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SEM BIG BANG. Um dos maiores físicos do Brasil acredita que o Universo não teve começo e nem fim; sempre existiu, e pulsa em ciclos

Foto: Reprodução/Super Interessante

No Budismo, o Universo é eterno, sem começo ou fim. Existem apenas ciclos de criação e destruição, chamados mahākalpa. Cada mahākalpa tem quatro subdivisões temporais, os kalpas. No primeiro kalpa, o mundo nasce, e semideuses reluzentes com 80 mil anos de vida cruzam os céus. O segundo kalpa, em que nós vivemos, é imperfeito, com decadência, guerra e miséria. O terceiro estágio é a dissolução do cosmos em fogo. E o quarto é o vazio absoluto – um interlúdio. É então que o vento primordial planta a semente do próximo mahākalpa.

Trata-se de uma cosmologia cíclica, típica das religiões do subcontinente indiano. Ela é bem diferente da criação na concepção judaico-cristã, em que Deus faz o mundo, vê que ele é bom e deixa o reality show rolar – sem data de validade. Todas as etnias têm uma cosmologia, que se apresenta em um desses dois tipos: ou o Universo é eterno e cíclico, ou emergiu em um instante único.

Essa dicotomia básica se mantém viva entre os cosmólogos – físicos que investigam a estrutura e a história do cosmos. A maioria deles advoga que o Universo teve um início definido, num estado denso e quente, e vem se expandindo desde então (o Modelo Cosmológico Padrão, popularmente chamado de Big Bang). Mas um grupo divergente propõe que o Universo infla e esvazia como um balão – e que a fase de expansão atual, em que as galáxias estão se afastando umas das outras, foi precedida por uma fase de contração. Um mahākalpa anterior ao nosso.

Um dos maiores estudiosos de universos cíclicos trabalha em um escritório no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no bairro carioca da Urca. Mário Novello nasceu no Rio de Janeiro em 1942, filho de imigrantes italianos da província da Calábria. Aos 12 anos, ganhou do pai o livro O Universo e o Sr. Einstein, de Lincoln Barnett. E decidiu que dedicaria a vida à cosmologia – ainda que a palavra sequer existisse na época. “Meu pai riu e falou: bom, compete a você fazer isso. Acabou que aconteceu mesmo.”

Novello cursou física na Faculdade Nacional de Filosofia (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ) com alguns professores lendários – como José Leite Lopes, especialista em partículas que se doutorou em Princeton orientado por Wolfgang Pauli. Leite, diga-se, foi um dos fundadores do CBPF, onde Mário começou a estagiar durante a graduação. Era um lugar bem frequentado: às vezes, César Lattes, um dos descobridores da partícula subatômica méson pi, fazia uma visita.

Em 1968, com o decreto do AI-5, Leite Lopes foi cassado pela Ditadura Militar. Preocupado com os rumos da ciência nacional sob a opressão do regime, ele recomendou a seu pupilo que fosse fazer doutorado na Universidade de Genebra, na Suíça, com Josef-Maria Jauch. Foi então que Novello saiu do mundo das partículas subatômicas – área de especialização de seu mentor brasileiro – e começou a se envolver com o estudo do cosmos, seu objetivo desde a adolescência.

Em 1979, já com uma carreira sólida, Novello publica um modelo pioneiro de Universo com boucing, isto é: um Universo como o proposto pelo Budismo – que de tempos em tempos entra em colapso, atinge um tamanho minúsculo e volta a se expandir, reciclando seu conteúdo de matéria e energia. Nessa visão, não há Big Bang: o Universo não precisa ser criado, porque ele sempre existiu. É um debate esotérico, que deve ser explicado com calma. Se o Universo se expande, como pode ele se contrair? O que exatamente é o Big Bang? Houve algo antes dele? Para entender a obra de Novello, é preciso mergulhar na física do século 20. Vamos nessa.

A origem

Imagine que a Terra e todos os astros desapareceram. Só resta você, flutuando no vácuo escuro. Mas ainda é possível ir para cima e para baixo, para frente e para trás. Percorrer as três dimensões. Esse é o espaço em sua forma bruta, e na visão de Newton ele era algo estático: um mero cenário em que a realidade se desenrola. Foi só quando Einstein publicou a Relatividade Geral, em 1915, que isso mudou. As novas equações abriram espaço para uma percepção bizarra: a de que o espaço em si – o tecido do Universo – pode se contrair ou se expandir. Albert, conservador, se negou a acreditar nesse enche-e-esvazia. Por isso, em 1917, ele bolou a constante cosmológica: um número que força as equações a descrever um Universo estático, condizente com o preconceito vigente.

