

Olhar para o céu é olhar para o passado. Quando alguém diz que uma estrela está a 500 anos-luz de nós, a ideia é que a luz dessa estrela demora 500 anos para alcançar nossos olhos. A coisa mais antiga que podemos ver no céu foi emitida 300 mil anos após o Big Bang e acaba de ser mencionada no parágrafo anterior: é a tal radiação captada pela antena de Penzias e Wilson, chamada radiação cósmica de fundo. E ela tem uma característica crucial: é extremamente homogênea. Áreas muito distantes entre si, que os cálculos do Big Bang indicavam jamais terem entrado em contato no passado, exibiam propriedades idênticas.

O problema nisso é o seguinte: se você está com a mão fria e pega na mão quente de outra pessoa, logo as duas mãos atingem o equilíbrio térmico. Mas duas áreas do Universo separadas por distâncias descomunais não poderiam estar em equilíbrio. E essa dúvida o Big Bang de Lemaître não responde.

Para resolver este e outros problemas, em 1979, os astrônomos Alexei Starobinsky na URSS e Alan Guth nos EUA tiveram a ideia da inflação. Um pequeno ajuste ao modelo clássico. A hipótese afirma que, originalmente, todas as áreas do Universo primordial estavam próximas o suficiente umas das outras e, por isso, tornaram-se homogêneas. Então, houve um período brevíssimo de expansão acelerada em que diferentes regiões do Universo simplesmente saíram do campo de visão uma da outra. Agora, a expansão desacelerou, e essas áreas estão retomando contato

Na explicação mais aceita, o Universo começou em um estado quente e denso há 13,8 bilhões de anos, e vem se expandindo desde então. Entenda a visão da origem do cosmos predominante na Física:

1. Singularidade?

Só uma teoria quântica da gravidade, que ainda não existe, pode explicar o momento inicial – onde a Relatividade de Einstein “dá defeito” e prevê a existência um ponto de dimensões infinitamente pequenas chamado singularidade. A natureza da singularidade é insondável para a física disponível hoje, e muitos teóricos que trabalham com a hipótese da inflação preferem não abordar essa questão.

2. Inflação

Um período de estiramento acelerado em um passado profundo garante a uniformidade na distribuição de matéria e energia no Universo.

3. Energia Escura

Hoje, uma força misteriosa que se manifesta matematicamente na forma da já mencionada constante cosmológica de Einstein acelera novamente a expansão do cosmos – impedindo que ele volte a se contrair um dia.

Outro mistério do Big Bang é a singularidade em si. Quando um infinito (nesse caso, um “ponto infinitamente denso”) aparece em uma conta, em geral é sinal de que a teoria não é capaz de explicar o que ocorre ali, e não de que o infinito existe mesmo. Alguns defensores da inflação cósmica afirmam que ela elimina a necessidade da singularidade, mas o próprio Alan Guth, em 2003, afirmou que o passado de seu modelo é incompleto: mesmo que tenha ocorrido uma inflação, isso não diz nada sobre se houve uma singularidade antes dela, no início de tudo. “No cenário convencional, a inflação não descarta a singularidade, mas a esconde”, diz Novello. Ou seja: é interessante construir modelos que não exigem uma singularidade.

A hipótese cíclica de Novello resolve essas duas questões. Por um lado, explica a uniformidade na temperatura e em outros parâmetros: diz que todas as áreas do Universo já entraram em contato antigamente, na fase de contração que veio antes do Big Bang. Isso elimina a necessidade de incluir um período de inflação. Além disso, Novello elimina a singularidade que existiria entre o colapso do ciclo anterior e o início do novo ciclo. Antes de colapsar completamente, o tecido do espaço volta a se expandir [veja o gráfico abaixo], sem passar pela singularidade. “Nos anos 1970, Novello foi um pioneiro em testar universos eternos sem a singularidade inicial”, explica Juliano Neves, pós-doutorando pela UFABC.

1.Fase de contração

O Universo anterior entra em colapso e se compacta. Suas irregularidades são eliminadas e ele é uniformizado.

2. O Big Bounce

Em vez de um Big Bang, em que o Universo surge do na-da, aqui ele só volta a crescer após a fase de contração.

3. Não há período…

…de inflação. A distribuição uniforme de matéria e energia é explicada pela compactação do cosmos anterior.

4. O novo ciclo

O Universo volta a se contrair, para passar pelo próximo Big Bounce e reiniciar o ciclo.