Outros físicos tiveram a mente mais aberta. Em 1922, o russo Alexander Friedmann sacou que a constante cosmológica era um adendo desnecessário, e resolveu as equações de Einstein de maneira a gerar um Universo em expansão. Cinco anos depois, em 1927, o padre belga Georges Lemaître (que, apesar da carreira eclesiástica, tinha doutorado no MIT) refez o trabalho sem saber da obra do colega russo. Einstein odiou. “Seus cálculos estão corretos, mas sua física é abominável”, disse. Ou seja: não é porque uma conta deu certo que ela descreve o mundo como ele é.

Einstein estava certíssimo. O problema é que a conta errada, neste caso, era a dele. A prova cabal veio em 1929, quando Edwin Hubble observou que a maioria das galáxias visíveis estão se afastando de nós. Aquelas que estão duas vezes mais longe se afastam duas vezes mais rápido, as que estão três vezes mais longe se afastam três vezes mais rápido. Isso ocorre porque – adivinhe só – o Universo em si está mesmo se expandindo, o que aumenta a distância de qualquer ponto em relação a qualquer outro ponto. É como colar moedas na superfície de um balão murcho e então enchê-lo. Da perspectiva de qualquer uma das moedas, as demais moedas vão se afastar. Afinal, é a borracha embaixo delas que estica.

Uma consequência peculiar de um Universo em expansão é que, se ele fica cada vez maior no futuro, é porque ele foi menor no passado. E menor significa mais apertado, quente e denso. Usando um número chamado constante de Hubble – a taxa de separação das galáxias –, dá para fazer engenharia reversa com as equações da Relatividade e concluir que houve um momento em que todas as galáxias coexistiam em um “ponto” só. Esse “ponto” é tão pequeno que não possui dimensão alguma. É uma singularidade, que Lemaître chamou de “átomo primordial”.

O astrônomo Fred Hoyle zombou da ideia na TV, chamando-a de “teoria do Big Bang”. O tiro saiu pela culatra, e o nome ficou. Depois, nos anos 1960, teoremas dos britânicos Stephen Hawking e Roger Penrose confirmaram que, dadas certas condições, as singularidades não são uma aberração: elas podem existir no arcabouço de Einstein. Na mesma época, em 1965, Arno Penzias e Robert Wilson descobriram uma interferência misteriosa em uma antena de rádio causada por resquícios de radiação que, depois descobriu-se, eram uma relíquia dessa época primordial, quente e densa. As evidências favoráveis ao Big Bang se acumularam. Mas ele precisava de ajustes.

Os balões aqui atrás são o Universo. Na cosmologia hegemônica do Big Bang, eles nunca vão parar de inflar: o destino do cosmos é se expandir para sempre. (Felipe Del Rio/Superinteressante)

Inflados e quicantes

Olhar para o céu é olhar para o passado. Quando alguém diz que uma estrela está a 500 anos-luz de nós, a ideia é que a luz dessa estrela demora 500 anos para alcançar nossos olhos. A coisa mais antiga que podemos ver no céu foi emitida 300 mil anos após o Big Bang e acaba de ser mencionada no parágrafo anterior: é a tal radiação captada pela antena de Penzias e Wilson, chamada radiação cósmica de fundo. E ela tem uma característica crucial: é extremamente homogênea. Áreas muito distantes entre si, que os cálculos do Big Bang indicavam jamais terem entrado em contato no passado, exibiam propriedades idênticas.

O problema nisso é o seguinte: se você está com a mão fria e pega na mão quente de outra pessoa, logo as duas mãos atingem o equilíbrio térmico. Mas duas áreas do Universo separadas por distâncias descomunais não poderiam estar em equilíbrio. E essa dúvida o Big Bang de Lemaître não responde.