Antes de abraçar a hipótese cíclica, é importante voltar à frase de Einstein: os cálculos podem até estar certos, mas isso não significa que sejam verdade. “O modelo com inflação de 1979 é o mais simples e elegante”, diz Raul Abramo, professor do Instituto de Física (IF) da USP. “Eu não consigo enxergar essa vantagem nos modelos cíclicos. Há uma dificuldade na implementação prática, eles não concordam com as observações. A física não se dá bem com modelos que exigem modificações em várias constantes para funcionar.”

De fato, é uma época difícil para defender a hipótese de Novello. Desde 1998, sabemos que a expansão do Universo é acelerada por algo de natureza misteriosa apelidado de energia escura. A descoberta rendeu o Nobel de 2011. Nesse ritmo de expansão, é difícil imaginar um cenário convincente em que o espaço volte a se contrair no futuro, para reiniciar um próximo ciclo. Mas há muito debate em torno da interpretação dos dados associados à energia escura (bem como em torno de muitos outros dados), de maneira que é impossível descartar de vez qualquer modelo. A mesma energia que hoje acelera o Universo pode ser responsável por fazê-lo se contrair posteriormente – e por evitar o colapso em uma singularidade.

Porém, seja a hipótese do Universo eterno plausível ou não, ela tem uma virtude inegável: fazer com que mais físicos tenham ideias do zero – e busquem conversar com áreas como a filosofia – em vez de seguir caminhos já trilhados. “Hoje, nós estamos partindo das equações e esquecendo dos princípios”, diz José Helayël-Neto, físico de partículas e colega de Novello no CBPF. “É muito mais fácil partir de um modelo que já existe, que foi feito por um Prêmio Nobel. Você tem acesso imediato a publicar seu trabalho em periódicos científicos respeitados.”

Ao longo da carreira, Novello orientou dezenas de mestres e doutores, escreveu livros de divulgação científica para o público leigo e realizou eventos que promovem o diálogo entre exatas e humanas. Sempre com a intenção de tornar a física uma ciência acessível e pensante – que construa em cima das velhas ideias em vez de apenas repeti-las. Eis uma teoria de sucesso irrefutável.

Super Interessante

 

Opinião dos leitores

  1. Olá, boa tarde, para mim a teoria do Big Bang é a mais simples e fácil de entender, nem os grandes físicos e astrónomos com as suas teorias, matemáticas e afins chegaram à conclusão mais simples. O Big Bang não passa da fecundação de um espermatezoide com um óvulo que deu origem a um embrião que está em crescimento ou já cresceu o suficiente para ser um bebé ou uma criança. Como nós, na nossa pequenez, não temos a noção da dimensão do universo que nos rodeia, o nosso sistema solar não passa de uma célula cujo núcleo é o sol e nós somos apenas os eletrões ou protões ou o que quer que seja que gravita em torno do Sol. A nossa galáxia não passa de um orgão desse ser como por exemplo fígado , coração ou pulmões, porque tudo o que está em baixo é igual ao que está em cima. Para mim nós somos como as bonecas russas, as marioscas, umas dentro das outras, e para mim o n/ universo faz parte de um todo que não temos ideia da dimensão. Basta olhar quando vamos de avião para baixo e tudo não passa de pontos. Esta ideia é minha e está registada. Cumprimentos

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Judiciário

VÍDEO: Barroso pula aposentadoria compulsória e diz “sou defensor de mais mulheres nos tribunais superiores”

Foto: Divulgação/STF

 

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou, nesta quinta-feira (9), sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF), antes de completar 75 anos. A decisão abre caminho para uma terceira indicação do presidente da República — e o clima já é de pressão para que seja uma mulher.

Em sua última sessão plenária, Barroso disse com firmeza: “Sou defensor de mais mulheres nos tribunais superiores”. E completou: “Vejo com simpatia a escolha recair para uma mulher, mas não excluo diversos cavalheiros que também têm pretensão e merecimento”.

Ao explicar a aposentadoria, ele foi direto: sentiu “uma sensação no coração de ter cumprido um ciclo” e achou que era hora de abrir espaço para novos nomes. Barroso ainda ficará alguns dias no STF para finalizar cerca de 1,3 mil processos pendentes, incluindo pedidos de vista.

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Geral

RN à beira do colapso: 13 açudes quase secos e Seridó afogado na seca com só 15% da água

Foto: Reprodução

 

O RN segue em alerta: os mananciais do estado acumulam apenas 43% da água que poderiam ter, segundo o último balanço do Igarn divulgado nesta quinta-feira (9). São 2,29 bilhões de m³ em um sistema que comporta mais de 5,2 bilhões de m³.

Enquanto o Médio Oeste e o Baixo Açu conseguem respirar com 60% e 52% da capacidade, respectivamente, o Seridó está praticamente no sufoco, com apenas 15% de armazenamento. A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado, segura 51,86% da água, e a Oiticica, que recebe a Transposição do São Francisco, amarga 14,66%.

Alguns reservatórios salvam a cena: lagoas de Parnamirim e Nísia Floresta estão cheias, Boqueirão (Touros) bate 93% e Extremoz 85%. Mas 13 açudes estão na UTI hídrica, com volumes abaixo de 10%, incluindo Itans (Caicó) com apenas 0,10% e Passagem das Traíras (São José do Seridó) com 0,03%.

O Igarn reforça que o monitoramento serve para planejar políticas públicas e uso racional da água, mas a realidade mostra que muita gente no RN continua à beira do desespero. Cada gota virou recurso precioso, e a seca segue ditando as regras no estado.

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Geral

Queimadas fora de controle: 28 incêndios florestais expõem descuido e perigo em Mossoró

Foto: Divulgação

 

Mossoró já registra 28 incêndios florestais nos primeiros oito dias de outubro, segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBM). A maior parte dos focos ocorre em terrenos baldios e às margens de rodovias, onde o acúmulo de lixo se transforma em combustível para o fogo.

A comandante do 3º Grupamento de Bombeiros, coronel Márcia Martini, explica que a combinação de altas temperaturas, ventos fortes e baixa umidade acelera a propagação das chamas, conforme o TCM Notícias. Por isso, o CBM mantém uma guarnição exclusiva para atuar contra incêndios florestais até o fim do ano.

A principal causa é humana. Muitas queimadas são provocadas por pessoas tentando limpar terrenos ou jogar lixo, sem perceber o risco de um incêndio de grandes proporções.

“Jamais use fogo como agente de limpeza. Uma fagulha pode se transformar em desastre. Se você ver alguém ateando fogo, ligue para o 190 e para o 193 imediatamente”, orienta.

O alerta do CBM não é exagero: cada fagulha pode se tornar uma tragédia, ameaçando casas, plantações e a segurança de quem passa pelas estradas da cidade. A orientação é clara: denúncia salva vidas e evita destruição ambiental.

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Saúde

“Mulheres em movimento”: Natal recebe evento gratuito que quebra tabus da menopausa e celebra a força feminina

Foto: Divulgação

 

Nesta sexta-feira (10), Natal recebe o “Menopausa em Movimento”, evento gratuito que aborda climatério, menopausa e saúde da mulher em todas as fases da vida, unindo ciência, acolhimento e inspiração. A iniciativa é do projeto Universo Feminino, criado pelas médicas Anaísa Dantas (ginecologista), Cecília Braz (ginecologista), Tarcila Fontes (reumatologista) e Larissa Pimentel (endocrinologista), com o objetivo de promover conhecimento, autocuidado e empoderamento feminino.

O evento acontece no SESI Clínicas Clóvis Mota, das 08h às 11h30 e das 14h às 18h, com programação que mistura atendimento comunitário, formação médica, relatos reais e inspiração.

Mulheres e especialistas vão compartilhar experiências sobre climatério e envelhecimento saudável, desmistificando tabus e fortalecendo a autoestima. A presidente da Agência Desenvolve RN, Márcia Maia, é uma das palestrantes potiguares.

A atriz Cristiana Oliveira participa da conferência de abertura com o talk “O futuro do cuidado à mulher”, abordando autoconfiança, propósito e a liberdade de envelhecer com autenticidade.

Programação científica

14h – Conferência de Abertura: O futuro do cuidado à mulher – Talk com Cristiana Oliveira
14h10 – Quem é a mulher no climatério hoje? – Dra. Anaísa Dantas
14h50 – Terapia hormonal no climatério: prescrição segura e individualizada – Dra. Cecília Braz
15h30 – Osteoporose: manejo prático no consultório – Dra. Tarcila Fontes
16h – Obesidade no climatério: tratamento medicamentoso atualizado – Dra. Larissa Pimentel
16h50 – Síndrome geniturinária e queixas sexuais: como tratar? – Dra. Anaísa Dantas

“Menopausa em Movimento” será encerrado com um Happy Hour e apresentação musical de Íris Lima, celebrando a potência feminina e encerrando o dia em clima de leveza e celebração.