Para resolver este e outros problemas, em 1979, os astrônomos Alexei Starobinsky na URSS e Alan Guth nos EUA tiveram a ideia da inflação. Um pequeno ajuste ao modelo clássico. A hipótese afirma que, originalmente, todas as áreas do Universo primordial estavam próximas o suficiente umas das outras e, por isso, tornaram-se homogêneas. Então, houve um período brevíssimo de expansão acelerada em que diferentes regiões do Universo simplesmente saíram do campo de visão uma da outra. Agora, a expansão desacelerou, e essas áreas estão retomando contato

Na explicação mais aceita, o Universo começou em um estado quente e denso há 13,8 bilhões de anos, e vem se expandindo desde então. Entenda a visão da origem do cosmos predominante na Física:

1. Singularidade?

Só uma teoria quântica da gravidade, que ainda não existe, pode explicar o momento inicial – onde a Relatividade de Einstein “dá defeito” e prevê a existência um ponto de dimensões infinitamente pequenas chamado singularidade. A natureza da singularidade é insondável para a física disponível hoje, e muitos teóricos que trabalham com a hipótese da inflação preferem não abordar essa questão.

2. Inflação

Um período de estiramento acelerado em um passado profundo garante a uniformidade na distribuição de matéria e energia no Universo.

3. Energia Escura

Hoje, uma força misteriosa que se manifesta matematicamente na forma da já mencionada constante cosmológica de Einstein acelera novamente a expansão do cosmos – impedindo que ele volte a se contrair um dia.

Outro mistério do Big Bang é a singularidade em si. Quando um infinito (nesse caso, um “ponto infinitamente denso”) aparece em uma conta, em geral é sinal de que a teoria não é capaz de explicar o que ocorre ali, e não de que o infinito existe mesmo. Alguns defensores da inflação cósmica afirmam que ela elimina a necessidade da singularidade, mas o próprio Alan Guth, em 2003, afirmou que o passado de seu modelo é incompleto: mesmo que tenha ocorrido uma inflação, isso não diz nada sobre se houve uma singularidade antes dela, no início de tudo. “No cenário convencional, a inflação não descarta a singularidade, mas a esconde”, diz Novello. Ou seja: é interessante construir modelos que não exigem uma singularidade.

A hipótese cíclica de Novello resolve essas duas questões. Por um lado, explica a uniformidade na temperatura e em outros parâmetros: diz que todas as áreas do Universo já entraram em contato antigamente, na fase de contração que veio antes do Big Bang. Isso elimina a necessidade de incluir um período de inflação. Além disso, Novello elimina a singularidade que existiria entre o colapso do ciclo anterior e o início do novo ciclo. Antes de colapsar completamente, o tecido do espaço volta a se expandir [veja o gráfico abaixo], sem passar pela singularidade. “Nos anos 1970, Novello foi um pioneiro em testar universos eternos sem a singularidade inicial”, explica Juliano Neves, pós-doutorando pela UFABC.

1.Fase de contração

O Universo anterior entra em colapso e se compacta. Suas irregularidades são eliminadas e ele é uniformizado.

2. O Big Bounce

Em vez de um Big Bang, em que o Universo surge do na-da, aqui ele só volta a crescer após a fase de contração.

3. Não há período…

…de inflação. A distribuição uniforme de matéria e energia é explicada pela compactação do cosmos anterior.

4. O novo ciclo

O Universo volta a se contrair, para passar pelo próximo Big Bounce e reiniciar o ciclo.

Antes de abraçar a hipótese cíclica, é importante voltar à frase de Einstein: os cálculos podem até estar certos, mas isso não significa que sejam verdade. “O modelo com inflação de 1979 é o mais simples e elegante”, diz Raul Abramo, professor do Instituto de Física (IF) da USP. “Eu não consigo enxergar essa vantagem nos modelos cíclicos. Há uma dificuldade na implementação prática, eles não concordam com as observações. A física não se dá bem com modelos que exigem modificações em várias constantes para funcionar.”

De fato, é uma época difícil para defender a hipótese de Novello. Desde 1998, sabemos que a expansão do Universo é acelerada por algo de natureza misteriosa apelidado de energia escura. A descoberta rendeu o Nobel de 2011. Nesse ritmo de expansão, é difícil imaginar um cenário convincente em que o espaço volte a se contrair no futuro, para reiniciar um próximo ciclo. Mas há muito debate em torno da interpretação dos dados associados à energia escura (bem como em torno de muitos outros dados), de maneira que é impossível descartar de vez qualquer modelo. A mesma energia que hoje acelera o Universo pode ser responsável por fazê-lo se contrair posteriormente – e por evitar o colapso em uma singularidade.

Porém, seja a hipótese do Universo eterno plausível ou não, ela tem uma virtude inegável: fazer com que mais físicos tenham ideias do zero – e busquem conversar com áreas como a filosofia – em vez de seguir caminhos já trilhados. “Hoje, nós estamos partindo das equações e esquecendo dos princípios”, diz José Helayël-Neto, físico de partículas e colega de Novello no CBPF. “É muito mais fácil partir de um modelo que já existe, que foi feito por um Prêmio Nobel. Você tem acesso imediato a publicar seu trabalho em periódicos científicos respeitados.”

Ao longo da carreira, Novello orientou dezenas de mestres e doutores, escreveu livros de divulgação científica para o público leigo e realizou eventos que promovem o diálogo entre exatas e humanas. Sempre com a intenção de tornar a física uma ciência acessível e pensante – que construa em cima das velhas ideias em vez de apenas repeti-las. Eis uma teoria de sucesso irrefutável.

Super Interessante

 

Opinião dos leitores

  1. Olá, boa tarde, para mim a teoria do Big Bang é a mais simples e fácil de entender, nem os grandes físicos e astrónomos com as suas teorias, matemáticas e afins chegaram à conclusão mais simples. O Big Bang não passa da fecundação de um espermatezoide com um óvulo que deu origem a um embrião que está em crescimento ou já cresceu o suficiente para ser um bebé ou uma criança. Como nós, na nossa pequenez, não temos a noção da dimensão do universo que nos rodeia, o nosso sistema solar não passa de uma célula cujo núcleo é o sol e nós somos apenas os eletrões ou protões ou o que quer que seja que gravita em torno do Sol. A nossa galáxia não passa de um orgão desse ser como por exemplo fígado , coração ou pulmões, porque tudo o que está em baixo é igual ao que está em cima. Para mim nós somos como as bonecas russas, as marioscas, umas dentro das outras, e para mim o n/ universo faz parte de um todo que não temos ideia da dimensão. Basta olhar quando vamos de avião para baixo e tudo não passa de pontos. Esta ideia é minha e está registada. Cumprimentos

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Violência

Apesar de emitir uma medida protetiva por minuto, Brasil tem 5 feminicídios por dia em 2023

Foto: Arquivo/Agênicia Brasil

O Brasil emitiu, em média, uma medida protetiva a vítimas de violência doméstica por minuto no ano passado. Foram 553.391 documentos apresentados pelas justiças estaduais, conforme levantamento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Apesar do número, o país registrou 1.706 feminicídios em 2023 — média de quase cinco crimes por dia. Até 24 de março deste ano, tinham sido emitidas 86.805 medidas protetivas — média de 0,72 por minuto.

Entre 1º de janeiro e 31 de março, 449 mulheres foram mortas no Brasil. A contagem de feminicídios é feita pelas universidades Estadual de Londrina (UEL), Federal de Uberlândia (UFU) e Federal da Bahia (UFBA).

Na avaliação do advogado Rafael Paiva, o agressor com intenção real de matar a companheira não respeita a medida. “Por isso, é importante ter, em alguns casos, dois pontos importantíssimos. O juiz tem de analisar se não é o caso de converter a medida protetiva numa prisão preventiva ou de decidir que o agressor use tornozeleira eletrônica”, acrescenta o advogado, que também é professor de direito penal, processo penal e Lei Maria da Penha.

A sugestão de monitorar eletronicamente os acusados por violência doméstica foi feita no mês passado pelo CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo é garantir que as medidas protetivas de urgência sejam efetivas.

Após a recomendação, o R7 apurou que o Brasil precisaria comprar 399.882 tornozeleiras eletrônicas para cumprir a sugestão. Até dezembro do ano passado, data da atualização mais recente, o país tinha 153.509 equipamentos, segundo a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

Com informações de R7

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Geral

Mil antenas da Starlink doadas por Elon Musk chegam ao RS para ajudar nos resgates

Foto: Bloomberg

As mil antenas da Starlink, provedora de internet por satélite, doadas por Elon Musk para ajudar socorristas no Rio Grande do Sul, chegaram ao estado neste sábado (11).

As antenas chegaram no início da noite na base aérea de Canoas, segundo o governo do Rio Grande do Sul. Os itens serão transportados ao Centro Administrativo de Contingência.

Os equipamentos ajudarão a restabelecer a comunicação nos principais pontos da Defesa Civil, da Segurança Pública, em unidades de saúde, escolas e serviços públicos essenciais durante o período que perdurar a calamidade.