Por que falar sobre menopausa?

O climatério é uma fase natural da vida, mas ainda marcada por desinformação e preconceitos. O evento surge para romper o silêncio, aproximar a ciência da comunidade e fortalecer uma nova narrativa: a de que a mulher pode — e deve — viver todas as suas fases com saúde, autoconhecimento e potência.

Mais do que um evento, é um movimento de consciência, diálogo e valorização da mulher real, em todas as suas formas e idades.

Serviço

Evento: Menopausa em Movimento – Saúde, Consciência e Potência em Todas as Etapas da Vida
Data: 10 de outubro de 2025
Horário: 08h às 11h30 | 14h às 18h
Local: SESI Clínicas Clóvis Mota – Natal/RN
Entrada: Gratuita e aberta ao público

Porque ser mulher é estar em movimento — sempre.

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Judiciário

Barroso se despede do STF após 12 anos com legado de decisões que marcaram o país

Foto:  Antonio Augusto/STF

 

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou, nesta quinta-feira (9), sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrando 12 anos de atuação na Corte. A decisão vem dias após passar a presidência do STF ao ministro Edson Fachin.

Tomou posse em 26 de junho de 2013, na vaga deixada pelo ministro Ayres Britto, e ao longo do período se destacou como relator de casos de grande impacto social. Presidiu o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), buscando aproximar o Judiciário da sociedade, simplificar a comunicação das decisões e aumentar a eficiência do Tribunal.

Entre suas decisões de destaque, Barroso autorizou transporte gratuito no segundo turno das eleições de 2023, suspendeu despejos durante a pandemia e conduziu processos sobre violação de direitos no sistema prisional. Também lidou com a compatibilidade da Convenção da Haia, liberdade religiosa em tratamentos de saúde e acesso judicial a medicamentos não incorporados pelo SUS ou planos de saúde.

Na carreira, Barroso presidiu ainda o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maio de 2020 a fevereiro de 2022, período marcado pelos desafios da pandemia. Entre os primeiros casos de relevância na Corte, atuou nas execuções penais da AP 470, o “Mensalão”.

Curriculum de peso e julgamentos históricos

Natural de Vassouras (RJ), Barroso é professor titular de Direito Constitucional na Uerj, com mestrado em Yale e pós-doutorado em Harvard, além de ter sido professor visitante em universidades da França, Polônia e Brasil.

Como advogado, participou de julgamentos históricos, como a defesa da Lei de Biossegurança, reconhecimento de uniões homoafetivas e autorização de interrupção de gestação em casos de feto anencéfalo.

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Geral

VÍDEO: Pesquisadora da Unicamp viraliza com performance bizarra e polêmica na PUC-RS

Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A pesquisadora Fetú Nicioli Cerioni, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), virou sensação nas redes sociais após apresentar a performance “A Delicada Dança do Monstro” durante o II Congresso de Estudos de Gênero e Interseccionalidades, na PUC-RS, em setembro.

O vídeo mostra a pesquisadora emitindo sons guturais, gemidos e grunhidos enquanto dança, provocando debates acalorados sobre arte e pesquisa acadêmica.

A performance faz parte da pesquisa de mestrado de Fetú, que busca explorar a relação entre corpo, espaço e simbolismo. A ideia era provocar reflexão sobre identidade corporal e interseccionalidade, mas o conteúdo viralizou além do público acadêmico.

O vídeo chegou a ser postado no Instagram da pesquisadora, mas foi retirado do ar e a conta tornou-se privada. O congresso, organizado pela Escola de Humanidades da PUC-RS, reuniu estudantes, professores e pesquisadores interessados em gênero, diversidade e corpo.

 

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Política

Lula avisa: “Ricos vão pagar imposto que merecem” em poucos dias

Foto: Reprodução

 

O presidente Lula (PT) não deixou barato a derrota no Congresso com a caducidade da Medida Provisória que tentava taxar os super-ricos. Na inauguração da fábrica da BYD, em Camaçari (BA), nesta quinta-feira (9), ele jogou pesado contra deputados que boicotaram a proposta.

“Ontem foi triste porque uma parte do Congresso Nacional votou contra a taxação que a gente queria fazer dos bilionários deste País, daqueles que ganham muito e pagam pouco”, disse, conforme o InfoMoney. Mas avisou: a vingança vem rápido.

“Se um trabalhador pode pagar 27,5%, porque um ricaço não pode pagar 18%? Ainda fizemos um acordo para 12% e eles não quiseram pagar. Eles podem saber que é uma questão de dias, eles vão pagar o imposto que merecem aqui no Brasil, porque o povo trabalhador não vai deixar isso barato”, afirmou Lula.

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Política

VÍDEO: Tarcísio acusa PT de mentir e atacar sua imagem: “Paciência tem limite. Tenha vergonha, Haddad”

Foto: Arquivo

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), subiu o tom contra o PT nesta quinta-feira (9) e acusou o partido de espalhar mentiras e promover uma campanha de ataques contra sua imagem. Em vídeo publicado nas redes sociais, Tarcísio disse que “paciência tem limite” e mandou um recado direto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad: “Tenha vergonha e respeite os brasileiros”.

Ele rebateu as acusações de que teria articulado a derrubada da Medida Provisória (MP) 1.303/2025, alternativa ao aumento do IOF, dizendo que o PT tenta transformar a narrativa para culpar terceiros. “Ofensas, mentiras nas redes sociais… tudo certo, nada diferente do que a gente sempre viu sobre o PT”, afirmou.

O relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), acusou Tarcísio de “sabotar” o texto ao contatar parlamentares para votar contra. Nos bastidores, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), confirmou que recorreu ao governador paulista para articular a derrubada da proposta.

Tarcísio se fortalece em Brasília 

Aliados no Centrão e no bolsonarismo afirmam que Tarcísio vem se firmando como uma liderança de peso, influenciando votações em Brasília e monitorando pautas nacionais. E que busca frear o aumento da carga tributária e fortalecer sua posição para 2026, quando pode ser o principal adversário de Lula.

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Política

Haddad ameaça cortar R$ 10 bi em emendas e leva troco de Hugo Motta: “Quem faz isso é contra o povo”

Foto: Agência Câmara

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não deixou barato a ameaça do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de cortar até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares após a derrota do governo com a perda de validade da MP 1303, que tratava de alternativas ao aumento do IOF.

Em entrevista à CNN, Hugo disse que cortar emendas “é ir contra o interesse da população”, já que o dinheiro das indicações parlamentares é usado em obras e serviços do próprio governo federal nas cidades — como saúde, educação e assistência social.

Sem citar diretamente o governo ou Haddad, o deputado classificou como “desserviço” o discurso de quem tenta criminalizar as emendas. “Os deputados conhecem as dificuldades de cada cidade. Quem insiste nesse discurso pejorativo presta um grande desserviço ao país”, disparou.

Tensão escancarada entre Câmara e Planalto

A reação de Hugo ocorre após a Câmara retirar de pauta a MP 1303, o que frustrou o governo em cerca de R$ 17 bilhões em receitas. Irritado, Haddad afirmou que, sem os recursos previstos na medida, pode haver corte de até R$ 10 bilhões em emendas para equilibrar as contas.

Motta deve procurar o presidente Lula (PT) para discutir o assunto. Ele quer alertar que declarações como a de Haddad soam como “chantagem política” e dificultam a articulação de pautas importantes do governo no Congresso.

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Geral

Exportação aos EUA de produtos brasileiros sobretaxados cai 25,7% em setembro

Foto: Reprodução/Ministério da Economia

As exportações brasileiras de produtos afetados pelas tarifas dos Estados Unidos somaram US$ 2,06 bilhões em setembro de 2025, queda de 25,7% em relação ao mesmo mês de 2024, quando alcançaram US$ 2,77 bilhões, segundo o Monitor do Comércio Brasil–EUA, da Amcham Brasil.

Enquanto isso, os produtos livres do tarifaço registraram crescimento de 12,3%, totalizando US$ 516,4 milhões. No total, as vendas brasileiras para os EUA atingiram US$ 2,58 bilhões, uma retração de 20,3% no mês, influenciada principalmente pela queda nas exportações de petróleo e derivados.

De janeiro a setembro, o Brasil exportou US$ 29,2 bilhões aos Estados Unidos, o que representa uma queda acumulada de 0,6% frente ao mesmo período de 2024.

O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, afirmou que a tendência de queda pode se acentuar nos próximos meses e destacou a importância das negociações entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. “O avanço do diálogo será essencial para reequilibrar o comércio bilateral e garantir previsibilidade às empresas”, disse.

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