Musk disse que o acesso à internet será gratuito “até que a região se recupere”. Quase 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil. Do total de municípios gaúchos, 85% sofrem alguma consequência dos temporais.

“Desejo o melhor para o povo do Brasil”, escreveu ele no X. Musk anunciou a doação após um vídeo da modelo Gisele Bündchen pedindo ajuda ao estado.

O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), agradeceu ao bilionário. “Muito obrigado, Elon Musk, pela doação de 1000 antenas de internet via satélite Starlink. Como os equipamentos virão com os serviços de dados incluídos durante todo o período de calamidade, serão de extrema utilidade neste período de reconstrução do nosso estado!”.

As operadoras Claro, Tim e Vivo também liberaram acesso gratuito aos clientes em cidades afetadas. No entanto, há ainda dezenas de municípios sem serviços de telefonia e internet, segundo a Defesa Civil. Uma reportagem do UOL desmentiu que a Starlink seja a única provedora com internet funcionando no Rio Grande do Sul.

Há risco de novas cheias em quase todas as regiões do RS neste domingo. De acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), é “muito alta” a probabilidade de cheias, especialmente na região centro-norte do estado.

A região de Porto Alegre tem risco de deslizamentos. Segundo a previsão do Cemaden, pode haver principalmente “quedas de barreira” à margem de estradas e agravamento de deslizamentos que já se iniciaram.

A previsão é de mais chuva e de frio para os próximos dias. Na maior parte do estado, segundo o Metsul, o tempo ficará instável, com chuva e garoa até a próxima terça-feira (14). Na quarta e na quinta a chuva deve parar, mas as temperaturas cairão em todo o estado. Para Porto Alegre, é prevista a mínima de 8 ºC na quarta.

Valor Econômico

Opinião dos leitores

  1. Ninguém solta a mão de ninguém, cadê a esquerda ? nos momentos quê mais a população precisa ! Braço forte, mão amiga. Também está falhando, serão as melancias que estão apodrecendo ? E agora quem poderá nos salvar ? O chapolin colorado ou o próprio povo ajudado por empresários exploradores ?
    O Brasil se tornou o país das fake news, quem diz que ajuda, só atrapalha.

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Comportamento

Pessoas traídas têm 9 vezes mais chance de trair, diz pesquisa

Foto: igor_kell/Getty Images

Chumbo trocado não doi? Dados de uma pesquisa conduzida por estudiosos da Universidade Estadual da Califórnia mostram que pessoas que já foram traídas ou desconfiam que são traídas têm cerca de 8,72 vezes mais chance de também trair.

Para chegar a essa conclusão, 2 mil pessoas casadas, entre homens e mulheres, foram entrevistadas sobre traição. As informações são do portal Daily Mail.

De acordo com os pesquisadores, isso acontece por conta de um fenômeno chamado de “intimidade de vingança”. A raiva e o ressentimento costumas ser as principais motivações, com o objetivo de causar no parceiro a mesma dor que ela sentiu.

Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

RN tem o maior percentual de gastos com funcionalismo e juros da dívida entre os Estados: 77,7%; levantamento aponta risco de “insustentabilidade fiscal”

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Um levantamento feito pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) mostrou que o funcionalismo e juros da dívida ocupam mais da metade dos gastos de 26 das 27 unidades da Federação.

O Rio Grande do Norte encabeça a lista com o maior percentual de gastos com pessoal e dívida. A proporção é de 77,7%.

O Espírito Santo é o único estado que destina menos da metade do orçamento para o funcionalismo e amortização da dívida.

O relatório da entidade mostra que há um risco de “insustentabilidade fiscal” dos Estados (veja aqui).  O motivo: as despesas crescem de forma mais intensa que a arrecadação.

Segundo a Firjan, a rigidez orçamentária torna os orçamentos “vulneráveis” diante da queda das receitas. Os Estados são responsáveis por custear temas prioritários, como educação e saúde, por exemplo.

Em função do desequilíbrio no orçamento, alguns Estados ampliaram as alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o principal tributo dos governos regionais. Das 27 unidades da Federação, 18 aumentaram a alíquota em relação a 2022.

Juntos, os 27 Estados e o Distrito Federal estimam um deficit orçamentário de R$ 29,3 bilhões, o que corresponde a uma piora de R$ 46,1 bilhões em comparação com 2023.

Segundo levantamento da Firjan, somente 4 Estados não preveem saldo negativo nas contas em 2024. São eles: São Paulo, Amapá, Espírito Santo e Mato Grosso.

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O relatório da Firjan mostra que os Estados pedem socorro à União para financiar o crescimento dos gastos. Em 2023, 4 Estados deviam mais de R$ 100 bilhões para a União cada: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

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Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. HA 90 DIAS MUDEI PRA PARAIBA. JA COMECEI A TRABALHAR. ABRI MEU NEGÓCIO. TO TRABALHANDO DIA E NOITE. E NO RN TAVA SEM TRABALHO HA 2 ANOS OLHE QUE TENHO EXPERIÊNCIA E ESTUDO. IMAGINA SE NÃO TIVESSE. NA OPINIÃO DE VOCES O RN TA NO CAMINHO CERTO??

    1. Com certeza não está to trabalhando fora amais de 3 anos pq no meu estado não tem emprego, é uma triste realidade enquanto esse desgoverno do Pt no estado e no país estiver a frente, vai continuar assim!

  2. O RN quebrou!! Há 60 anos que nada progride aqui. Os Alves sempre estiveram no poder ou coligados, como é o caso agora. Todos ricos sem uma carteira de trabalho. Agora coligados com o PT, não poderia ter nada pior pro RN.

    1. Bacurau ou bacalhau, esquece os Alves, os PeTralhas estão no poder há alguns anos, pare de olhar pelo o retrovisor para defender esse desgoverno.

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Geral

Polícia do RS prende 60 pessoas por saques e roubos entre a noite de sábado e a manhã deste domingo (12)

Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

A Brigada Militar e a Polícia Civil de Porto Alegre prenderam entre a noite de sábado, 11, e a manhã de domingo, 12, mais 60 pessoas por crimes relacionados às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.

De acordo com a Brigada Militar, os criminosos fizeram saques e roubos, além de outros delitos em meio à situação de calamidade no estado.

A Polícia Civil do estado já havia localizado na zona norte de Porto Alegre um depósito com produtos roubados de residências e comércios em meio à tragédia.

Vários objetos furtados foram recuperados. Segundo a polícia, ainda não se sabe os verdadeiros donos dos produtos ou os responsáveis pelos roubos.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também decidiu reforçar a segurança e determinou que a Força Nacional atue em abrigos.

O anúncio foi feito no sábado, 11, após a Secretaria de Segurança Pública do estado confirmar a prisão de ao menos 11 pessoas por crimes nesses locais. Há denúncias de abusos sexuais contra crianças e mulheres em abrigos que acolhem as pessoas que saíram de suas casas por causa das enchentes.

O secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, disse na semana passada que as autoridades prenderão todos os que praticarem atos de criminalidade.

“A gente tem visto pessoas praticando furtos, assaltos, arrombamentos neste momento de crise. Mas nós vamos prender todo mundo”, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Difícil entender a justiça do Brasil; alguns roubam para tomar cerveja, os demais vão para uma audiência de custódia e vão ser soltos.

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Geral

VÍDEO: Veja o momento em que motorista invade área de obra na Zona Norte de Natal e carro cai em cratera

Câmeras de segurança registraram o momento em que condutor de um veículo derrubou manilhas e faixas de isolamento e o carro que ele dirigia caiu em uma cratera na Zona Norte de Natal, na madrugada deste domingo (12). O acidente foi ocorreu por volta das 3h, no cruzamento da Avenida Maranguape com a Rua São Francisco. Até às 13h do domingo, o carro ainda se encontrava na cratera, e a cena chama atenção de curiosos, que a todo momento param para fazer fotos.

Moradores da região pularam na cratera para socorrer o condutor, que não foi identificado. O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para realizar o resgate. Chovia bastante na região, o que dificultou a retirada do motorista. Consciente, com escoriações, ele foi conduzido em ambulância a um hospital.

A interdição no local foi iniciada no dia 21 de novembro de 2023. 

Carro cai em cratera na Zona Norte de Natal — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV CabugiFoto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi

g1-RN

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Geral

SUSTO: Jacaré invade casa e é retirado pelo Corpo de Bombeiros, em Ceará-Mirim

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Na manhã deste domingo (12), uma visita inesperada assustou moradores de uma casa na cidade de Ceará-Mirim, na Grande Natal. Um jacaré resolveu levar emoção para o Dia das Mães aos moradores de uma residência no bairro Nova Conquista.

Apesar do susto, o animal ficou preso no alpendre da casa após os moradores fecharem os portões, impedindo que a visita continuasse o passeio no interior da casa. Os populares acionaram o Corpo de Bombeiros Militares (CBM), que foi até o local e fez a remoção do réptil. De acordo com o CBM, ninguém se feriu, e o animal foi retirado com segurança.

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Economia

Brasil tem 7ª maior inflação do G20 em 12 meses

Foto: Reprodução/Christine Roy – via Unsplash

O Brasil tem a 7ª maior inflação do G20 no acumulado de 12 meses até abril. O índice de preços do país fechou o período com alta de 3,7%. Está empatado com a Rússia.

O ranking do grupo é liderado pela Turquia, que tem inflação anualizada de 293,2%. Em seguida estão Argentina (69,8%) e Índia (7,9%). O levantamento foi enviado ao Poder360 pela agência Austin Rating.

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia.

Leia abaixo o resultado para as nações: 

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Em relação ao fim de 2023, o Brasil manteve a posição na lista dos países com a inflação mais alta. Ao fim do ano estava em 7º lugar com a taxa anualizada em 4,6%.

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real. Em resumo, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou em 10% para cima.

DE JANEIRO A ABRIL

O Brasil ocupa o 6º lugar no ranking da inflação acumulada ao longo de 2024 (de janeiro a abril). A taxa avançou 1,8% no intervalo.

O topo da lista é ocupado pela Argentina (66,7%). O top 3 termina com Turquia (18,7%) e Rússia (2,5%).

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INFLAÇÃO NO BRASIL

Medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação anualizada do Brasil caiu de 3,9% em março para 3,7% em abril. Foi a taxa mais baixa desde junho de 2023, quando era de 3,16%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta 6ª feira (10.mai.2024).

A inflação mensal foi de 0,38% em abril. Acelerou 0,22 ponto percentual em comparação com março, quando foi de 0,16%.

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Poder 360

Opinião dos leitores

  1. A expansão monetária (impressão de dinheiro) foi 19% wmm2023. O gado analfabeto funcional acha q infoacao é o q o IBGE diz a vc….

  2. Se ainda existe algum mérito na inflação, ainda, moderada, devemos dá-lo ao BC. Mesmo porque Lula não fez nada de relevante para aumentar a oferta, eu disse OFERTA, de bens e serviços (facilitação do ambiente de negócios, segurança jurídica, investimentos), além de estar emitindo gasto à tripa-forra. Isso vira inflação.

  3. A GADAIADA esquece que essa é a menor taxa de inflação desde 2014, o problema é a distorção da matéria, CHUPA GADAIADA IMUNDA

  4. Para os fasccionados do PT o Brasil está no rumo certo. Em direção ao abismo. Cuba, Venezuela e Nicarágua são paraísos.

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Saúde

Mortes por leptospirose aumentam 44% devido a enchentes no Brasil em três anos

Foto: DIVULGAÇÃO/SES-DF

As mortes por leptospirose cresceram 44% em três anos no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020 o país teve 195 óbitos contra 281 em 2023. O acumulativo dos anos totalizou 974 mortes, com 182 em 2021 e 318 em 2022, sendo considerado o maior registro. As enchentes foram a principal causa do aumento de mortalidade.

A leptospirose é uma doença infecciosa adquirida quando a pessoa é contaminada pela exposição direta ou indireta à urina de ratos que estejam infectados pela bactéria Leptospira. Com as enchentes, o aumento de transmissão da doença é maior.

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Geral

Chuvas no RS: sobe para 143 o número de mortos; 125 estão desaparecidos

Vista aérea da cidade de Eldorado do Sul (RS) após temporais | Foto: Defesa Civil do RS

Chegou a 143 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado no na manhã deste domingo (12). O número de municípios afetados chegou a 446.

Segundo o relatório, o estado contabiliza 806 feridos e 125 desaparecidos. Ao todo, 1.115.704 pessoas foram afetadas, sendo que 537.380 estão desalojadas e 81.170 foram para abrigos.

Desde o início das operações de socorro, já foram resgatadas 76.399 pessoas e 10.555 animais.

Veja o balanço completo:

  • Mortos: 143
  • Feridos: 806
  • Desaparecidos: 125
  • Municípios atingidos: 446
  • Pessoas afetadas: 2.115.704
  • Desalojados: 537.380
  • Pessoas em abrigos: 81.170
  • Pessoas resgatadas: 76.399

CNN Brasil

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